Never Love escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 9
Capítulo 8 - Última Vez


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mil desculpas pelo ENORME atraso! As férias estão um pouco loucas, mas o capítulo tá mais ainda, e tá ótimo! XD
Brincadeiras à parte, aproveitem o capítulo.
Link da música vai estar na página da fanfic ainda hoje!
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Boa Leitura!



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“Você, você é tudo que eu quero
E eu, eu sou tudo que você precisa
Eu, eu sou a miséria que você anseia
E você, você é meu inimigo fiel
Esta fome parece alimentar de mim
Um pecado sagrado, uma raça em extinção,
E nós arriscamos tudo,
Nada bom irá vir disso,
Estou gritando com o meu último dolorido suspiro
Eu serei sua até o dia da minha morte
Nós, nós sabíamos como isso iria acabar
Nós sabíamos que iríamos morrer antes de vivermos
Mas eu nunca vou deixar você ir
Eles nunca vão saber todo o sangue que derramamos
Essa cruz escarlate nós levamos, até o amargo fim,
E eles, eles nunca poderão saber o que fizemos
Eu nunca vou deixar você ir
Sabíamos como isso iria acabar...”

(Scarlet - In This Moment)

– Você não respondeu minha pergunta. – Ele parou ainda de costas para ela. E ela riu de novo ao vê-lo se esquivar da pergunta.

– Pergunte de novo. – Disse se virando para Ananda.

– Por que se importa com o quanto eu te odeio? – Indagou mais uma vez.

– Eu me importo, - Ele fez uma pausa. Como falo isso sem parecer que, talvez eu me importe mais do que deveria? Pensou. - porque eu não quero ver ódio nos seus olhos quando eu arrancar seu coração. Não quero um coração que me odeie. – Respondeu tentando parecer o mais indiferente possível, embora ela visse que suas palavras não eram em vão.

– Pronto. Respondi sua pergunta. - Disse dando as costas o continuando o caminho.

Ele realmente não queria que ela o odiasse. Ananda ao perceber não pode impedir que suas bochechas corassem um pouco e mordendo a língua para que um pequeno riso não escapasse de dentro de si. Correu alguns passos para alcança-lo. Até estarem caminhando lado a lado.

– Por que você está esperando? Por que você não me mata logo, e conquista sua juventude eterna, de uma vez por todas? – Indagou Ananda. Retornando a frieza de si mesma.

– Tem que ser num lugar especial, e eu gosto de me divertir. Por que você tem pressa da sua própria morte, afinal? A morte é algo tão encantador para você, a ponto de fazer você implorar por ela? – Riu, embora realmente não entendesse porque a todo momento retornava à como isso terminaria.

– Eu não tenho pressa da minha morte. E não acho a morte encantadora. Eu tenho pressa que meu irmão seja livre de você. Eu acho que a minha morte pode ser uma solução. Meu irmão vive. Você conquista sua juventude eterna. E meu tormento termina. – Até porque, os mortos não tem sentimentos... Pensou.

– Tormento? – Questionou, franzindo o cenho. Ela realmente não temia o que quer que fosse relacionado à sua própria morte.

– Nunca mais ter que afastar aqueles que eu amo. Nunca mais me sentir culpada por ter que ficar distante deles... – Ela abaixou olhar para o chão, respirando fundo para controlar os sentimentos antes de falar. E ele a fitou, era capaz de ver a tristeza que ela escondia ao falar sobre isso.

– Minha morte finalmente vai me dar a paz, que eu nunca mais vou ter, - A calma com que ela falava sobre a própria morte poderia chegar a assustar. Mas Peter não ficou assustado, mas intrigado. Como ela podia falar daquele jeito? E sobre a própria morte. - mesmo que eu fosse para um lugar sem magia. Eu não conseguiria viver lá; depois de tudo o que vi, tudo o que vivi. Não se pode ver tantas coisas inimagináveis e depois voltar para um lugar onde ninguém usa um pingo de imaginação.

– Deve ser muito monótono, além de sem magia, sem imaginação. – Brincou, embora soubesse que nada daquilo seria mais uma brincadeira. Matá-la, arrancar-lhe o coração e ser jovem para sempre... Por que de repente, parecia tão errado? Nunca tivera dúvidas sobre seu objetivo. Por que logo agora, quando tinha a oportunidade perfeita em suas mãos parecia errado? ...

– É sim. – Disse Ananda sem nenhum entusiasmo. Pensar na própria morte não era agradável, mesmo sabendo, que o fazia por amor ao irmão.

E simpatizar com quem exigia a sua morte era uma contradição. Mas tanto a vida quanto a morte, só valem a pena quando é por alguém. Se morresse, morreria por Henry. Mas se vivesse, se Henry morresse, por quem viveria? ...

Os sons da floresta, se encarregaram de preencher o silêncio. No resto do caminho até o acampamento. O som dos passos morriam floresta adentro.

Já devia ser alta madrugada, quando chegaram ao acampamento, a fogueira ainda acesa. Todos ao redor dormiam.

– Não pense por um segundo que amoleci com você. – Disse Pan, adentrando o escuro dos olhos de Ananda. – Em nenhum momento, eu vou desistir.

– Eu não pensaria isso. Estou contando que não desista. – Retribuiu o olhar fundo nos olhos dele. A escuridão nos olhos dela o envolvia e o prendia ali, puxavam-no para ela.

– Não vou. – Disse, dando as costas para ela. – Boa noite.

– Espere. – Irrompeu Ananda, com a voz baixa. – Eu quero que me prometa uma coisa...

– O que? - Ele ergueu uma sobrancelha. Como se estivesse impaciente.

– Quando estiver morta, - Ela fez uma pausa, com medo. – quando tudo acabar, você vai deixar Henry ir, e que nunca mais vai atormentar ele, ou qualquer um da minha família.

Ele revirou os olhos, mas respondeu acenando com a cabeça:

– Eu prometo.

– Eu não terminei. – Continuou Ananda. – Deixe Henry, e Regina, levarem meu cadáver de volta para Storybrooke e me enterrarem lá. – Ele a encarou. De fato, o pedido não era dos mais normais. – Não quero permanecer aqui para sempre.

– Está bem, eu prometo. Sua família ficará em paz, e Henry levará seu corpo. – Disse friamente.

– Como posso ter certeza que cumprirá suas promessas? – Indagou.

Ele deu um riso fingido. Embora, em seu coração, lhe doera perceber que se aproximava cada vez mais a hora de matá-la.

– Ananda, - O modo com que dissera o nome ecoou nos seus ouvidos. – eu posso não ser o garoto mais bem comportado dessa ilha, mas eu sempre cumpro minhas promessas.

– Obrigada, Peter. – Agradeceu timidamente, ao reparar que era a primeira vez que falava o nome dele.

– Boa noite. – Disse seco, virando as costas.

Pode ouvi-la sussurrar de volta “Boa noite.”, mas apenas continuou se afastando. Afastar-se dela seria fácil, se não pudesse sentir os olhos dela ainda fixos nele.

Porque aqueles olhos escuros o afetavam tanto? Repetia a si mesmo essa pergunta. E cada vez era mais difícil pensar uma resposta que lhe convencesse que aquele fascínio pela escuridão nos olhos dela não passavam de uma extensão de sua alma sombria. Porque cada vez mais reparava na luz que havia neles. Luz que ainda brilhava, refletia e ofuscava. Luz que ele mesmo iria apagar daqueles olhos.

Dias se passaram, sem que Pan aparecesse no acampamento. E mais dias, em que suas passagens se limitavam à alguns minutos e algumas trocas de olhares infelizes ente os dois.

Mas naquele dia ele estava diferente, ele não tirou os olhos dela por um segundo. Seu olhar parecia distante, algo o mantinha longe dela. “Arrependimento? Não ele não sentiria isso. Devia estar realizado por estar conseguindo o que sempre quis.” Pensava Ananda. Ao ver os olhos de Pan parecerem frios, mesmo através das chamas fogueira.

Olhando através das chamas, Peter se deu conta. Os olhos de Ananda, era cor de terra molhada, depois de dias e dias de chuva. Não eram realmente negros. Assim como ela não era realmente imune à sentimentos. Lembrando, da sua explosão quando Henry quase atirou a flecha, quando ela tirou a flauta de suas mãos e quando ela correspondeu ao beijo –inevitavelmente a lembrança do gosto doce dos lábios dela e do perfume em sua pele invadiu sua mente.

Aqueles momentos eram provas da força irrevogável de seus sentimentos. O poder no coração dela, que o tornaria jovem eternamente.

Era hora. Tudo estava pronto. Apenas o que faltava era o Coração deixar de bater, em Ananda. Era hora de leva-la a Ilha da Caveira e matá-la.

– Venha comigo, - Disse indo até ela, ignorando as inquietações em seu peito.
– Há um lugar especial que quero te mostrar.

– Está bem. - Ela assentiu com a cabeça. “Um lugar especial”, foi como ele se referira ao lugar em que a mataria. “Minha hora chegou, e não há como voltar atrás, agora.” Pensou.

– Apenas me dê um minuto. – Pediu olhando de relance para Henry.

– Seja breve. – Respondeu duramente, se virando ao mesmo garoto loiro com quem sempre conversava.

Ananda se virou para Henry. Sabendo que seria a última vez que o via, era difícil manter-se distante.

– Henry, - Disse sorrindo, algo que não fazia já há algum tempo. – só quero saiba que, eu te amo. Foi por isso que fiz o que fiz. Você merece... – Engasgou um choro, que não deixou sair e voltou a apertar as unhas na palma das mãos, antes que alguma coisa lhe escapasse. – merece toda a felicidade e todo o tempo que a vida puder te dar. Eu preciso que você saiba disso...

– Por - Por que está dizendo isso? Eu vou te ver de novo.

– Não, não vai. Henry. – Interrompeu, ríspida. – Me desculpa, estou tão assustada quanto você. Eu não posso voltar atrás agora. Mas tudo o que eu te disse é verdade. – Disse abaixando a voz, tentando conter-se.

– Ei, - Henry ameaçou chorar, ao olhá-la nos olhos. Ananda levou as mãos ao rosto do irmão, erguendo lhe o rosto. – Tem duas barras de chocolate na última gaveta da minha cômoda. E eu não vou comê-las. – Disse piscando um olho e abafando um riso.

Henry a envolveu com os braços e Ananda envolveu de volta. Seria a última vez que abraçava Henry. Mas não queria pensar muito sobre isso, ou correria o risco de se descontrolar.

– Despedida acabou. – Irrompeu Peter.

Ananda se soltou do abraço de Henry. Não queria dizer “Adeus” porque seria difícil demais. Outro estilhaço a se cravar em seu peito, uma dor como se lhe rasgasse.

Apenas se virou para Peter. Deixando claro em sua expressão, que não lutaria mais, contra o que que fosse. Entendia seu destino como selado. A sentença de morte sendo cumprida. Hora de começar o caminho para a execução...


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Notas finais do capítulo

~musiquinha de suspense aqui~
Então... deixem seus comentários...
Até o próximo capítulo...



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