Refém... ou não? escrita por Ed Albuquerque


Capítulo 3
Conhecendo o quarto novo


Notas iniciais do capítulo

"Peço desculpas pela demora, mas eu tentei postar esse capítulo diversas vezes, mas sempre tinha algo para atrapalhar...
Pretendia faze-lo maior, mas estou chateada. Tinha passado o dia inteiro fazendo um capítulo gigante para vocês, mas meu padrasto apagou tudo. O capítulo e meus trabalhos do colégio e dos cursos. Fiquei irritada, não, fiquei furiosa. Soquei tanto a porta da cozinha que as juntas dos meus dedos ficaram super roxas e eu tirei do lugar os ossos dos dedos da outra mão. Sim, estou com uma das mãos toda enfaixada e a outra toda roxa, mas não deixo de postar por nada. E sim, tiro minha raiva socando portas, acho melhor do que me cortar. Imagina que bom você socar a cara de quem você tem raiva :3
Chega de papo, vamos ao capítulo! Nos vemos lá embaixo...



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— O que foi isso?! - perguntei assustada. "Ele" não me respondeu nada, apenas continuou respirando ferozmente, porém com menos intensidade que antes.

Sentei-me na cama e o esperei se recompor. Depois de uns 10 minutos "ele" tirou a máscara de oxigênio, cobriu o resto de seu rosto com sua máscara preta, levantou, escreveu "desculpa por isso" e saiu pela porta como se nada tivesse acontecido. Como assim alguém quase morre e sai andando normalmente por aí?! Eu mereço uma explicação!

Estou com tanta raiva e preocupação que me deito na cama, de costas a porta e olhando para a parede. Por que eu me preocupo? "Ele" nunca me fez bem... ou será que fez? Mas também nunca fez mal... ou já fez? Estou tão confusa!

Escuto três batidas na porta e logo depois ela se abre. "Ele" dá a volta na cama para o lado em que estou virada. Me viro para o lado da porta e de costas a "ele". O mesmo dá a volta novamente para o lado da porta. Não desisto e me viro novamente para o lado da parede. "Ele" não deu a volta novamente, acho que desistiu...
Não, "ele" não desistiu, sinto-o deitar na cama, ao meu lado. Fico tensa, ninguém nunca deitou comigo na mesma cama, só alguns membros da minha família quando eu era pequena. Não me viro. "Ele" me abraça por trás e eu fico mais tensa ainda, estamos de "conchinha" na cama. Acho que nunca estive tão vermelha. Ficamos assim por alguns minutos e eu sinto "ele" mexer em sua roupa. Não que eu esteja pensando besteira, mas estou. Me viro curiosa e vejo que "ele" está tirando uns papéis de sua enorme blusa.

"Ele" me dá um papel escrito: "Você precisa comer."

— Não estou com fome.

Ele me entrega um papel: "Você é tão previsível... Você precisa comer para ficar fortinha e deixar de ser magrela."

— Não vou comer! E eu não sou magrela!

"Ele" me entrega mais um: "Tão previsível... Você precisa comer para ficar fortinha igual a mim."

— Já disse, não vou comer! - sou insistente quando quero.

"Ele" me dá outro: "Isso já era previsto... Quer ver como eu sou forte?"

Dou-lhe um olhar desafiador, algo do tipo "não acredito em nada do que você disse. Não vou comer. E se isso te irritar mais... me mostre", mas falo apenas uma coisa.

— Não vou comer!

"Ele" levanta, vai para o meu lado e, sem nenhuma dificuldade, me tira da cama e me coloca em seus ombros, uma parte de meu corpo está de cabeça pra baixo em suas costas e as minhas pernas estão em seu peito, suas mãos estão em minhas pernas, mas eu nem ligo mais para isso.

"Ele" me entrega outro bilhete e eu leio de cabeça para baixo: "Garota, como você consegue ser tão previsível?.. Então, esse quarto é tão chato! E eu não o decorei, posso bater em algo. Vamos conhecer o meu?" - Não entendi direto a parte de decorar o quarto, mas quero conhecer o quarto dele, então concordo.

— Adoraria.

"Ele" sai andando comigo em seu ombro direito. Saímos do quarto e "ele" anda com a mão esquerda passando pela parede. "Ele" para no quarto ao lado do meu. Entramos e "ele" me coloca no chão. Olho para aquele lindo quarto. O teto é azul escuro, duas paredes são amarelas, e duas são azuis claro. Vejo uma faixa amarela escrito de azul "Bem vinda ao meu quarto, Camila". Tem também uma enorme varanda e um telescópio nela, quero ver tudo agora mesmo.

"Ele" me entrega outro papel: "Você pode se divertir depois de comer"

"Ele" segura minha mão e me conduz a sua cama. Estou vermelha novamente. Olho e vejo um lindo banquete. Arroz, feijão, macarrão, molho branco, legumes, uma linda salada. "Ele" se senta na cama de pernas cruzadas e eu faço o mesmo, me sento de frente à "ele".

— Não estou com fome - digo isso na sinceridade, não estou mesmo, deve ser pela ansiedade de conhecer este quarto.

"Ele" pega a colher, coloca um pouco do arroz e do feijão e coloca em minha boca. Eu não acredito que alguém está me dando comida na boca. Tento segurar a risada e quase me engasgo. "Ele" me aponta para o frigobar ao lado da cama e eu me abaixo para pegar alguma bebida. Guaraná, Coca-Cola, suco de uva, de pêssego, de laranja, água e whisky... Espera, whisky? Não achei que "ele" fosse do tipo que bebe. Tá bom então... Pego uma latinha de suco de pêssego, abro e me sento novamente

— Você vai me dar comida na boca? - digo rindo. "Ele" balança a cabeça afirmativamente - Tudo bem...

Terminei de comer, realmente eu estava com fome. Depois olhei para a varanda e em seguida para "ele", que balançou afirmativamente a cabeça. Corri para ver aquela gigante varanda, ela é tão grande que deve ser maior que o meu quarto. Percebi algo se mover do meu lado. Algo vivo. Um cachorro! Pela cor de seus pelos, certamente é um Golden

— Por que você não me disse que tinha um cachorro? - percebi seu sorriso mesmo com a máscara e "ele" veio até mim escrevendo algo. "Eu não tenho UM cachorro."

Olhei para o lado e vi diversos cachorros. Rottweiler, Border Collie, Pastor Alemão, Huski Siberiano e um Shetland. "Ele" não tem um, ele tem cinco!

— Não acredito que você tem todos esses cachorros lindos!

Brinquei com eles durante muito tempo, depois olhei no telescópio, pulamos na cama, brincamos de lembrar dos assassinos de filmes de terror que se assemelham à "ele".

— Michael Mayers de Hallowen.

"O cara de O Massacre da Serra Elétrica"

— Jason de Jason

"Freddy de Freddy..."– não entendi muito bem, pois ele não usa máscara, mas beleza

— O cara desconhecido do filme Armadilha .

"A primeira vez que apareceu a tia das katanas que não lembro o nome de The Walking Dead"

— Michonne. - ri com isso - Não lembro de mais de nenhum. Você ganhou. - "Ele" levantou os braços em uma breve comemoração - O que iremos fazer agora?

"Não sei... Que tal outro jogo? Você decide."

— Você bebe?

"Por que a pergunta?"

— É que eu vi uma garrafa de whisky no frigobar, achei que...

"Você bebe?" ​

— Somente em ocasiões especiais.

"Eu também bebo somente em ocasiões especiais. Como essa por exemplo..." - "ele" pegou a garrafa no frigobar e dois copinhos que estavam encima. - "Aceita?"

— Lógico. - "ele" encheu os dois copinhos. Peguei um e "ele" o outro. Demos um brinde e viramos de uma vez. Fiz careta. "Ele" tocou em meu rosto com os dedos

"Que careta linda!"

— Ah, não brinca! Tenho um jogo! Aceita joga-lo?

"Que jogo?"

— Aceita ou não?

"Aceito"

— O jogo é verdade ou desafio. Conhece?

"Lógico, jogávamos quando éramos menores." - com quem eu jogava verdade ou desafio? Que droga de memória.

— Então você sabe as regras... Vale tudo?

"Sim, vale tudo!"

— Isso vai ser interessante! Muito, muito interessante!


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Notas finais do capítulo

Passei a madrugada sem dormir para escrever esse capítulo... sabe... não é fácil escrever com as mãos doendo huehuehue.
Bem... comentem, deem sugestões, críticas... aceito tudo que vier de vocês (lindos).
Até a próxima. Bjos :*
Bye.