Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 10
Capítulo 10 - Apartment 123


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora gente.
Desde que voltou as aulas ta tudo uma corria de 3 EM, sabem, ultimo ano, esta sendo dificil.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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Hermione estava sentada na cadeira em frente a mesa de Raul, o medico chefe do hospital em que trabalhava. Suas pernas estavam inquietas e o que queria era sair de dali logo, mas precisava da aprovação dele naquele momento.

– Você já esteve muito tempo fora, senhorita Granger. – Raul falou olhando para uma folha.

– Senhora Malfoy. – corrigiu.

– Ah sim, claro, você se casou.

Ela lhe jogou um olhar de desgosto.

– Eu sei que estive muito tempo fora, mas eu vou precisar dessa semana de folga. – a morena tentava convencer seu chefe. – É assunto do ministério e...

– Sei que todos do mundo bruxo a consideram uma mulher responsável e que é adorada por ter feito aquilo lá de ajudar Harry Potter mas lembre-se que aqui é apenas mais uma das minhas funcionarias.

O rosto da Grifinória ficou vermelho de raiva.

– Eu não fiz nada demais claro, só ajudei eu acho a salvar o mundo bruxo. – ironizou. – Mas eu não estou pedindo privilégio por quem eu sou nem nada assim de qualquer modo. Eu tenho férias sobrando dos anos que trabalho aqui e não sai, posso tirá-las.

Raul a olhava irritado mas assentiu.

– Te darei no máximo duas semanas para ficar fora. – ele disse assinando um papel e logo entregou para a medica. – Você melhor do que ninguém sabe do tamanho dos estragos que estão sendo os ataques de comensais e precisamos do máximo de médicos disponíveis que pudermos.

Hermione assentiu.

– Obrigada. – falou se levantando e apertando a mão do idiota a sua frente. – Voltarei logo.

Dizendo isso se virou e saiu do escritório fechando a porta atrás de si para poder suspirar aliviada. Por um momento realmente achou que ele iria negar sua ausência no hospital por alguns dias mas ela tinha que fazer algo realmente importante.

Seu coração bateu mais forte lembrando da cena do dia anterior. Estar comemorando o aniversário de Teddy na Toca e os comensais chegarem não era algo que conseguiria esquecer tão facilmente. Depois de toda a movimentação os aurores chegaram fazendo uma bagunça e querendo saber de tudo e claro, todos estava exaustos e preocupados com o aniversariante.

– Vocês precisaram falar com Narcisa. – Harry comentara depois que a maioria haviam ido embora. – Os comensais com certeza procuraram ela, principalmente para se vingar por ter traído Voldemort.

Hermione prometeu ao meu melhor amigo que iriam fazer isso e ainda traríamos alguma novidade caso ela soubesse. Ao chegar em casa Draco falou que estava pensando mesmo em ver sua mãe para ver como ela estava lidando com a solidão.

– Devo voltar em no máximo dois dias. – ele falou enquanto tirava a gravata.

A morena reparou como ele parecia nervoso com tudo que tinha acontecido e ficou com medo de deixá-lo ir sozinho. Então engoliu seus medos que era rever Narcisa Malfoy e disse:

– Estou pensando em ir com você.

Malfoy olhou para ela surpreso.

– Esta mesmo querendo ver a minha mãe?

Hermione deu um sorriso.

– Ela mora no Havaí, eu com certeza quero ir.

Por incrível que pareça Draco não contestou, então ficou decidido que no dia seguinte eles iriam resolver tudo para saírem em viajem. Durante a noite seus receios em encontrar Narcisa Malfoy estava constantemente presentes em sua mente fazendo com que mal dormisse. Ao acordar no dia seguinte,Hermione estava pronta para começar a ver tudo para a viagem só que não encontrou Draco em casa.

Sabendo que não poderia resolver tudo sozinha foi até o hospital pedir sua licença aonde estava saindo agora. Despediu-se de Flávia prometendo que aproveitaria muito a vista dos homens latinos por ela e logo aparatou para sua casa esperando encontrar seu marido que novamente não estava. Olhou no relógio e viu que logo seria a hora do almoço e Draco chegaria.

Mas Hermione se decepcionou já que passara das três da tarde e o loiro nem tinha dado sinal de vida. Isso acabara irritando muito a morena que fez o que queria indo até o escritório do Malfoy e ligando o computador procurando passagem aéreas. Ficou meia hora assim até que resolveu comprar o primeiro vôo do dia seguinte com destino para o Havaí. Abriu a gaveta onde sabia que Draco guardava os cartões de credito internacionais e logo finalizou a compra.

Assim que ouviu a porta da frente ser fechada deu um pulo da cadeira já cansada e abriu a porta do escritório para sair quando da de cara com Malfoy que estava entrando.

– O que esta fazendo no meu escritório? – ele pergunta.

– Fazendo o que você deveria ter feito. – resmungou. – Aonde diabos você estava? – perguntou andando para o lado saindo de perto dele. – Sabe do que mais? Acho que nem vou querer saber se a garota era loira ou morena.

Ela virou e fechou os olhos revoltada consigo mesmo. Por que diabos havia insinuado que ele estaria com outras mulheres mesmo?

Draco riu.

– Hermione mostrando seu lado ciumento. – zombou. – Até que fica muito fofa...

– Ah cala boca Malfoy. – disse já começando a subir as escadas. – Se não quer contar não me enche também.

Estava prestes a continuar a subir devido ao silencio quando Malfoy finalmente tirou o meio sorriso besta da cara e respondeu:

– Eu fui no Ministério.

Hermione parou e virou-se para olhá-lo.

– Por que?

– Os aurores pediram ontem. – disse. – Queriam me interrogar.

– E não me disse porque...?

Draco deu de ombros.

– Não achei importante.

A morena olhou para cima pedindo paciência.

– Deveria ter me falado. – brigou. – Eu deveria ter ido com você e você tem muitos direitos que eles podem ter ultrapassado...

– Não sou criança, Hermione. – Draco respondeu. – E sei muito dos meus direitos, não sou indefeso. – ele falava como se estivesse mesmo falando com uma criança. – Agora me fale o que estava fazendo no meu escritório.

Hermione desceu alguns degraus para ficar mais perto do marido.

– Comprando nossas passagens pro Havaí. – respondeu.

– Passagens?

– De avião.

– Por que vamos de avião? – o loiro perguntou não gostando do rumo daquela conversa. – Podemos simplesmente aparatar.

Ela revirou os olhos devido a falta de atenção do homem a sua frente.

– Primeiro não conhecemos o lugar, precisamos ter algo em mente para aparatar. – respondeu. – Segundo imagina aparecermos do nada e alguém ver? E por ultimo aparatar em pequenas distancias já exaustivo, de um continente a outro é pra esgotar seu núcleo mágico, e caso precisarmos nos defender não conseguiremos.

Draco tinha que ficar calado devido as razões. Eram boas. Mas viajar como um trouxa... Não era o que ele chamaria de felicidade.

– Então é sua obrigação avisar a sua mãe que amanhã no inicio da tarde estaremos lá. – Hermione concluiu.

Malfoy assentiu.

– Que horas é o nosso vôo? – perguntou enquanto começava a pensar no que iria comer, estava realmente com fome.

– Às quatro da manhã.

Draco deu de ombros antes de seu cérebro captar realmente o horário.

– Você quer que eu acorde as quatro?

Hermione negou com a cabeça.

– Nós temos que estar no aeroporto as duas já que é vôo internacional, então eu espero que você acorde as uma. – respondeu sabendo que o marido não estava gostando nada da idéia.

O loiro estava pensando se havia entendido errado.

– Não acha muito cedo?

Granger cruzou os braços em seu peito.

– Sim, eu queria um vôo pra hoje mas estavam todos lotados e o primeiro vazio era desse horário. – respondeu. – Quem diria que tantas pessoas iriam querer ir para o Havaí essa época do ano?

Ele revirou os olhos.

– Nem vou dormir essa noite! – reclamou.

– Não me importo, só faça a sua mala, certo? – Hermione pediu já querendo voltar a subir.

Draco bufou irritado mas não disse nada a mais deixando Hermione ir para seu quarto começar a procurar as roupas que iria levar nessa viagem. Deu uma rápida ligada para Harry avisando que iriam ver Narcisa.

– Você esta indo ver Narcisa? – Harry perguntou no telefone.

– Ela vai ver a mãe de Draco? – Hermione ouviu a voz de Gina no fundo. – Deixe-me falar com ela Harry Potter!

– Não Gina, Hermione ligou para falar comigo, deixe com que ela seja a minha melhor amiga por alguns minutos não a sua, pode certo? – Harry resmungou.

A morena prendeu a respiração. Harry estava ferrado.

– Harry Potter me dê esse telefone antes que eu te coloque pra dormir com monstro. – Gina gritou.

– Dormir comigo senhora? – a Grifinória conseguiu ouvir o elfo do outro lado da linha também.

E o nervosismo que estava sentindo foi diminuindo ao ouvir seus amigos sendo tão...Eles mesmo.

– Hermione me conte tudo. – Gina pediu pegando o telefone.

Granger riu.

– Eu sou muito amada por vocês viu, céus, isso foi tão engraçado. – brincou.

Ginny riu.

– Não desvie do assunto. – ela insistiu. – Amanhã estará indo para a casa da Narcisa?

O frio no estomago voltou.

– Sim...

– E como você esta?

– Bem...Nervosa. – admitiu. – Eu estou completamente nervosa.

Casar com Draco já fora uma coisa que Hermione nunca pensara em fazer e agora ter que ir na casa da mulher que sabia que tinha muito preconceitos com pessoas como ela, realmente o destino pregava peças.

– O que Draco disse? – Gina perguntou.

– Nada... – a morena respondeu. – Eu meio que não comentei esse meu...receio pra ele, é bobagem.

A ruiva riu.

– Você tem que com ele, quando conversarem tudo vai se revolver, você verá.

Hermione assentiu mas logo notou que a amiga não veria.

– Sim, eu acho.

Até imaginou ir falar com Malfoy sobre seu medo de ver Narcisa novamente, já esperava uma mulher soberba arrogante e como os dias deles seriam horríveis, mas apesar de tudo era sua mãe. Hermione não se sentia no direito de dizer algo.

– Agora posso falar com ela? – Harry perguntou.

– Ta bom, homem chato esse que eu fui arranjar. – Gina fala. – Vou dar pro Harry, nos falamos depois.

A morena riu.

– Vai dar pro Harry vai? – brincou.

Ginny riu.

– Hoje a noite com certeza.

Hermione foi responder mas não percebeu que a amiga já havia entregado o telefone para o melhor amigo.

– Eu já disse que não preciso dos detalhes pervertidos que você me da sobre a sua vida sexual com meu melhor amigo.

Harry tossiu desconfortável.

– Ela da detalhes?

A senhora Malfoy ficou vermelha.

– Você nem ia gostar de saber, Harry. – respondeu.

O moreno tossiu para disfarçar seu constrangimento.

– Soube que Malfoy esteve no Ministério hoje. – mudou de assunto.

– Queriam interrogar ele.

– Eu acho que vocês tem que ficar de olho, Hermione. – Harry disse. – Com os comensais voltando a ativa agora vocês tem o dobro de perigo já que os comensais vão achar traição terem se casado e o ministério vai achar que ele tem algo com isso.

– Eu sei. – a morena respondeu. – Só... É tanta coisa e eu só quero que isso acabe, faz anos que a guerra acabou mas o pesadelo continua, mas não se preocupe vamos nos cuidar.

– Sim, o pesadelo continua. – O melhor amigo disse com a voz meio sombria.

– Não venha com pensamentos negativos, Harry. – Hermione pediu. – Tenho que desligar, ainda não fiz minhas malas.

Harry riu.

– Boa sorte em ver a sua sogrinha.

– Eu vou precisar.

E assim desligaram.

Já era final da tarde e sabendo que teria que acordar cedo Hermione arrumou sua mala rapidamente colocando o máximo de roupa para calor que achara em seu guarda roupa e em seguida passou na cozinha para avisar aos elfos que passariam alguns dias sozinhos.

Por incrível que pareça Hermione estava cansada do dia estressante que tivera. Começou a subir as escadas já pensando em tomar banho e cair na cama quando viu a porta de Draco aberta. Ficou receosa em ir até lá já que evitava ao máximo desde o surto dele da ultima vez.

– Já arrumou a mala? – Hermione perguntou depois que parou na soleira.

Malfoy que estava com duas camisas em sua mão se virou para olhá-la.

– Amanhã eu vou com essa? – Perguntou mostrando a branca. – Ou essa?

A morena balançou a cabeça negativamente.

– Nenhuma das duas, vai ficar com calor se usar.

Draco apenas a ignorou.

– Acho que a branca quer dizer mais homem responsável. – disse mais para si mesmo do que para a esposa. – Esta decidido, a branca é a escolha final.

Hermione revirou os olhos.

– Faça o que quiser. – disse. – Só durma cedo, nós madrugaremos.

Vendo que seu marido não iria responder Hermione se virou e foi para seu quarto indo direto para seu banheiro e tomando um banho super relaxante tentando esquecer que no dia seguinte nessa hora provavelmente estaria na companhia de Narcisa Malfoy. Suas preces era apenas que não houvesse xingamentos muitos fortes.

***

Para o azar de Hermione na manhã seguinte ao acordar uma da manhã estava nevando. Foi até o banheiro para arrumar aquela cara amassada de sono e ficou imaginando como iria ficar com o vestido que tinha escolhido para viajar. Sabia que ao chegar no Havaí estaria calor mas não cogitou que ainda estaria frio na Inglaterra.

Maquiou-se rapidamente ao notar que já estava um pouco atrasada. Colocou o vestido curto rosa claro que escolhera e alisou magicamente seus cabelos para que não tivesse que fazer algo mais demorado e domar os cachos.

Seu estomago roncou de fome mas sabia que só tomaria café ao chegar no aeroporto por que pediu para os elfos não se importarem com eles. Draco e ela poderiam se virar. Como uma luz brilhando em sua mente Hermione lembrou-se do marido e que tinha que ver se estava pronto.

Pegou sua mala e carregou-a mesmo pesada até perto da escada quando deixou e andou até o quarto do marido vendo a porta aberta e nenhuma claridade vindo de dentro. Hermione revirou os olhos e começou a bater na porta insistentemente.

– Draco Malfoy! Acorde ou iremos perder o vôo.

Logo a porta se abriu e a morena viu o loiro esfregar suas mãos nos olhos parecendo não ter dormido quase nada e ainda estava sem camisa. Seus olhos pararam por alguns segundos em seu tórax mas logo voltou a olhar para os olhos cinzentos que pareciam mais acordado.

– Vá logo, temos dez minutos para estarmos lá se quiser comer algo antes do vôo. – ela disse.

– Tudo bem, tudo bem. – ele falou e viu que os pelos do braço da esposa estavam arrepiados. – Não acha que ta muito curto para esse frio?

– Não. – teimou. – Lá vai estar calor e você vai morrer de calor.

Ele apenas revirou os olhos e entrou novamente para se arrumar. Tinha que agradecer depois Hermione por tudo que estava fazendo por ele, sabia que não seria fácil ter que ir para outro país encontrar uma mulher que um dia já tinha odiado.

Hermione voltou para a escada e levou sua mala até o primeiro andar deixando no pé da escada. Subiu correndo novamente para pegar sua varinha e achar o salto preto que iria colocar. Minutos depois já estava novamente no andar debaixo esperando seu marido.

E Draco fora aparecer quase vinte minutos depois deixando Hermione completamente impaciente. Como o aeroporto era na Londres trouxa eles não poderiam simplesmente aparatar para lá, teriam que pegar um táxi que para a sorte deles já estava esperando em frente a casa.

– Pode nos levar para o aeroporto internacional de Londres, por favor. – Hermione pediu logo que carregaram o carro e entraram.

O caminho entre a mansão Malfoy e o aeroporto foi no mais completo silencio. Hermione olhava para fora tentando ver o máximo que conseguia da Londres trouxa e a saudade aumentou ao lembrar da época que morava e caminhava por aquelas ruas. Já Draco não havia acordado por completo e no escuro apenas encostou a cabeça e começou a cochilar.

– Draco, acorda. – Hermione empurrava o ombro do loiro.

– Ahn? O que?

– Chegamos. – respondeu. – E me de o seu cartão.

Automaticamente Draco colocou a mão no palito e tirou seu cartão dando-o para Hermione pagar o taxista.

– A senha?

Malfoy pegou a maquina e digitou a senha rapidamente e logo saíram do taxi com suas malas nas mãos.

– Por que não me disse a senha? – Hermione brincou. – Não deveríamos dividir tuuuudo.

– Agora quer a senha dos meus cartões? – Draco não notou o tom de brincadeira em sua voz.

– Sim. – respondeu. – Algum problema na esposa saber a senha do cartão do marido?

– 4218 – Draco disse.

– O que?

– 4218 – disse Malfoy novamente e ao ver a confusão no olhar de Hermione continuou: - A senha do meu cartão.

E dizendo isso ele pegou as malas e entrou deixando Hermione perplexa para trás. Quando brincou falando que queria a senha de seu cartão não imaginou que ele realmente iria dar para ela. E sorriu consigo mesmo em ver como Draco havia melhorado muito desde o inicio do casamento.

Foram direto para a fila do check-in.

– Como quase três da manhã a fila ta tão enorme? – O Sonserino resmungou depois de cinco minutos esperando para sermos atendidos. – Por isso que eu prefiro mil vezes o nosso meio de transporte.

Hermione sorriu.

– Parece um velho reclamando tanto assim.

– Próximo. – o atendente disse antes que Draco pudesse falar algo.

Os dois foram com suas malas.

– É o vôo 8473 para o Havaí. – Hermione disse pegando as passagens para o homem moreno a sua frente.

– Estão indo para o Havaí? – perguntou sorrindo para a morena. – É um lugar muito lindo, vai adorar, as praias, a comida típica, foi um dos melhores lugares que eu já visitei.

Hermione sorriu docemente e Draco bufou ao notar que o atendente estava flertando com sua esposa.

– Serio? Estou muito ansiosa? – ela disse inocentemente não notando o clima ao redor. – Estamos indo ver a mãe dele. – e apontou para Draco.

O homem olhou rapidamente para Malfoy mas desviou o olhar novamente para Hermione.

– Vão ficar lá muito tempo?

Negou com a cabeça.

– Poucos dias.

– Sou Alex. – o homem estendeu a mão e Hermione pegou.

– Hermione. – falou. – Ele é Draco.

– Não estamos atrasados? – Malfoy disse irritado.

– Preciso das identidades de vocês. – Alex falou olhando feio para Draco enquanto Hermione abria sua bolsa atrás da sua identidade.

Mas Malfoy fora mais rápido e entregou as duas identidades para Alex.

– Já dei. – ele disse.

Hermione franziu a testa confusa.

– Estava com a minha identidade?

– Com a nova.

– Nova?

– Sim, que eu mandei fazer. – explicou. – Colocando o Malfoy no seu nome, seu nome de casada.- e dizendo a ultima palavra olhou para Alex que amuou um pouco.

O atendente terminou logo sua parte e devolveu as identidades e Hermione pegou sua nova com o nome Malfoy no final. Tinha que admitir que aquele sobrenome ficava bem em si. Logo guardou em sua bolsa.

– Portão 7. – Alex disse.

Despacharam as malas e Hermione arrastou Draco até uma cafeteria que tinha ali perto e pediu um cupcake e café com leite. Comeu rapidamente enquanto o loiro apenas tomava um copo de leite. Não tiverem tempo para mais nada já que estava na hora de seu embarque.

Foram correndo até o seu portão e tiveram sorte que já estava embarcando, minutos depois eles estavam dentro do avião procurando suas cadeiras. Ao sentarem Draco começou a reparar como Hermione tremia de frio.

– Eu disse que passaria frio. – falou o loiro.

– E você vai passar calor lá. – respondeu emburrada.

Draco riu e tirou o paletó colocando nos ombros de Hermione que parecia muito mais calma.

– Obrigada.

Malfoy que havia ficado na janela olhou para fora e começou a pensar como era alto e como a viajem iria demorar.

– Tem certeza que foi uma boa idéia irmos de avião? – perguntou. – Eu acho que é muito perigoso.

Hermione deu um meio sorriso pela preocupação.

– É um dos meios de transporte mais seguros do mundo.

– Essa caixa não parece segura.

– É uma caixa segura. – falou. – Nunca andou de avião?

Draco negou com a cabeça.

– Como eu disse, prefiro o nosso jeito de viajar. – respondeu. – E a altura que isso fica é completamente suicida. Se algo acontecer lá em cima ninguém poderá nos ajudar.

– Nada vai nos acontecer lá em cima. – ela disse.

– Pode sim, um outro avião pode vir do lado oposto e bater na gente...

– São rotas diferentes.

– Um pássaro pode bater no vidro e o piloto não enxergar nada... – ele a ignorou.

– Alto demais para pássaros voarem.

– Comensais podem explodir nosso avião. – completou.

Contra isso Hermione não tinha como argumentar.

– Vamos sair. – Draco falou se levantando. – Não será seguro.

Hermione riu e puxou o braço para que Malfoy sentasse novamente.

– Acalme-se, nada vai acontecer.

– É impossível você me prometer isso. – ele resmungou.

Ela revirou os olhos já meio irritada, estava morrendo de sono, não precisava ficar ouvindo teorias conspiratórias do marido. Então apenas apertou um botão e uma atendente veio até eles.

– Pode trazer água por favor? – pediu.

A aeromoça assentiu.

Quando ela estava voltando com uma taça cheia d’água Hermione fez Malfoy olhar para fora e com isso pegou um comprimido para dormir e o desfez na água.

– Tome isso, vai te acalmar. – ela disse entregando o copo para ele.

Draco sem desconfiar de nada aceitou a água e tomou tudo em um gole só. Devolveu para a aeromoça e logo todos se prepararam para decolar. Seus olhos piscaram e o sono que sentia parecia ter triplicado de uma hora para a outra.

– Estou com tanto sono. – ele comentou.

Minutos depois Draco já havia caído na inconsciência fazendo Hermione pensar se fora certo dar um remédio para ele dormir. Mas ao notar a calma que fora a viagem ela sabia que fora a melhor coisa que poderia ter feito.

***

Hermione não havia percebido como o remédio que dera para Draco era forte até aquele momento que já haviam pousado no Havaí e ela tinha que ficar chacoalhando ele para que o loiro acordasse. Na terceira tentativa ele finalmente começou a piscar dando indícios que acordaria.

– O que foi Granger? – perguntou abobalhado.

– Chegamos.

Para os dois saírem do avião e pegarem as malas foram mais meia hora. Enquanto Hermione olhava para cada pedaço do aeroporto animada com a idéia de estar no Havaí, Draco estava com a cara fechada não entendendo o motivo de ainda estar tão cansado.

– Aloha. – uma mulher disse na saída da área de desembarque. – Aproveitem sua estadia no Havaí.

– Aloha. – Hermione disse sorrindo.

Draco revirou os olhos e puxou sua esposa para fora a procura de um lugar para alugar um carro. Papeladas mais tarde eles estavam dentro do carro que alugaram e Hermione já havia devolvido o palito do loiro devido ao calor.

– Eu vou fritar. – resmungou. – Esta muito calor.

Hermione sorriu e cruzou suas penas fazendo o vestido levantar um pouco.

– Eu disse que estaria calor.- respondeu. – Qual é o endereço que eu tenho que colocar aqui no GPS?

Malfoy disse e logo estavam seguindo o que o GPS falava.

– Como você não veio ver sua mãe em cinco anos? – Hermione perguntou.

– Eu vi ela faz uns dois anos, só que nos EUA numa conferencia que eu participei. – falou rapidamente. – Tem certeza que estamos indo para o lugar certo?

Hermione levantou a sobrancelha direita.

– Não. – respondeu. – Liga para ela e pergunta.

Draco tossiu.

– Eu meio que... Esqueci de avisar que estávamos vindo.

– Como é?

– Eu não disse...

– Eu entendi da primeira vez. – Hermione falou irritada. – Ligue agora e avise! Draco eu só pedi para você fazer isso e não fez?

– Agora vai ser uma surpresa.

A morena cruzou os braços sobre o peito emburrada.

Elas continuaram seguindo o GPS que levaram até um condomínio de luxo que Hermione conseguia ver Narcisa Malfoy morando. Estacionaram e foram até o porteiro.

– Narcisa Malfoy mora aqui? – perguntou.

– Quem quer saber? – ele perguntou.

– A... nora? – ela falou meio em duvida fazendo o porteiro ficar em alerta.

Draco chegou ao lado da esposa e disse:

– Sou o filho dela.

O homem olhou na cara de Malfoy vendo a semelhança.

– Até que são parecidos. – ele disse pegando o interfone. – Vou avisar que estão aqui.

– Não. – Draco falou. – É uma surpresa, só pode nos deixar entrar?

O porteiro franziu a testa.

– Sinto que não posso fazer isso...

– Draco só quer fazer uma surpresa pra mãe que não vê há anos. – Hermione entrou na conversa. – Qual é? Vamos, é família.

– Desculpa mesmo senhor, mas é contra o regulamento.

Enquanto Hermione tentava argumentar com o porteiro Draco apenas foi até sua carteira e tirou uma nota de cem dólares e colocou em frente ao porteiro.

– Pode nos deixar ir agora?

O porteiro guardou a nota e deu passagem.

– Apartamento 123.

Hermione e Draco entraram e foram para o elevador.

– É assim que se faz as coisas, querida. – Draco zombou.

Ela revirou os olhos irritada por que achava que fora uma péssima coisa ele subornar o porteiro. Logo a porta do elevador se abriu no andar e Hermione vira a porta da casa de Narcisa Malfoy. Seu estomago começou a se revirar e a súbita vontade de voltar para Londres quase a dominava.

– Vamos. – o loiro apressou.

Foram até a porta e Draco ansioso bateu...bateu e bateu novamente quando finalmente ouviu barulho de movimentação vindo de dentro do apartamento. Hermione olhou para seu marido e viu a expressão feliz em seu rosto.

Mas uma surpresa foi feita quando a porta se abriu e um homem bronzeado sem camisa estava olhando para o casal Malfoy confuso.

– O que vocês querem? – o cara perguntou tentando ser simpático.

Hermione olhou para Draco confusa.

– Não é aqui?

– Desculpa, acho que erramos de casa. – o loiro disse prestes a sair quando Hermione segurou seu braço.

– O porteiro disse que é aqui. – a morena disse.

– Por que teria um homem na casa da minha mãe? – Draco perguntou.

Ouviram passos vindo e se viraram no tempo de ver Narcisa Malfoy aparecer atrás do homem apenas usando uma camisa masculina e calcinha.

– Quem é Javier.... – e parou pelo susto ao ver Draco e Hermione parados.

O loiro ficou meio vermelho de raiva.

– Draco? Querido? O que esta fazendo aqui?

– Posso saber o que ele esta fazendo aqui? – Malfoy falou rude.

Narcisa já fez uma expressão severa.

– Quem é ele? – o Javier perguntou.

– Meu filho. – Narcisa respondeu para o homem.

Hermione estaria rindo se não soubesse que Draco a mataria se fizesse isso. Em sua mente a única coisa que passava era que se o marido tivesse avisado não estariam interrompendo nada.

O rosto de Javier se iluminou.

– Prazer, sou Javier. – ele disse estendendo a mão para Draco que não repetiu o gesto, Hermione não querendo deixar o cara no vácuo apertou. – Sou o namorado da sua mãe.

– Sou Hermione, esposa de Draco.

Mãe e filho se encaravam.

– Namorado? – indagou nitidamente bravo.

Narcisa deu um sorriso nervoso.

– Vamos entrar, queridos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Review?
Recomendação????
Até o proximo.
Beijos