Her name is Dorcas Meadowes escrita por moonying


Capítulo 6
Vizinhos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Está meio longo, mas é por uma boa causa.



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Os Meadowes eram muito conhecidos e queridos na comunidade bruxa. Moravam em Godric’s Hollow há muitas gerações. Georgios Meadowes era o braço direito do ministro da magia. Tomava, junto com ele, as decisões mais importantes da comunidade bruxa, mas como trabalhava muito, era um pai ausente. Seu único contato com Dorcas era após o jantar, quando a ensinava magia. Ele admirava o poder de sua filha. Notava-se que seria uma bruxa poderosa desde muito pequena. Temia, porém, seu temperamento, Dorcas desobedecia aos pais com freqüência e fazia apenas o que a agradava.

Diannah Meadowes não trabalhava, ela adorava ler e ensinar francês à Dorcas. Apoiava secretamente a filha em algumas travessuras e faria de tudo para ver sua pequena sorrindo.

Eram os Meadowes quem davam as boas vindas às novas famílias bruxas de Godric’s Hollow, e não foi diferente com a família Lupin.

A família de Remus mudou-se para uma casa velha e há muito desabitada em frente à casa dos Meadowes.

Logo que ficou sabendo da chegada da nova família, Diannah preparou uma torta francesa e Dorcas, sabendo que os Lupin tinham um filho de sua idade, ajudou a mãe a preparar uma cestinha com muffins e suco de abóbora na esperança de fazer um piquenique.

Quando os Meadowes tocaram a campainha, Lyall Lupin pediu para Remus ir para o quarto. Remus não gostava de ficar isolado, mas seu pai lhe dizia que os outros não o compreenderiam, e que ele devia manter suas transformações em segredo. Um pouco antes do Sr. Lupin abrir a porta, Dorcas viu Remus olhando para fora, de uma janela no segundo andar. Quando os olhos dos dois se encontraram, ela sorriu e acenou e ele se escondeu.

Hope Lupin e Diannah estavam conversando animadamente sobre culinária, enquanto Georgios e Lyall conversavam sobre trabalho. Dorcas estava sentada entediada no sofá, quando se lembrou do garoto na janela.

– Com licença senhora Lupin, mas os senhores têm um filho, não tem? Eu trouxe essa cesta para fazermos um piquenique – disse a pequena Dorcas puxando a saia da mulher.

– Temos sim, infelizmente você não poderá brincar com ele.

– Porque? Eu sempre brinco com meninos, eles são muito mais divertidos – a menina empina o nariz e olha desafiante para Hope.

– Dorcas, crianças não podem responder os adultos dessa forma. Peça desculpas e volte para o sofá – critica Diannah.

Doe murmura qualquer coisa e senta-se no sofá. Passados alguns minutos, levanta-se novamente e vai até Lyall.

– Senhor. Eu trouxe esses muffins para seu filho, posso entregá-los?

– Que gentileza querida, mas receio que terá de deixá-los por aqui, eu os darei para Remus quando ele puder comer.

– Mas eu quero conhecê-lo! – Dorcas grita.

– Ele não está em casa! – vocifera Lyall.

Doe se irrita e sai correndo com a cesta na mão. Sobe as escadas rapidamente e entra correndo no quarto do garoto. Remus estava sentado no chão lendo um livro. Assustou-se quando a porta abriu, e levantou rapidamente.

– Olha o que eu trouxe para você – diz Dorcas entregando a cesta à Lupin – podemos fazer um piquenique.

Os adultos gritavam no andar de baixo para Dorcas voltar.

– Você quer mesmo falar comigo? – Remus perguntou tímido.

– Claro que quero, podemos ser amigos, eu moro na casa da frente, você pode ir lá. Nós podemos ir ao parque e à loja de doces.

– Eu não saio de casa.

– Não faz mal, eu venho aqui, e se os seus pais não me quiserem aqui, posso entrar pela janela, já sei voar de vassoura, e eles nunca vão descobrir.

– Mas eu nem sei seu nome, e não sei brincar com outras crianças.

– Meu nome é Dorcas Jean Meadowes, e eu posso ser sua professora de brincar.

– Dorcas é um nome estranho, vou te chamar de Jean.

– Remus também não é um nome bonito, você tem nome do meio?

– Tenho, é Jhon, você pode me chamar assim.

Georgios chegou à porta do quarto e chamou Dorcas. Ela olhou mais uma vez para Remus, apontou para a janela, deu um sorrisinho, e foi de encontro ao pai. Os Meadowes se desculparam pelo comportamento da filha e deixaram a casa dos Lupin.

No outro dia, quando Sr. Meadowes saiu de casa para trabalhar, Dorcas contou a mãe tudo o que aconteceu no quarto de Remus. Diannah disse que achava estranho os pais não permitirem que o garoto a conhecesse e que iria ajudá-la a ser amiga do menino. Dorcas comemorou e esperou até Sr. e Sra. Lupin saírem para trabalhar, então pegou sua vassoura e voou até a janela do quarto de Remus, que a abriu.

Eles fizeram isso todos os dias durante um ano. Eram melhores amigos. Lyall, Hope e Georgios nunca desconfiaram de nada.

– Olá Jhon – disse Dorcas passando pela janela com sua cesta cheia de biscoitos – olha o que mamãe preparou pra nós.

– Oi Jean, perecem deliciosos – Remus já estava pegando um biscoito.

– O que vamos fazer hoje?

– Podemos construir um forte!

– Mas a gente fez isso sexta feira!

– Podemos ler um livro!

– Já lemos todos!

– Então o que você quer fazer?

– Podemos ter uma aventura! – responde Dorcas animada.

– Aqui no meu quarto?

– Sim Jhon! Você sempre fala que tem um poder especial, e por isso seus pais não deixam ninguém te ver. Porque não me mostra?

Aos sete anos, Remus ainda não sabia que a licantropia era uma coisa ruim. Lyall falava a ele que era um super poder, e que ele era muito especial, por isso os outros não o compreenderiam. O porão da casa, que era usado nas noites de transformação era todo pintado com figuras dos heróis trouxas favoritos de Remus e antes de se transformar ele vestia uma fantasia de super herói. Não fazia ideia do quão perigoso era quando se transformava.

– Você está com sorte hoje Jean, porque eu vou usar meu poder hoje a noite. Você tem que se esconder na Sala Do Herói antes dos meus pais chegarem, ai você vai poder ver. Quem sabe você pode ser uma super heroína.

– Sério Jhon? Tomara que eu possa, adoro suas revistinhas de heróis.

– Vamos ser os maiores heróis do mundo.

Eles começaram a imitar os heróis, pulando na cama e jogando bonecos um no outro.

– Jhon, quer ver uma coisa muito legal? – disse Doe com um sorrisinho.

– O que você tem aí? – Remus já estava tentando dar a volta na amiga, que estava com os braços para traz.

– Fecha o olho e prende a respiração que eu te mostro.

– Tudo bem – e Lupin fecha os olhos e prende a respiração, meio desconfiado.

A menina se aproximou, também com os olhos fechados e a respiração presa, e deu um selinho em Remus. Em seguida se afastou rápido.

– Agora você é meu namorado!

– Ta bom, mas não faz isso de novo, eca – diz Lupiz limpando a boca.

– Tudo bem, eu também achei nojento – diz ela também limpando a boca.

– Namorada, me alcança um biscoito, por favor.

– Sim namorado, aqui está. Namorado, cante uma música para mim.

E Remus começa a cantarolar uma música infantil trouxa. Passam o dia brincando de namorados, e quando começa a escurecer Dorcas manda um bilhete para a mãe avisando que vai acampar na casa de Remus. Georgios estava passando a semana na Polônia com o ministro da magia, e não dormiria em casa. Diannah autorizou a menina a posar na casa dos Lupin.

– Namorada, daqui a pouco meus pais chegam, vá se esconder na Sala Do Herói.

Dorcas sai do quarto e vai para o porão da casa, chegando lá se esconde dentro de um pequeno armário. Já estava cochilando quando Remus chega, vestindo sua fantasia e mais animado que nunca ele senta em uma poltrona em quanto seu pai enfeitiça a sala. Dorcas reconhece alguns dos feitiços usados como silenciadores e protetores. Quando Lyall sai do cômodo, Remus chama pela namorada.

– Já está quase na hora – ele fala animado – fica olhando.

– Tudo bem! Porque seu pai enfeitiçou o quarto?

– É pra eu não me lembrar depois, ele diz que é melhor assim.

– Mas eram feitiços silenciadores.

Nesse momento Remus começa a se transformar, ele cai no chão e se curva, as unhas viram garras, seus pelos crescem e ficam animalescos, o nariz se transforma em focinho. Dorcas fica aterrorizada pelo que vê. Fica em choque por alguns segundos, então da um grito de puro horror quando Lupin se levanta e vem em sua direção.

O grito de Dorcas foi tão poderoso que quebrou alguns dos feitiços silenciadores feitos por Lyall, e foi ouvido por toda a vizinhança. Sr. e Sra. Lupin ficam assustados e correm para o porão. Quando conseguem abrir a porta, Dorcas está no chão, com um enorme arranhão em seu abdômen, e Remus, em um raro momento de consciência apenas encara a menina, que já estava inconsciente.

Lyall tira Dorcas da sala e enquanto Hope cuidava do ferimento, ele volta a lançar os feitiços silenciadores sobre Remus. Diannah bate na porta dos Lupin e Lyall, vai atendê-la. A mulher chora ao ver a filha daquele jeito e pergunta o que aconteceu.

Ao descobrir a licantropia de Remus, Diannah pergunta se sua filha ficará daquele jeito também. Hope explica que ela apenas foi arranhada, ficará com uma cicatriz, mas não virará lobisomem. Lyall, com permissão de Diannah altera a memória da pequena Dorcas, apagando os acontecimentos daquele dia, e fazendo-a acreditar que tinha sido atacada por um animal selvagem em um bosque.

O ferimento se fecha após algum tempo, mas assim como os outros ferimentos causados por lobisomens, a cicatriz será eterna. Quando Remus volta ao estado humano, e se lembra do que fez passa a se odiar e acreditar que é muito perigoso. A partir desse dia, seu pai não modifica sua memória após cada transformação, e o menino descobre que é um lobisomem.

Três dias após o incidente, quando Dorcas consegue escapar de sua mãe, e tenta se encontrar com Remus, encontra a casa vazia. Os Lupin tinham se mudado. Dorcas só volta a ver seu melhor amigo, anos depois, no Expresso De Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

O que acharam deles criança? Espero que tenham gostado. Comentem pleeease, escrevo essa história especialmente para cada um de vocês, me deem um pouco de feedback :))



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