The Boy Who Lived escrita por TargaryenBlood


Capítulo 2
Hagrid arromba a porta


Notas iniciais do capítulo

Ainda sem grandes mudanças, mas coloquei uma ou duas coisinhas engraçadas.



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Naquela noite quando todos nós íamos deitar eu como sempre fiquei no chão, Duda com o sofá e meus tios com a cama é claro, estava com uma pontinha de entusiasmo, pois no dia seguinte faria onze anos. Fiquei acordado, desenhando um bolo na areia; assim que o relógio de pulso de meu primo marcou as 00h00min falei a mim mesmo:

– Vamos lá Harry faça um pedido! – assoprei a areia e o bolo se desmanchou.

Assim que ele se desfez completamente, ouvi batidas fortes na porta, primeiro uma, depois outras várias se seguiram fazendo meus parentes acordarem, até que a porta caiu no chão e, confesso, saí correndo e me escondi. Meu tio Walter desceu as escadas com tia Petúnia logo atrás, empunhando uma espingarda: quem entrou foi um sujeito um tanto grande, com seus 2,50m de altura, cabelos negros com alguns fios brancos, bastante desgrenhados se misturavam com a grande barba igualmente bagunçada; teve de se abaixar um pouco para passar na porta. Logo que entrou, pegou a madeira no chão e a encaixou no batente novamente. Virou-se então para Duda, mas acho que ele não sabia quem ele era, e disse num tom alegre:

– Nossa Harry como você cresceu! Especialmente aqui no meio. – Apontando para a barriga de meu primo.

Confesso que tive de abafar a risada, o garoto Dursley com a voz tremendo rebateu:

– E-eu não sou o Harry. – O homem confuso perguntou.

– Se você não é o Harry, então onde ele está?

Sai de meu esconderijo com medo, minhas pernas tremiam, mal pude ficar em pé – não me julguem por estar com medo, afinal, não é todo dia que um cara desses invade sua casa procurando por você –. Gaguejei ao responder para o homem de aparência selvagem:

– Sou eu senhor, eu sou o Harry.

– Ah! – exclamou – Ai está você! Tão parecido com seus pais. Nossa já ia me esquecendo: aqui, para você – o grandalhão me entregou um embrulho, quando abri era um bolo para mim, confesso que não pude esconder a surpresa e a alegria: era a primeira vez que alguém me dera algo pelo meu aniversário. Ele era um tanto estranho, e ficou mais esquisito ainda quando tirou um guarda-chuva, apontou para a lareira e saíram algumas labaredas, que acenderam o fogo. Coloquei o embrulho de lado e, curioso, perguntei:

– Desculpe-me senhor, mas quem e você?

– Oh! Desculpe, sou Rúbeo Hagrid, guardião das chaves e das terras de Hogwarts. É claro que você deve saber tudo sobre Hogwarts.

– Desculpe, não. – o que, raios, seria Hogwarts?! Eu nunca ouvira aquela palavra, mas não me soava totalmente estranho... Como a lembrança de um sonho antigo...

– Céus Harry onde acha que sua mãe e seu pai aprenderam tudo?

– Tudo o que? – Agora era oficial: eu não estava entendendo absolutamente nada! Bom, eu não estava entendendo nada desde o começo.

– Você é um bruxo Harry. – O que aquele homem tinha bebido?

– Eu sou o que? – Certo, eu devia ficar ali e ouvir um pouco mais, ou tentar sair correndo? É claro que, com pernas daquele tamanho – só as pernas dele tinham a minha altura! - ele me alcançaria rápido.

– Um bruxo, e será um grande bruxo assim que tiver treinado um pouco. – embora a vontade de fugir fosse grande, a esperança que se acendeu dentro de mim foi maior, e me fez ficar ali para ouvir mais um pouco.

– Acho que o senhor se enganou... Eu não posso ser um bruxo... Eu sou o Harry. Só Harry. – se eu fosse um bruxo, com certeza não teria aturado meus tios e meu primo por tanto tempo. Eles com certeza já teriam sido sapos cozidos em algum caldeirão!

– Muito bem, só Harry: nunca fez algo que não pudesse explicar, quando estava assustado ou com raiva?

Arregalei os olhos lembrando-me de algumas vezes em que aconteceram algumas pequenas coisinhas que nunca conseguia explicar – como no dia em que Tia Petúnia cortara meu cabelo e ele crescera de novo em uma noite – e me lembrei também de alguns dias atrás, quando falei com a cobra e logo depois o vidro sumiu, deixando Duda preso. O gigante pareceu ler meus pensamentos, pois deu um sorriso vitorioso e voltou a se arranjar confortavelmente diante da lareira.

– Aqui está! – ele me entregou a mesma carta que nos fizera mudar para aquela espelunca. Peguei a carta das mãos dele, meio ansioso, imaginando se estaria ficando louco, abri e comecei a lê-la:

Caro Mr. Potter,

É com prazer que lhe informamos que você

foi aceito na escola de magia e bruxaria de Hogwarts”

Terminei de ler e tio Walter, esbravejou:

– Ele não vai para lá estou avisando! Quando o aceitamos, juramos colocar um fim nisso.

– Vocês sabiam! Vocês sabiam o tempo todo e nunca me contaram! – Exclamei, bem furioso. Quer dizer que eu fora um bruxo a minha vida inteira, que meus pais eram bruxos, e os Dursley sempre tinha omitido este “detalhe”?! Eu poderia, no mínimo, tê-los transformado em sapos!

– É claro que sabíamos – Tia Petúnia falou com desdém – minha irmã perfeita sendo o que era... Quando recebeu a carta nossa mãe ficou orgulhosa e sempre dizia “temos uma bruxa na família, não é ótimo!”. Só eu enxergava o ela realmente era: uma aberração, logo depois ela conheceu seu pai e logo veio você, e sabíamos que seria tão estranho e anormal quanto eles, e logo depois os dois acabaram explodindo, deixando-nos o fardo que era você!

– Explodindo?! Disseram que meus pais morreram em um acidente de carro! – Agora fiquei realmente furioso.

– Um acidente de carro?! Um acidente de carro matou Lily e James Potter? – percebi o tom de revolta na voz de Hagrid quando ele se levantou, curvado para não bater a cabeça no teto, mas ainda assustador em todo o seu tamanho – tão grande lateralmente quanto em altura.

– Tínhamos que dizer alguma coisa – rebateu a Sra. Petúnia.

– Ele não vai para lá e pronto! – Afirmou o Mr. Dursley novamente.

– Imagino que um grande trouxa como você irá impedi-lo!

– Trouxa? – Falei segurando ao máximo minha risada.

– É quem não nasceu bruxo! Esse menino tem uma vaga desde o dia em que nasceu, e será ensinado pelo maior bruxo de todos os tempos, Alvo Dumbledore. – ele falou aquele nome como se estivesse se referindo a uma espécie de rei ou grande líder. Quem quer que fosse esse Dumbledore, com certeza inspirava muito respeito em Hagrid.

– Não vou pagar para um velho caduco ensinar uns truques de magia para ele!

– Jamais insulte Alvo Dumbledor na minha frente – o grandalhão tinha ficado furioso, ele estava com seu guarda-chuva nas mãos, brandiu-o ameaçadoramente na cara de Tio Wálter, e então mirou-o em Duda, que estava devorando meu bolo. De repente surgiram em meu primo um belo rabo e orelhas de porco. Não consegui conter a risada vendo aquela cena de meus tios correndo apavorados, enquanto o leitão que era seu filho agarrava o próprio traseiro, apavorado. Hagrid também riu antes de se virar para mim:

– Olha a hora Harry, estamos atrasados! Você vem né?

Mais que depressa corri em direção á porta e segui o homem. Embora possa parecer insanidade, eu confiava naquele gigante bonachão, e sabia que, de algum modo, minha vida ia mudar para melhor, se o seguisse. Era tudo o que eu pedira de aniversário.


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