The Boy Who Lived escrita por TargaryenBlood


Capítulo 4
Uma nova Amizade


Notas iniciais do capítulo

Caros leitores aqui tem uma grande novidade para vocês! Leiam e comentem! Adoro comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/566783/chapter/4

Capitulo IV

Embarcamos no trem que, como eu disse, saiu às onze em ponto sem atrasar um segundo. Andamos pelos corredores do trem, procurando um vagão que estivesse com menos gente ou vazio, até pararmos em um que tinha apenas uma menina: tinha cabelos negros ondulados, pele bem clara e pálida, e seus olhos verde-esmeralda pareciam prometer algo bem cruel para quem chegasse muito perto. Era bonita, mas assustadora. Eu hesitei em entrar, mas fui empurrado por Hermione.

– Podemos sentar? – perguntei, hesitante - O resto do trem esta cheio.

– Quem está te impedindo?

Que criatura encantadora! Hermione se acomodou no mesmo banco que a misteriosa garota, enquanto Rony e eu nos sentávamos do outro lado. Rony parecia intrigado com a menina, e perguntou:

– Qual o seu nome? – Ela levantou os olhos de seu livro (Maldições Imperdoáveis: Uma abordagem Filosófica; sério, eu já estava com medo daquela garota!).

– Cassandra Black. Meus amigos me chamariam de Cassie, isso se eu tivesse algum. – e voltou à sua leitura.

POV Cassandra

Não sou muito de amigos, mas aqueles três pareciam até serem legais... Mesmo porque a maioria das pessoas se afasta logo depois de uma ou duas respostas que eu dou a eles, porém eles, não. Escutei uma voz, achei que era de uma pessoa mais velha e acertei, era a senhora que vende guloseimas no trem. Ela passava de cabine em cabine perguntando:

– Quem quer uma guloseima? Quem quer uma guloseima?

Eu queria, mas não poderia comprar, pois quando meu tio Malfoy me deu dinheiro, eu recusei e o mandei a um lugar que ele não gostou muito. A senhora parou em nossa cabine e perguntou se algum de nós queria uma guloseima do carrinho. Eu recusei, mas o garoto com óculos redondos tirou um punhado de galeões do bolso e comprou tudo que havia; quando vi aqueles três se lambuzarem de tantos doces, senti meu estômago roncar de fome. Evitei olhar para eles e para a comida, mas o menino de óculos se virou para mim:

– Quer se juntar a nós e comer?

– Bom... Vocês não iam conseguir comer tudo sozinhos mesmo, né? – cheguei um pouco mais perto e peguei logo uma caixinha de sapos de chocolate, e outras coisas deliciosas. Pareciam ainda melhores agora, simplesmente porque eu podia me lambuzar com os doces, sem me preocupar com possíveis broncas de tio Lucius ou tia Narcisa.

POV Narrador

Eu respondi a Cassandra que Rony comeria aquilo tudo sozinho, sem ajuda alguma, e acho que vi um esboço de sorriso nela. Lembrei-me de tê-la visto com um garoto loiro na loja de roupas do Beco, e perguntei:

– Quem era aquele garoto que estava com você, na loja de roupas do Beco Diagonal?

– Eu estava com o idiota do meu primo.

– Como ele se chama?

– Draco Malfoy. É a criatura mais insuportável que já tive o desprazer de conhecer: mimado, arrogante e estúpido.

Por um instante, pensei que esse tal Draco Malfoy se daria muito bem com Duda... Mas Rony pareceu desconfortável, e fez uma pergunta um tanto indiscreta, na minha opinião:

– Eu conheço os Malfoy: são o Lucius e a Narcisa, mas eles são seus tios; o que aconteceu com seus pais?

– Rony! - Repreendeu Hermione, logo depois pedindo desculpas pela pergunta do Ruivo.

– Eu não gosto de falar dos meus pais; odeio meus tios, mas odeio ainda mais meus progenitores. – disse sem emoção, antes de mudar de assunto – eu me apresentei, mas não sei seus nomes. Quem são vocês?

– Eu sou Hermione Granger!

– Eu sou Ronald Weasley!

– E eu sou Harry Potter! – a garota ficou pensativa por um instante.

POV Cassandra

Nossa ele é o Harry Potter! Tenho mesmo que agradecê-lo por acabar com meu pai... Se ele não o tivesse feito, quem sabe como minha vida estaria agora...

POV Narrador

Depois de mais algumas perguntas, seguimos o resto do caminho calados e com a barriga totalmente cheia. Chegamos lá já era noite, e Hagrid estava do lado de fora esperando os alunos do primeiro ano. A vista do lado de fora do castelo era simplesmente maravilhosa, não há como descrever o que sentia naquele momento... Mas era como voltar a um lar que você nunca conheceu.

Fomos em pequenos barcos até o outro lado – o castelo era uma península no meio do gigantesco e profundo lago – descemos e fomos guiados até um lugar onde uma mulher alta e severa nos esperava. Ela começou os avisos:

– Eu sou a Prof.ª Minerva McGonagall. Logo que entrarem por esta porta poderão se encontrar com os amigos, mas antes serão selecionados para as suas casas: Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff. Com licença, vou ver se está tudo pronto, e venho chamá-los em breve. – saiu em passos leves, porém apressados. Eu ouvi uma voz de algum garoto logo que ela saiu:

– É verdade então, o que disseram no trem? Harry Potter veio para Hogwarts! – era um garoto loiro, mais alto que eu, lembrei que era ele que estava com Cassandra na loja de roupas – devia ser o tal Malfoy. Ele se aproximou:

– Eu sou Malfoy, Draco Malfoy – e estendeu a mão para cumprimentar-me.

– E nem precisa se dar ao trabalho de voltar, priminho! – todos nós abafamos a risada ao ouvir a piada de Cassie – não contem a ela que eu a chamei assim! - alguns não entenderam o trocadilho, mas os que entenderam fizeram o mesmo esforço para não rir.

– Encantadora como sempre, Cassie querida! – escarneceu Malfoy, com uma careta para a prima.

– Cale a boca Malfoy! E NÃO me chame de Cassie! – ele iria dizer alguma coisa quando a Professora chegou e deu uns tapinhas em suas costas, pedindo que todos nós a acompanhássemos. Entramos no grande salão: era muito lindo! Tivemos que montar duplas, então eu fiquei ao lado de Rony, e Cassandra com Hermione. O teto do lugar parecia ser feito de vidro, pois só o que havia acima de nós era um mar de estrelas brilhantes, nebulosas e algumas nuvens. Flutuando pouco acima de nossas cabeças, algumas centenas de velas iluminavam o lugar – certo, aquilo definitivamente era magia, pois não havia velas suficientes para dar tal claridade ao ambiente. À nossa frente, ouvi a voz de Hermione:

– Não é de verdade este teto. Só foi enfeitiçado para parecer o céu, à noite; li sobre isso em Hogwarts, uma história. – Nos colocamos todos à frente do salão, onde aquela Prof. McGonagall anunciou:

– O nosso diretor gostaria de falar algumas coisas! – Um senhor muito velho, parecia ter uns 95 anos, mas em muita boa forma (hahaha) se levantou. Tinha barbas e cabelos muito compridos e brancos, óculos de meia lua no rosto.

– Sejam muito bem-vindos! Tenho avisos para dar a vocês: alunos do primeiro ano, eu devo lhes dizer que a Floresta Negra é proibida a todos, sem exceções, pois lá vocês não encontrarão piedade. E também dizer que o corredor do terceiro andar, do lado direito, está terminantemente proibido, também, a todos que não quiserem uma morte extremamente dolorosa. – E se sentou.

A Professora começou a nos chamar: havia um banquinho, sobre o qual repousava um chapéu velho e surrado. O Chapéu Seletor, do qual Rony já me falara: um chapéu falante, que selecionava os alunos para suas casa de acordo com a personalidade de cada um.

– Neville Longbotton!

– Gryffindor! – anunciou.

– Cassandra Black! – o chapéu esperou longos segundos, acho que pensando onde a colocaria.

– Gryffindor! – Cassandra pareceu amar esta idéia, mas Malfoy a metralhou com o olhar, torcendo a boca em uma expressão de nojo.

– Susana Bones!

– Hufflepuff! – Exclamou o chapéu.

– Draco Malfoy! – Mal colocou o chapéu na cabeça e já foi anunciado.

– Slytherin! – Draco saiu todo orgulhoso e olhou outra vez para Cassandra, que nem se importou.

– Padma Patil!

– Ravenclaw! – Ela parece não gostar, pois não sabia onde sua gêmea iria ficar.

– Hermione Granger! – ela ficou um pouquinho nervosa.

– Gryffindor! – Eu vi a alegria no rosto dela!

– Parvati Patil! – Ela estava um pouco triste, mas tinha esperança nos olhos dela, a esperança de ir para Ravenclaw, para ficar junto da irmã.

– Ronald Weasley!

– Ah! – Exclamou o chapéu! – Outro Weasley, já sei o que fazer com você, Gryffindor!

– Harry Potter! – O salão ficou em silêncio, um ar de expectativa!

– Hum, difícil muito difícil – começou o chapéu.

– Por favor, Slytherin não, Slytherin não!

– Slytherin não? Bem, se tem certeza... Melhor que seja Gryffindor! – pulei de alegria nessa hora!

Me juntei á mesa de Gryffindor, todos os que eu conheci inclusive os outros Weasley estavam lá também, iniciamos o banquete, vários fantasmas chegaram, Rony estava com duas coxinhas de frango nas mãos dando mordidas alternadas nelas, cruzes como ele era esganado (hahaha!)

Acabamos o banquete e Percy que era o monitor nos levou até o Salão Comunal de Gryffindor, lá nos deu instruções, como: o dormitório das meninas fica lá em cima, no corredor da direita, e o dos meninos, no corredor da esquerda, e mais várias outras coisas. Mandou-nos deitar, no quarto já estavam as camas com os respectivos pertences de cada um de nós. Rony escolheu a cama ao lado da minha, e logo estava roncando. Eu fiquei quase a noite toda acordado, pensando em como minha vida mudara nesse último mês.

POV Cassandra

Naquela noite não consegui pregar os olhos: ainda estava atônita por não ter sido colocada na Slytherin... Pparecia bom demais para ser verdade.

Ah, perdão permitam que eu me apresente: eu sou Cassandra Black, e meus pais são Bellatrix Lestrange e Voldemort. Aposto que vocês devem estar se perguntando como isso foi possível... Mas deixem-me explicar: minha mãe ingressou entre os comensais da morte mais por questões sentimentais do que qualquer outra coisa. Tinha uma paixão obsessiva e mal escondida por meu pai. Ele, sabendo dessa paixão, pensou que seduzi-la seria divertido – ela era, afinal, uma moça bonita, de apenas dezoito anos e... Bem, basta dizer que, nove meses depois, eu nasci.

Quando eu tinha três meses, Bellatrix foi presa por torturar dois aurores, e enviada para Azkaban; e eu... Eu fui criada pelos Malfoy. Acho desnecessário dizer: odeio tanto meus pais quanto os Malfoy, não os suporto. Lucius insiste em que eu seja a grande herdeira do Lorde das Trevas! Esse idiota queria me fazer a marca negra logo que fui para seus cuidados, mas Narcisa – a única com algum bom-senso naquela casa - não deixou; disse-lhe para esperar até que eu crescesse, pois isso tinha de ser de livre e espontânea vontade minha, e é claro que eu não quis. Quando Lucius tentou me marcar depois de crescida, bem... Não foi muito legal! Coisas voaram, vidros explodiram, e meu palavreado não foi exatamente elegante. Depois disso, acho que minha “livre e espontânea vontade” ficou bem clara, e a questão foi deixada de lado por um tempo.

Todos estavam esperando que eu fosse para Slytherin: quando Draco der com a língua nos dentes para o casal que vim para Gryffindor, irão me odiar. Perfeito! Assim me livro deles mais rápido! Mas é claro que eu também tive influência para minha seleção: eu disse ao chapéu – em pensamentos - que se ele me colocasse em Slytherin eu o queimaria, e foi assim que eu acabei em minha casa!

Eu estava ansiosa por este ano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, Em breve postarei outro capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Boy Who Lived" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.