POV Ally

Acordei sentido alguém acariciar o meu cabelo e depositar beijos por todo o meu rosto. Sorri e abri os olhos, percebi que o meu corpo sobre o corpo do Austin, com a cabeça sobre o seu peito, os meus braços em volta da sua cintura e uma das minhas pernas sobre as suas.

–Bom dia morena. - Diz beijando os meus lábios e depois colocando uma mecha de cabelo para trás da minha orelha.

–Bom dia loiro. - Digo e vejo que eram 7h no relógio que estava no criado-mudo. - Temos de nos preparar para irmos para a escola, até porque ainda temos de levar a Skyler, apesar de ser eu a conduzir não quer dizer que tenhamos de ir atrasados para a escola - Digo, mas ele parece não se importar muito. É verdade, eu sei conduzir, só não tenho carro e aproveito sempre que o Dallas me leva ou até mesmo o Austin. Eu tento me levantar, mas o Austin aperta mais o seu braço na minha cintura, sem me magoar, para me impedir de sair.

–Não Ally, vamos ficar assim mais uns cinco minutos. - Diz colocando o outro braço por cima do que já tinha na minha cintura e eu suspirei assentindo.

–Mas só cinco minutos. - Digo e ele assente sorrindo.

–Eu não sei se quero ir para a escola. - Diz voltando a mexer nas mechas do meu cabelo.

–Porque não? - Pergunto confusa. Que eu saiba, ele queria terminar este ano e ir para uma escola de música.

–Porque se todos são como são para mim, eu estando "normal", eu não pensar no que vai acontecer agora que não posso andar. - Responde e eu sorri triste para ele.

–Vai ficar tudo bem, eu vou ficar o tempo todo contigo, sempre ao teu lado como já te prometi. - Digo e ele sorri acariciando a minha bochecha.

–O que eu faria sem você? - Pergunta e eu sorri.

–Você provavelmente iria dormir com a roupa do outro dia ou de roupa interior. - Respondo me lembrando da resposta que ele me havia dado à dois dias atrás.

–Ah!Ah! Mas assim você até que não se importava não era? - Pergunta e eu ri.

–É uma proposta que uma pessoa como eu não pode recusar. Não é todos os dias que o namorado super gostoso quer dormir quase nu com você! - Respondo. Ele ri e eu também ri devido ás suas risadas.

–O que os nossos filhos estão a fazer contigo! - Exclama me fazendo rir mais. - Vocês podem ficar aí o tempo que quiserem. A vossa mãe está muito bem assim. - Diz acariciando a minha barriga.

–Os cinco minutos já passaram, aliás passaram dez. - Digo me levantando, ao aproveitar que ele não me estava a segurar com força.

–Mas eu não quero. - Diz e eu ri.

–A tua mãe tem razão, você é mais criança que a Skyler. - Diz e ele me olha com os olhos semicerrados.

–Eu só me levanto se me deres um beijo. - Diz e eu neguei.

–Se te levantares eu deixo tomares banho comigo. - Digo e ele também nega.

–Eu vou tomar banho contigo de qualquer maneira, eu não consigo fazer isso sozinho, bem mais ou menos. - Diz sentando-se.

–Ok, então se você não se levantar, não há panquecas. - Digo e ele rapidamente se senta na cadeira e vem até mim.

–Já me levantei. - Diz e eu sorri caminhando para o banheiro com ele atrás.

Tomámos banho, eu o ajudei a lavar o cabelo e as costas, ele também lavou o meu cabelo e quando terminamos, saimos do banheiro e nos vestimos. Eu vesti primeiro (roupa ) e depois ajudei o Austin (roupa )

Ele desceu para a cozinha e eu fui vestir a Skyler. Ela já estava acordada quando eu entrei no quarto. Ela me ajudou a escolher a roupa que iria vestir e não escolhemos mal. (http://www.cegonhafeliz.com.br/images/product/459FD20130.jpg )

Depois de ela estar vestida, nós descemos até a cozinha e encontramos o Austin a colocar a mesa. Sentei a Skyler na cadeira e fiz as panquecas. Depois de estarem prontas, comemos e depois levamos a até a escola dela. O Austin teve de se despedir dela no carro pois estar a sair com a cadeira só para despedir dela na frente da escola e depois voltar e ter o trabalho e esforço de se estar a sentar novamente no carro não é bom, até porque o Dr Cris que ele não podia fazer muito esforço. O Alex é que me contou.

Eu levei a Skyler até a entrada e me despedi dela como sempre, lhe dando um beijo na bochecha e ela retribuiu e depois foi para a escola a sorrir. Depois de ela estar lá dentro vi que ela foi para perto do garoto que ela tinha beijado no seu aniversário e agradeci mentalmente por o Austin não ter vindo até aqui. Eu sorri e voltei para o carro.

–O que aconteceu? Porque estás a sorrir? - Pergunta o Austin a olhar para mim.

–Nada de especial. Vamos? - Pergunto ligando o carro.

–Se eu disser que não vamos voltar para casa? - Pergunta esperançoso e eu neguei com a cabeça. - Então sim vamos. - Diz se encostando no banco e olhando pela janela.

Quando chegamos, eu saí primeiro e depois ajudei o Austin com a sua cadeira. Tranquei o carro e assim que entramos na escola todos olhavam para o Austin e murmuravam coisas entre si. Eu percebi que o Austin não estava a gostar muito de toda esta atenção pois ele simplesmente rodou a cadeira mais depressa até a sala do Diretor. Eu quase tive de correr para o acompanhar.

–O que fazem aqui? - Pergunta a secretária do Diretor.

–Viemos falar com o Diretor, ele sabe que viemos aqui. - Digo e ela assente nos deixando entrar. O Diretor deve ter dito que iriamos ali.

–Bom dia. - Diz o Diretor e eu me sentei numa das cadeiras que ficavam de frente para a sua mesa. - Como está garoto? - Pergunta o Diretor e o Austin olha para cima.

–Bem. - Responde o olhando.

–Os professores vão vos dar a matéria que têm em atraso e vocês vão ter de tentar acompanhar com a matéria atual. - Diz e nós assentimos. - Bom, então vão lá, pois já vai tocar. - Diz e nós agradecemos. Eu me levantei e assim que saímos para o corredor tocou.

–Uau, o Diretor deve ter um relógio no cérebro. - Diz o Austin e eu ri. Eu estava a empurrar a sua cadeira até a sala onde íamos ter matemática. - Eu odeio isto. - Diz baixando a cabeça. Todas as pessoas que passavam por nós no corredor olhavam para o Austin. Eu fiz o máximo possível para chagar rápido à sala e quando entramos o professor ainda não tinha chegado.

–Eu ia esquecendo, mas hoje você tem uma consulta com o Dr Cris lembra? - Pergunto ao tirar a cadeira da mesa e a colocar no canto da sala, colocando a cadeira do Austin no lugar e me sentando do lado dele.

–Sim eu sei. E se estiver tudo bem, irei começar a fisioterapia amanhã. - Responde e o professor entra na sala. Eu e o Austin não falámos muito mais, o professor veio até nós e nos entregou algumas folhas que tinham a matéria que ele já havia dado, nós prestamos atenção na aula tirando apontamentos.

Depois de tocar a professora de Literatura veio e fez exatamente o mesmo connosco, entregou algumas folhas com a matéria que não acompanhamos e nós passamos todos os apontamentos da aula de hoje.

Depois de tocar fomos para o refeitório. Como sempre as pessoas ficaram a olhar para o Austin e agora até a mim isso me estava a incomodar. Nós fomos até a mesa onde já estava todos.

–Bom dia. - Dizem.

–Bom dia. - Digo. Eu olho para o Austin assim como todos os outros, mas ele parece nem reparar. O Austin mantinha a sua cabeça baixa, ele olhava para as suas mãos que estavam sobre as suas pernas. - Austin?! - Chamo e ele olha para cima.

–Sim? - Pergunta a olhar para mim.

–Está tudo bem? - Pergunto e ele assente voltando a olhar para as mãos. - Diz a verdade Austin.

–Está tudo bem Ally. - Diz e eu desconfiei mais, é raro ele me chamar de Ally e ainda por mais ele disse aquilo sem olhar para mim.

–Eu sei que não está Austin, o que há de errado? - Pergunto e vi uma lágrima descer pela sua bochecha e cair sobre a sua mão. - Austin! - Digo pegando as suas mãos e olhando para o seu rosto vendo que ele estava a chorar. - Porque estás assim Austin? - Pergunto preocupada.

–Ainda agora começou o dia e já estou a odiar isto tudo, eles não param de olhar para mim, eu não gosto de toda esta atenção em mim, muito menos desta maneira, eu só.........eu não quero estar aqui. - Diz e se soltou das minhas mãos indo embora. Eu olhei para todos eles que assentiram e eu corri para fora do refeitório para ver para onde o Austin tinha ido, eu vi virar no corredor que dava para as mesas onde ficamos sempre. Corri até lá e quando me aproximei ele olhou para mim.

–Austin, nós podemos ir embora, mas sabes que isso vai acontecer sempre que virmos para a escola. - Digo. Algumas pessoas olharam para nós mas eu não importei.

–Eu sei e é por isso que eu não quero vir mais. - Diz e eu me ajoelhei à sua frente.

–Você tem de lhes mostrar que eles olharem não te afeta em nada, não importa o que dizem ou pensam, você está assim por minha culpa e por culpa do Jake, eu já me desculpei e vou me desculpar por toda a minha vida, mas não te vou deixar de desistires da escola ou outra coisa qualquer só porque não te estão as correm bem as coisas agora.

–As coisas não estão só a não correr bem, você já olhou bem para mim, eu mal me consigo vestir sozinho, eu não posso fazer nada sozinho, eu tenho de ter sempre alguém comigo para me ajudar, em não presto para nada. O meu pai tinha razão. - Diz e eu arregalei os olhos para o que ele disse.

–Não Austin, isso não é verdade, vais ver, mais logo vamos ao hospital e o Dr Cris vai dizer que está tudo bem contigo, depois é só começares a fisioterapia e vais voltar a andar e fazer tudo o que fazias antes. Vais ver que as pessoas já não vão olhar para ti por estares numa cadeira de rodas por não conseguires andar e sim por seres forte e lutares pelo que queres. Eu sei que é dificil, mas eu também sei que és forte, você já passou por tanta coisa.

–Eu já passei demais, eu não sei como ainda tenho forças para estar aqui! - Diz e eu segurei as suas mãos fazendo com que ele olhasse diretamente nos meus olhos.

–Por favor Austin, dizeres isso magoa-me tanto. Eu odeio quando você fala assim, você ainda tem forças porque és a pessoa mais forte que eu já conheci e conheço. Nunca vi alguém passar por tudo o que você já passou e continuar a lutar pelo que quer. Tens vividos estes últimos dez anos atormentado pelo teu pai, você deixava ele te bater o quanto quisesse só para não magoar a tua mãe nem a Skyler, agora ele está preso. Desde que estás nesta escola tens sofrido tanto por tudo o que te dissemos, principalmente eu, mas estamos juntos e eu ainda não consigo acreditar como me podes amar depois de tudo o que já te fiz. Então no dia do acidente eu pense que te iria perder para sempre, mas você foi forte e lutou para ainda estar aqui. Eu não podia estar mais feliz por seres uma pessoa forte e corajosa, és uma pessoa que apesar de tudo o que já passou ainda tem forças para continuar. E vais continuar a ter. - Digo e ele suspira desviando o seu olhar do meu.

–Você até pode estar certa, mas nada disso vai mudar o que está a acontecer e o que estou a sentir. - Diz e eu seguro o seu queixo fazendo com que ele me olhasse sem desviar o olhar.

–Eu não sei o que estás a sentir, porque por mais que eu tente, não vou ser capaz disso, mas eu posso presumir o que sentes e sabes que estou aqui para tudo, não são simplesmente os nossos filhos que nos unem e sim o nosso amor. - Digo segurando as suas mãos mais apertado. - Acredita, eu nunca pensei em dizer coisas como estás em um bom tempo atrás, mas você conseguiu fazer com que eu visse o que eu precisava, o que eu queria estava mesmo na minha frente e eu não conseguia ver, você me fez perder o meu medo de palco, fez com que eu voltasse amar, fez com que eu te amasse como nunca amei ninguém, você fez com que a minha vida melhorasse. Você é tudo para mim e eu não te posso perder. Ao saber que pensas dessa maneira e te sentes assim, faz com que eu sinta que te estou a perder a cada minuto que passa, a cada dor que sentes, a cada sentimento ruim que tens. Eu amo você, e muito. - Digo deixando algumas lágrimas correrem pelo meu rosto. Eu vi que o rosto do Austin também estava molhado pelas lágrimas que escorriam pelas suas bochechas

–Eu também te amo morena. - Diz soltando as suas mãos das minhas e as colocando no meu rosto limpando as lágrimas com o polegar - Eu prometo que não me vais perder, de maneira nenhuma. Eu só não entendo o que há de errado comigo, porque todos olham para mim? porque todos implicam comigo? Porque todos têm de me fazer mal? Porque tem de haver pessoas que me querem mal, só a mim? Porquê a mim? - Pergunta colocando as mãos de volta nas pernas e eu coloquei as minhas no seu rosto.

–Eu não sei Austin, eu gostava de te responder a todas essas perguntas mas posso voltar a dizer que vou estar sempre contigo, ao teu lado, para tudo o que for preciso. - Digo e ele olha para mim a sorrir.

–Eu sei e obrigada por isso, é só que.......é horrível estar assim, não puderes fazer nada sozinho, tens de ter sempre alguém para te ajudar, eu não consigo fazer nada a não ser fazer vocês ficarem preocupados. - Diz suspirando. - Eu vou fazer de tudo para isso mudar. - Diz e eu sorri. - Obrigada por me fazeres sentir melhor. -Diz e me beija, um beijo doce e urgente, um beijo que fez aquela sensação voltar ao meu estômago, acho que todos os nossos beijos fazem isso, todos os pequenos carinhos que o Austin me dá fazem aquela sensação estar presente no meu estômago.

Me levantei e quando me virei vi que todos os nossos amigos estavam a olhar para nós e o Dez estava com a câmara na mão a apontar para nós.

–Você gravou tudo isto? - Pergunta o Austin e o Dez assente.

–Tudo, tudinho, está perfeito e eu vou guardar. Um dia ainda vai ser preciso. - Diz e eu ri balançando a cabeça. Só o Dez.

–Posso falar com você Austin? - Pergunta o Gavin aparecendo de trás dos nossos amigos. O Austin olhou para ele e pareceu pensar.

–Sim! - Diz e eu me virei para ele.

–Tens a certeza? - Pergunto e ele assente. - Ok, mas cuidado. - Digo e ele assente mais uma vez.

–Esperem aqui!- Diz e nós todos assentimos. Ele e o Gavin se afastaram um pouco de nós e ficaram perto de uma árvore. Eu gostava muito de saber o que eles estavam a falar!

POV Austin

–Posso falar com você Austin? - Pergunta o Gavin aparecendo de trás dos nossos amigos. Eu olhei para ele e pensei no que responder, ele nunca perguntou se podia falar comigo, muito menos falou comigo.

–Sim! - Respondo e a Ally se virei para mim.

–Tens a certeza? - Pergunta e eu assenti. - Ok, mas cuidado. - Diz e eu sorri assentindo mais uma vez.

–Esperem aqui!- Digo e todos eles assentimos. Eu e o Gavin nos afastamos um pouco deles e ficámos perto de uma árvore. - O que você quer? - Perguntei e ele se encostou na árvore.

–Eu não quero arranjar confusão, só quero mesmo conversar. - Diz e eu arregalei um pouco os olhos. Esta é nova, ele não querer arranjar confusão e só querer falar, principalmente comigo! Uau!

–E o que você quer conversar comigo? - Pergunto confuso para o que ele possa querer de mim.

–Eu vim pedir desculpa. - Diz e eu pisquei os olhos algumas vezes olhando para ele chocado. Será que eu ouvi bem, ele acabou mesmo de me pedir desculpa? Por favor me batam, eu devo estar a sonhar!

–Eu não sei o que dizer!

–Não precisas dizer nada, eu percebi o que tenho feito estes anos e o Jake não é a melhor pessoa, ele está cada vez pior, está obcecado e ele foi longe demais naquele dia contigo e com a Ally. - Diz e eu olhei para baixo. - Eu sei que já é muito tarde, mas eu peço desculpa, não tenho justificação a dar para me perdoares porque o que eu fiz não é perdoável, mas um desculpa é o máximo que eu tenho. - Diz e eu o olhei, ele parecia estar a dizer a verdade.

–Eu não te consigo perdoar já, mas eu aceito o teu pedido de desculpa, vai ser difícil confiar em ti, mas podes ficar connosco se quiseres. - Digo. Ele sorri de lado assentindo e eu sorri enquanto voltávamos para onde estavam todos.

–O que ele faz aqui? - Pergunta o Dez a olhar para o Gavin que estava ao meu lado.

–Ele vai ficar connosco. - Digo e todos olham para mim como se eu fosse louco. A Ally se aproximou de mim e empurrou a cadeira para um pouco longe de onde eles estavam.

Porque deixou o Gavin vir connosco? - Pergunta.

–Ele pediu desculpa e......

–E você o desculpou, assim, sem mais nem menos! Ele pode estar a mentir! - Diz não me deixando terminar de falar.

–Eu sei, eu aceitei o seu pedido de desculpa, mas não o perdoei ou confio nele. Eu sei que isto pode ser só uma jogada para nos fazer algumas coisa, mas todos merecemos uma segunda chance. Se fosse ao contrário eu também iria gostar que fizessem o mesmo comigo. Ele vai ficar connosco. - Digo e a Ally suspira.

–Está bem, você está certo, mas eu vou ficar atenta. - Diz e eu assenti sorrindo, nós voltamos para perto dos outros e tocou. Uau, que ótimo intervalo. Nos despedimos de todos e eu e a Ally fomos para a aula.

Assim como os outros professores esta professora algumas folhas com a matéria que perdemos e apontamos tudo o que precisamos de saber. A Aula passou a correr e isso é porque eu tenho de ir ao hospital, se eu tivesse o resto da tarde livre, parecia que a aula nunca mais iria acabar. Oh bem!

Assim que tocou para sair, eu e a Ally fomos para o carro e ela conduziu até o hospital. Ela disse que tinha dito aos nossos amigos que iamos ao hospital, por isso é que não esperámos ou nem me importei em lhes avisar.

O Alex disse que o Dr Cris lhe disse que era para eu ir lá hoje ás 16h e faltam apenas cinco minutos. Eu e a Ally já estamos à espera que ele venha me chamar.

–Austin. - Diz o Dr Cris a se aproximar de mim e da Ally. - Como estás? - Pergunta.

–Bem. - Respondo e fomos para o seu consultório.

–Vamos lá ver como estás. - Diz e me ajudou a deitar na maca. - Tens tido dores? - Pergunta como eu tira a minha blusa.

–No primeiro dia que saí sim, mas ontem e hoje não muito. - Respondo e ele assente. A Ally está sentada na cadeira ao meu lado e o Dr Cris está a ligar a máquina que dá para ver as minhas costelas. Eu esqueci o nome! - As tuas costelas estão quase curadas, por tanto amanhã irás começar com a fisioterapia. - Diz e desliga a máquina. Eu vesti a minha blusa e voltei a me sentar na cadeira. - Amanhã terás de vir ás 9h, só para te adaptares e saberes o que terás de fazer, depois terás de vir todos os dias à tarde por volta das 16h e não vens ao fim de semana. - Diz e eu assenti compreendendo. A minha vida nunca teve tão preenchida como agora! - Eu vou só passar os remédios para se sentires dores depois da fisioterapia e podem ir. - Diz e eu assenti mais uma vez. Ele nos entregou o papel e a Ally se levantou. Pois, eu não posso! - Então nos vemos amanhã. - Diz e eu sorri.

Nós fomos embora para o carro e voltámos para casa. Antes passamos pela casa do Alex para ir buscar a Sky, hoje não a podia ir buscar por causa da consulta.

–Então como correu Austin? - Pergunta a Isa enquanto me entregava a mochila da Sky.

–Correu bem, amanhã já começo a fisioterapia. - Respondo respirando fundo. Amanhã vai ser uma longa manhã!

–Vais ver que vai correr tudo bem! - Diz e eu sorri. De repente aparece a Sky a correr e assim que me vê, vem até mim. Eu a ajudo a sentar nas minhas pernas e a abraço.

–Oi pequena. - Digo e nos separamos. Eu olho de volta para as escadas, que foi de onde a Sky veio e vejo o Alex a descer com a Victória nos braços.

–Ela já adormeceu. - Diz o Alex entregando a Victória para a Isa e ela disse tchau para nós e foi deitar a Victória.

–E então, correu tudo bem? - Pergunta o Alex e eu assenti.

–Sim, mas eu talvez preciso que fiques com a Sky algumas vezes depois da escola.

–Claro, tudo bem! - Diz e eu sorri.

–Bom, nós vamos andando, eu estou cansada. - Diz a Ally e eu assenti.

–Tchau Alex. - Diz a Sky e ele beija a sua bochecha. Nós saímos da sua casa e vamos para a nossa.

–A que horas é que o Dr Cris disse que era para ir amanhã? - Pergunta a Ally largando a mochila no chão perto do sofá. Eu deixei a Sky descer das minhas pernas e ela correu para as escadas.

–Ás 9h porquê? - Perguntei curioso. Deixei a mochila da Sky no mesmo sítio e me aproximei da Ally.

–Porque eu vou com você. - Responde se encostando.

–Não, você tem de ir para a escola. - Digo e ela nega com a cabeça.

–Eu disse que ia estar do teu lado, sempre. - Diz e eu sorri. Com a sua ajuda me sentei do seu lado e a puxei até as suas costas estarem contra o meu peito a abraçando.

–Não é preciso, mas eu ão vou insistir para não ires, nesta gravidez você não tem tido mau humor e eu não o quero causar, então tudo bem, você pode vir comigo amanhã. - Digo e ela ri.

–Como se eu precisasse da tua autorização, mesmo que vocÊ não quisesse eu ia de qualquer maneira. - Diz encolhendo os ombros como se não fosse nada e eu ri, a virei para mim, sem a apertar muito, por causa dos bebés e a beijei. E como sempre e em todos os nossos beijos fiquei com aquela sensação das borboletas no meu estômago! -Eu te amo! - Diz assim que nos separámos.

–E eu a você, cada dia que passa te amo mais, me apaixono mais por ti, por tudo o que fazes, por tudo o que és, por todo o amor que me dás. Por sempre estares lá para mim. - Digo, ela sorri e voltamos a nos beijar.