The Boy Who Lived escrita por TargaryenBlood


Capítulo 3
Chegando na Estação


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal aqui já começam as mudanças, espero que gostem!



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Capítulo III

Hagrid e eu dormimos em uma pensão - como dizia ele - trouxa, e logo que amanheceu nós fomos comprar meu material escolar, mas para a minha surpresa não eram materiais comuns das escolas; estes eram bem diferentes:

Uma pena para escrita;

Um caldeirão de estanho tamanho médio;

Um animal de estimação: pode ser um sapo, gato ou coruja;

Varinha;

Livros; (um monte deles, não vou citar todos)

Vestes pretas de uso diário;

Um chapéu cônico de estudante;

E isso era apenas parte da lista um tanto grande, mas eu não sabia como achar tudo aquilo em Londres! Virei-me para Hagrid e questionei:

– Hagrid, onde vamos achar tudo isso aqui em Londres?

– Ora Harry nós temos de ir ao lugar certo: o Beco Diagonal.

– O Beco Diagonal?!

Hagrid pareceu não escutar minha pergunta: ele me levou ate uma cantina velha que havia em uma das ruas de Londres. Quando entramos, todos estavam conversando, bebericando algumas coisas ou comendo, mas assim que Hagrid e eu demos mais alguns passos o lugar congelou, olhando para nós. Para minha surpresa todos começaram a falar meu nome, eu escutava “Olá Mr. Potter” por todos os lados eu fique muito confuso, como aquelas pessoas sabiam o meu nome? De onde todas elas me conheciam? Mas não paramos nem sequer um minuto de andar até que chegamos a um beco sem saída. Eu agradeci em segredo por sair de perto daquele pessoal todo me bajulando. O homenzarrão pegou seu guarda-chuva mágico, deu um toque em algumas pedras e uma passagem se abriu.

O que se revelou me deixou completamente encantado: pessoas por todos os lados, entrando e saindo de lojas com aspecto medieval, usando roupas que eu chamaria – no mínimo – de estranhas, comprando objetos que nunca vira na vida! Parei de supetão, olhei para Hagrid e falei:

– Hagrid, como vou comprar todo o material? Não tenho dinheiro!

– Você tem todo o dinheiro de que precisa ali. – disse apontando para um banco gigantesco, era o maior banco que eu já vira – Gringotes, o banco dos bruxos; não há lugar mais seguro que ele a não ser, talvez, Hogwarts!

Entramos no banco. Ele era lindo por dentro: havia várias pessoinhas sentadas atrás de balcões e imagino que em banquetas altas, pois, como já disse, eram bem pequenas; Hagrid contou que eram duendes – acredite, eles não pareciam nem um pouco com as figuras fofinhas que os trouxas imaginam. Chegamos no fim do saguão, onde um duende de cabelos ralos e brancos, com dentes pontiagudos, óculos apoiados no longo nariz, trabalhava absorto. Paramos diante dele e Hagrid disse gentilmente:

– O Mr. Harry Potter quer fazer uma retirada.

– E o Mr. Potter tem a chave? – retrucou o baixinho mal humorado, parecendo uma uva-passa quando franziu as sobrancelhas. Aquilo era a mais autêntica imagem do que eu consideraria um bicho-papão...

– Oh, sim a chave ela está aqui. E tem mais uma coisinha – Entregou ao duende uma carta – é do Prof. Dumbledore; sobre você-sabe-o-que no cofre você-sabe-qual.

– Muito bem, sigam-me. – o baixinho se levantou, e eu percebi que era ainda menor do que eu imaginara... Mal alcançava a minha cintura, e eu era um garoto baixo!

Subimos a bordo de um carrinho bem estranho, parecido com um carrinho de mina, ele foi nos levando banco adentro e eu não sabia como um banco podia ser tão imenso, ou melhor, não sabia como eles fizeram para caber tudo aquilo dentro de um banco. Chegamos ao meu cofre, senti uma pontada de medo ao vê-lo. Outro duende, dessa vez com cabelos negros, porém igualmente feio desceu, pediu ao Hagrid a luz que estava pendurada no final do carrinho, e a chave. Na hora em que a porta do cofre se abriu, eu juro, quase cai de costas, tinha toneladas de - ahn como eles chamaram mesmo? - Ah, sim galeões, o dinheiro dos bruxos! Tinha tanto dinheiro, muito mais que eu já vira em todos os meus onze anos. Hagrid deu um sorriso e balbuciou alto o bastante para apenas eu escutar:

– Não achou que seus pais iriam deixar você sem nada, achou?

Pegamos uma boa quantia para comprar meus pertences e para eu guardar, caso precisasse. Dirigimo-nos novamente para o carrinho e seguimos para o cofre misterioso de Hagrid. Para esse, eu me surpreendi, o duende não precisou de chave: ele só deslizou o dedo pela porta do cofre e ele se abriu como magia - é claro -. Dentro dele tinha apenas um pequeno embrulho, não sei porque tinha tanta importância, mas Hagrid me fez jurar que não contaria nada a ninguém.

Voltamos às ruas do Beco Diagonal; na loja de livros conheci vários outros alunos, muitos do primeiro ano. Quando fui comprar o livro de poções, uma menina de cabelos castanhos bem claros - julguei que nós tínhamos a mesma idade, e tenho que admitir ela era um tanto bonita - me acordou dos pensamentos falando:

– Ei, esse é meu, peguei primeiro!

– Desculpe pode pegar! Ah deixa eu me apresentar eu sou Harry Potter! – juro, achei que tivesse falado alguma coisa muito grave para a menina, porque ela ficou me olhando com os olhos arregalados e a boca entreaberta, não resisti e perguntei se tinha acontecido alguma coisa; ela simplesmente respondeu:

– Minha nossa! Você é Harry Potter! E-eu sou Hermione Granger.

Estendi a mão, achei que ela ia sair correndo, mas ela segurou minha mão com tanta força, que pareceu que ela queria estrangulá-la. Nós conversamos um pouco, mas fomos interrompidos quando Hagrid me chamou: ele trazia alguns dos outros materiais, peguei outro livro, despedi-me de Hermione e fui pagar, para me encontrar com Hagrid. Ele me perguntou se estava faltando alguma coisa e eu respondi:

– Sim, uma varinha.

– Ah, isto é fácil, é só ir ali no Olivaras!

Assim que abri a porta um sininho tocou e um senhor um tanto idoso pulou detrás das prateleiras. Acho que estava pegando uma varinha para outro menino, que também parecia ter a minha idade; ele era um tanto magrelo, tinha cabelos ruivos, olhos castanhos e era um pouquinho mais baixo que eu, mas não dei muita atenção, porque o senhor veio até mim e me cumprimentou:

– Saudações Mr. Potter! Estava esperando sua visita!

O garoto ruivo olhou para trás com uma cara de espanto, e eu pensei “ai meu Deus, de novo não”. Ele ajeitou as roupas e veio em minha direção se apresentando:

– Olá eu sou Rony Weasley!

– Eu sou Harry Potter!

– Ora, vamos, eu já sei quem você é, digo que é um prazer conhecê-lo pessoalmente.

O Mr. Olivaras ainda estava em pé do meu lado e limpou a garganta, que fez um som estranho e disse:

– Os dois vão ficar de conversa ai o dia todo ou vão comprar suas varinhas?

– Ah, sim Mr. Olivaras vamos lá – falei num tom tão decidido que até eu me assustei comigo mesmo.

Ele puxou uma pilha de caixinhas e as colocou em cima da mesa, ele foi entregando uma a uma para eu testá-las, pois já me contaram que a varinha escolhe o bruxo, mas acho que nenhuma varinha queria me escolher... Será que eu era tão ruim assim?

Primeiro eu baguncei uma parte da estante, quebrei um de seus vasos, até Rony eu joguei longe sem querer, mas ele não pareceu se incomodar, nem ficou bravo. Até me pediu para fazer de novo! Já tinha acabado o estoque que estava na mesa quando o senhor foi até o fundo de sua loja, puxou uma caixinha de madeira escura e balbuciou algo do tipo “porque não?”.

Ele me entregou a varinha e, assim que fechei as mãos envolta dela, um vento invadiu a loja, o que eu achei estranho, pois não tinha nenhuma janela aberta nem mesmo a porta. O homem disse que era a minha varinha, que ela tinha me escolhido, paguei a quantia a ele e fui me despedir de Rony; disse que em breve nos encontraríamos. No lado de fora estava Hagrid, esperando-me com uma gaiola grande com uma coruja branca dentro, ele estava com um sorriso largo e dizendo “feliz aniversário Harry!”

Ainda faltava um mês para começar em minha nova escola, e Hagrid ficaria comigo, me ensinando sobre o mundo da magia de dia, e deixando-me dormir sozinho no Caldeirão Furado – um hotel bruxo – à noite. Eu estava tão curioso um certo dia que não resisti e perguntei porque todo mundo me conhecia. Ele pareceu meio desconfortável, e disse que não era a pessoa mais indicada para contar isso, mas insisti e ele foi logo contando:

– Harry, há onze anos atrás, o mundo da magia era controlado por forças das Trevas, comandadas por um bruxo absolutamente terrível... Seu nome era... – percebi que Hagrid tinha medo de dizer o nome do bruxo.

– Porque você não escreve?

– Eu não sei como se escreve. Tudo bem: o nome dele era Voldemort.

– Voldemort?! – esse nome era um tanto estranho, mas tinha a ligeira sensação que já conhecia esse nome.

– Não repita esse nome, por favor! Então quando você-sabe-quem estava no poder, ele foi atrás de seus pais, que eram membros da Resistência. Seus pais lutaram contra ele... Sua mãe se colocou à sua frente para protegê-lo, e quando ele tentou matar você, depois de tê-lo feito a Lily... Bem, a maldição ricocheteou, atingindo o próprio Você-Sabe-Quem... É por isso que você tem esta cicatriz Harry. Por isso é famoso! Você é O-Menino-Que-Sobreviveu! Alguns dizem mesmo que isso matou o bruxo das trevas...

– O que você acha? – eu estava curioso e com muito medo, até porque acabara de saber que alguém tentou me matar quando eu ainda era um bebê e que esse bruxo ainda podia estar vivo.

– Que é uma bobagem, ele está por ai. Muito fraco para lutar, é bem verdade, mas ainda vaga por ai, esperando vingança.

Nesse um mês, aprendi milhares de coisas sobre magia, não só com Hagrid mas com Rony e Hermione com quem eu me encontrava sempre que nós podíamos, nós ficávamos as vezes no meu quarto conversando e brincando e as vezes praticávamos alguns feitiços práticos e fáceis, como o dia em que Hermione consertou meus óculos com um feitiço que eu me obrigava a sempre lembrar porque sabia que iria precisar, era bem simples só precisava falar Óculos Reparo. Rony tentou em vão nos mostrar um feitiço para transformar na cor amarela seu rato de estimação:

Sol, margaridas,

Amarelo maduro

Torne amarelo este rato burro”

Hermione embora filha de trouxas era uma enciclopédia de feitiços ambulante, Rony sabia algumas coisas mas não era nem de longe tão inteligente quanto ela. Mas nem sempre ficávamos em meu quarto, várias vezes saíamos passeando no Beco Diagonal, mas claro com Hagrid nos vigiando de longe. Agora faltavam apenas dois dias para nossa nova aventura em Hogwarts, confesso estava muito ansioso, e nesses dois dias não encontrei-me com nenhum dos dois, pois, garanto que como eu estavam arrumando os últimos preparativos para a viagem.

Chegou o grande: dia 1º de setembro, Hagrid me acompanhou até a estação me recomendou que ficasse junto de Rony e Hermione, ele me entregou a passagem que dizia:

“Plataforma 9 ½

Expresso de Hogwarts”

– Mas Hagrid essa plataforma não existe! – Afirmei para o grandalhão.

– Harry não tenho muito tempo para lhe explicar, pois, estou atrasado mas acompanhe os Weasley, acho que sua amiga Hermione também estará com eles.

Em segundos, foi o tempo de olhar para a família de ruivos que estava a alguns metros de mim, e olhar de volta para Hagrid que ele já não estava mais lá, pensei comigo: como um cara daquele tamanho podia sumir tão rápido? – não me demorei muito até me juntar aos Weasley pois o trem sairia as 11h:00m em ponto, e faltavam apenas dez minutos, eu me juntei a eles para chegar até a plataforma e como meu amigo grandalhão disse Hermione estava lá com eles, eu cumprimentei a todos, dei um abraço em Rony, e me virei para Hermione e perguntei discretamente:

– Porque seus pais não estão aqui?

– Ora, é porque não são bruxos e não podem passar pela plataforma!

Fiquei meio espantado, me perguntei o que tinha de tão especial na plataforma que os pais de Hermione não podiam passar, não sendo bruxos, mas e quanto a Hermione ela também não era Bruxa, mas talvez pudesse passar porque assim como todos os outros, recebeu uma carta para estudar lá, sendo assim tinha permissão de passar.

Eu me virei para a Sra. Weasley e perguntei onde ficava a plataforma 9 ½ ela disse que era fácil, era só entrar entre as plataformas nove e dez e mandou seu filho mais velho Percy ir na frente, quando ele passou pela paredes de tijolos eu fiquei boquiaberto, ela então mandou os gêmeos:

– Fred vai lá querido!

– Ele não é o Fred eu que sou! – disse um deles. Tenho que dizer até eu me confundi!

– Francamente mulher você ainda diz que é nossa mãe!

– Oh, desculpe George! – concertando seu “erro”. O que falara ser o George foi na frente e disse rindo para a mãe.

– Tava brincando! Eu sou o Fred! – Correu em disparada na direção da parede seguido de seu irmão.

Logo depois deles eu fui, seguido de Hermione, Rony e o casal Weasley com sua filhinha mais nova, cujo nome eu não sabia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do Harry ter conhecido a Hermione e o Rony antes? Esperem até ver a próxima amizade deles, por hora só posso dizer que não será mais um trio!



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