Algumas semanas já haviam se passado desde o incidente do jornal. Os marotos estavam unidos como sempre. Remus e Dorcas conversavam todos os dias. James continuava capitão do time de quadribol, que permaneceu praticamente o mesmo do ano anterior. Apenas um dos batedores teve de ser substituído, por que o antigo se formou. Dorcas continuou no time, e marcou mais da metade dos gols no primeiro jogo, contra Lufa-Lufa, Potter capturou o pomo após seis horas de jogo, e Grifinória ganhou de lavada.

Já na festa após jogo, todos gritavam e comemoravam como loucos no salão comunal. Dorcas já estava bêbada quando viu Sirius agarrado com Marlene. Sentiu seu coração pesar, porque, apesar de tudo, ainda sentia ciúmes de Black. Estava com raiva. Queria se vingar de tudo o que o maroto havia dito sobre ela. Não conseguiu pensar em nenhum plano muito bom, devido a sua condição embriagada, mas uma ideia surgiu em sua mente.

Dorcas pegou uma garrafa de firewhisky e entregou a Remus.

– Beba! – ela disse séria.

– Não Jean, estou bem com meu suco de abóbora, obrigada.

– Ah Jhon, por favor, só um pouquinho – ela colocou a garrafa na mão do rapaz.

– Jean, eu sou monitor, sou responsável por manter essa festa em ordem, tenho que dar o exemplo. E além do mais, não bebo.

– Jhon, você não bebe porque nunca experimentou, bebe só um pouquinho.

– Não, e, por favor, não insista.

– Ótimo, então vou ter que te beijar sóbrio – Dorcas falou isso e rapidamente envolveu o rapaz com seus braços e começou a beijá-lo. Ao sentir os lábios de Remus nos seus, a garota esqueceu de todo e qualquer plano. Quando ele correspondeu o beijo, Dorcas ficou perdida, nunca tinha sentido algo assim durante um beijo.

Lupin foi pego de surpresa, e no começo retribuiu o beijo com uma ferocidade que poucos esperariam dele. Não queria parar de beijar Doe, mas despertou do transe quando sentiu o gosto quente do firewhisky. Remus se afastou constrangido, algumas pessoas estavam os encarando.

– Porque parou? Você beija tão bem – perguntou Dorcas tentando beijá-lo novamente.

– Jean, você está bêbada, e nem vai lembrar disso amanha, agora vá dormir.

– Só se for com você – ao pronunciar a ultima palavra ela beija Lupin, que dessa vez não a impede.

Dorcas termina o beijo com um sorriso malicioso, e puxa Remus para fora do salão comunal e dentro de um armário de vassouras. Lupin estava rendido, faria qualquer coisa por Meadowes.

Ao trancar a porta do armário de vassouras com um feitiço, Remus passa os braços ao redor da cintura de Dorcas e passa a beijá-la com mais intensidade do que quando estavam no salão comunal.

– Você é bem selvagem para alguém tão quieto – ela murmura entre os beijos.

Ele ri baixinho e continua a beijá-la. Doe para o beijo para morder o pescoço do rapaz, e guia a mão do mesmo para dentro de sua camiseta. Ao perceber que ela estava sem sutiã, Lupin fica mais animado, e pressiona a garota contra a parede. Dorcas geme e passa uma perna em volta dele. Remus aperta a coxa da garota com uma mão enquanto a outra permanece nos seios dela. Dorcas enfia uma das mãos por dentro das vestes do garoto, fazendo-o gemer alto, e passa a acariciar seu membro. Lupin já estava mais excitado do que pensava que fosse possível quando encosta em uma cicatriz, que apesar de fina, atravessa a barriga de Dorcas, cortando seu umbigo e seguindo até a base do seio esquerdo. De repente Lupin congela com a lembrança do dia em que fez essa cicatriz em Doe. Ele sente o medo apoderar-se de seu coração e se recorda do quanto é perigoso para ela. Remus para de beijá-la.

– O que aconteceu? – ela pergunta.

– Não estou me sentindo bem – ele mente.

– É alguma coisa comigo? Fiz algo que você não gostou? - ela diz deslizando a mão para fora das vestes dele.

– Claro que não Jean, você é ótima - 'até demais' ele pensa e sorri - eu só não estou me sentindo muito bem.

– Já te disseram que você mente muito mal?

– Não estou mentindo.

– Está sim, se você não quer transar comigo pode falar, não precisa mentir – ela enche os olhos de lágrimas propositalmente.

Remus cora, constrangido, é verdade que não se sentiria a vontade perdendo a virgindade em um armário de vassouras. Mas com certeza queria que fosse com Dorcas, mesmo se lembrando dos comentários de Almofadinhas sobre as noites com a garota cada vez que encostava nela.

– Não é isso Dory, é que, você lembra quando ganhou essa cicatriz? – ele pergunta, passando a mão na marca.

– Lembro muito bem, eu e você combinamos de fazer uma aventura, e fomos acampar no bosque, escondidos de nossos pais. No meio da noite um bicho nos atacou, mas seu pai conseguiu nos achar antes de um estrago maior. No outro dia vocês se mudaram.

Remus dá um sorriso amargo e assente.

– Não me sinto bem tocando ela, lembrando que sou culpado por essa marca. É por isso que parei de beijar você.

– Claro que você não é culpado Jhon, nós éramos crianças, e eu dei a idéia da aventura. Você só teve sorte de correr mais rápido.

Ele fecha o rosto e em seguida da um sorriso leve.

– Acho que vou dormir Jean, aproveita a festa, e vê se esquece disso tudo, quero continuar sendo só um amigo – ele da um beijo na bochecha de Dorcas e vai para a porta.

– Boa noite Jhon, nunca vou esquecer - ela pisca - podemos continuar só amigos depois de transar, não vejo problema nisso - ela ri ao ver a cara de espanto de Lupin - brincadeira, sei que você não é esse tipo de garoto – ela dá um selinho no rapaz e passa na sua frente, pela porta.

Dorcas é uma das ultimas pessoas a sair do Salão Comunal. Passou o resto da noite se agarrando com Joseph Berry, setimanista goleiro da Grifinória.