Road to the world escrita por OhhTrakinas


Capítulo 11
Calmaria estrelada.


Notas iniciais do capítulo

Oiolaa :y

Olha só quem chegou~ E eu até que não demorei tanto assim, vai '-' Comparado ao tempo que demorei para postar os outros capítulos :y HUEUHEUHE

Mas enfim, aqui está o capítulo, e como sempre não tive a pachorra de corrigir nada. porq? Porq eu sou mega, ultra fucking preguiçosa '-'

Preciso achar um beta, rápido :T



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Caminhava com seus pés pequenos de forma calma, sem pressa. O vento que batia aliviava o calor do sol em seu rosto redondo e corado. Seus cabelos balançavam com a brisa, refrescando sua nuca soada a cada levantada de fios. Seu fiel porquinho a seguia, fazendo barulho com seus cascos a cada passo.

   Encarava o chão cansada. Vendo o vermelho da terra nunca ter fim. A vegetação um pouco seca, poucas arvores ainda verdes agraciavam sua visão um pouco dolorida por causa do sol forte que a incomodava.

   Deveria ter trazido pelo menos uma sombrinha pensou.

   Mas foi quando, a brisa refrescante assoprou mais forte, fazendo com que poeira de terra voasse e batessem em seu corpo. Ela e o porquinho fecharam os olhos. Ao abrirem, Momoi olhou para frente e viu uma coisa que realmente a deixou feliz.

   Muito feliz.

   Mais que feliz.

   Poderia ser uma miragem, mas... Se for mesmo... Que miragem boa.


   Road to the Word. –Final.


   A garota gritou em plenos os pulmões o nome daquele que vinha em direção contrária. E quem estava do outro lado também se surpreendeu, lógico. Nunca imaginou que a encontraria naquela estrada de terra vermelha andando na direção contrária da sua.

   Nunca pensou que a encontraria naquela viajem, até porque pensava que ela estava segura no orfanato.

   Aomine parou a bicicleta bruscamente, assustando um pouco Kagami. O ruivo olhou para frente e viu que Momoi estava ali, a frente deles, um pouco distante.

   A rosada começou a correr em direção á eles, e Daiki não perdeu tempo, foi logo descendo da bicicleta e saiu correndo também. Kagami também não ficaria para trás, estava com saudades daquela garotinha. Abandonou a bicicleta assim como as mochilas pesadas, e passou a correr também.

   Quando chegaram perto o suficiente, Satsuki se joga no corpo de Aomine e os dois se abraçam bem forte. Seu coração batia rápido, Momoi realmente não achava que iria encontrá-los ali, assim tão de repente. Era uma sensação de alivio puro, um tanto agradável.

   Era tão bom ver que não era miragem!

   Kagami se aproxima também, e quando Momoi vê que o ruivo também estava ali, larga Daiki brevemente e passa a abraçar o ruivo também, prontamente sendo correspondida.

—Momoi! Mas o que- O ruivo iria perguntar, mas foi logo interrompido.

—EU ESTAVA COM SAUDADES DE VOCÊS DOIS! –Disse rapidamente, e logo a respiração da mesma começou a ficar acelerada. Estava prestes a chorar.

—Satsuke, o que está fazendo aqui!? Achei que estava no orfanato! –Disse Aomine, segurando-a pelo ombro, a fazendo lhe encarar.

—E-eu não queria ficar lá sozinha... –Fungou, sentindo os olhos marejarem.

—Eu disse pra ficar no orfanato! –Disse com a voz firme, como se tivesse dando uma bronca, o que não era de todo uma mentira.

—Aomine, não brigue com ela... –Disse Kagami. –Ela só queria ver a gente.

—Mas... Mas era pra ter ficado lá! Você é idiota, Satsuki?

   A rosada não aguentou, e pôs se a chorar. Chorava porque estava feliz, e chorava porque acabou levando uma bronca, mesmo depois de ter encontrado eles. Sua boca aberta soltava o som do choro nada baixo, e os olhos soltavam as lágrimas sendo paradas pelas mãos que as enxugavam, não sendo muito eficiente.

—Tsc, tá bom, tá bom, pare de chorar! –Disse o moreno, coçando a nuca.

—Você é um idiota, sabia? –Kagami o repreendeu, passando os braços em volta do corpo da rosada, a abraçando, tentando fazê-la parar de chorar.

—Eu!? Eeeeeu, mesmo!? –O moreno pergunta desacreditado. –Ela que faz a coisa errada, e eu que levo a bronca!?

—Você fez ela chorar, idiota! Deveria ser mais amoroso, abraçar ela e dizer também que estava com saudades... Não brigar com ela!

   O que era aquilo? Briga de marido e mulher por causa do “filho”? Aomine revira os olhos, sabia que Kagami estava com um pingo de razão, mas não iria admitir isso. Não, jamais. Bufou e coçou a nuca mais uma vez... Estava com uma cara emburrada, sabia que tinha que pedir desculpas.

   Estava com saudades da pirralha também, mas... Não era pra ter saído do orfanato!

—Me desculpa, Satsuki... –Disse com a voz calma, encarando a garota que até então estava com o rosto no ombro de Kagami, soluçando.

   A menina ao escutar aquilo, se afasta de Taiga minimamente e passa a encarar Aomine com seus olhos e bochechas um pouco avermelhados.

—Eu senti saudades também... –Complementou o azulado, com um sorrisinho mínimo. Era constrangedor dizer aquilo.

—Dai-chan! –A garota abraça o moreno, não mais chorando, com um sorrisinho satisfeito.

   Estava tudo ocorrendo tão bem.

—Momoi... –Kagami chama a tenção dos dois que estavam intertidos um no outro.

—Uh? –A garota passa a encarar o ruivo.

—Quem é ele? –Pergunta, apontando pro porquinho que estava até então quietinho olhando para todos eles.

—Ah! –Momoi se afasta de Aomine e corre até o porquinho, pegando ele no colo e mostrando para os dois. –Esse daqui é o Jojo! E Jojo, esses daqui são o Kagamin e o Daí-chan! –Estava sorridente. –Diga “oi” para eles. –Sussurrou a garotinha para o porquinho.

   O animal soltou algum som com o nariz.

   Kagami e Aomine levantam a sobrancelha. Não acreditavam que a garota tinha mesmo adotado um porco.

—Tá bom, tá bom, agora vamos voltar para o orfanato. –Disse Aomine, caminhando em direção a bicicleta.

—Ei, como vocês conseguiram esse bicicleta? –Perguntou Satsuki, curiosa.

—Não queria saber... –Disse Kagami, com um sorrisinho amarelo. Não iria dizer que roubaram... Seria um péssimo exemplo.

—Tá... Mas... E agora? –Aomine chama a tenção dos dois, olhando para eles. –Carregar o Kagami com as mochilas já é difícil, ele é um baita pesadão! E agora tenho que carregar a Satsuki, também?

—Tá me chamando de gordo? –Kagami levanta uma sobrancelha.

—E NÃO SE ESQUEÇA DO JOJO! –Gritou a menina, levantando o porquinho.

   O moreno respira fundo, só de pensar que teria de pedalar com mais peso em sua bicicleta. Bom... Pelo menos, com a quantidade de exercícios que está fazendo, esperava conseguir um corpo bonito e musculoso no futuro.


   [...]


   Aomine pensou que seria mais complicado carregar todo mundo em cima da bicicleta, mas até que não estava tão complicado assim... Por sorte Satsuki pesava pouco, então não deu muita diferença de peso. A mochila que a mesma carregava estava quase vazia e não tinha peso direito. A única diferença era que teria de levar o porquinho da garota por dentro de sua camiseta. O animal não fedia, ainda bem. Tinha um cheirinho de cachorro, e mantinha a cabeça para fora da gola de sua blusa, olhando para frente.

   Kagami estava sentado na parte de trás, segurando Momoi em seus braços, que estava sentada em seu colo. A pequena havia caído no sono, e agora descansava sua cabeça em seus ombros. Com a mochila nos ombros, Kagami para não perder o equilíbrio, mantinha um de seus braços envolvidos na cintura do moreno.

—Sabe, Aomine... –Taiga quebra o silêncio que estava ali, tirando um pouco da concentração do moreno, enquanto pedalava.

—Hm? –Murmurou.

—Você gostou dessa nossa viagem? Quer dizer, não fizemos igual os caras da televisão. Apenas saímos do orfanato e fomos para algumas pequenas cidades a fora do interior, mas...

—Eu gostei... –Respondeu por fim. –Apesar das necessidades que passamos, eu gostei... –Não iria abordar sobre o assunto do homem idiota que quase estuprou Kagami. Não queria fazer ele se lembrar daquilo.  

—Eu também gostei, apesar de tudo. Deveríamos fazer isso mais vezes.

—Acha mesmo que a gente consegue? Acredito que depois que chegarmos lá, além de receber um grande castigo, irão reforçar a segurança do orfanato. –Disse com uma cara emburrada.

—Tem razão... Hahahaha, bom, então... Vamos viajar quando formos adotados.

   Aquilo era um pensamento muito otimista pro seu gosto, era o que Aomine pensava.

—Acha mesmo que isso vai acontecer?

—Hum? –Kagami levanta um pouco o rosto, tentando encarar a face de Daiki, mesmo que ela não tivesse direcionado a si.

—Acha mesmo que seremos adotados por alguma família? Todos juntos? Se alguém aparecer, no mínimo vão querer levar a Satsuki, porque ela é a mais nova e a mais... “Fofinha”. –Teve que admitir. –E mesmo se formos adotados, a gente vai se separar. 

—Eu não penso dessa forma... Acredito que um dia vai chegar alguém que esteja disposto a adotar nós três juntos.

   Daiki respira fundo, Kagami as vezes era tão... Tão...

—Você é tão otimista... –Disse brevemente.

   E continuou a pedalar pela estrada de terra.

   Finalmente estavam chegando.


[...]

   Não precisariam andar de bicicleta ali. Além de ser uma pequena rua com alguns buracos e difícil de se pedalar por ali, Aomine estava cansado. Sentia suas pernas doerem.

—Nunca mais pedalo na minha vida. –Disse ofegante.

—Não pensei que Daí-chan fosse tão forte. –Brincou Momoi. –Quando crescer vai ficar forte.

—Não vai ficar forte se continuar a não tomar leite. –Kagami o provocou.

—Vai a merda, Kagami. –Pigarreou Daiki, fazendo o ruivo rir.

   Para Aomine e Kagami, estarem naquela pequena rua de terra, passando por várias cercas onde os sítios ficavam era um pouco nostálgico, mesmo sabendo que não passaram tanto tempo assim fora de casa. Lembraram-se que quando passavam por ali ainda era madrugada, e foi um tanto assustador quando viram o mato se mexendo sozinho, achando que algum tipo de fantasma ou demônio estivesse perseguindo-os.

   Mas ainda assim, estavam felizes de poder voltar. Finalmente dormiriam numa cama quentinha e confortável, iriam comer e encher a barriga, iriam tomar banho e se refrescar.

—Jojo!

   Os pensamentos de Kagami e Aomine foram interrompidos pela voz de Momoi. Os dois olharam para trás e viram a menina chamando pelo porquinho que parou de caminhar.

—Ei, Satsuki, vamos logo. –Disse Aomine.

—Espere aí, o Jojo não quer vir...

—Deixa ele, não vai poder cuidar do bicho dentro do orfanato mesmo... –Bufou, continuando a andar.

—Aomine! –Repreendeu Kagami.

   Momoi não deu importância para o que Aomine disse, apenas se aproximou do porquinho para pegar ele no colo, mas viu que o animal se afastou um pouco. O que estava acontecendo? Por que ele não queria ir junto?

—Vamos, Jojo... –Disse mais uma vez, estendendo os braços. Mas o porquinho não foi.

   Ele ficou um tempo encarando a rosada, para logo se virar e caminhar até o mato alto que havia pelos cantos. Ele fez um barulho com o nariz e logo se enfiou na grama alta, passando por de baixo de uma cerca e indo para um lugar onde Momoi desconhecia.

—Jojo! –Satsuki andar até a cerca, vendo o porquinho se afastar.

—Vamos, Momoi... O porquinho não pode ficar com a gente. –Disse Kagami, calmamente.

—Mas é que... É que ele ficou comigo esse tempo todo... –Disse meio cabisbaixa.

—Vai ver ele também estava querendo uma aventura que nem você. E ele te seguiu para fazer companhia. Agora que ele viu que você estava bem e estava voltando pra casa, ele também vai voltar para a sua... –O ruivo tentava confortar a rosada.

—Ahh... –A menina faz um biquinho.

—Não fique triste.... Ah! Me lembrei de uma coisa! –Kagami passa sua mochila para frente do corpo e começa a vasculhar dentro dela, pegando um elefante rosa de pelúcia. –Já que seu aniversário está chegando, decidi dar isso pra você. Já que o... O “Jojo” não pôde ficar com você, que tal esse elefante?

—Uoohh, Kagamin! –A menina pegou o elefante e abraçou, vendo que ele era bem grande.

—Aomine pegou para mim quando fomos para um parque diversão. Estou dando ele pra você.

—Obrigada... –Sorriu docemente.

—Agora vamos voltar?

—Vamos...

   Voltaram a caminhar, seguindo Aomine que estava um pouco á frente.

  Mesmo desobedecendo as ordens do orfanato. Mesmo fugindo e passando pela segurança da mesma, quando chegaram lá, foram recebidos de braços abertos, a direito de abraços apertados e funcionários dizendo que estavam preocupados e estavam pensando em chamar a polícia. Lógico que depois do reencontro emocionante, levaram uma bronca e alguns puxões de orelha. Nada mais do que merecido.

   Kagami e Aomine ficaram um bom tempo conversando com seus amigos, dizendo as aventuras e desventuras que passaram fora do orfanato. Falaram da caminhoneira que pagou lanche para eles, e descobriram que a mesma ajudou a Momoi. Falaram da velhinha gente fina que vivia sozinha, falaram da atendente do hotel... Só não falaram o que fizeram lá dentro...

   Depois de tudo, foram comer, e comeram muito. Foram tomar banho e se limpar, coisa que faziam um tempinho que não faziam. Era tão refrescante sentir a água mais uma vez. E depois, quando já estava tarde, foram para seus quartos.

   Momoi, lógico, estava dormindo entre os dois, sentindo-se totalmente feliz e protegida ao lado deles, agarrada ao seu novo “amigo”, o elefante rosa. Kagami e Aomine estavam se encarando na cama, com sorrisos bobos e realizados. Apesar de tudo, aquela viajem os fizeram bem.

— Kagami... –Disse Aomine baixinho, chamando a atenção do ruivo, tentando não acordar os outros e inclusive a rosada.

—O que? 

—Vamos para o pátio ver as estrelas?

—... Vamos...

   Não estavam com sono, então iriam para outro lugar. Saíram da cama de forma lenta para não acordar Momoi, e passaram pelo quarto em silêncio, não acordando ninguém. Aomine abriu a porta e passou por ali, junto a Kagami. Os dois caminhavam pelo corredor até chegar numa porta onde dava para o pátio. Eles se sentaram no começo da escada e passaram a encarar o céu, que naquela noite não estava nublado, e por conta da localidade em que estavam, o céu sempre era estrelado.

—Está bonito hoje. –Comentou Kagami.

—Uhum... Sabe Kagami...

—Uh?

—Mesmo se um dia eu for adotado, apesar de duvidar muito disso...

—Não diga essas coisas. Vocês as vezes é muito pessimista.

—Não sou pessimista. Sou realista. –Comentou. –Tá, continuando... Mesmo se um dia, por acaso, eu for adotado e ter de me separar de vocês... –Ele deu uma pausa.

   Só de pensar em se separar de Aomine, Kagami ficava cabisbaixo.

—Fique sabendo que você e a Satsuki são minha verdadeira família.

   E com aquela frase, o coração de Taiga acelera. Não acreditava que Aomine estava falando aquilo, ele nunca fala coisas bonitas, nunca! E escutar essas palavras vindo dele, o ruivo ficava feliz...

   Kagami sorri.

—E eu penso o mesmo.

   O ruivo se aproxima um pouco mais de Aomine, deitando sua cabeça nos ombros alheios e juntando suas mãos, entrelaçando seus dedos. Com essa ação, foi impossível Daiki não ruborizar, mas ainda bem que o ruivo não viu isso...

   E aproveitaram aquele momento de calmaria, com o ambiente relaxante, o som dos grilos fazendo barulho e a brisa da noite fazer presença. Aproveitaram tudo isso um do lado do outro, observando o céu cheio de estrelas.


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Notas finais do capítulo

E acabou



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