Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 6
Capítulo 6 - Once upon a time...


Notas iniciais do capítulo

Hey gente.
Desculpa a demora, preguiça master me dominou.
Só volto ano que vem agora, então feliz natal atrasado, e feliz ano novo >



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Naquele momento Draco Malfoy se odiava. Como ele poderia ter aceitado qualquer coisa que a Granger havia dito? Claro que ele estava prestando atenção em outras coisas na hora... E nesse momento o loiro começou a imaginar que sua esposa estava tão gostosa naquela hora apenas para confundi-lo e o obrigar a concordar a ir à casa de Potter.

Balançou a cabeça sabendo que essa teoria era ridícula demais.

– Eu não quero ir, Granger. – ele falou mau humorado fazendo beiço.

Hermione sentia vontade de rir da cara do Sonserino mas conteve-se.

– Você concordou Malfoy. – respondeu.

A morena sabia que ele nunca iria atrás de sua palavra.

– Eu não estava com a atenção no que você estava falando. – resmungou o loiro. – Tinha outras coisas na cabeça.

– E o que era tão importante para não me ouvir? – indagou a esposa.

Draco abriu a boca para responde-la mas falar que estava reparando em seu corpo não ajudaria nada, se bobiar apenas receberia um tapa e no final teria que ir de qualquer jeito na casa de Potter.

– Ficou sem resposta, foi? – irritou a morena.

Malfoy revirou os olhos transtornado.

– Vamos logo antes que eu desista. – respondeu.

Ela riu prepotente e juntos foram para fora da mansão Malfoy até que conseguiram aparatar. Logo estavam em frente a grande casa dos Potter. Claro que não era tão grande como a mansão onde morava, mas Draco tinha que admitir que o cicatriz teve bom gosto na hora de escolher o lugar onde iria criar sua nova família.

– Seja gentil. – ela praticamente implorou.

Hermione esperou um pouco vendo que seu marido observava a casa curioso e quando ele a olhou irritado – como sempre – riu e foi bater na porta onde não demorou para ser atendida.

– Que bom que chegaram. – Ginny falou sorrindo docemente.

– Teríamos chegado mais cedo se Draco não reclamasse tanto. – Hermione disse sorrindo e logo foi abraçar sua amiga.

Malfoy olhou irritado para a morena.

– Harry também estava irritado. – a ruiva sussurrou para Hermione. – Só não querem admitir que estão gostando da presença um do outro.

A morena riu.

– Vai nos chamar para entrar ou não Weasley? – Draco perguntou já irritado por ficar na porta.

Hermione o olhou feio mas Gina apenas riu a deu espaço para que passassem.

– Sempre um amor de pessoa, Draco.

Hermione e Draco se entreolharam um pouco espantados por Gina estar sendo tão educada com ele. A morena sabia que sua amiga faria de tudo para ele se sentir em casa, por ela, mas ver isso tudo em pratica era ainda sim assustador.

– Quem ta ai? – ouviram uma voz infantil vindo do topo das escadas.

Hermione sorriu na hora reconhecendo a voz enquanto Draco tentava raciocinar para ver quem era. Será que Potter e a Weasley já havia tido um filho? Não! Era a voz de uma criança e não tem como Potter ter escondido um filho da imprensa que vivia atrás do santo Potter.

– Teddy esta aqui? – sua esposa perguntou.

Draco franziu a testa confuso. Ela o conhecia?

– Sim, Andrômeda resolveu de ultima hora que queria ir viajar então falamos que ficaríamos com ele. – Harry respondeu indo ao encontro da morena dando-a um abraço forte.

Andrômeda... Draco já ouvira esse nome antes e como se um fleche atingisse sua memória logo ele já lembrara de onde sabia quem era é.

– Minha tia Andrômeda? – perguntou confuso.

Mas antes de conseguir uma resposta ouviu o ranger da madeira da escada e logo viu um garoto que tinha o cabelo azul que deveria ter cinco ou seis anos correndo e ao ver Hermione sorriu e pulou em seus braços que fora respondido com entusiasmo por parte da mulher.

– Teddy meu amor, que saudades. – Hermione falou com sua voz mais fina.

Draco revirou os olhos para aquela besteira. Nunca entendera como todos afinavam suas próprias voz para falar com crianças e animais, não é como se elas fossem retardadas para entender só assim.

– Tia Mione. – a voz fina do garoto tremulou pelo cômodo.

Malfoy olhava esperando realmente uma reposta para aquela cena.

Logo Hermione e o tal de Teddy se soltaram mas ele continuou grudado com a mão da morena mas seu olhar parou no loiro que observava eles curioso.

– Quem é ele tia, Mione? – perguntou Teddy.

Ginny se ajoelhou na frente do garotinho e colocou as mãos nos ombros de Teddy.

– Ele é o Draco, Teddy, o marido da tia Mione.

O garoto franziu a testa e seus olhos curiosos analisaram Malfoy atentamente e o loiro irritou-se ainda mais consigo mesmo por estar nervoso com a situação.

– Mas... e o tio Rony? – perguntou. – Tio Rony sempre falou que amava a tia Mione.

Draco olhou para Hermione e a viu morder os lábios o que o fez pensar no beijo do dia anterior e como não acontecera mais nada entre os dois...E como ele gostaria que sua boca estivesse na dele novamente... Droga, Draco foco na situação, ele pensou.

– Tio Ron sempre disse que me amava como amiga, Teddy. – Hermione falou.

O Sonserino notou como Gina e Potter estavam se divertindo com tudo isso.

– Mas eu ouvi a vovó Molly dizer que era pra você ter entrado na família... – o garoto teimava.

O loiro já estava prestes a falar mas Gina fora mais rápida.

– Sim, Teddy, mas a tia Mione e o tio Rony não se amavam. – falou docemente. – E a tia Mione ama o tio Draco então vamos ficar feliz por eles né?

Teddy estreitou os olhos e encarou Draco de um jeito até que cômico para Hermione. O casal Malfoy trocaram um olhar que fez Hermione notar que Draco não estava gostando nem um pouco da situação.

– Lembrem-se que crianças sabem melhor que os adultos os caratês das pessoas. – Harry sussurrou apenas para que Gina ouvisse. – Se não gostar de Malfoy, teremos que entendê-lo.

O garotinho sorriu mostrando que um dente estava faltando e estendeu a mão para Draco surpreendendo todos na sala.

– Se a tia Mione gosta de você eu também gosto. – falou animadamente.

O loiro deveria ser o mais perplexo pela aceitação do garoto e olhou assustado para Hermione que fez cara feia para que ele pegasse a mão de Teddy e meio hesitante o fez.

– Vamos para a mesa? – Gina falou sorridente. – A comida esta pronta.

Teddy deu um grito de felicidade e puxou Draco com ele enquanto corria para o sala de jantar se sentando em seguida e fazendo o loiro sentar ao seu lado. Hermione riu da cena e sentou do outro lado de Teddy com Gina e Harry a sua frente.

– Ginny por Merlin me diga que não foi você que fez o jantar? – Hermione brincou.

A ruiva riu.

– Já esgotei meus dotes culinários por um ano, Hermione. – respondeu. – Monstro fez as honras dessa vez.

Harry e Hermione riram enquanto Draco esticava a mão que antes Teddy seguravam e pensou como para um garoto tão novo ele tinha o aperto forte.

– E como Dobby vai? – Draco perguntou um pouco distraído pensando em como esse jantar seria um fiasco.

Ao notar que ninguém respondeu levanto o olhar e viu Harry, Gina e Hermione com uma rosto fúnebre e pensou no que falou de errado. A morena vendo que ninguém tinha coragem de responder resolveu que teria que falar.

– Ele morreu... Na guerra, Draco.

Ele quase riu percebendo como seria uma merda passar a noite ali. Bem... Quase.

– Uma pena. – respondeu sinceramente. – Foi um bom elfo... Quando meu pai me deixava sem jantar Dobby sempre levava escondido para mim, não morri de fome até hoje por causa dele.

Harry deu um sorriso lembrando do elfo corajoso que salvara sua vida.

– Ele tinha esse lado de querer salvar vidas. – respondeu o moreno. – Mas nem sempre era de um jeito bom.

Hermione riu.

– Harry! Aquele balaço que ele enfeitiçou. – falou sorrindo. – Queria salvar sua vida quase te matando no processo.

Enquanto todos conversavam Monstro que não parecia mais o mesmo elfo rabugento que servira a família Black, estava ponto a mesa e colocou quatro taças e serviu de Wiskey de fogo e para o pequeno Teddy deu suco de abobora.

– Muitas pessoas tiveram um jeito estranho de tentar salvar a vida de Harry. – Gina falou sorrindo.

Draco ficou quieto vendo a nostalgia dos três e pensando que deveria ser o cenoura e não ele aqui para completar o quarteto. Nunca havia se sentindo tão fora de seu habitat.

– Quem era Dobby? – Teddy perguntou.

Todos voltaram suas atenções para a criança que por alguns minutos havia esquecido que estava na sala.

– Um velho amigo do tio Harry. – Hermione passou a mão pelos fios azuis do garoto. – Então me conte! Gina me falou que seu primeiro dente de leite caiu, me deixe ver.

Teddy deu um sorriso e mostrou orgulhosamente o lugar que faltava um dente para Hermione que sorria.

– Nossa Teddy! E a fada do dente passou por aqui? – ela perguntou.

Draco franziu a testa e olhou para os outros adultos esperando que alguém esclarecesse sua pequena duvida de quem era a fada do dente. Os outros dois pareciam entender do que Hermione falava mas logo Ginny riu e assentiu a cabeça parecendo solidaria.

– Eu também não sabia. – falou baixinho enquanto Hermione falava com Teddy sobre a fada. – Pelo que eles me falaram é um mito trouxa que quando perde o dente uma fada vem e leva seu dente deixando dinheiro. – a ruiva riu. – Esses trouxas são tão criativos, não?

Draco assentiu e voltou a atenção para Hermione e se surpreendeu ao notar como ela estava se dando bem com o garoto.

– Vamos comer antes que a comida esfrie. – Harry falou.

Gina serviu o pequeno Teddy e logo todos já tinham comida em seus respectivos pratos.

– Aonde Andrômeda foi? – Hermione perguntou depois que engoliu o seu primeiro pedaço.

– Disse que precisava de uma praia. – Gina respondeu sorrindo triste. – Deve ter sido demais perder toda a sua família e agora sozinha com Teddy...

Malfoy ficou irritado por eles estarem falando tudo isso na frente da criança.

– Que Andrômeda? – o loiro refez sua pergunta que não fora respondida anteriormente. – Eu tenho uma tia que também se chama Andrôm...

Hermione assentiu.

– É ela mesmo, Draco. – falou tentando soar amorosa. – Sua tia é a avô de Teddy.

Malfoy fechou os olhos se repreendendo por dentro. Deveria ter prestado mais atenção sobre sua família e agora Potter e a ruiva ficariam pensando em como Hermione não havia falado sobre essas coisas com seu amado marido. E logo em sua memória veio momentos que Narcisa havia contado sobre Andrômeda.

– Como você não sabe da sua tia? – Harry perguntou.

Draco da de ombros.

– Minha mãe não falava muito dela. – ele disse. – Depois que a família Black a renegou e fora considerada uma traidora de sangue não era mais nada nosso.

Harry irritou-se com o tom de voz usado pelo loiro e Hermione notara isso.

– Por isso Draco sabe tão pouco sobre a família. – ela falou. – Narcisa não falava nada.

– Andrômeda era mãe de Tonks. – Gina falou. – E Tonks e Remus são os pais de Teddy.

E tudo pareceu se encaixar na mente de Draco.

– Lembro de tia Bella... – Malfoy parou no meio da frase ao notar quem havia mencionado.

Olhou rapidamente para Hermione e a viu empalidecer e se sentiu mal por isso. Deveria ser uma memória horrível para Granger lembrar de sua tia principalmente depois da tortura que havia recebido.

– O que tem Bellatrix? – Harry falou e olhou nervoso para sua melhor amiga.

Draco olhou para esposa como Potter e os dois observaram-na que logo se sentiu mal por fazer eles se preocuparem então apenas fingiu que não estavam falando da mulher que causa ainda seus pesadelos.

– Ela falou sobre Andrômeda e como fora uma desonra para a família. – Draco respondeu e olhou para Teddy que estava entretido em sua própria comida. – E parecia que ela estava atrás de toda a família e eu imagino que não fora um reencontro amigável.

Gina tossiu.

– Vamos mudar de assunto. – a ruiva falou e fez sinal para Teddy.

Todos assentiram numa concordância não verbal.

Enquanto o trio conversava Draco ficava na dele e até que notou que o jantar estava sendo mais aturável do que pensou que seria. Claro que depois do inicio tenso que fora essa visita o clima foi se acalmando e Draco poderia até concordar que a nova senhora Potter era uma companhia agradável.

– Serio? – a ruiva falou quando Hermione deixou escapar do encontro com Luna e Neville. – Chamei Luna para ir no jogo também.

– Ela comentou comigo. – Hermione respondeu.

Ela estava feliz por estar ali mesmo com Malfoy. Naquele momento tudo parecia tão certo que Hermione até se esqueceu por algum tempo que o casamento era de fachada e que Draco era seu grande inimigo de infância.

– Você vai no jogo da tia Gina né tio Draco? – Teddy perguntou piscando par ao loiro.

Ele não sabia o que responder.

– Você vai né tio Draco? – Gina falou se apoiando na mesa e afinando a voz para parecer uma criança.

Draco riu do atrevimento da ruiva.

– Não me lembro da sua tia Gina ter me chamado. – respondeu Malfoy presunçoso.

Teddy virou para Weasley.

– Você não chamou ele, tia?

– Claro que chamei! – Ginny respondeu. – Falei com a Hermione. Vocês vão né, Mi?

Hermione sorriu pensando em um jeito de encurralar Malfoy.

– Se Draco quiser... Não tenho plantão no dia.

O garoto se virou para o loiro.

– Vocês vão, tio Draco? – Teddy perguntou. – Por favorzinho.

O Sonserino viu a jogada da esposa e pensou que quando chegassem em casa teriam uma conversa seria. Como alguém conseguia negar algo para aquele garotinho? Draco se perguntava e por alguns instantes deixou os sentimentos tristes por ver Teddy já tão novinho sem os pais, inundar seu coração.

– Claro que vamos. – ele respondeu tentando soar relaxado. – Não perderíamos isso por nada.

Gina e Teddy sorriram triunfantes.

– Eba. – o garoto comemorou.

Todos na mesa – até Draco, mesmo não querendo demonstrar – se divertia com a felicidade de Teddy.

– Teddy já não esta na hora de dormir? – Harry falou arrastando a cadeira fazendo menção a se levantar. – Vamos eu te coloco na cama.

O filho de Remus levantou num pulo.

– Não precisa. – falou e se virou para Malfoy. – Tio Draco me leva, não leva?

A boca de Hermione se abriu em surpresa. Como Teddy pode gostar de Draco tão facilmente assim? Era o que ela se perguntava. Draco procurou ajuda com a morena mas ela apenas riu.

– Eu não sei onde é o seu quarto Teddy. – respondeu tentando se esquivar da tarefa.

O garoto apenas levantou a pequena mãozinha.

– Eu te mostro.

Gina ria de surpresa.

– Draco não quer, Teddy. – Harry falou. – deixa que eu levo.

O loiro fechou a cara.

– Quem disse que eu não quero? – perguntou levantando. – Então me mostre onde é o seu quarto.

O sorriso do garoto fora radiante. Pegou a mão de Malfoy e começou a puxá-lo para fora da sala indo em direção das escadas deixando os três na sala completamente surpresos. Minutos depois eles ainda estavam calados.

– Hermione. – Gina falou saindo do seu estopim. – Vai lá, vai que Draco mate Teddy quando perder a paciência.

Essa frase fez Hermione acordar. Ela sabia que era praticamente impossível Malfoy o matar mas também conhecia muito bem seu marido para saber que ele perdia a paciência muito facilmente. Então com um pulo saiu de sua cadeira e subiu as escadas indo em direção ao quarto que Harry havia feito especialmente para Teddy.

Mesmo não sabendo o que esperava quando entrou no quarto a morena se surpreendeu por que poderia estar esperando tudo menos o que presenciou.

Teddy e Draco ainda estavam de mãos dadas enquanto o garoto mostrava seus brinquedos para o loiro que sorria timidamente e assentia para tudo que o pequeno falava.

Ela notou que eles não haviam reparado sua presença.

– E essa vassoura foi tio Harry que me deu. – falou apontando para a pequena de brinquedo encostada na parede do quarto. – Tia Gina ta me ensinando a voar... Mas não conta para a tia Mione, ela tem medo que eu me machuque.

Dito e feito. A Granger já estava realmente com medo do pequeno Teddy se machucar já que sabia que se falasse de vassouras, vôo e quadribol com Gina e Harry era algo muito serio. O amor que esse casal tinha por esse mundo era algo que Hermione nunca conseguiria compreender.

– Não vou contar. – Draco prometeu. – Mas já esta na hora de ir para a cama.

O garoto balançou a cabeça e seu cabelo azul ficou bagunçado, correu até sua cama e as cobertas estavam tudo no pé. Teddy se jogou na cama esperando ser coberto o que Draco não fez de inicio até ver o garoto duro lá apenas esperando algo que o loiro notou que tinha que cobri-lo. Pegou os edredons e puxou acomodando o pequeno em sua cama macia.

Era algo estranho de se fazer. Draco pensava. Fora raro os momentos que alguém fizera carinhos para ele então nunca fora acostumado a dar tanta atenção assim para alguém. Tinha algumas memórias que sua mãe – a única que realmente o deu amor e carinho – levando ele para cama quando pequeno mas logo parou já que Lucius acha que isso o mimaria demais.

– Então boa noite. – Draco falou e fez menção a se levantar mas Teddy o impediu com seu braço magro que nem de seu pai. – O que foi?

– Conta uma história para eu dormir? – pediu.

O loiro surpreendeu-se. Nunca pensou que estaria nessa posição um dia e muito menos estaria ali colocando na cama o neto da tia deserdada.

– Não sou bom com histórias...

Hermione olhava a cena impressionada e podia até admitir que um pouco orgulhosa de Draco. Nunca imaginara que o garoto que conhecera na escola e o homem que a convenceu a se casar cuidaria tão bem de uma criança que para sua criação seria considerada suja já que era filho de um lobisomem.

– Tio Draco é horrível para contar histórias. – a morena se manifestou. – Então eu posso contar, Teddy?

O garotinho sorriu.

– Sim tia Mione. – falou e se remexeu um pouco. – Venha com a gente.

Ela sorriu e viu Draco dar um olhar agradecido.

Andou para dentro do quarto e parou ao lado do marido. Teddy deitou mais para o canto da cama dando espaço para os dois sentarem e depois de muito o garoto insistir eles o fizeram.

– Qual história vai contar, tia? – Teddy perguntou.

– Eu soube que a tia Gina só conta histórias bruxas... – falou sorrindo colocando sua mão na dele. – Então vamos mudar um pouco, né? Hoje vou contar uma trouxa.

Ele parecia interessado.

– Era uma vez... – Hermione começou. – Há muito tempo atrás um rei que vivia feliz em seu castelo com sua esposa e sua pequena filha que se chamava Branca de Neve por ser tão pálida como a neve. Tudo andava bem até que uma terrível noticia abalou todo o reino. A rainha, mãe de Branca de Neve morreu deixando-a órfã e um rei viúvo com uma filha pequena e um reino para cuidar.

Draco olhava Hermione encantado com o jeito calmo e animado que ela contava a história e com isso ele até se interessou e observava assimilando tudo que falava.

– Achando que era o melhor para Branca de Neve depois de muitos anos o rei se casou novamente. – ela continuou depois e uma pausa dramática. – Ele queria que sua amada filha tivesse um exemplo materno para seguir. A nova rainha era muito bonita com seus cabelos negros e todos a admiravam, Branca de Neve não querendo desapontar o pai fazia tudo que a madrasta pedia. Mesmo não sentindo que sua madrasta poderia ocupar o lugar de sua mãe tudo andava bem no reino até que outra noticia ruim chegou. O rei havia morrido.

Teddy exclamou de surpresa.

– Com isso deixou o reino e a guarda de sua tão querida filha, Branca de Neve, para sua atual esposa. – Hermione disse.

E com isso a morena contava calmamente sobre como a rainha começou a mostrar seu lado ambicioso e como não gostava de Branca de neve. Do espelho mágico e como queria ser a mulher mais bela de todo o reino.

– Ela fez o que? – Draco interrompeu a história. - Mandou matar a Branca de Neve só por que um espelho, deixo claro que era um espelho, disse que a mais bela não era ela?

A morena riu do interesse do Malfoy pelo conto trouxa e virou-se novamente para Teddy.

– O que aconteceu, tia Mione?

– Se deixarem eu continuar vão saber. – respondeu.

Os dois ficaram quietos.

E com isso ela contou sobre como o caçador fora piedoso e deixou-a fugir para floresta até que encontrou os sete anões e como começou a morar com eles. E nessa parte Draco começou a resmungar que a Branca de Neve fora tola em morar com sete homens que não conhecia. E quando chegou na parte em que a rainha descobria sobre ela ainda estar viva e levou uma maçã envenenada e Branca de Neve comeu não conseguiu continuar já que os dois falavam.

– Ela morreu? – Teddy perguntava.

– Não se come comida de estranhos. – Draco resmungava. – O pai dela nunca a ensinou isso não?

Rindo Hermione balançou a mão para que eles se calassem.

– E a maçã a fez cair inconsciente não estando viva nem morta... Os sete anões ficaram muito tristes quando souberam do acontecido...

Logo ela já havia chegado na parte do príncipe e de como ele a beijou acordando-a. Vivendo depois um felizes para sempre. Quando terminou a história notou que o pequeno Teddy já estava dormindo e sorrindo deu um beijo de despedida se levantando para não fazer barulho. Rumou para fora do quarto arrastando Draco com todo o cuidado.

Fechou a porta atrás de si e virou-se para seu marido o vendo com uma careta em seu rosto.

– Que foi? – perguntou enquanto começavam a andar para longe do quarto.

– Isso não faz sentido! – o loiro reclamou. – Primeiramente ela não podia ter ido morar com sete homens estranhos...Tudo bem que eles eram do bem no final mas isso já começou errado. Ai depois a garota vai e come algo que um estranho deu para ela. O pai dela não ensinou que não se pode comer comida de estranhos?

Hermione estava impressionada pelo debate filosófico dele sobre uma história trouxa.

– É apenas uma história Draco. – falou. – Para as crianças.

Ele bufou.

– E ainda querem contar para as crianças! Ensinando tudo o que é errado. – resmungou. – Você ai fica falando tão bem dos trouxas mas até agora vi nisso tudo que eles só ensinam coisas erradas para as crianças.

Eles começaram a descer as escadas para voltar para a sala e com o barulho Gina e Harry que estava conversando ainda na mesa de jantar se levantaram e foram para a sala ver o casal descer. Draco e Hermione estavam tão entretidos nessa conversa que nem reparam o casal Potter os observando.

Hermione sorria com a curiosidade do marido.

– Se você esta revoltado com essa história não quero nem saber o que vai falar das outras. – comentou ela pensando sobre os outros contos.

Draco bufou novamente.

– Estou até com medo de descobrir.

E Harry e Gina observavam o dialogo dos dois um pouco assustados com a intimidade deles. Sim os dois sabiam que Draco e Hermione haviam se casado então deveriam ser íntimos mas ver ao vivo isso era algo bem diferente. Gina sorriu para o marido e balançou a cabeça para os dois querendo dizer que tinha amor sim entre eles. E pela primeira vez Harry ficou quieto não sabendo como negar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Review?
Recomendação?
Até o proximo ano.
Beijos.



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