Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 7
Capítulo 7 - Don't insult my intelligence


Notas iniciais do capítulo

Hey gente.
Voltei o/
Estou indo viajar então não sei quando volto a postar mas tentarei não demorar.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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Hermione olhava pela janela de seu quarto.

Já deveria ser mais de duas da manhã mas a morena não conseguia voltar a dormir. Havia acordado por causa de um sonho que teve da época que estavam procurando as horcruxes de Voldemort. Mesmo tantos anos já terem se passado aquela fora uma época que Granger sabia que nunca iria esquecer. O desespero e o medo presente a cada segundo de sua vida acabaram mudando-a de um jeito que só quem esteve em uma guerra entenderia.

Ela se levantou da cadeira que estava sentada, pegou sua varinha para iluminar o caminho e abriu a porta de seu quarto saindo para os corredores escuros. Andou com muito cuidado para não se perder e logo já estava nas escadas indo para a cozinha para tomar um copo de água.

Se sentia inquieta e não entendia o motivo.

Enquanto tomava a água sua mente voou até o jantar naquela noite na casa de Harry e Hermione não teve como esconder o sorriso. Nunca imaginou que aquele casamento que começou de uma forma nada amigável acabaria lhe dando bons momentos e a morena tinha que admitir que viver esse tempo com Draco estava lhe mostrando um lado dele que ela nunca sequer pensou que existia e Hermione sabia que gostava desse lado dele.

Deixou o copo na pia e olhou rapidamente para a enorme cozinha, sempre a achou exageradamente grande mas os Malfoy’s tinham esse habito de querer tudo grande. Riu do pensamento que mesmo por mesmo que pouco tempo, agora ela era uma Malfoy.

Saiu da cozinha e subiu as escadas mas ao invés de se virar para a esquerda que era o corredor de seu quarto resolveu que tinha que explorar sua nova casa. E pela primeira vez desde que se mudou sentiu um grande interessante para descobrir o resto da mansão.

Virou-se para a esquerda tentando não fazer barulho já que sabia que era o corredor que dava no quarto de Malfoy. Andou e andou pensando que o corredor não acabava nunca, tinha alguns desvios para a direita e outras para sua esquerda mas continuavam infinitamente. Já estava cansada e quase querendo voltar para seu quarto deixando para fazer isso durante o dia quando a viu. A porta no final do corredor estava aberta e um pouco de claridade vinha do cômodo. Sua curiosidade a fez seguir em frente e entrar.

Surpreendeu-se com o que viu.

Era um quarto grande com uma mesa no canto na frente de uma grande janela que deixava entrar luz do luar. Mas aquilo não a impressionava e sim a quantidade de livros que eram distribuídos pelas diversas prateleiras. Era uma biblioteca. Se Hermione já havia se surpreendido com os diversos livros que tinha no escritório de Malfoy no andar anterior ver tudo ali a deixava ainda mais surpresa.

Hermione quis começar a ler os títulos e o fez vendo alguns livros sobre poções, feitiços e alguns livros de magia negra até. Sua sede por saber a fazia querer abrir e ler todos mas ela sabia que tinha que voltar para a cama. No dia seguinte tinha o dia de folga apenas para ter que passar a noite e o outro dia todo no hospital então tinha que estar descansada.

Se prometendo que depois voltaria Hermione saiu do cômodo.

Fechou a porta atrás de si e começou a voltar pelo caminho que tinha feito mas logo a mente da morena começou a brincar com ela. Olhava pelos corredores todos iguais e não lembrava mais quais havia usado para chegar até ali. Continuou andando rapidamente já ficando um pouco irritada consigo mesmo por se perder quando entrou numa sala e seu coração quase saiu pela boca.

Havia sido ali.

Seus braços começaram a tremer. Tentou se acalmar em vão. Estava na mesma sala que há mais de cinco anos Bellatrix havia torturado-a. As lembranças daquele dia vieram com tudo para sua mente e o desespero voltou. Hermione deu um passo para trás como se perdesse o equilíbrio e lembrou da dor, do medo, de como que a única coisa que a ajudou a passar por tudo aquilo fora a voz de Ron.

Mas Ronald não estava mais com ela.

Mordeu o lábio para segurar suas lagrimas e virou para sair. Quando Malfoy havia falado que ela teria que morar com ele na mansão Malfoy, Hermione já sabia que seria uma péssima idéia. Não tinha memórias boas daquela casa mas mesmo assim fora obrigada a vir para ela.

Apressou o passo querendo apenas se esconder debaixo de seus cobertores até que ouviu um gemido. Parou com tudo um pouco assustada. Olhou para o lado e viu que estava em frente ao quarto de Draco. Franzindo o cenho ela quase voltou a andar mas ouviu novamente um som estranho saindo do quarto do marido.

Era quase... um choro.

Notar isso a assustou mais do que encontrar aquela maldita sala. Draco Malfoy nunca chorava, sempre teve isso em mente. Hermione continuava ouvindo gemidos que logo pioraram.

Se afaste. – Hermione conseguiu ouvir a voz de Draco dentro do quarto. – Por favor, minha mãe não.

Hermione estava indecisa se ficava ou ia embora mas logo ela percebeu que não conseguiria dormir se não soubesse se Malfoy estava bem. Bateu na porta mas ninguém respondeu.

– Draco?

Mas nada se ouviu que não fossem os gritos do loiro.

Ao ouvir novamente a voz de Malfoy parecendo agoniado, ela abriu a porta com tudo agradecendo por ele não trancar a porta enquanto dorme. O quarto estava escuro então Hermione balançou sua varinha para voltar a iluminar e viu Draco deitado na cama suando muito. Ele se remexia e balbuciava coisas sem sentido.

– Draco? – correu até sua cama.

Hermione olhava para o loiro assustada. Nunca pensou ver Draco Malfoy tão fragilizado como ela o via naquele momento deitado em sua cama encolhido e suando muito.

Eu irei compensar. – a voz dele saiu meio tremula.

Ela olhava para ele e pensava no que o Sonserino poderia estar sonhando que o deixava daquele jeito. Começou a pensar no que ele balbuciava baixinho mas Draco começou a se debater fortemente tirando-a de seus pensamentos.

– Acorda. – ela colocou a mão em seus ombros. – Vamos Draco, acorde.

Depois de sacudi-lo com força Hermione viu os olhos cinzentas dele piscar e logo se abrir confusos.

– O que você esta fazendo no meu quarto? – ele falou rudemente.

Hermione se afastou um pouco espantada com a falta de educação do marido.

– Você estava tendo um pesadelo. – respondeu. – Só vim te acordar.

Draco se senta na cama nervoso imaginando no que Hermione poderia ter ouvido, ele sabia que dizia coisas enquanto dormia e apenas imaginar que ela o havia ouvido já o deixava completamente irritado.

– Não me lembro de ter pedido ajuda, Granger. – Malfoy fala com desprezo.

– Mostre um pouco de respeito. – ela disse já começando a ficar brava. – Eu vim com as melhores das minha intenções...

– Guarde suas boas intenções para si.

Hermione se levantada da cama e olha irritada para o loiro.

– Sim, da próxima vez vou deixar aqui tendo um pesadelo. – Hermione diz. – Alias que merda estava sonhando?

– Não te interessa. – Draco responde na defensiva. – Vá embora, e por favor não volte a entrar no meu quarto sem permissão.

– Não podia ser um pouco mais educado? – ela perguntou meio magoada.

Draco a olhou completamente bravo o que fez a morena tremer.

– Eu quero que você saia agora. – ele falou.

– Melhor mesmo, o ar daqui esta contaminado por você.

E dizendo isso Hermione se virou com tudo e saiu batendo a porta atrás de si. O que tem de errado com aquele idiota? Ela só conseguia se perguntar isso e acabou se sentindo um pouco culpada mas logo acabou irritando-se consigo mesma já que fora para o quarto do loiro apenas com boas inteções.

Nesse estresse a morena nem reparou como conseguiu achar o caminho de volta para seu quarto mas minutos depois ela já estava fechando a porta e se jogando na cama tentando acalmar o coração que teimava em bater forte contra o peito.

Se revirou na cama exausta a noite toda entretanto sem conseguir fechar os olhos e para tentar deixar a raiva longe pensava como seria o dia seguinte já que passaria a tarde e noite toda no hospital e com esses pensamentos adormeceu.

***

Draco estava almoçando na mesa de jantar em silencio no dia seguinte. Toda hora olhava em seu relógio e constatava como estava ficando tarde e sua mulher nem havia aparecido nesse dia. Ele sabia como tinha reagido mal em encontrar Hermione em seu quarto mas preferia pensar era melhor ela odiá-lo por isso do que saber das coisas que o atormentava nos sonhos...do seu passado obscuro.

Assim que terminou sua comida ouviu passos na escada e levantou o rosto bem a tempo de ver Hermione aparecer enquanto vestia seu jaleco com a bolsa em suas mãos. Draco tinha que admitir que sua esposa ficava bem naquelas roupas de hospital.

– O almoço esta pronto. – falou sendo o mais gentil que sua alma Sonserina deixasse.

Hermione virou o rosto irritada para seu marido e deu-lhe um olhar gelado que quase fez Draco tremer.

– Eu como no caminho. – respondeu enquanto mexia em sua bolsa apenas para não ter que olhá-lo. – Hoje tenho plantão então só volto amanhã a tarde.

O loiro assentiu.

– Mas não é melhor você comer alguma...

Porem Draco não teve oportunidade de terminar sua frase já que Hermione saiu da sala e bateu forte a porta da frente. O clima entre os dois havia voltado para aquela tensão inical.

***

Já deveria ser quase onze horas da noite e Hermione estava sentada em sua mesa sem nada para fazer. A tarde e o inicio da noite haviam sido tranqüilos e na área do hospital que trabalhava poucas pessoas precisavam ser atendidas então o tédio reinava entre ela e Flávia.

– O Dean quer que eu vá com ele na viagem para a casa dos pais. – sua amiga fala depois de um longo tempo em silencio.

– Serio? – Hermione se surpreende. – Que coisa boa. - Mas a morena viu que não havia nenhuma expressão de felicidade no rosto da amiga. – Não é bom?

Flávia suspirou.

– Sim, eu acho que é.

– Acha?

– Eu estou nervosa com isso, Mi. – finalmente ela admitiu. – Quero dizer eu sei como gosto do Dean... Mas eu sempre estrago tudo quando a coisa vai ficando serio e não quero fazer isso com ele.

Hermione sorriu pela preocupação da garota.

– Você não vai estragar tudo, Flá.

– Mas com Eddy eu estraguei...

– Ele não é o Eddy. – Hermione falou, sabia pouco sobre o ex-noivo de Flávia mas uma coisa que ela tinha certeza é que não gostava do cara. – Dean é muito melhor do que o Eddy então não se preocupe. Além do mais ele só esta te apresentando para a família dele, não te pedindo em casamento.

A loira parecia pensativa.

– Sim, você esta certa. – e deu um sorriso amoroso. – Estou sendo boba né?

– Com certeza.

Não deu tempo para falarem mais nada. Ouviram as portas de vidro serem abertas com força fazendo com que as duas se levantassem e vissem o tumulto que estava na porta da emergência. Hermione não esperou e já correu em direção a um homem que entrava ofegante e com queimaduras no corpo.

Fez com que o homem se apoiasse nela e o ajudou a andar até uma das macas mais próximas. Virou-se para ajudar mais pessoas que estavam entrando alucinadas para dentro do hospital.

– Não. – Flávia negou. – Ajude-o, eu trago o resto das pessoas para cá, e já chamei o outro medico de plantão.

Hermione assentiu e voltou para a cama com a sua varinha.

– O que aconteceu? – perguntou.

O homem tinha uma aparência de uns quarenta anos com seus cabelos castanhos todo bagunçado. Tossia muito e Hermione estava pensando como curaria as queimaduras que tinha por todo braço e pelas duas pernas.

– Fogo. – ele só conseguiu responder isso.

– Seu nome?

– Fernando.

Ela assentiu já pegando uma poção para tirar um pouco da fumaça de dentro dos pulmões do cara e logo viu mais pacientes entrando extremamente machucados. Olhando ao redor viu que só tinha mais um medico em plantão nessa noite então tinham muitos pacientes para atender.

Tentou curar com sua varinha vários dos machucados de Fernando mas ainda continuavam com grandes cicatrizes. Hermione pensou rápido e foi até o grande armário onde guardavam algumas pomadas e pegou uma para queimadura passando nos rastros que o fogo deixou.

– Hermione pode ajudar aqui? – Flávia gritou do outro lado da enfermaria.

A morena apenas agiu e correu para ajudar uma mulher de idade que estava muito machucada. E depois foi para outro paciente. Depois mais outro. Hermione estava se perguntando o que teria acontecido na realidade para deixarem tantas pessoas machucadas e como nenhum desses bruxos não haviam conseguido controlar o fogo com suas varinhas.

Horas se passaram e os dois médicos de plantão conseguiram cuidar de todos os pacientes e muitos dormiam devido aos remédios fortes que lhes foram dados. Já havia amanhecido há quase meia hora e Hermione era a única na enfermaria olhando os feridos.

Sua memória voltou para o caos que foi a noite anterior e logo já estava inquieta novamente. Amava sua profissão mais do que tudo porem tinha que admitir que havia essa parte horrível de encontrar pessoas sofrendo de dor como as dessa noite estavam. Mas sua mente não estava nisso e sim em quando viu Flávia ao lado da maca de Fernando e parecia branca que nem um fantasma.

Roberta estava ao seu lado com o rosto vermelho, na hora Hermione sabia que não deveria ser coisa boa então correu até eles.

– O que aconteceu? – perguntou.

Roberta estava com aquela expressão soberba de sempre.

– Fernando falou que quem atacou eles foram... – mas Flávia não terminou.

– Quem os atacou? – Hermione insistiu.

– Comensais. – Roberta completou e olhou para a morena maliciosamente.

O frio no estomago que sentiu naquele momento ainda estava junto com a Grifinória até agora. Lembra-se de algumas conversas que teve com Harry sobre os comensais foragidos e lembrava que muitos andavam escondidos então era pouco provável que fizessem algo sem que os aurores os pegassem.

Sentiu seu estomago roncar então viu que era melhor ir comer como os outros enfermeiros haviam feitos. Dando uma ultima olhada em cada paciente se dirigiu para fora indo em direção a praça de alimentação do enorme hospital que era o St.Mungus.

Tinha um sorriso cansado nos lábios e pensava como seria as manchetes do dia seguinte quando todos soubessem que o incêndio numa festa havia sido causado por comensais que ainda não foram pegos pelo ministério. Viu uma mesa mais distante com todos enfermeiros incluído Flávia, junto com Roberta, a única medica em plantão tirando Hermione, e todos tinham uma expressão cansada no rosto.

Se aproximou para se sentar juntos mas parou sem que ninguém notasse sua proximidade quando ouviu:

– Vocês acham realmente que Malfoy não esta envolvido? – Roberta ironizou. – A família Malfoy foi um dos maiores partidários de você sabe quem.

Hermione viu Flávia revirar os olhos.

– Não precisa ter medo de usar o nome. – falou irritada. – E claro que ele não esta envolvido, Roberta. Draco é marido da Hermione.

A medica jogou um olhar de desgosto para a enfermeira.

– Quando você esta apaixonada fica cego. – ela respondeu. – Hermione pode ter sido enganada por Malfoy apenas para ele conseguir chegar até Harry Potter.

Hermione sentiu seu sangue ferver e sem pensar muito no que estava fazendo apenas deu um passo para frente e todos da mesa viram que ela estava ali ouvindo tudo.

– Interessante saber Roberta o que pensa do meu marido. – ela disse tentando parecer descontraída. – Realmente adoraria saber de onde tirou provas para logo concluir que o ataque que aconteceu hoje teve Draco no meio?

Todos olhavam constrangidos para Roberta.

– Por favor Hermione, não deixe seus sentimentos pessoais interferir nisso. – Roberta disse. – Ele com certeza vai ser investigado, e como diz o ditado? Pau que nasce torto continua torto.

– ah querida, eu sinto tanto por você ter esse enorme problema que não deixa pensar direito. – Hermione fala tentando soar carinhosa em sua ironia. – Draco é arrogante sim, céus e as vezes até inoportuno, mas malvado? Não. Desculpa mas acho que vale muito mais a palavra de alguém que o conhece e convive com ele do que a palavra de quem nunca sequer viu ele pessoalmente.

Roberta ficou vermelha.

– Hermione eu realmente não quero brigar...

– E quem disse que estamos bringando? – a morena se fez de desentendida. – Só vim aqui para comer mas depois de tanta coisa inoportuna que ouvi, para não dizer outra palavra, perdi a fome. Com licença vou ver meus pacientes.

Então ela se virou e voltou para o mesmo corredor que chegou praticamente cuspindo fogo pela boca de tanta raiva que sentia por aquela mulher e por tudo que ela havia dito. Sim, Hermione estava muito brava com Draco pelo que aconteceu na noite anterior mas nunca iria admitir que alguém falasse dele dessa forma.

– Hermione. – Flávia gritou e a morena virou para ver a loira correr até seu encontro. – Não ligue para que Roberta disse, você sabe que ela deve ter comprado seu diploma em medicina já que não tem cérebro.

A Grifinória assentiu.

– Eu sei... Só estou tão irritada com ela. – admitiu. – Quem ela pensa que é para falar de Draco dessa maneira?

Flávia colocou a mão no ombro da amiga.

– Você deu uma ótima resposta.

Hermione deu um leve sorriso.

– Mas o que mais me irrita nisso tudo é que eu tenho certeza que não foi apenas aquela mulher que pensa assim. – a castanha disse. – Aposto que muitos por aqui devem estar pensando do mesmo jeito.

Ela viu no rosto da loira que ela concordava.

– Sabe do que mais? – Flávia disse. – Vai para casa, esta com uma cara de cansaço.

A morena negou com a cabeça.

– Meu plantão não terminou ainda...

– Não se preocupe, não precisaremos mais de você. – a loira disse sorrindo. – Então apenas pegue suas coisas e vá para seu marido.

Mesmo querendo insistir que deveria ficar Hermione tinha que admitir que estava cansada então apenas assentiu despedindo-se e foi até sua sala pegar sua bolsa e logo se dirigiu em direção a porta do hospital.

Enquanto passava pelo saguão viu vários familiares dos feridos sentados nervosos apenas esperando mais noticias. Hermione sentiu aquela vontade de lutar e destruir todos que queriam fazer mal para alguém inocente e por um segundo se lembrou da guerra mas sua mente saiu disso quando viu Harry vindo em sua direção.

– Hermione? – ele a abraçou e quando se soltaram o moreno olhou para o rosto da melhor amiga. – Esta tudo bem? Parece cansada.

– Passei a noite toda no plantão. – respondeu simplesmente. – Aconteceu alguma coisa? Por que esta aqui?

Harry fez uma cara preocupada.

– Vim falar com algum dos feridos. – respondeu. – Queremos pistas para ver se descobrimos onde os comensais estão se escondendo.

Hermione assentiu.

– Eu já estava indo embora mas se quiser eu fico... – ofereceu.

– Não precisa. – Harry negou com a cabeça. – Vou apenas pedir para Flávia e ela me ajuda, acho realmente que tem que ir para casa.

– Se precisar de qualquer ajuda me avisa. – ela falou e foi para fora aparatando para a mansão Malfoy.

***

Antes mesmo de pegar na maçaneta de sua casa Hermione ouvira risos vindo de dentro. Achou estranho mas mesmo assim entrou na mansão e quando viu o que estava acontecendo do lado de dentro parou olhando confusa.

Na sala de estar estava Draco rindo com um wiskey na mão e tinha uma pessoa na frente dele rindo junto com o loiro.

Blásio Zabini esta na minha sala. Hermione pensou. Logo depois que comensais atacaram Blásio Zabini veio tomar um wiskey com Draco... um ex comensal.

– O que tem tanta graça? – Hermione resolveu sair do seu estado de paralisia olhando para os dois homens.

Draco e Zabini viraram com tudo olhando para a morena e ela viu surpresa passar pelos olhos do marido.

– Apenas relembrando tempos de Hogwarts. – Blásio respondeu sorrindo.

– Pensei que iria chegar mais tarde querida. – Draco falou.

Então ele não queria que eu soubesse que Zabini estaria em casa? Hermione pensou.

– Não são tão velhos pra já ficarem relembrando a vida como se fosse a muito tempo atrás. – Hermione respondeu e andou até Draco pegando sua taça e bebendo quase tudo em um gole. – E eu sai mais cedo, mas não sabia que teríamos visita.

Hermione olhou interrogativa para seu marido.

– Desculpa, eu que apareci sem avisar. – Blás falou se levantando e estendendo a mão para Hermione. – É um prazer rever você e agora como esposa de Draco.

A morena olhou para a mão estendida desconfiada mas mesmo assim a pegou.

– O prazer é todo meu. – respondeu. – Esta com fome? Aposto que Draco esquecido como é nem ofereceu nada para comer.

Zabini assentiu.

– Estou morrendo. – falou. – Se fosse por Draco eu morreria de fome.

Malfoy se levantou nessa hora.

– Você já é de casa, Blás, sabe disso.

Os três seguiram para a mesa de jantar na sala ao lado onde Hermione chamou os elfos e logo Blásio pediu o que estava com vontade de comer. Draco e Zabini conversavam e Hermione ficava quieta observando cada passo errado que um deles dava e se repreendia por isso, tinha feito um discurso para Roberta falando que deveria confiar em seu marido...Mas ela confiava em Draco, era em Zabini que Hermione não confiava.

– E com isso cheguei ontem na cidade. – Blás concluiu sua fala.

– E onde estava noite passada? – Hermione perguntou entrando no assunto.

– No caldeirão furado. – Blás respondeu olhando para a morena.

– Por que não veio ficar aqui? – Hermione insistiu. – Sabe que já é de casa.

– Não queria incomodar.

– Nunca que iria incomodar, Blásio, um amigo de Draco é meu amigo. – Hermione ainda procurava algum sinal que ele estava mentindo mas nada até agora. – Vai ficar quantos dias?

Draco tossiu.

– Não estamos num interrogatório. – falou. – Então, querida, vamos parar com as perguntas.

– Mas querido...

Zabini riu fazendo com que os dois virassem e olhasse para ele e Hermione não concluísse a frase.

– Que foi? – Draco perguntou.

Blás sorriu.

– Até quando vão ficar com a farsa?

Hermione estreitou os olhos.

– Que farsa?

– Por favor. – Blásio disse. – Não insultem a minha inteligência, eu sei que não estão casados de verdade.


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Notas finais do capítulo

Sobre eu amar o Blás