Rebel Heirs - Interativa escrita por Carol Chase Lovegood, Bia Valdez


Capítulo 8
The Secondary Village


Notas iniciais do capítulo

Fala, galera!!! Mil desculpas pela demora, mas rolaram uns imprevistos aqui em casa e eu me desliguei da fic por um tempo. Foi um bloqueio de criatividade violento, mas acho que agora estamos de volta.
Bem, eu acho...
Espero que curtam o capítulo e não esqueçam de comentar!
(Nossa! Isso soou como se eu estivesse finalizando um vídeo no YouTube. "Não se esqueçam do like e favorito. Se Inscrevam no canal...").
Beijinhos!!!!!



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Piper estava prestes a ter um ataque. E esse seria um dos piores.

– NINA! VOCÊ É MALUCA!? PODIA TER MATADO TODO MUNDO! – gritou a filha do Flautista, vermelha de raiva. Fanny, que ficara presa pelo pé em um dos galhos da grande macieira, tentava de soltar com a ajuda de Jamie e Luminne.

– Foi só um feitiço de propulsão. – se explicou Nina, enquanto tirava alguns pedaços de galhos que haviam ficado presos em seu cabelo – Era para a queda ser menos... Ahn... Desse jeito. Mas eu meio que esqueci o contrafeitiço no meio do caminho... Desculpa.

– Desculpa? DESCULPA?? EU VOU TE MATAR SUA... – Piper começou, mas logo foi interrompida quando Alexia ergueu a voz e Fanny finalmente se soltou.

– Ahn... Gente? – a ruiva parecia nervosa enquanto encarava os amigos, mordendo o lábio inferior – E-eu... Acho que matei alguém.

***

– Que maravilha. A gente foge de um e encontra com o outro.

– Boa, Lexi. Agora a gente vai ser procurado por assassinato também.

– Eu já disse que não foi minha culpa! Eu caí em cima dele por pura...

– Pera! Eu acho que ele tá acordando!

– Graças a Merlin!

Lentamente, o filho do caçador começou a abrir os olhos, observando os rostos das pessoas que o encaravam com tanta curiosidade.

– Ahn... Quem são vocês? – John coçou a nuca, sem entender muita coisa, depois se virou para o lado, reconhecendo uma face conhecida – Ah, oi Scar. Você está ótima.

– Johnathan. Não posso dizer o mesmo de você – a garota respondeu com um “quê” de sarcasmo na voz. John somente sorriu de canto enquanto tornava a encarar o resto do grupo.

– Me desculpe por ter caído em cima de você. – uma garota ao lado de Scarlett, também ruiva, abriu um sorriso sem graça – Sou Alexia. Espero não ter te machucado... Errr... Muito.

– Não, tudo bem e... – houve um pequeno estalo na mente do garoto – Espera aí... Você não é a Alexia tipo “A” Alexia, é? Tipo... A Princesa de Copas?

Os jovens ao redor de John se entreolharam, como se não soubessem o que responder.

– Uhmm... Sou sim, mas... Como você sabe disso? – Alexia ergueu uma sobrancelha enquanto se levantava devagar.

– Eu, bem... Já tive que ir ao País das Maravilhas umas duas ou três vezes... Livros, sabe? Aqui não tem muitos que sejam interessantes... – o garoto sorriu e fez uma reverência – Mas é um prazer conhecer Vossa Alteza.

– Ahn... Pode me chamar só de Lexi mesmo. – a garota sorriu, tentando esconder a vermelhidão nas bochechas .

– Tudo bem então, Lexi. – Jonathan ergueu o corpo, desmanchando a reverência – Pelo jeito vocês devem estar com problemas. Foi impressão minha ou falaram em Guarda Real?

– Foi pura impressão sua! – resmungou Jamie, tentando cortar o assunto – Estamos muito bem e obrigada. Agora se nos permite...

A garota começou a empurrar os outros herdeiros para longe do filho do Caçador.

– Ei, ei! Vai devagar! – Jonathan exclamou – É sério. Se virem vocês por aí vão ser presos na hora. A Vila também foi avisada, sabem? Não somos tão desinformados quanto parece.

No mesmo segundo Jamie parou o que estava fazendo.

– Você que dizer que...

– Sim, eu sei que vocês são foragidos. – Jamie abriu a boca novamente – E não, eu não vou delatar vocês. Só me digam o que estão fazendo que vou ver o que posso fazer, afinal, devem ter uma boa razão para sair fugindo no meio do nada.

John cruzou os braços, encarando o grupo com um olhar de divertimento.

Fanny foi a primeira a se pronunciar.

– Estamos fugindo para o Mundo Real. – a ruiva falou, dando pulinhos.

– CHEGA! – Jamie, saindo de seu torpor momentâneo, gritou para a amiga - EU VOU TE MATAR!

Então as duas saíram correndo uma atrás da outra.

– É sério? – perguntou o garoto. O grupo não tinha outra opção se não confirmar – Demais. – ele falou sorrindo – Mas sair daqui agora vai ser difícil. Vão precisar de ajuda. Conheço um caminho, mas vão ter que confiar em mim. – um por um, os adolescentes concordaram – Ótimo. Vamos ter que ir até os Hightower. Tenho certeza de que Laurie conhece alguma coisa que possa ajudar nesse plano maluco de vocês. Ah, a propósito, já que a Scarlett não fez o favor de me apresentar adequadamente... Sou Jonathan Hunter, irmã mais novo do Leon e bem... Filho do Caçador.

***

Apesar de desconfiar da determinação de John em ajudar na fuga quase – senão completamente – impossível planejada tão inconsequente pelos nossos herdeiros, Piper seguia o jovem caçador com passos rápidos. Eles haviam acabado de se conhecer e as circunstâncias eram um tanto desfavoráveis. Quero dizer, sabe‐se lá quantas coroas diferentes poderiam estar atrás deles naquele momento.

Ao seu lado, Nina permanecia exageradamente confiante e alheia à preocupação da amiga.

– E então, para chegarmos aonde quer que estejamos indo no momento, vamos apenas ter de enganar, despistar e provavelmente enfrentar alguns exércitos enviados por reis e rainhas determinados a nos impedir ou cortar nossas cabeças! – ela comentava seu plano 100% seguro como se estivessem planejando um piquenique ao lado do Poço dos Desejos – Fácil!

– Realmente, Nina, muito fácil... – resmungou Piper, arrancando uma risada da amiga.

– E não é? Não tem falhas. – a feiticeira fez uma pausa e prosseguiu – Já te contei que meu pai uma vez me levou para conhecer a Biblioteca dos Bruxos? Aquela lá nas Colinas!

– Já. Você conheceu uma fada madrinha e um garoto gênio que...

– Tinha um pessoal legal lá! Tinha a filha da Fada Madrinha e um garoto gênio que...

– Piper!

Scarlett, bem mais para frente, acenava freneticamente para a flautista, que acelerou o passo para alcança-la, deixando certa morena falando sozinha mais para trás. A filha da Chapeuzinho havia tirado o capuz e deixado os cabelos ruivos caírem sobre a capa vermelha e isto, de certa forma, a fazia parecer muito um tomate ambulante. Piper riu deste pensamento, mas o afastou logo em seguida.

– Fala, Scar. O que houve?

– Por enquanto? Nada. Mas não duvido nada que daqui a pouco você será necessária. – Scarlett torceu o nariz, como se estivesse tendo algum tipo de mau pressentimento.

– Defina “necessária”. – pediu Pipes, tentando não demonstrar sua desconfiança.

– Olha, acontece é que...

– Ora, se não vejo aqui os tão procurados fugitivos da Rainha de Copas!

Concentradas na conversa, as meninas não tinham percebido que haviam chegado ao seu destino. A frente das duas estava a passagem hexagonal a qual John se referira durante o planejamento da fuga da Vila Secundária. Uma espécie de fenda sobre uma rocha coberta de musgo conhecida como a Toca do Coelho. De acordo com o filho do Caçador, aquela fenda deveria leva-los para a tal amiga dele, que os ajudaria com seu plano de fugir do Mundo dos Contos.

Porém, havia um pequenino problema. A entrada da Toca era vigiada por um guarda, que era ninguém mais ninguém menos que a última pessoa que Scarlett queria encontrar no momento:

Rick Nottingham, o filho do Xerife de Nottingham.

O garoto, literalmente, tinha cara de raposa. Os olhos pequeninos e repuxados para baixo, o nariz fino e protuberante, os lábios minúsculos e ressecados e o cabelo castanho oleoso que lhe caia sobre os olhos davam a ele este aspecto. Piper jurou ter ouvido Fanny perguntar para alguém o porquê dele não ter orelhas pontudas.

– Bom-dia pra você também, Rick. – disse John claramente tentando distrair a raposa humana – Sabe, às vezes eu noto como seu lindo rostinho torna meu dia muito mais feliz.

Eu sei que o narrador não deveria interferir nisso, mas preciso deixar claro:

ISSO É A MAIOR MENTIRA JÁ CONTADA NA FACE DO MUNDO DOS CONTOS!

Entenderam?

– Não tente me enrolar, Hunter. – o “híbrido” tirou um punhal de seu cinto e, com ele, indicou cada um dos herdeiros – Você sabe que não tenho permissão para liberar a passagem de ninguém. Muito menos de fugitivos! – o grupo trocou um olhar silencioso – Você já me gerou muitos problemas sozinho!

– Ah, isso não é cem por cento verdade. Eu só dou uma escapada pela Toca uma ou duas vezes...

– Por semana! – o mini-xerife gritou, jogando os braços para cima – Você é provavelmente o ser mais persistente e irresponsável do Mundo dos Contos!

– Olha quem fala... – sussurrou Scarlett no ouvido de Piper, com certo desgosto na voz.

Foi então que Rick finalmente notou a presença da filha da Chapelzinho. Por um segundo ele pareceu prestes a ter um ataque do coração.

– Scarlett! – o garoto gritou com sua voz guinchada enquanto guardava o punhal e tentava ferozmente arrumar o cabelo ( o que só piorou sua aparência por sinal) – Eu... você... Não vi... Digo, eu não vi você. E... Oi.

– Some da minha história, Nottingham.

– Também senti sua falta...

Ao lado de Piper, a encapuzada revirou os olhos e fez uma cara que dizia claramente: “Socorro! Cadê minha Fada Madrinha nessas horas?”. Só então a flautista percebeu o óbvio.

Rick Nottigham estava apaixonado por Scarlett Wolf.

O que era completamente nojento.

– Sabe, aqueles meus convites para o teatro ainda estão válidos. Se você quiser... – Rick tentou sua milésima investida, sem sucesso.

– Minha resposta ainda é não. – Scarlett foi curta e grossa – Agora, saia da minha frente!

– Sabe, – a raposa abriu os braços, como se impedisse a passagem de alguém – se você pedisse com jeitinho seria muito mais fácil... E talvez mais fácil ainda se me desse um pagamento satisfatório...

– Evapora da minha vida!

– Não sou de desistir. – o garoto deu alguns passos em direção à ruiva, o que já preparou todos os herdeiros para um ataque de nervos por parte de Scarlett – Você um dia ainda vai descobrir que me ama. Vai se tornar minha namorada.

– Não. Sou. Um. Objeto! – ela disse pausadamente entre grunhidos e rosnados de insatisfação e raiva puras (e, devo dizer, com uma pitada de impaciência também).

– Nada que impeça você de ser minha garota. – Rick deu mais um longo passou para frente e aproximou a mão do rosto da ruiva, como se na tentativa de afasta-lhe uma das mechas.

Foi a gota d’água.

– JÁ CHEGA!

Com uma rapidez impressionante, a encapuzada saltou sobre o garoto e começou a estapeá-lo, chutá-lo, arranhá-lo e agredi-lo de todas as formas imagináveis. John, Jamie e Kain até tentaram separá-los, mas a tentativa não surtiu efeito algum.

Foi então Piper recorreu ao seu último recurso: sua flauta.

A verdade é que a morena não gostava muito de usar seus poderes. Usar sua música para obrigar pessoas a fazerem coisas que elas não queriam não era uma de suas atividades favoritas. Entretanto, Scar parecia disposta causar ferimentos bem graves e a filha do Flautista não estava muito a fim de ser procurada por assassinato (como já até deixara claro anteriormente).

Levando o instrumento de madeira à boca, a flautista tocou uma sequência de notas que para a maioria pareceria uma melodia aleatória. Porém, para alguém com altos conhecimentos sobre Feitiçaria Musical, aquela era claramente uma canção calmante. Cada nota, cada sinfonia continha sua magia e seu significado, e Piper conhecia todas elas.

Pouco a pouco, Scarlett foi soltando o garoto enquanto o mesmo caia num sono profundo.

– Bem, isso foi eficiente. – disse John rindo para descontrair o clima – Poderia ter feito isso antes, não? – o garoto então indicou a entrada da Toca – Vamos?

Logo, os herdeiros já penetravam a escuridão da fenda e Scarlett voltou para o lado de Piper:

– Viu? Eu disse que você seria necessária.


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Notas finais do capítulo

Enfim, última passada. Esperam que tenham gostado!!!