Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 17
Capítulo 17 - Order of the Phoenix is back!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu estou de volta.
Na mesma semana!! Uhuuul.
Por causa dos comentários de vocês eu me senti muito inspirada e hoje resolvi que iria escrever. E aqui estou eu o/
Espero que gostem.
Boa leitura.



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O clima estava tenso na mansão Malfoy desde a visita a’Toca.

Naquele dia Hermione passara tanto tempo trancada no quarto com Potter e Weasley que despertara algo que Draco não sabia dizer o que era. Mesmo com a Weasley/Potter dizendo que era normal eles passarem tanto tempo juntos assim Malfoy não conseguiu se conformar. Ficou lá sozinha e se não fosse por Teddy e algumas investidas de George e Gina para conversarem sabia que seria pior ainda.

Quando chegaram em casa no final daquela noite não deu outra coisa. Uma enorme briga por um motivo fútil. Acabou sendo uma surpresa para os dois conseguirem gritar tanto um com outro como antigamente, fazia um bom tempo que isso não acontecia. Draco não conseguia acreditar na honestidade de Ronald em aceitar o casamento e afirmava que aquela “cenoura ambulante” estaria tramando alguma coisa, enquanto Hermione dizia que Rony nunca seria capaz de algo assim e tudo isso vinha da mente maléfica de Malfoy. A conversa piorou ainda mais quando o loiro descobriu do presente lindo e caro que sua esposa havia ganhado.

– Ele é meu melhor amigo, Malfoy. – ela gritara naquela noite.

– Esse não é o tipo de presente que se de para uma mulher que você não quer comer. – Draco gritara de volta.

No dia seguinte a raiva não havia diminuído. Cada um só olhava seu lado e não queria admitir que o outro poderia estar minimamente certo. Com isso nos dias seguintes Draco e Hermione mal haviam trocado mais de cinco palavras um com o outro, muitas vezes se queria dizer algo pediam para algum dos elfos fazer esse trabalho por eles.

Todo esse estresse que estava acontecendo em casa também estava afetando o trabalho de Hermione. Andava irritadiça – o que não era do feitio dela – e muitas vezes dava uma patada quando alguém iria dizer algo que ela não aprovava. Na quarta feira o dia estava calmo quando Harry apareceu em seu consultório. Quando o viu lá Hermione já pensara o pior mas logo se acalmou quando seu amigo lhe contou que estava ali apenas para ter uma conversa com o diretor da ala de feitiços irrecuperáveis. Aproveitando que estava ali chamou Hermione para tomarem uma bebida depois do expediente e a morena logo aceitou feliz por não ter que voltar tão cedo para aquela casa fria que morava.

Saiu do hospital e fora direto para um bar bruxo que ficava lá e logo encontrou Harry sentado já com um copo na mão olhando para o profeta diário. Hermione sorriu e andou em silencio até a mesa.

– Harry acho que depois de todos esses anos não deveria confiar tão facilmente no profeta diário. – comentou enquanto se sentava.

O moreno deu um sorriso torto.

– Melhor estar de olho para ver o que andam falando de mim, não?

Foi a vez de Hermione sorrir.

– Então me diga por que resolveu bem no meio da semana teríamos que encher a cara? – perguntou.

– Respondo quando Ron chegar. – o moreno prometeu.

– Ele vai vir? – Isso a pegou de surpresa.

Harry assentiu.

– Mas me diz por que aceitou tão facilmente vir? – perguntou. – Você sempre foi contra sair para beber no meio da semana.

Hermione suspirou.

– Não queria voltar para casa. – foi honesta.

– Por que?

– Draco. – respondeu e quando notou que seu melhor amigo não estava entendendo nada continuou: - Ele esta muito chato! Desde sábado, ficou bravo por eu ter aceitado o presente de Ron e esta falando que ele esta planejando alguma coisa. Acho que Malfoy esta enlouquecendo.

Potter solta uma risada.

– Não é obvio o que esta acontecendo, Mione? – Hermione ergueu as sobrancelhas em confusão. – Ele esta com ciúmes.

A morena olhava para seu melhor como se ele fosse de outro planeta.

– Com certeza não é isso. – respondeu. – Draco não é de ter ciúmes.

– Hermione, as vezes eu me perguntou como você pode ser considerada a bruxa mais brilhante para sua idade. – ele comentou sorrindo.

– Assim me ofende, Harry. – ela falou e levantou o copo do amigo para o garçom ver que também queria um.

– O Malfoy tem cara de ciumento e possessivo. – o amigo ignorou seu comentário. – Nunca pensei que estaria dizendo isso, tendo realmente essa conversa. Mas ele esta com ciúmes! Rony, mesmo que você só o veja como melhor amigo, ele já foi seu namorado, seu primeiro amor, Draco Malfoy deve estar inseguro pra caramba.

Tudo aquilo na cabeça da morena não fazia sentido algum! Primeiro: sabia que Draco não era apaixonado por ela então não tinha como ser realmente ciúmes. E segundo: Ron era seu ex-namorado. Pensando nisso se lembrou de uma das primeiras conversas que realmente teve com seu marido e como deu a entender que ainda era apaixonado por Rony.

Será que Draco pode ainda achar isso? Ela pensou.

No momento que percebeu que estava apaixonada por Malfoy a contestação que não amava Ron veio na hora. Mas não tinha como explicar para Draco como havia notado que aquele sentimento do primeiro amor tinha ido embora. Teria que contar que estava apaixonado por ele. E isso não era uma opção.

O garçom veio e trouxe a bebida de Hermione que virou e bebeu metade num só gole. Sentiu seus ombros relaxarem e notou como nos últimos dias estava estressada por causa da maldita briga com Malfoy! Teria que resolver isso o mais rápido possível.

– Do que vocês estão falando? – uma terceira voz apareceu e os melhores amigos levantaram o olhar para Ron que havia acabado de chegar.

– Nada não. – Harry respondeu sabendo que não era apropriado ficar falando sobre Malfoy na frente do ruivo. – Demorou, até pensei que tinha esquecido que iríamos sair.

– Desculpe, tive que passar no ministério. – respondeu sentando ao lado de Hermione. – Tinha umas coisas para resolver ainda.

Harry assentiu e Hermione ficou com o copo na boca considerando se tomava mais ou não.

– Então o que é tão importante para fazer Hermione sair durante a semana? – Rony perguntou sorrindo para a morena que sorriu de volta.

– Eu estava pensando. – Harry disse.

– Hermione! Ele pensa. – Ron disse num sobressalto e a amiga riu.

O moreno fez uma careta.

– Muito engraçado, Ron, vá atrás de George e comecem a fazer piadas juntos.

Ron negou com e cabeça.

– Não, não vai fazer bem a minha saúde. – Ron disse e olhou para o teto. – Se eu roubar o lugar de Fred, seja lá onde ele estiver ele volta pra me assombrar.

Todos na mesa deram um sorriso triste.

– Eu não duvido que isso aconteceria. – Hermione comentou.

– Mas continuando. – Harry prosseguiu para não ficarem pensando muito no falecido Weasley. – Como sábado tem a festa em nossa honra poderíamos falar sobre a volta da Ordem na festa.

– Será que é uma boa idéia, Harry? – Hermione perguntou. – Sempre fomos uma organização secreta, e agora falarmos tão abertamente que estamos de volta...

– Mas a Ordem não é tão secreta assim. – Ron argumentou. – Depois da guerra fomos todos homenageados e ganhamos medalhas por nossa bravura, todo mundo já deve saber sobre a Ordem da Fênix.

Harry assentiu.

– Eu tinha pensando nisso, Hermione, mas como Ron disse todos já sabem sobre nós. – ele parou para respirar tomou um gole da sua bebida e continuou: - Um dos grandes problemas que estamos tendo agora é com a população. Eles estão sem fé. Com medo e não acreditam que estão a salvo apenas com os aurores já que mal conseguimos pegar algum comensal e assim que sair a história que muitos fugiram de Askaban isso vai virar um caos.

– Precisamos dar algo em que eles possam acreditar. – Hermione completou o pensamento do melhor amigo.

– Isso. – concordou.

– Harry já dissemos que estamos contigo. – Ron falou. – Por que nos chamar aqui só pra isso?

– É mais complicado Ron, anunciarmos assim a volta da Ordem vai voltar todos vão saber que estamos por trás disso. E isso vai fazer vocês serem alvos dos comensais. – Harry disse e olhou para baixo. Hermione e Ron trocaram um olhar cúmplice. – Queria fazer vocês pensarem melhor sobre isso, se não quiserem não precisam estar comigo nisso.

Rony riu.

– Não é como se os comensais não estejam atrás de nós agora. – falou e passou o braço pelos ombros da Hermione. – Harry, se queria nos tirar dessa não deveríamos nem ter virado amigos, foi ai que entramos e não da mais pra sair.

A morena revirou os olhos.

– Não que nos arrependemos Harry. – afirmou. – Por sua causa nos divertimos mais nos anos em Hogwarts do que muitas pessoas.

– É claro! Quem mais andou por um alçapão, conheceu um cão de três cabeças que se chama fofo e foi uma das peças de um xadrez bruxo enorme! – Rony falava entusiasmado. – Ninguém teve a nossa sorte.

– Vocês ainda andaram com um carro voador! – Hermione resmungou. – Naquela época eu achei loucura, mas estou hoje magoada por não terem me levado junto.

– Não se preocupe, Mione, esse mês eu arranjo um carro voador e a gente vai dar uma volta, tudo bem? – Ron falou pegando a mão dela enquanto sorria. – E esse passeio nem foi tão legal assim.

Harry sorriu.

– Não foi legal por que você tem medo de aranhas.

– Por causa desse passeio realizamos o meu pior pesadelo. – Rony estremeceu. – Ser perseguido por aranhas gigantes.

Harry e Hermione riram.

– Se tirar a parte onde sempre tinha alguém tentando nos matar, até que aproveitamos bastante. – o moreno concorcou.

Logo o trio de ouro mudaram de assunto e cada vez mais bebiam o conteúdo de seus copos e pediam mais. Hermione sentia que a cada gole que dava toda a tensão que estava em seu corpo ia diminuindo e isso parecia a libertar. Eles riam como não faziam há muito tempo e naquele momento os três sentiam que a amizade que tinham era uma das coisas mais preciosas que poderiam ter e que nunca iria se acabar.

– Acho melhor eu i-ir e-embora. – Harry disse um pouco abalado pela bebida. – G-Gina deve estar p-preocupada.

Hermione começou a rir.

– Q-Quem é G-Gina? – perguntou.

Ron logo começou a rir junto.

– A minha irmã sua tonta. – Ele era o que tinha bebido menos por ter sido o ultimo a chegar. – A-Aquela i-idiota que se casou com o quatro olhos a sua frente.

– Q-qual deles? – Hermione olhava em direção a Harry. – Tem três dele.

– A-Acho que ela b-bebeu demais. – Harry disse se levantando. – N-Nunca pensei que esse dia chegaria.

Ron também se levantou e deu espaço para Hermione fazer o mesmo mas ela logo perdeu o equilíbrio iria cair se não fosse por Ron que logo segurou a amiga.

– Eu levo ela pra casa. – Harry disse se segurando na mesa e tentando retomar o bom senso.

– Deixa que eu levo. – Ron disse. – Você também não esta m-muito melhor que ela não.

Harry tirou o óculos e esfregou os olhos.

– Certeza? – perguntou. – Agora ela mora na mansão Malfoy, não sei se vai gostar de ir lá.

Ron fechou a cara.

– Aquele cretino ta forçando ela morar lá? Onde ela foi torturada?

Mesmo com a cabeça em todos os lugares menos ali, Hermione olhou para Ron que estava com o rosto meio vermelho.

– E-Ele trancou a-aquela sala. – respondeu. – E-estou com s-sono.

Harry olhava para Ron esperando uma resposta.

– Não se preocupe, eu levo ela. – confirmou. – Pode ir pra casa, se demorar mais Gina vai me matar.

Harry assentiu apertando as têmporas, já conseguindo imaginar a dor de cabeça que teria no dia seguinte. Despediu-se dos amigos e rumou para fora pronto para aparatar e ir encontrar sua amada esposa. Enquanto isso Ron fez Hermione sentar novamente.

– Será que devemos ir agora? – perguntou. – Não sei se vai fazer bem você aparatar tão bêbada assim.

Hermione sorriu.

– N-Não estou bêbada. – comentou. – Quando eu ficaria bêbada?

Rony sorriu e puxou ela para levantar novamente.

– Se diz que não esta bêbada então vamos, mas não é pra vomitar no meu sapatos. – ele brincou.

A morena revirou os olhos.

– Não sou você. – respondeu lembrando do dia que eles saíram e Ron estava tão bêbado que vomitou nos sapatos de Harry.

O ruivo pegou sua melhor amiga e primeiro pela cintura e rumou para fora do bar para que pudessem aparatar.

***

Draco estava na sala da mansão Malfoy e olhava novamente para o relógio que estava preso na parede. Já passara da meia noite e Granger não havia voltado para casa. Começou a andar novamente de um lado para o outro preocupado. Já era para ela ter voltado para casa há mais de quatro horas e nada de sua mulher aparecer e nenhuma ligação ou patrono para dizer algo. Mil motivos de seu sumiço já havia passado por sua cabeça, desde seqüestrada, morta até que depois dessa briga que tiveram ela resolveu que não agüentaria mais viver com ele e queria o divorcio.

Estava prestes a ligar para Potter quando ouviu risadas do lado de fora da porta e olhou a tempo de ver a maçaneta virar e a porta se abrir. A cena seguinte fez uma raiva subir pela espinha de Malfoy. Ronald que abrira a porta e Hermione estava ao seu lado segurando o pescoço do ruivo para manter o equilíbrio.

– O que esta acontecendo aqui? – Malfoy falou rude.

– Ela bebeu demais. – Ron falou olhando para o loiro com desprezo e desejou tanto que Hermione tivesse se casado com qualquer outro que não fosse aquele maldito. – Achei melhor ajudar ela a voltar para casa antes que fosse parar do outro lado do país.

Hermione riu.

– Não fale de mim como se eu não tivesse aqui. – a morena foi dar um passo mas tropeçou em seus próprios pés e caiu no chão o que só fez sua risada aumentar.

Ron se preparou para abaixar e ajudar sua amiga a levantar mas Draco foi mais rápido e com dois passos já estava ajoelhado ao lado da esposa e rapidamente levantou-a.

– Ela já esta em casa. – Mafoy disse. – Pode ir agora.

O ruivo lhe jogou um olhar irritado e depois olhou para Mione.

– Te vejo no sábado. – ele fala pra ela.

Ele se vira para sair quando Hermione o chama:

– Ron. – o ruivo olha para a amiga. – Obrigada.

– Que isso, Mione, tantas vezes que você já me carregou bêbado, agora foi minha vez para retribuir.

Hermione sorriu diminuindo um pouco o controle do álcool no seu corpo.

– Sim, eu já fiz isso muita vez.

Ronald sorriu e sem falar mais nada saiu deixando Hermione com um Draco furioso.

– Onde diabos você estava Granger? – rosnou.

Hermione balançou a cabeça tentando ter foco.

– Eu sai pra beber com Ron e Harry. – respondeu. – Tínhamos assuntos para discutir.

– Não poderia mandar a porra de um patrono? – perguntou soltando-a. – Eu fiquei aqui esperando você que nem um tonto.

Granger olhava assustada para seu marido.

– Desculpe, não achei que iria ficar preocupado.

– Já é meia noite e você achou que eu não ficaria preocupado?

A raiva de Draco estava as alturas. Ela ficou até tarde na rua sem avisa, volta para casa bêbada e nos braços do ex namorado e agora diz que achou que ele não se importaria se ela estivesse sumida ou num tumulo. Jogou-lhe um olhar de desprezo e se virou furioso querendo chegar no seu quarto para descontar sua raiva em alguma coisa.

– Malfoy. – ela o chamou antes que ele chegasse as escadas. – Malfoy. – Mas nada do marido se virar. – Draco.

Ele parou sem pensar.

Sempre amaria o jeito que ela pronunciava seu nome.

Hermione viu isso como uma brecha e foi até seu marido que estava de costas para ele perto do primeiro degrau. Subi-o e olhou dentro daqueles olhos cinzentas e sentiu as borboletas no estomago. Agora sua mente parecia começar a trabalhar bem melhor do que antes e começou a se xingar mentalmente por ter bebido tanto assim.

– Me desculpe. – pediu novamente. – Não deveria ter falado isso, só achei que por ainda estar bravo comigo não ia notar que eu não tinha voltado para casa.

– Me deixei subir, Granger. – Malfoy pediu.

Hermione mordeu o lábio e levantou seus braços e prendeu no pescoço do marido o puxando para um abraço. Malfoy ficou parado em choque enquanto sua esposa se aconchegava em seu peito.

– Granger, me solte.

Ela sorriu em ver que tinha algo diferente em sua voz. Levantou seu rosto e olhou novamente dentro de seus olhos. Estavam tão próximos que um conseguia sentir a respirar do outro. Logo Hermione sentiu seu coração acelerar e não pensou muito quando levantou mais o rosto e aproximou sua boca até tocar na de Draco iniciando o beijo e esperando não ser rejeitada. O que de fato não foi. Malfoy levou um susto mas logo passou os braços pela cintura da esposa querendo trazê-la para o mais perto que conseguisse.

– Meu quarto ou seu? – Draco perguntou quando se separaram.

– Tanto faz. – Hermione respondeu e logo subiram.

***

No dia seguinte Hermione acordou ao lado de Draco no quarto dele. Sua memória estava obscura mas logo foi clareando e começou a lembrar da conversa com seus amigos e da briga com Malfoy que acabou em um sexo ardente e fenomenal.

– Droga. – resmungou saindo da cama sem que o acordasse.

Com certeza se quisesse que ele não descobrisse sobre seus sentimentos ir para a cama dele não era o jeito certo. Pegou suas roupas e abriu a porta tentando não fazer barulho e logo correu para seu quarto. Já estava na hora de voltar para o hospital e agradeceu por não ter visto ele enquanto se arrumava e tomava café. Com certeza ele deveria estar exausta, e pensando nisso Hermione acabou se sentindo um pouco orgulhosa de saber que conseguia fazer isso com Draco Malfoy.

O dia no hospital estava estranhamente tranqüilo. Hermione olhava pela janela e via aquele dia nublado e uma sensação estranha passava por seu corpo. Imaginou que tinha comensais do lado de fora em algum lugar planejando coisas horríveis e pensando em matá-la. Logo ela concordou com a conversa que teve no dia anterior com Harry, era bom avisar para todos que a Ordem estava de volta. Pensando nisso logo lembrou de Draco e como ele reagiu quando ela apenas sugeriu que retomassem com a Ordem, ele não gostaria nada da idéia.

– No que esta pensando tanto? – Flávia perguntou.

– Quando você entrou? – Hermione perguntou surpresa.

– Agora... – respondeu confusa. Guardou os esparadrapos que tinha em seus braços e logo se sentou na cadeira em frente a doutora. – Mas me conte, você parece estar muito longe, no que estava pensando.

A morena mordeu o lábio ponderando se devia contar ou não.

– É que sábado eu vou fazer um anuncio... Que acho que Draco não vai gostar. – comentou. – E não sei se conto para ele antes ou não, se contar só vai fazer a gente brigar antes do tempo...

– É sobre o que? – a loira perguntou curiosa.

Hermione fez uma cara de decepção.

– Não posso contar ainda. – respondeu. – Desculpe.

– É algo tão ruim assim? – Flávia ficou em silencio pensando e continuou: - Conte antes, se não ele com certeza vai ficar bravo por não ter sido informado antes, afinal ele é seu marido, tinha que saber antes de outros.

Hermione pensou nas palavras da amiga e viu que ela tinha até que razão. Levantou da cadeira e deu um beijo no rosto da loira e em seguida sorriu.

– Obrigada.

***

Nos dias seguintes Hermione tentou reunir coragem para falar com Malfoy. Mas com a aproximação do evento em homenagem ao trio de ouro chegando tudo estava uma loucura. Na quinta depois do expediente teve que sair com Gina para procurarem um vestido para o grande dia e quando chegou em casa Draco não quis conversar por estar com medo dela querer falar sobre a noite anterior.

– Malfoy já chegou? – Hermione perguntou para Wonka na sexta quando chegou do trabalho.

– Não senhora, ainda trabalhando. – a elfa respondeu.

Hermione assentiu e foi para o quarto.

Sabia como no escritório tudo deveria estar complicado e Draco tinha que fazer o seu melhor para conseguir que os acionistas mudassem de idéia. Hermione estava pensando em algo para ajudá-lo mas não conseguia pensar em nada e isso a irritava muito. Quando Malfoy finalmente chegou naquela noite a esposa já havia dormido então não conseguiram conversar.

No sábado Hermione Granger já estava uma pilha de nervosos. Era o dia do evento e ela ainda não havia parado para conversar com Malfoy sobre a Ordem da Fênix e para variar quando acordou o marido já havia saído por que precisava terminar de analisar uns documentos na firma. Almoçou sozinha naquele dia e a tarde resolveu que era melhor ir se arrumar assim teria tempo para conversar com Draco antes de saírem para o evento.

Mas seis da tarde se aproximava e Malfoy não tinha voltado ainda para casa. Hermione se olhou no espelho e viu o lindo vestido vermelho que comprou para combinar com o colar que Ron lhe dera. Ouviu batida na porta e pediu para que quem fosse entrasse e logo viu um dos elfos.

– Senhora, o senhor Malfoy já chegou e esta em seu quarto se trocando.

Agradeceu ao elfo e se olhou no espelho novamente para retomar a coragem e correu para o quarto do marido abrindo a porta onde encontrou Draco terminando de vestir o blazer e indo arrumar a gravata. Assim que ele a viu sorriu e se surpreendeu por ter uma esposa tão bonita.

– Pode me ajudar com isso? – ele pediu e puxou a gravata.

Hermione assentiu e foi para ajudá-lo. Aproximou-se e levantou os braços para arrumar sua gravata.

– Tem algo que eu estou tentando te dizer desde quinta mas nós não conseguimos conversar...

– Fale. – ele pediu.

Suspirei e quando abri a boca para dizer Draco me interrompeu:

– Você vai ir mesmo usando esse colar?

Olhei para baixo e lembrei do colar de Ron.

– Vou sim, por quê?

– Por que foi o Weasley que te deu.

Hermione suspirou e até esqueceu o que iria falar.

– Não vamos começar novamente com essa discussão. – disse irritada. – Meu amigo pode sim me dar presentes!

– Granger, você pode achar que ele esta de boa com tudo isso mas eu realmente sei que ele esta tramando algo...

– Ele não é você Malfoy, pare com isso...

– Mas que merda, Hermione...

Ela soltou a gravata do marido e deu um passo para trás.

– Termine essa merda sozinho. – disse indo em direção a porta. – E venha logo, estamos atrasados.

***

Chegaram atrasados ao salão do ministério onde teria a festa. Já estava repleto de convidados e repórteres que estavam ali para cobrir o evento e o grande discurso que Harry Potter faria. Draco e Hermione Malfoy entraram sem dizer uma palavra um com o outro e foram em direção ao palco que seria a apresentação do ministro em alguns minutos.

– Aquele não é o Zabini? – Hermione perguntou apontando para a outra extremidade do salão.

Malfoy olhou naquela direção.

– Vou lá falar com ele, já te encontro.

Hermione concordou meio hesitante. Ainda tinha que falar com ele antes de subir no palco mas logo viu um homem moreno com uma câmera nas mãos e a sensação de que o conhecia fez esquecer de Draco por alguns instantes. O homem se virou e logo Hermione viu quem era.

Daemon Schreave.

O repórter que conheceu enquanto estava no Havaí na casa de Narcisa.

Daemon sentiu alguém olhando para ele e se virou olhando direto para os olhos de Hermione que sorriu. Ele sorriu de volta e com um pouco de dificuldades conseguiu andar até onde a morena estava.

– Hermione!. – cumprimentou. – Pensei que nunca mais a veria.

– Daemon. O que esta fazendo aqui?

Ele levantou a câmera que estava em sua mão.

– Estou a trabalho.

A senhora Malfoy iria responder mas logo o ministro soube no palco e vai direto para o microfone e começa a falar:

– Estamos aqui para homenagear novamente nosso trio de ouro que lutou tanto para o fim da segunda grande guerra bruxa. – ele falava e todos da platéia aplaudiram. – E por isso chamo ao palco nossos homenageados: Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley.

Hermione sentiu alguém pegar seu braço e olhou para Ron que a empurrava em direção as escadas. Sentiu os flashs da câmera tirarem varias fotos suas e quando notou já estava em cima do palco com Harry em um lado e Rony no outro. Sorriu tentando não parecer nervosa e olhou para o moreno que foi até o microfone.

– Obrigado ministro. – Harry agradeceu. – Mas hoje venho aqui não só para festejar mas também para dar um importante aviso. – o salão todo ficou em silencio esperando Harry Potter terminar de falar. – Como todos viram no Profeta Diário estão tendo ao redor do mundo bruxo diversos ataques comensais e nós aurores estamos fazendo de tudo para achá-los, mas infelizmente não estamos tendo alguns problemas para conseguir localizá-los.

Hermione olhava para os rostos das pessoas que estavam na platéia e via preocupação. Procurou por Draco rezando que no fundo ele não ficasse tão irritado com ela por não ter comentado antes com ele sobre o que Harry estava prestes a contar a todos.

– E por causa disso minha amiga Hermione Gran... Malfoy, trouxe uma idéia que depois de muito ser refletida resolvemos colocar em prática. – Harry parou de falar e olhou em direção a amiga. – Pode contar a todos?

Hermione queria negar mas viu que tinha algo com seu amigo. Para ele pedir para que ela fizesse algo assim... Ela assentiu e tomou seu lugar em frente ao microfone. Procurou o olhar de Draco e logo o encontrou.

– Espero que todos aqui se lembrem de uma antiga organização criada por Dumbledore durante a primeira guerra bruxa chamada Ordem da Fênix. – Hermione começou a falar e alguns comentários foram feitos e muitos assentiram com a cabeça. – Caso não se lembrem, ela foi criada com o objetivo de lutar contra Voldemort e seus seguidores, como agora, naquela época comensais traziam terror tanto para a população bruxa quanto para a trouxa. – ela parou de falar para respirar um pouco e continuou: - E pensando nisso, eu Hermione Malfoy, Ronald Weasley e Harry Potter decidimos que iríamos voltar agora como lideres da Ordem e assim lutar novamente para levar todos os comensais a justiça. A Ordem da Fênix esta de volta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Gostaram???
Review???
Recomendação???
Até o proximo cap.