Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 16
Capítulo 16 - He is back


Notas iniciais do capítulo

Oi >.
Boa leitura.



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– É você mesmo? – Gina perguntou.

– Não me diga que só alguns meses longe já não reconhece mais seu próprio irmão. – ele brincou colocando a mala no chão e abrindo os braços para logo acolher uma Gina pulando para um abraço.

Hermione se encolheu e logo sentiu a presença de Draco atrás de si o que a fez pensar como Ron iria reagir ao saber de seu casamento, rezava que fosse pelo menos sensato de não brigarem ali. George e Molly Weasley andaram até o ruivo que fora abraçado por sua mãe assim que a irmã o soltou.

– Você emagreceu tanto. – Molly reclamou enquanto apalpava o filho. – Não anda se alimentando direito, né?

Ron sorriu para a mãe, havia realmente sentindo falta dela e de suas preocupações. Depois que recebeu o abraço dos irmãos e do pai, o ruivo se virou para procurar seus melhores amigos e finalmente notou que havia alguém a mais em sua casa e a surpresa junto com a raiva dominou.

– O que o Malfoy esta fazendo aqui?

Todos ficaram em silencio e Draco tentava esconder o sorriso que queria sair em seus lábios. Hermione que estava na frente do marido olhou para ele e notou seu divertimento, revirou os olhos e procurou Harry para pedir ajuda.

– Vamos todos pra fora, eles tem que conversar. – Molly falou tentando acabar com o clima tenso que se instalou na sala.

– Eu não quero sair. – George reclamou. – Isso vai ser tão divertido, alguém faz pipoca pra mim?

A senhora Weasley bateu na cabeça do filho.

– Que pipoca o que, você vai sair agora por que eu estou mandando.

– Alguém pode me explicar o que esta acontecendo? – Rony insistiu tentando não soar bruto.

– Rony... – Hermione tentou falar mas sua voz não saiu mais alto que um sussurro e Draco que estava logo atrás pegou sua mão e juntou com a dele e ela tentou novamente: - Rony. – Chamou.

Ele se virou para ela e seus olhos brilharam mas logo ele abaixou e viu a mão da sua melhor amiga entrelaçada com seu inimigo de infância.Logo todos já haviam saído menos Hermione, Rony, Draco e Harry que acabara insistindo para sua esposa, Gina, sair e que essa conversa era entre eles.

– Hermione? Por que você esta de mão dada com ele?

A morena olhou para Harry que deu de ombros e seu olhar dizia claramente: Você se meteu nessa, agora explique. Ela suspirou e foi para o lado do marido tomando coragem para continuar.

– Ron... Draco é meu marido agora. – disse de uma vez só para não hesitar depois.

As cores que se passaram pelo rosto do ruivo poderiam formar um arco Iris, saiu do branco para vermelho e foi variando entre essas tonalidades. Hermione começou a pensar que era uma boa hora para sair escondida mas Draco apertou sua mão como se estivesse lhe dando conforto e se sentiu grata, por ele não ser mais aquele babaca da escola – ainda era arrogante mas não poderia ter tudo que queria – por ele estar sendo um amigo para ela, e se sentia grata até por esse casamento inusitado.

– Você esta brincando, certo Hermione? – Rony tentou justificar a atitude da amiga que nada respondeu então seu olhar foi para Harry a procura de uma resposta e quando não a teve começou a assimilar que era tudo verdade. – Não acredito que você deixou isso, Harry.

– Ele não tem que me deixar fazer nada. – Hermione disse começando a ficar irritada. – A vida é minha, Ron, faço com ela o que eu quiser.

– E o que ela quiser quer dizer casar-se comigo. – Draco falou baixo mas todos no recinto ouviram.

– Hermione esta certa, Rony. – Harry ignorou o comentário do Sonserino. – Ela não precisa de permissão para fazer nada.

– Mas... Harry... – as palavras não vinham nem na boca nem na mente de Ronald Weasley. Sentiu que havia entrado em uma grande pegadinha ou um sonho bizarro e queria desesperadamente acordar só que por mais que pensasse via o quanto tudo aquilo era realidade.

Fora de casa estavam George e Gina prensados contra a porta tentando ouvir alguma coisa e Molly brigando com os filhos para não serem tão enxeridos. Hermione dentro da sala conseguia ouvir a movimentação mas tentava ignorar isso e se preocupar mais com o ruivo furioso a sua frente que por mais que no passado havia lhe magoado muito ela não conseguia ver uma vida sem ele.

– É o Malfoy. – Ron completou.

– Qual é o problema de ser eu? – Draco questionou. – Sou bonito, rico, sexy, bom de cama, desejável.

– Você sempre responde a mesma coisa. – Hermione respondeu tentando acalmar Malfoy, sabendo que logo ele iria perder a paciência se o assunto continuasse nesse rumo.

O Weasley lhe jogou um olhar de puro ódio.

– Malfoy, você é um mau caráter, não confio em você, muito menos quando colocou a Mione no meio.

– Não pedi pra confiar em mim. – Draco disse irritado e logo revirou os olhos. – Não estou pedindo nada a você, por mim poderia continuar me odiando que não faria a mínima diferença.

Hermione bateu seu cotovelo na barriga do marido para ver se ele parava de dizer bobagens.

– Que bom por que eu sempre vou te odiar.

– Ron. – a morena chamou. – Ele não liga se você o odiar pra sempre mas eu sim. Você é meu amigo, Rony.

– Amigo, Hermione? – nunca a palavra amigo sairá com tanto desprezo da boca do ruivo. – Eu sou seu ex namorado! E como seu ex namorado não concordo com isso.

A boca dela se abriu em surpresa. Eles não poderiam ter novamente aquela conversa, e muito menos ali. Quando será que Ronald entenderia que foi ele que quis terminar então não tinha nenhum direito de se meter em sua vida. Tinha que respeitar suas escolhas como ela fazia com as dele, sempre fora contra a viagem que ele resolveu fazer mas mesmo assim o apoiou.

– Harry, Draco. – Hermione chamou e para conter a raiva fechou a mão em um punho. – Podem por favor sair?

– O que? – os dois indagaram juntos e logo se olharam.

– Eu não vou sair. – Malfoy disse com convicção.

E ele teria ficado se sua esposa não tivesse se virado e olhado dentro de seus olhos. Draco de inicio não sabia o que era o fogo no olhar mas sabia como o Weasley estava encrencado. Hesitou um pouco ao ponto de fazer Harry ir até ele e colocar a mão em seu ombro para levá-lo para a saída. Assim que abriram a porta notaram Gina e George parados ali apenas escutado. Harry pegou sua mulher pelo braço e assim passaram para o lado de fora.

Antes da porta se fechar Hermione conseguiu ouvir:

– Gina! Eu disse para não se meter nisso.

– Eu estava quietinha ouvindo. – a ruiva respondeu.

O silencio ficou por alguns segundos na sala antes de qualquer um dos dois arranjar coragem para dizer alguma coisa. Draco estava impaciente do outro lado da porta e logo acabou por se juntar a George tentando ouvir alguma coisa dentro da casa.

– Ron... Quantas vezes teremos que ter essa conversa? – a Grifinória indagou.

– Quantas forem necessárias para você entender que eu só quero...

– Mandar na minha vida. – ela não deixou-o terminar. – Que raiva Ronald, já conversamos sobre isso umas trezentas vezes. Terminamos lembra? Você estava lá, alias você que terminou. Então por que raios continua possessivo e achando que tem algum direito sobre mim? Se não tinha antes vai ter muito menos agora.

– Você não me entendeu...

– Entendi sim! Acha que tem algum direito da minha vida. – Hermione respirou fundo para enfim continuar. – Ron, eu te amo como meu melhor amigo mas de agora em diante que pelo menos trate o Draco com respeito. Não me importo se ainda quer matá-lo, mas ele é meu marido agora e se quer que continuemos amigos não quero ver o que aconteceu hoje se repetir.

Hermione sentiu-se orgulhosa de si mesma. Nunca pensou que teria tanta força e convicção para dizer tudo aquilo olhando dentro dos olhos do ruivo. Viu que o havia magoado, mas que se dane! Quantas vezes ela também não foram magoada e ficou quieta no seu canto. Por incrível que pareça, agora ela estava feliz e finalmente sentia que estava em casa, não queria perder isso. Não agora. Sabia que assim que desse Draco pediria o divorcio mas ela pensava que, se construíssem uma relação de amizade agora quem sabe, talvez, ele no futuro quisesse ainda manter contato depois do divorcio.

Ron vira que sua estratégia não daria certo. Não com essa Hermione que estava parada logo a sua frente. Não conseguia ver sua melhor amiga e primeiro amor ali e odiou Malfoy ainda mais por dentro. Mas conhecia a morena o suficiente para saber que se não conseguiria impor teria que tentar algo mais calmo e no final, convencê-la de que se casar com Draco Malfoy foi uma burrice.

– Hermione... Desculpa. – ele pediu e ela se surpreendeu. – Sei que não posso impor nada para você. Mas me entenda, eu viajo e quando volto você esta casada com Draco Malfoy! Até parece que se esqueceu de tudo que ele nos fez, te fez.

– Eu não esqueci. – ela disse a verdade. – Sei como ele pode ser cruel as vezes mas... Esta diferente agora. – Hermione sorriu com o pensamento. – Draco é leal e mais inteligente do que eu imaginava, cuida dos seus amigos e até mesmo de mim, mesmo não querendo admitir isso.

Rony estava perplexo.

A ultima vez que viu aquele sorriso e o olhar que estava no rosto de Hermione foi quando estavam apaixonados. Quando ainda estavam namorado. Depois disso nunca mais. E algo rasgava seu coração por dentro saber que aquilo tudo era por Malfoy. Aquela fuinha que não merecia nada disso. Ron tinha certeza de uma coisa: Draco Malfoy nunca merecia nem um olhar de Hermione, quem dirá seu amor.

– Você esta mesmo apaixonada? – ele perguntou a ela.

– Sim, estou. – falou sem hesitação.

Nisso seus olhos se arregalaram quando notou o que tinha afirmado. Saiu sem que Hermione mesmo tivesse pensado para responder e algo no seu peito se apertou e sua mente pareceu clarear. Soltou a mão que notou estar fechada em punho e tentou não perder o equilíbrio com a contestação que...

Ela estava apaixonada.

E pior de tudo. Pelo seu marido.

Nenhuma mulher no mundo ficaria desesperada em notar isso mas Hermione sim. Não estava nos seus planos se apaixonar pelo arrogante Draco Malfoy. Muito menos quando sabia que ele nunca a amaria de volta. Não ela, amiga do Potter e uma sangue ruim. Teria que se conformar que, o máximo que conseguiria ter dele é sua amizade, o que já era muito comparado com o antes.

– Se você o ama eu não posso fazer nada. – Ron disse isso mesmo não querendo. – Só... Por favor, Hermione, não se magoe.

Ela deu um sorriso triste.

– Eu não vou. – mentiu.

Hermione sabia que com certeza ela sairia desse casamento magoada.

Ouvindo isso Ron se aproximou e a puxou para um abraço. Sabia que naquele momento não podia fazer ou dizer nada, a morena não iria reconsiderar aquele maldito casamento. Então pela primeira vez na vida Ronald teria que esperar, e aos poucos mostrar a ela que Malfoy não era o homem da sua vida.

***

Depois daquela exaustiva conversa Hermione e Ron saíram para fora onde estava acontecendo o jantar. Draco não conseguiu ouvir quase nada da conversa então quando Hermione abriu a porta e notou que ele estava “escutando” não entendeu por que ela parecia tão nervosa. Não sabia que ela estava com medo de ele ter ouvido sua declaração. Ron passou por ele como se não o visse e foi direto na direção de seu melhor amigo. Muitos ali queriam saber sobre o que Hermione e Rony conversaram, já que passaram muito tempo lá dentro mas Harry sempre mudava de assunto, sabia que era o melhor naquele momento.

– Tem algo errado? – Draco sussurrou no ouvido da esposa.

Hermione negou com a cabeça.

– Então por que não esta falando comigo?

– Eu estou falando com você. – disse enquanto se sentava em frente a mesa cheia de comida. – Você ouviu minha conversa com Ron?

Draco franziu o cenho.

– Vocês falaram muito baixo. – resmungou. – Não deu pra ouvir.

A Grifinória quase suspirou aliviada e logo sorriu.

Todos agora estavam ao redor da mesa comendo a deliciosa comida feita pela senhora Weasley. George e Gina estavam rodeando Ron para ouvir como foi a viagem mesmo não notando que naquele momento o que o ruivo mais queria era estar com seus melhores amigos. Via Harry conversando com Arthur ao longe e Hermione com Draco e se sentia triste, queria sua amizade de volta. Queria os três mosqueteiros, não tinha um sem o outro.

– Pessoal, silencio por favor. – Ron pediu quando se levantou da cadeira que estava sentado. – Queria fazer um brinde ao meu sobrinho e que ele venha mais bonito que Harry, e com a visão melhor, amem.

Hermione deu um largo sorriso e se levantou também.

– Por que a visão do Harry é ruim pra caramba. – completou.

Harry também se levantou revirando os olhos.

– Quantas vezes vou ter que dizer que eu não tenho culpa? É hereditário, meu pai usava óculos, meu avô também, e provavelmente meu filho também.

Ron fingiu uma careta.

– Eu sabia que tinha que ter escolhido um marido melhor pra minha irmã. – brincou. – Esse ai vai acabar com a nossa linda genética.

Os três riram sentindo aquela familiaridade voltar.

Nisso todos voltaram a uma conversa e logo Gina foi conversar com Draco sobre o jogo dessa noite e logo a conversa rumou para outros times de Quadribol. Ron vendo que essa era a chance, foi até Hermione que estava quieta do lado do marido e puxou-a pelo braço, não sem antes Draco notar e não gostar nada da situação. Passaram por Harry que logo os seguiu também e como antigamente os três foram para o quarto de Ron conversar.

Draco olhava em direção a porta esperando que Hermione voltasse mas nada, logo Gina percebeu isso e comentou:

– Não espere tão cedo, quando os três vão para o quarto não irão sair de lá tão facilmente.

Enquanto isso no quarto de Ronald, Hermione e Harry estavam sentados na cama como antigamente e um sorriso nostálgico não conseguia sair do rosto de Hermione. Ron mexia em sua mala como se procurasse algo até que tirou seu braço da mala que tinha o feitiço de extensão, em sua mão tinha dois embrulhos que deu para seus melhores amigos.

– Enquanto eu estava viajando percebi que tinha que trazer algo para vocês. – falou.

– Percebeu? Do jeito que fala até parece que esqueceu que tem amigos. – Hermione resmungou mas sorriu e pegou a caixinha que Ron lhe entregou.

Esperou Harry abrir o dele para finalmente também abrir o seu e se surpreendeu com o que vira. Era um colar com pedras vermelhas semelhantes ao rubi. Sorriu maravilhada por saber que Ron pensara nela quando viu o colar. Era perfeito para uma Grifinória. Fechou a caixa e deixou ao lado pulando da cama para dar um abraço no melhor amigo que sentiu tantas saudades nos últimos meses.

– Obrigada Ron, é lindo.

– Eu queria que usasse na festa que vai ter semana que vem. – o ruivo pediu.

Ela sorriu.

– Vou usar.

Os dois se viraram para Harry que estava com uma expressão chateado no rosto.

– O que foi Harry?

– Semana que vem é a festa para nos homenagear. – o moreno disse.

Os dois melhores amigos assentiram.

– Eu tinha esquecido. – comentou. – nessa festa vou ter que fazer um discurso, ordens do chefe, dizendo o que esta acontecendo com os comensais mas sem colocar a população em pânico, como eu faço isso?

Hermione suspirou.

– Eu soube dos ataques durante a minha viagem. – Ron comentou. – Foi um dos motivos para que eu quisesse voltar mais cedo. Como esta as coisas?

– Complicadas. – Harry respondeu. – Muitos comensais fugiram de Askaban e não sabemos nem como achá-los. Enquanto procuramos eles acabam atacando lugares e matando muitos bruxos.

– Isso não faz sentido. – Hermione comentou. – Eles nunca foram de atacar lugares aleatórios, sempre tem algum motivo para isso.

– Mas se tem motivo isso quer dizer que alguém esta liderando-os, certo? – Ron comentou.

Ele esta mais esperto, Hermione pensou.

– Provavelmente é Bellatriz. – Harry comentou.

– Bellatriz não morreu? – Ron perguntou.

Junto com Hermione, Harry explicou do ataque a toca, de como Bellatriz ficou interessada em Teddy. A morena contou da conversa com Narcisa e em seguida sobre a idéia de reunir a Ordem novamente.

– Eu concordo. – Ron disse. – A Ordem é nossa única chance no momento.

– Desde que você falou, Mione, eu pensei nisso. – Harry contou. – Só que tem um problema, quem irá liderar a ordem? Era Dumbledore, mas ele esta morto.

– Depois dele quem ficou encarregado mesmo? – Ron perguntou.

– Lupin. – Hermione respondeu.

– Morto. – Ron concluiu. – Snape também seria ótimo, ele sabia muito dos planos de Dumbledore.

– Mas também esta morto. – Harry comentou.

Hermione mordeu o lábio triste.

– Harry, no momento nós três podemos fazer isso. – ela disse. – Mas pra frente pensamos em alguém mais qualificado, mas temos que agir logo, então vamos cuidar disso por enquanto.

Os olhos verdes do amigo fitaram seu rosto.

– Vocês fariam isso comigo? – perguntou.

– Sempre. – Hermione e Ron responderam em uníssono.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Ate o proximo cap.
Beijos