Road to the world escrita por OhhTrakinas


Capítulo 10
Trauma e reencontros chorosos.


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu não abandonei a fanfic, viram só? Apenas demorei mesmo para atualizá-la G_G
Mas enfim, estou aqui~
Aproveitem o capítulo~
Ele não foi revisado pois estou cansada e meio doente~
Bjs na bunda '3'



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O rapaz quem convidou os dois garotos parecia ter seus quarenta e cinco anos e era calvo. Não tinha uma boa aparência e a barriga era grande. Quem olhasse diria que era um pedófilo; e os garotos, que caminhavam um do lado do outro atrás dele, não desconfiavam de nada.

Bom, pelo menos Aomine, pois Kagami sempre desconfiado e com um pé atrás.

Chegando na casa do tal estranho, os dois foram se acomodando, Jogaram suas mochilas na sala perto da porta, a bicicleta ficou do lado de fora e o homem foi a cozinha preparar a janta.

–Não estou gostando disso, Aomine... –Disse Kagami baixinho, segurando a manga da blusa do moreno. –Esse cara me assusta.

–Pare de agir como uma garotinha, Bakagami. Não se preocupe, só vamos dormir aqui por uma noite e vamos embora.

–E se acontecer alguma coisa?

–Não vai acontecer nada, confia em mim... Qualquer coisa você grita e a gente corre, simples. –Disse dando de ombros.

–... –Kagami torce os lábios desconfiado, não tinha jeito, teriam de passar a noite ali.

Minutos mais tarde os dois foram jantar na mesa junto com o homem. Comeram a comida e encheram bem a barriga, afinal, não sabiam quando iriam comer novamente, então era melhor garantir.

Depois da janta, o homem deixou que os mesmos tomassem banho, Aomine aceitou de primeira, mas Kagami como sempre desconfiado. O moreno foi tomar banho primeiro, não demorou muito e saiu do banheiro já vestido e de banho tomado, foi para o quarto onde dormiria junto a Kagami, e em seguida, era a vez do ruivo.

Taiga estava com as roupas do corpo e segurava uma toalha enquanto caminhava em direção ao banheiro. Aomine estava no quarto já esparramado na cama, apenas lhe esperando para poder dormir. Quando iria abrir a porta do banheiro, o ruivo sente sua boca ser tapada por uma mão grande e seu corpo puxado para trás. O mesmo levou um susto grande e logo começa a se debater, fazendo múrmuros com a boca já que não podia gritar. Rapidamente é arrastado para o quarto ao lado onde é jogado numa cama de casal.

–O QUE ESTÁ FAZENDO!? –Gritou Kagami , tentando se levantar da cama, mas foi empurrado novamente.

–Como é inocente... Gosto de garotos assim. –Disse o homem com um sorriso assustador. –Primeiro será você, depois eu pego o outro garoto. –Sorriu mais uma vez.

Kagami entra em pânico quando o vê ficar por cima de si e bota as mãos na barra da sua bermuda. O ruivo começa a se debater e gritar por Aomine.

–Aarrg, como é barulhento! –O estranho mete um murro no rosto de Kagami, que sente uma dor horrível na bochecha e sua cabeça começa a doer. O choro foi difícil de se segurar naquele momento.

–AOMINEEE!

Enquanto isso, Aomine que ainda permanecia no quarto ao lado e de porta fechada, percebe uma certa movimentação no quarto ao lado. Estranhando, ele se levanta da cama e abre a porta olhando para o corredor. Não havia ninguém no banheiro e o quarto do homem estava com a porta fechada.

Não escutava Kagami, começou a desconfiar. O moreno sai do quarto e anda pelo corredor a procura do mesmo, até que por um breve momento escuta um murmuro vindo do quarto que mais parecia a voz do ruivo. O som estava abafado e não dava para escutar muita coisa. Ele se apoia na porta e bota o ouvido na madeira para tentar escutar alguma coisa.

“M-me solt-Ahhh!!!”

Era Kagami! Nesse momento o moreno se desespera, precisava fazer alguma coisa, mas poderia ser tão imprudente de invadir o quarto do homem e tentar o impedir de fazer alguma coisa, apesar de tudo Aomine ainda era um garoto, não teria forças para bater de frente com o mesmo que era maior que si e mais forte. Rapidamente ele correu até a cozinha e procurou por algo pontiagudo, não teria medo em matar aquele estranho para salvar seu Kagami.

“Seu”... Por um breve momento aquela palavra lhe percorreu a mente, e por incrível que pareça ele não achou estranho. Gostava do som dela.

Kagami era seu, sim!

Olhou em volta e viu que havia uma garrafa de bebida pela metade em cima da pia. Era de vidro, então aproveitou e a pegou, correu de volta para o quarto e torceu para que a porta estivesse aberta, e por sorte de Aomine e azar do estranho, que se mostrou completamente burro por deixar a porta aberta. Ao entrar no quarto, não teve tempo de se surpreender com a cena, apenas invadiu e num impulso praticamente pulou em cima do homem, quebrando a garrafa de vidro em sua nuca com força. Os estilhaço da garrafa voaram por todo quarto e feriu o pescoço do homem que desmaiou na hora. Kagami, que estava por de baixo do mesmo, acaba se molhando com o líquido da garrafa e não perde tempo em sair logo dali e ir de encontro a Aomine que estava em pé do lado da cama.

O ruivo pula em direção ao moreno e abraça seu pescoço com força, Daiki retribui o abraço com força e sente seu ombro ser molhado pelas lágrimas alheias. O moreno percebe que Kagami estava sem a sua cueca e bermuda, e isso o deixa mais preocupado.

–Kagami, por acaso ele-

–N-não... Hn~ Ele não c-chegou a... a f-fazer... Mas eu fiquei com muito m-medo~ -O ruivo se afasta um pouco e passa as mãos em seu olhos inchados.

Olhando o estado do ruivinho, Daiki se sentia imensamente culpado. Deveria ter tomado mais cuidado, deveria cuidar melhor de Kagami...

–Eu peço desculpa, Taiga... –Disse o primeiro nome do garoto, o fazendo ficar um pouco surpreso. –É tudo minha culpa, eu deveria ter tomado mais cuidado... Eu deveria ter te escutado... –Ele abaixa a cabeça, cabisbaixo.

Kagami não pode evitar de sorrir com aquilo.

–Mas você me salvou... Obrigado.

–Hunf... –Aomine devolve o sorriso. –Temos que sair daqui logo antes que ele acorde.

–S-sim...

Kagami pega sua bermuda e cueca que estavam no chão e as veste com pressa. Ele sai do quarto apressadamente sem olhar para o homem que estava deitado na cama desacordado. Taiga nunca foi uma pessoa de desejar mal a ninguém, mas naquele momento, torcia com todas as forças para que aquele estranho estivesse morto.

Os dois garotos vão até a cozinha para pegar toda a comida que podiam. Sorte que o rapas estava com a dispensa cheia de besteiras, no mínimo usava para atrair crianças. Taiga pegou uma sacola e colocou todos os chocolates e bolachas que achou, e alguns pães também. Aomine pegou um refrigerante e duas garrafas de águas.

Não demoraram muito, saíram dali rapidamente e pegaram a bicicleta que continuava no mesmo lugar. Arrumaram toda a comida dentro da mochila que ficou bem pesada graças aos alimentos roubados. Aomine sobe na bicicleta e Kagami senta atrás segurando a mochila e colocando um dos braços em volta da cintura do moreno. Ambos saem dali apressados, indo em uma direção qualquer.

[...]

Já estavam pedalando fazia um tempo. Com aquela noite fresca totalmente silenciosa, onde a maioria das pessoas dormiam em suas casa, Aomine já estava ficando cansado de tanto pedalar. Ele freia a bicicleta em frente a um beco que ficava entre duas casas.

–Vamos dormir por aqui. –Disse Daiki olhando para trás e encarar Kagami, mas é surpreendido ao ver o ruivo contendo um choro.

–Oe, Kagami...

–N-não foi nada. –Sorriu sem jeito a perceber que o moreno percebera seu choro contido. Ele passa os braços em seu rosto para tentar parar as lágrimas, mas estava difícil.

Essa tal experiência não foi nada agradável para o mesmo. O traumatizou.

Aomine Respira fundo e anda até o beco, deixando a bicicleta encostada num poste perto deles. Kagami o segue deixando a mochila cheia de comida ao lado deles. Ambos sentam no chão, e o ruivo respira fundo tentando parar de chorar, mas não consegue. Daiki começa a se incomodar com o ruivo.

–Kagami, o que tá havendo? –Perguntou ficando na frente dele o fazendo fitar sua face.

–E-eu não sei~ -Funga. –Me sinto mal... Muito mal... E-eu fiquei com muito medo e ainda sinto ele... E-ele me tocando... Hn!

O moreno percebe que aquilo realmente foi grave, assustou muito Kagami. Ele estava pensando em um jeito de fazer Kagami esquecer aquilo e curá-lo totalmente, mas não conseguia achar um meio para aquilo. Foi quando, sem pensar em mais nada, para tentar confortá-lo de alguma maneira, Daiki aproxima seu rosto de Kagami e junta seus lábios num selinho calmo.

Taiga se surpreende com a aproximação repentina de Daiki, mas não o repele. Pensar que era Aomine que estava fazendo aquilo e não o homem estranho o deixava mais tranquilo. Pensar que Aomine estava fazendo aquilo, deixava seu corpo quente...

Se separaram por um breve momento, e um ficou encarando o outro. As bochechas de Kagami estavam rubras, mas as bochechas de Aomine não estavam diferentes. Meio ofegante Aomine se aproxima mais uma vez e toma os lábios rubros de Taiga mais uma vez. Beijar ele o lembra da noite que se beijaram pela primeira vez no hotel. Não poderia esquecer aquele momento, acabou gostando daquela experiência, queria fazer de novo. De novo e de novo.

Mesmo já terem beijado naquela noite, ainda não os faziam experientes. Os garotos chocavam seus lábios e as vezes batiam seus dentes, mas a línguas sempre juntas dançavam entre si, uma se esfregando a outra. A saliva que era farta naquele momento, chegava a escorrer pelos cantos da boca, e a cada troca de beijo que davam, os sons eram escutados.

Quem os visse naquele momento diriam que eram crianças pervertidas fazendo coisas de adultas, mas essa pessoa não sabia o que eles acabaram de passar. Kagami se afasta mais uma vez para puxar um pouco de ar, e encara o rosto de Daiki que permanecia rubro apesar da cor. E com a voz tremula e baixinho, acaba dizendo:

–Me incomoda... –Disse relutante.

–O que?

–Aqui... –Desceu uma de suas mãos para o meio de suas pernas. –Ele me tocou aqui... Está me incomodando, ainda s-sinto... A sensação d-dele...

Aomine não deixa Kagami terminar, ele toma seus lábios novamente, parecia ter se viciado nos lábios dele, então ele direciona uma de suas mãos a barra da bermuda do ruivo e abaixa um pouco.

Kagami não o impede de continuar, apenas colocar seus dois braços em volta do pescoço do moreno e ambos trocam um olhar.

–Eu vou fazer você se esquecer dele... Tá? –Disse o moreno antes de começar a mexer sua mão.

Taiga não disse mais nada, apenas fichou os olhos e tentou conter os sons que sua boca fazia. Não demorou muito para que Kagami superasse de certa forma o seu trauma.

[...]


O dia finalmente amanheceu, e os dois garotos já estavam pedalando para uma certa direção que eles não sabiam onde. Seguiam por uma pequena estrada de terra onde outros carros passavam.

Kagami como sempre sentado na parte de trás da bicicleta, descansava sua cabeça nas costas de Daiki, que pedalava e sentia o suor contornar seu rosto. A noite passada o deixou mais calmo, fez o ruivo relaxar e superar seu trauma, e fortalecer seu laço e sentimentos por Aomine, diga-se de passagem.

–Dizem que se a gente seguir por essa estrada, a gente vai chegar numa rodovia e podemos voltar pro orfanato.

Ao escutar isso, Kagami ergue um pouco a cabeça.

–Quer voltar para o orfanato? –Perguntou o ruivo.

–Sim... Já passamos mais de uma semana fora de casa... Acho que já está bom. E também passamos por muita coisa.

–Aomine... Por acaso está querendo desistir da nossa viagem por causa de ontem? E-eu já superei, digo, você me ajudou a superar isso, então não precisa mais se preocupar comigo. –Disse o ruivo um pouco preocupado. Não queria atrapalhar Aomine.

–Não é isso, Bakagami... –Disse, diminuindo a velocidade da bicicleta, parando em frente a uma pequena subida que teria de pedalar. Ele vira o rosto e encara Kagami. –É só que... Já chega... Né. –Falou com uma voz calma e com uma expressão cansada.

Taiga não iria retrucar, parecia entender o que Aomine sentia.

–... Hunf, ok, vamos voltar... –Sorriu minimamente. –Foi divertida a nossa aventura, apesar de tudo...

–Sem contar que Satsuki deve estar morrendo de saudades da gente. –Comentou o moreno, recomeçando a pedalar.

–Verdade. Eu sinto falta dela.

Aomine não diz nada, mas também sentia falta da rosada.

De repente, Aomine para a bicicleta, quase fazendo Kagami cair. O ruivo iria reclamar mas quando olha para frente, entende o espanto do moreno. A frente dos dois á alguns metros, o vento balançava uma cabeleira rosa esvoaçando e um vestido da mesma cor. A pessoa que eles encaravam com certa surpresa estava acompanhada de um porquinho.

O que diabos ela estava fazendo ali?

Por que ela estava ali?

Como chegou ali?

Não importa. A garotinha mantinha sua face avermelhada e boca curvada num bico nervoso, e seus olhos rosados transbordavam.

Ahh, estavam com tanta saudade dessa menina.

–DAAAAIII-CHAAAAAAAANNN!!!!!


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Notas finais do capítulo

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