Mr. and Mrs. Malfoy escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 11
Capítulo 11 - Good Night, Granger


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Deeeesculpa, não postei no domingo, mas eu estava tão louca procurando fics Dramione pra ler que nem consegui escrever, e segunda eu tenho aula o dia inteiro então não tive tempo, só deu pra escrever hoje, e devo admitir que acabei gostando muito desse cap.
Alias, me recomendem nos comentarios fafics Dramione's que gostem, mas por favor, eu sou muito seletivas com fics, tem que ser bes escrita e fazer sentido! Por que céus, cada fic que eu já li que ficava pensando: Hermione nunca faria isso... Me faz desistir da leitura.
Bem, boa leitura.



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Hermione e Draco entraram no grande apartamento de Narcisa Malfoy. Malfoy estava completamente irritado por ter descoberto algo assim de sua mãe já enquanto sua esposa estava só olhando para o namorado da sua sogra e pensando como ela tivera sorte já que o homem era um deus.

– Por que não me avisaram que estavam vindo? – a loira perguntou assim que fechou a porta.

– Eu pedi para ele avisar. – a morena se explicou já ficando nervosa ao lembrar com quem estava falando. – Mas acho que ele gosta de aparecer sem avisar.

– Eu queria fazer uma surpresa. – resmungou. – Mas quem mais se surpreendeu nisso fui eu.

Mãe e filho trocavam faíscas pelos olharem.

– Javier, amor, pode ir pra casa? – Narcisa pediu. – Conversamos mais tarde.

Hermione olhou para o homem que não parecia satisfeito.

– Tem certeza? – ele perguntou. – Eu posso conversar com Draco.

– A conversa é de família, por ir. – o loiro resmungou.

Javier olhou para Draco não gostando nada da atitude.

– Vou pegar minhas coisas e já estou indo.

Terminando sua frase Hermione viu Javier sumir pelo corredor segundos depois voltando com sua carteira e chave do carro.

– Depois você me liga? – ele pediu e Narcisa assentiu.

Foi em direção a porta. Hermione o seguiu.

– Peço desculpas pela falta de educação de Draco. – ela disse enquanto ele chamava o elevador.

Javier deu de ombros.

– Esta tudo bem, acho que se eu encontrasse minha mãe assim também não iria gostar, Hermione.

Ela o viu entrar no elevador e ir embora. Voltou para dentro e encontrou Draco e Narcisa se encarando do mesmo jeito que deixou-os segundos antes.

– Vou para a cozinha preparar algo pra comermos... – Hermione falou. – Podem conversar a vontade.

Narcisa levantou a mão.

– Fique, Hermione. – ela pediu surpreendendo a morena. – Agora você faz parte da família.

Hermione olhou para Draco que ainda encarava a mãe.

– Draco você esta sendo muito mau educado. – Narcisa ralhou. – Não me lembro de ter dado essa a educação para você.

– Você esperava o que? Chegar e ver minha mãe assim com outro homem? – Draco brigou. – Por que não me contou que estava namorando?

A loira olhou para o lado um pouco constrangida.

– Na verdade querido eu não estou namorando. – ela disse e até Hermione ficara surpresa e notara o nervosismo da sogra.

– Então quem diabos é o tal Javier que se apresentou como seu namorado...?

Ela deu uma risada sem graça.

– Apenas um caso. – falou.

– Mas então por que ele se apresentou como namorado? – Hermione pensou em voz alta.

– Ele pensa que é... Mas não. – respondeu a loira meio sonhadora. – Agora podem me explicar por que apareceram aqui sem avisar? Não que não esteja feliz em ver meu filho ingrato que não me vê a tempos, mas imagino que tenha um motivo para isso.

Seu filho bufou em ironia só pensando em como ele trabalhava tanto em Londres para ela ter a vida que mantinha aqui. Hermione olhou de Draco para Narcisa pensando se deveria falar ou não, ainda se sentia no covil inimigo então não queria que a atenção viesse para ela.

Finalmente Malfoy respondeu:

– Comensais atacaram.

O estomago de Narcisa se embrulhou e ela sabia o que viria a seguir. Não tinha medo por si, havia passado por duas guerras ao longo da sua vida e ainda estava ali, viva e forte mas seu filho... Ela sabia como Draco sofrera e ainda sofre com o que foi forçado a fazer.

– Eu sabia que uma hora eles voltariam.

– A senhora sabe de alguma coisa? – Hermione perguntou.

Ela negou com a cabeça.

– Nunca mais ouvi nada dos comensais mas sabia que eles não iriam demorar para querer uma vingança. – respondeu se sentando no sofá branco que tinha em sua sala. – Eu posso contar para vocês tudo o que eu sei sobre os comensais... Mas não acho que seja muito util.

A morena logo se interessou.

– Fale tudo que se lembrar. – pediu. – Pode parecer insignificante mas quem sabe ajude Harry, ele esta louco atrás de uma resposta para tudo que esta acontecendo.

Falar o nome do moreno fez o olhar de Narcisa ficar vago por um tempo lembrando-se da guerra e logo em seguida da perda de seu marido. Seu único e grande amor. Riu sem graça em pensar sobre Lucius, sabia que ele nunca concordaria em estar na mesma sala que Hermione Granger e muito menos ver seu precioso filho casado com uma sangue ruim.

Mas ele não estava mais aqui. Durante anos Narcisa viu seu marido obrigar seu filho a fazer coisas que o deixava infeliz e agora mesmo fazendo pouco tempo que encontrara novamente Draco conseguia ver como ele estava bem mais relaxado e atrevia até a dizer que estava feliz. Então não importava se fosse sangue puro, sangue ruim ou trouxa, se fazia seu filho feliz Narcisa aceitaria sem discussão. E no fundo ainda via Granger como uma heroína de guerra e por alguns segundos até pensava que no final era eles que não mereciam ainda estar em sua presença.

– Vou pegar uns lanches que tem na geladeira. – Narcisa disse se levantando. – Sentem-se e contarei tudo.

Saindo da sala Hermione se virou com a sobrancelha levantada para Draco e os braços cruzados em seu peito.

– O que foi? – resmungou enquanto se sentava sendo seguido por sua esposa.

– Não precisava ser tão mau educado com o coitado do Javier. – respondeu. – Ele tentou ser muito gentil mas só recebeu patadas.

O loiro revirou os olhos.

– Agora esta defendendo o havaiano paraguaio?

– Não estou defendendo, só mostrando como inoportuno você pode ser a maioria das vezes. – resmungou lembrando-se das diversas discussões que tiveram em Hogwarts. – Além do mais, ele é do Havaí mesmo, não entendo o motivo do paraguaio.

– Aquele bronzeado é artificial. – Draco disse convicto. – Duvido mesmo até que ele seja americano.

– Draco, eu como sua esposa estou pensando seriamente em obrigá-lo a ir num psicólogo. – ela brincou.- Você tem um certo problema que procura algo errado em tudo que vê.

– Não pode me obrigar, Granger. – resmungou.

– Legalmente eu posso. – respondeu. –Sou sua esposa. – virou o rosto para olhá-lo. – Serio Draco, assim que der iremos numa praia, não acho normal alguém ser tão branco que nem você.

Ele revirou os olhos.

– Não estamos aqui de férias. – disse.

– Estamos sim. – Hermione falou. – É o Havaí, Malfoy, se não formos em uma praia e aproveitarmos esse sol praticamente inexistente na Inglaterra é praticamente um pecado.

Draco sorriu com a imagem que sua mente formou de sua esposa apenas de biquíni. Nisso Narcisa voltava com uma bandeja cheia de minis sanduíches de presunto e queijo colocando na mesa de centro e se sentando em frente aos convidados com um sorriso no rosto. A cozinha não era longe o suficiente que impedisse de ouvir as risadas da morena.

– Vieram como?

– De uma maquina mortífera. – Draco respondeu e olhou para Hermione que tinha um sanduíche no ar indo em direção a sua boca. – Foi um vôo completamente perigoso.

Narcisa olhou surpresa para Granger.

– Você conseguiu colocá-lo em um avião? – perguntou surpresa.

Hermione assentiu.

– Eu comprei a passagem antes que ele pudesse contestar. – respondeu. – E você não pode dizer muita coisa! Dormiu desde que saiu de Londres até chegar aqui, podia ter até morrido que eu nem teria reparado.

Draco franziu a testa.

– Eu estava pensando em processar a companhia aérea, eu acho que eles colocaram algo naquela água que me deram já que não é normal eu ter dormido tanto assim.

Hermione sorriu e olhou para o lado sem graça.

– Eles não colocaram nada... – respondeu e quando viu que o marido iria contestar continuei: - Eu coloquei um calmante para que você relaxasse e não ficasse reclamando o vôo todo.

Narcisa deu um sorriso largo enquanto Draco olhava perplexo para Hermione.

– Você me drogou?

Os ombros da morena se curvaram um pouco.

– Não, apenas relaxei-o.

Ele olho-a indignado.

– Para me relaxar faça sexo comigo. – falou em alto tom. – Não me drogue.

Hermione sentiu seu rosto esquentar.

– Draco! – repreendeu olhando para a sua sogra. – Sua mãe esta aqui.

Estava constrangida em parte por ele ter falado isso na frente de Narcisa e em outra já que agora ela deveria estar pensando tanta coisa quando eles nunca haviam dito uma relação sexual.

Narcisa balançou a mão rindo.

– Relaxe, sou a mãe dele. – disse. – Já ouvi esse garoto falar coisa pior.

Hermione sorriu constrangida.

– Mas vamos direto ao ponto. – a loira falou querendo melhorar o humor da morena. – O que aconteceu para fazer virem até aqui.

Draco hesitou então Hermione falou:

– Bellatriz nos atacou.

Todos ficaram em silencio por um tempo. Narcisa pensava em sua irmã e como um dia foram uma família feliz mas como o poder e a superioridade que sentiam acabou segando-os ao ponto de quase destruir um mundo para conseguirem.

– Os aurores pediram para te alertar. – Draco continuou. – Com nossa traição devemos estar na lista de pessoas que os comensais querem se vingar.

A primeira senhora Malfoy assentiu.

Hermione olhava para o marido e sua sogra e via o afeto que tinha entre eles. Lembrou-se de muitos anos atrás quando afirmara na cara do loiro que nem a mãe se importava com ele e agora vira que era mentira. Os dois se amavam muito ao ponto de um morrer pelo outro.

– Vocês a viram? – ela perguntou. – Como Bella esta?

Malfoy balançou a cabeça.

– Não é hora para se preocupar com tia Bella mãe.

Ela se remexeu no sofá.

– É a minha irmã, apesar de todas suas barbaridades.

Hermione entedia suas motivações para estar preocupada com a comensal, mas justo por Bellatriz... Nunca conseguiria entender o motivo de alguém ainda gostar dela.

– Esta cada vez pior, eu realmente acho que a única coisa que não fez Bellatriz enlouquecer de vez é essa vingança que deve estar planejando. – Draco disse e olhou para o chão não suportando ver dentro dos olhos de sua mãe.

– O que aconteceu, me expliquem.

– Comensais atacaram a toca. – Hermione explica. – Logo ela apareceu, Teddy... Eu acho que ela vira atrás dele.

– O que Bella iria querer com uma criança? – Narcisa falou confusa. – Andromeda deve estar apavorada. Teddy é a única coisa que sobrou de Ninfadora.

Hermione cruzou as penas nervosa.

– Não faço idéia, mas se você visse... O olhar que Bellatriz deu para Teddy entenderia nossos medos. – explicou. – Você imagina algo que os comensais poderiam estar tramando? Onde estariam?

Narcisa negou com a cabeça.

– Tudo que eu sabia já disse para os aurores. – respondeu. – Lucius nunca me deixou muito a parte do que acontecia com os comensais, ele sabia que eu não agüentaria saber as barbaridades que eram feitas... Já foram na casa dos Nott como eu havia dito?

Hermione assentiu.

– O que quer que eles escondiam lá conseguiram levar antes que o Ministério aparecesse. – Draco olhava para as duas conversando apenas pensando em tudo que sabia.

– Eu soube que eles tinham casas de campo onde acontecia algumas reuniões. – Narcisa falava tentando se lembrar de algo. – Nunca fui em nenhuma dessas reuniões então não faço idéia de onde sejam...

– Casas de campo? – Hermione perguntou. – Em seus documentos não dizia nada que eles haviam alguma casa de campo alem das que moravam.

– Esta ai. – Narcisa falou. – Não deve estar em seus nomes, os Nott sempre foram tão perspicaz como nós Malfoy’s, nunca seriam pegos tão facilmente.

A morena ficara feliz em sentir-se útil novamente. Estava louca para voltar a Londres e contar isso para Harry e quem sabe descobrir onde os comensais estavam se escondendo.

Narcisa testava tanto sua memória em busca de algo útil que não havia comentado antes mas apenas fez com que sua cabeça começasse a doer.

– Não me lembro de mais nada. – respondeu. – Prometo que vou pensar mais, irão ficar alguns dias aqui não? Vou procurar em memórias e digo tudo que achar.

Draco levantou o braço prestes a falar que não ficariam mais que dois dias mas Hermione segurou e sorriu enquanto dizia:

– Tenho dez dias de licença no hospital. – falou olhando para o marido. – Se não for incomodo nos ter aqui.

Narcisa abriu um largo sorriso. Há tempos estava se sentindo muito sozinha.

– Vai ser um prazer tê-los aqui. – disse se levantando num pulo. – Venham, vou mostrar o quarto de vocês.

Ao falar isso Hermione notara pela primeira fez o primeiro problema dessa viagem. Segundo a todos estavam casados então teriam que ficar no mesmo quarto... Na mesma cama. Logo estremeceu. Draco se levantou com um sorriso sacana no rosto e virou para a esposa que ainda estava sentada estendendo-lhe a mão.

– Vamos querida.

Hermione forçou um sorriso e pegou a mão do marido.

Narcisa ia em frente ao casal sorrindo e mostrando cada cômodo da casa enquanto Draco ocasionalmente dava um sorriso cafajeste para Granger que se irritava e tentava se acalmar. Logo chegaram em frente a uma porta de madeira e a loira pegou a maçaneta.

– Irão ficar aqui. – disse abrindo a porta.

Hermione nunca poderia dizer que os Malfoy’s tinham mal gosto. Desde a mansão Malfoy até o espaçoso apartamento de Narcisa tudo era impecavelmente perfeito. O quarto era uma suíte até que grande levando em conta que era um apartamento. Era um contraste de cores entre o branco e preto, uma cama no meio com dois criados ao seu lado e um pequeno sofá em baixo da janela com uma porta ao lado levando para uma pequena sacada.

– É lindo. – Hermione falou maravilhada.

– Vou deixar vocês relaxarem um pouco. – ela disse sorrindo. - Vocês vão ter que ver o por do sol mais adiante na praia, é uma coisa linda.

A morena sorriu já ansiosa.

Sem dizer mais nada a loira fechou a porta e saiu deixando o casal sozinho. Deixaram suas malas no canto do quarto e Hermione correu até a sacada olhando para o horizonte.

– Malfoy, isso é lindo.

Quando se virou para vê-lo, Draco estava jogado na cama.

– Levante-se. – mandou. – Esta todo sujo, não quero que suje esse lençóis.

Ele deu um mini sorriso devido sua preocupação.

– Preocupação da rugas, Granger. – falou. – Logo seu rosto vai estar como de uma velha se não resolver aproveitar melhor a vida sem se estressar.

– Não estou estressada. – respondeu indo até sua mala e pegando um short branco e uma blusa regata que havia separado para trazer. – Vá conversar com sua mãe, ela realmente sentiu sua falta.

Malfoy revirou os olhos.

– É claro que ela sentiu minha falta, é minha mãe.

Hermione sorriu.

– Algumas mães com um filho como você comemorariam se morassem um continente de distancia. – brincou. – Vou tomar banho, vai lá.

Sem dar chance para Malfoy reclamar Hermione entrou no grande banheiro e se olhou no espelho satisfeita por tudo estar indo bem até agora. Por incrível que pareça estava realmente se sentindo em casa e nunca imaginou que diria isso logo após encontrar Naricsa Malfoy. Despiu-se rapidamente e ligou o chuveiro colocando seu corpo logo em baixo da água que caia.

Estava sendo um banho bem relaxante.

Enquanto isso no quarto Malfoy tirava seus tênis e pensou no que Hermione dissera então mesmo com preguiça levantou-se e saiu a procura de sua mãe. Encontrou-a na sala em frente a televisão vendo o filme: Um amor para recordar. A cabeleira loura estava jogada pelas almofadas enquanto ela se encolhia no sofá.

– Mãe. – Draco chamou. – Esta tudo bem?

Narcisa sentou e bateu no sofá pedindo para que ele se sentasse.

– Não importa quantas vezes eu veja esse filme, sempre irei me emocionar. – disse.

– Sobre o que fala? – ele perguntou olhando para os atores.

Narcisa sorriu passando a mão nos fios loiros do filho.

– Sobre um cara que era completamente irresponsável e só pensava em si mesmo até conhecer uma garota. – ela contava. – Essa garota não era popular e nem se vestia bem, mas depois de um tempo ele acaba apaixonado por ela e isso muda tudo que ele é e o faz dar valor para coisas que antes não eram importantes para ele.

Draco assentia.

– E por que esta com essa cara triste?

– Eles acabam descobrindo que ela tem câncer. – continuou Narcisa. – Ele finalmente encontrou o amor e o perdeu facilmente, e isso me faz pensar tanto Draco, meu amor. Estou feliz que tenha seguido seu coração e não as besteiras que eu e seu pai sempre colocamos em sua cabeça.

Malfoy a olhou confuso.

– Granger. – esclareceu. – Nem em um milhão de anos imaginaria que veria meu filho casado com ela, mas estou feliz. – se adiantou antes que ele pensasse algo errado. – Se ela o faz feliz querido, eu só tenho que agradecer por tê-lo aceitado como é.

E com isso Narcisa abraçou seu filho fazendo com que Draco se sentisse um pouco culpado por mentir para ela. Mas não poderia explicar para ela que era um casamento de fachada, e daqui alguns anos? Quando chegasse e contasse que ele e Hermione haviam se separado? Como ela irá reagir?

– Quando se encontra algo precioso para você Draco, nunca em hipótese algum deixe-o ir. – ela disse. – O amor querido é algo difícil de se achar e mais difícil ainda de se preservar, então temos que cuidar muito bem dele, entende o que estou falando né?

O loiro assentiu para agradar sua mãe.

– Estou tão orgulhosa de você. – ela sussurrou em seu ouvido.

Draco notara nesse momento como sentira falta de sua mãe. Odiava a idéia de vê-la sozinha nesse lugar onde o sotaque americano era caipira e passavam a maior parte do tempo na praia como se não tivessem nada mais importante para fazer. Odiava ainda mais aqueles hipócritas do Ministério que obrigaram a loira a ter essa vida.

Hermione nesse momento vinha em direção a sala enquanto penteava seus cachos que acabara de lavar. Se emocionou ao ver mãe e filho abraçados e pensou em como deveria ser triste para Draco viver tão longe de sua mãe assim.

– Que bom que voltou Hermione. – Narcisa disse assim que soltou-se de seu filho. – É melhor ir tomar banho, Draco.

– Esta dizendo que estou fedendo?

Narcisa sorriu.

– Não tão diretamente... Mas sim, foi isso que eu quis dizer.

Draco se levantou e olhou indignado para Hermione.

– Quando sua própria mãe diz isso, Draco, não tem outro jeito que não seja tomar banho. – respondeu sorrindo.

– Vocês são duas insensíveis. – resmungou enquanto saia da sala. – E eu nunca estou fedendo, por favor.

Com isso Draco se distanciava deixando Hermione e Narcisa sozinhas. Granger olhou para a loira já esperando vê-la mudar completamente, ser mau educada e uma bruxa – figurativamente – mas a loira apenas sorriu.

– Sente-se comigo. – pediu.

Hermione sorriu forçadamente e foi para o seu lado no sofá.

– Esta assistindo um amor para recordar? – perguntou. – Esse filme é tão tocante.

Narcisa sorriu.

– É um dos meus favoritos. – comentou.- Só perde mesmo para Piratas do Caribe.

Hermione se mexeu animada.

– Eu amo Piratas do Caribe. – afirmou. – Johnny Depp esta tão perfeito nesse papel, eu não consigo ver outro ator no lugar dele como Jack Sparrow.

– Capitão. – Narcisa corrigiu rindo. – Capitão Jack Sparrow.

Hermione sorriu.

– Minha mãe é uma fanática pelo Johnny, sempre que voltava de Hogwarts fazíamos uma sessão com todos os filmes que ele já deve ter feito. – ela comentou nostálgica. – Acho que o único ator que ganha dele é o David Tennant.

Os olhos de Narcisa brilharam.

– O décimo Doctor! – falou sorrindo alegremente.

– Conhece Doctor Who? – Hermione perguntou surpresa.

– Obvio que sim. – respondeu. – Céus, quando ele saiu da serio foi um aperto tão grande no meu coração...Eu amo o Matt Smith também, mas o Décimo sempre será o meu doctor preferido.

Hermione assentiu concordando plenamente.

– Eu amo o Matt, mas aquele final do Tennat: I don’t wanna go... Foi como se enfiassem uma faca no meu coração. – disse.

A sogra concordou plenamente.

– Companheira favorita? – Narcisa perguntou.

– Amy. – Hermione respondeu. – A Karen Gillan é tão linda e perfeita como Amy Pond, e o Rory também... Eram tão lindos foi horrível o final deles mesmo eu sabendo que tudo ficou bem.E o seu?

Narcisa assentiu lembrando-se de quando assistiu.

– Donna. – ela respondeu. – Foi a companheira que eu mais ri e eu amava a amizade dela com o ten.

Hermione riu.

– Eu amo o episodio com a Agatha Christhie. – falou. – Quando o Ten fala que precisa levar um susto pra não morrer e ela o beija.

As duas riram juntos e Draco voltou enquanto secava seu cabelo numa toalha. Estava apenas com uma calça de moletom.

– Estão rindo do que? – perguntou surpreso de ver as duas tão a vontade uma com a outra.

Narcisa e Hermione se viraram para responder e a morena ficou em choque por alguns instante enquanto olhava para o abdômen definido do marido. Céus, Hermione ficava pensando o que ele fazia com suas camisas para ter que ficar sem camisa daquele jeito.

– Nada querido. – respondeu a loira. – Não entendia, né Hermione?

A morena saiu do seu estupor.

– Sim. – falou tentando voltar com sua concentração. – Moletom? Vai morrer de calor, Draco.

Nada de Malfoy, perto de Narcisa sempre será Draco. Hermione tentava enviar em sua cabeça.

– Não se preocupe, querida.

– Mas...

Narcisa colocou a mão em seu ombro.

– Ele é teimoso, pode dizer quantas vezes, Draco não irá ouvir.

Hermione assente. Sabia bem como era o marido.

***

Depois disso Narcisa e Hermione acabaram se animando com filmes e resolveram mostrar os filmes de Piratas do Caribe para Draco então pediram uma pizza. Como já estava prestes a anoitecer fecharam as cortinas e pegaram refrigerante prontos para mostrar o maravilhoso mundo do cinema para Malfoy.

– Johnny Depp é um deus. – Hermione comentou enquanto colocava o filme o DVD. – Vai amar o filme.

– Não vamos esquecer Orlando Bloom. – Narcisa concordou.

– Eu não vim aqui para ver caras que vocês acham bonitos. – Draco resmunga e a morena revira os olhos.

Narcisa estava prestes a responder mas fora interrompida com o interfone.

– A pizza chegou. – ela disse. – Vou pegar, já volto.

Minutos depois a loira voltou trazendo a pizza que em menos de vinte minutos de filme já havia acabado. Hermione e Draco estavam em um sofá enquanto Narcisa estava deitada no outro.

– Como um simples ferreiro sabe usar tão bem a espada? – Draco não se conformava enquanto estava vidrado no filme.

Nenhum dos dois repararam mas a cada minuto do filme eles estavam mais a vontade no sofá e logo Hermione encostou suas costas na lateral do corpo de Draco que ainda olhava fixamente para a televisão. Em seguida ele colocou o braço em volta dos ombros da morena e até o final do filme os dois já estavam de mãos dadas com a cabeça de Hermione apoiada no peito do loiro. Nenhum dos dois notava. Mas Narcisa sim. E sorria muito ao vê-los.

– Agora me diga se o filme é tão ruim como imaginava? – Hermione perguntou assim que o primeiro filme terminou.

Draco negou com a cabeça.

Notando sua proximidade com Malfoy Hermione pulou para fora do sofá sorrindo para disfarçar o constrangimento.

– Temos que assistir o segundo. – ele falou. – Tem ai?

A morena bocejou.

– Já esta tarde Draco, continuamos amanhã. – pediu.

Narcisa concordou.

– Aproveito e faço pipoca.

Hermione sorriu e ficou imaginando quando Narcisa Malfoy acabou virando uma mulher tão...Trouxa. Assistia filmes, comprava pizza, fazia pipoca. O que mais ela havia mudado e não sabiam?

– Vão dormir, queridos. – ela disse. – Já estou velha, também estou cansada.

Draco se levantou e foi até a mão beijado-a na testa.

– Nunca estará velha pra mim, mãe.

– Eu te mataria se concordasse comigo mesmo. – a loira brincou. – Podem ir para o quarto.

Depois de se despedirem Draco e Hermione rumaram em direção ao quarto com o clima começando a ficar estranho entre os dois já que pensavam em como haviam ficado próximos durante o filme mas nenhum iria admitir.

Draco entrou no quarto e fora logo para o banheiro tentando ganhar um tempo. Durante isso Hermione foi ate o guarda roupa rezando para achar travesseiros mas apenas alguns edredons. Contrariada pegou as cobertas e arrumou a cama. Foi até a porta do banheiro com seu pijama já em mãos e bateu rapidamente.

– Malfoy, saia logo daí. – reclamou. – Também quero usar.

Segundos depois a porta fora aberta e sai um loiro apenas de cueca. Hermione virou com tudo um pouco constrangida.

– Malfoy! – brigou. – Vista uma roupa.

Ele riu arrogantemente.

– Algum problema esposinha? – perguntou ironicamente. – Não pensei que iria se importar, como disse esta muito calor, não vou conseguir dormir com roupa.

Ela se virou e o encarou.

– Esta brincando com a minha cara, certo?

Draco se fez de desentendido.

– Algum problema? Não é como se nunca tivesse visto um cara só de cueca antes.

– Mas vou dormir com você...

– Ainda não vejo problema... Mas se quiser dormir no sofá não tenho objeções.

Hermione jogou-lhe um olhar irritado.

– Por que você não vai para o sofá? Seria cavalheiro da sua parte. – ela disse.

Malfoy riu.

– Quem então que não sou cavalheiro. – ele respondeu deitando-se na cama. – Ainda não entendo qual é o problema.

– Você pode me agarrar durante a noite.

Terminando a frase Malfoy começou a rir.

– Agarrar? Você? – e riu mais ainda. – Se tem em alta viu Granger?

Ela revirou os olhos irritada.

– Vai deitar ou não? – ele perguntou. – Estou com sono.

Rapidamente Hermione foi até o banheiro e tirou a roupa que estava colocando uma camisola de ceda que trouxe para a viagem se arrependendo de não ter colocado um pijama de manga comprida, mas na hora de arrumar a mala nem lembrou desse detalhe de dormirem juntos.

Voltou para o quarto Draco já havia se espalhado por toda a cama e quando a viu sair com a camisola um pouco curto deu um sorriso maliciosa.

– Isso tudo para tentar transar comigo, Granger? – perguntou. – Não sou tão difícil assim.

– Cale a boca, Malfoy. – respondeu indo até o outro lado da cama. – De espaço, eu vou deitar também.

Draco foi até uma das extremidades dando a chance para Hermione pegar um dos cobertores grandes e colocar no meio da cama para separar os territórios.

– Não ultrapasse. – ela mandou.

O loiro revirou os olhos.

– Precisa de tudo isso?

– Claro que precisa. – respondeu já deitando.

– Apague a luz. – Draco mandou.

– Eu não. – Hermione resmungou. – Acabei de deitar, por que não pediu enquanto eu estava em pé?

Draco balançou a cabeça.

– Pode usar a varinha pra isso caso não se lembre que é uma bruxa.

Hermione ficou constrangida. Ela não usava a magia para coisas tão fúteis então nem se lembrara da varinha. Pegou-a e apagou a luz como Malfoy havia pedido louca para dormir.

– Pronto. – respondeu. – Boa noite, Malfoy.

Ela sentiu ele se remexendo ao seu lado.

– Boa noite, Granger.


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Notas finais do capítulo

1°- Meu amor por Doctor Who aqui.
2° - Lembram-se da minha fic Dramione? Passem lá.
3° - Me indiquem boas Dramione's por favor?
gostaram?
Review? Sim o/
REcomendação? Sim o/
Até o proximo, amores.
Beijos