Capítulo 60: Mestra e subordinado dão seu máximo! Lutem Aku e Suzaku!

A sala de Gusbo era a mais ampla até o momento. Mais parecia uma sala do trono do que a cabine de um capitão pirata. As paredes eram altas e límpidas, feitas de um material similar ao mármore. O teto era transparente, e por ele via-se o espaço. Havia um tapete que levava da entrada até uma cadeira em frente a um pequeno centro de comando. No extremo oposto à entrada onde estava Suzaku, além do centro de comando existia um canhão imenso. No meio da sala, encarando Suzaku, estava um alienígena. Era um coelho branco de forma humanóide. Tinha cabelos vermelhos curtos e bagunçados de onde se projetavam suas longas orelhas. Seus olhos eram amarelos e abaixo deles, em seu rosto fino porém másculo, havia pinturas vermelhas. Seu corpo era bem definido e ele vestia uma regata vermelha por baixo de uma jaqueta de gola alta de cor cinza, além de uma calça também cinza de onde saía seu pequeno rabo por trás. Também cinza eram suas luvas que cobriam apenas a metade inferior dos dedos. Em seus pés ele vestia botas militares de cano alto.

—Gusbo.-Suzaku disse com um tom sério.-Finalmente te encontrei.
—Não achei que fosse ver você outra vez.-Gusbo falava com sua voz grave e imponente.-A última vez foi no dia em que o planeta Shenki foi destruído, não é?
—Sim.-Respondeu o Shenkijin.-Naquele dia você e seus homens me atacaram e roubaram toda a tecnologia que eu tinha conseguido em missão.
—Toda a tecnologia que você tinha roubado em missão.-Gusbo corrigiu o garoto.
—Isso não faz diferença. Vocês me deixaram pra morrer naquele dia. Ferraram com a minha missão e eu teria tido muitos problemas se o planeta não tivesse sido destruído.
—Você parece feliz com a destruição de Shenki, estou certo?-Indagou o capitão.
—Nunca fui muito patriota.-Suzaku respondeu.-Eu sou um mercenário. Só me importo em fazer meu dinheiro. No dia em que Shenki foi destruído eu apenas me livrei da dor de cabeça de ter meu contratante me perseguindo.
—Entendo. Você é realmente frio, garoto.

Sem dizer mais nenhuma palavra, Suzaku elevou seu ki, se envolvendo em sua aura laranja, então avançou e socou Gusbo.

—Kinetic Punch!!!

O soco acertou em cheio o peito do capitão, porém no momento em que o tocou, Suzaku foi jogado para trás, caindo de pé.

—O que foi isso?!-Suzaku se perguntou.
—Usando energia cinética contra mim é?-Gusbo indagou novamente.-Você realmente não sabe de nada.

Ao dizer aquilo, Gusbo desapareceu e reapareceu atrás de Suzaku, já acertando as costas do garoto com um chute que o jogou longe com violência.

—Esse golpe...-Suzaku pensou.-Parece o meu Kinetic Punch...

Suzaku tentou se estabilizar no ar, porém antes que pudesse fazer isso, enquanto voava para longe, o garoto misteriosamente começou a voar na direção oposta, sem controle algum. Em poucos segundos ele havia voltado para perto de Gusbo, que o acertou com um golpe na nuca usando as duas mãos juntas, assim jogando Suzaku no chão novamente com violência.

—Como...?-Suzaku se perguntava enquanto levantava e um filete de sangue saía de seu nariz.
—Vocês Shenkijins têm a habilidade de absorver a energia solar e convertê-la em outras formas de energia.-Gusbo começou.-É realmente uma habilidade formidável, mas de nada adianta contra o meu poder. Eu sou capaz de controlar por completo a energia do movimento.
—Capaz de controlar a energia do movimento?
—Sim. A energia cinética que eu utilizo é a energia em seu estado mais puro e natural. Não uma energia convertida e de má qualidade como a sua.
—Maldito!

Se utilizando de seus poderes de manipulação de energia cinética, tanto Suzaku quanto Gusbo aumentaram sua velocidade e começaram a voar pela sala, trocando violentos e rápidos golpes, porém a cada choque de golpes, Suzaku era jogado um pouco para trás por causa da força e da energia dos ataques de Gusbo.

Já na Terra, Aku e Ômega voavam pela ilha. Ambos disparavam esferas de ki enquanto se esquivavam das atiradas pelo outro. Naquele ponto já quase não restava mais nada da ilha original, mas isso nada significava para os combatentes.

Depois de algum tempo, os dois adversários voaram um contra o outro, ainda disparando as esferas de ki, causando uma grande explosão que levantou muita fumaça e poeira, porém as mesmas não duraram muito, pois foram rapidamente dissipadas com a violenta troca de golpes de Aku e Ômega. A troca de golpes durou pouco, pois cada um dos dois foi para um lado. Aku estendeu sua mão e concentrou uma esfera muito densa de ki, enquanto Ômega estendeu as duas mãos, preparando um Shokosen.

—Usando a técnica do Yusa contra mim?!-Aku disse com irritação na voz.
—Não gostou é?-Ômega provocou.

As técnicas foram disparadas e o raio de Ômega se chocou com a esfera de Aku, gerando uma disputa de força que criava violentas ondas de impacto, agitando o ar e o mar ao redor.

Ambos empurravam suas técnicas com todas as suas forças até que a energia causou uma grande explosão, que levantou uma torrente de água. Ao final de tudo, Aku e Ômega se encaravam, suas auras de ki os envolviam e seus corpos apresentavam pequenos ferimentos por toda a extensão.

—Então esse é o seu limite, clone?-Aku provocou.
—Nem de longe.-Retrucou Ômega.
—Que bom. Eu ficaria desapontada se fosse apenas isso.
—Pra quem apanhou tanto de mim, você está muito convencida agora não acha?
—Com esse poder que eu consegui, derrotar você não vai ser problema.
—Poder que você conseguiu? Eu fui o primeiro Saiyajin a atingir esse estágio de evolução! Só isso já me torna superior a todos vocês!
—Não seja convencido, seu clone!-Aku gritou, com raiva.-Você não é um Saiyajin! Não passa de uma imitação barata! Dsun pode ter forçado essa evolução em você, mas eu vou provar que o verdadeiro poder do Super Saiyajin 4 só pode ser utilizado por um Saiyajin de verdade!

Aku elevou seu ki, aumentando seu poder de maneira absurda enquanto Ômega simplesmente a observava com um sorriso de canto.

—Não pense que eu não sou capaz de fazer o mesmo. Você pode ter o DNA que me originou, mas eu fui feito para ser uma evolução dos Saiyajins! De nada vai adiantar o seu esforço!

O ki de Ômega também se elevou e o poder do clone aumentou exponencialmente. Original e réplica avançaram novamente, trocando uma sequência precisa de golpes e esquivas.

—Não pense que vai me vencer só porque sua velocidade aumentou um pouco!!!-Ômega gritou.
—Digo o mesmo pra você!!!-Aku retrucou.

Os golpes continuaram até que se atingiram ao mesmo tempo com socos no rosto. Ômega, sem se deixar abater, agarrou o braço de Aku e a puxou para perto, acertando-a com uma cotovelada no estômago e em seguida com uma cabeçada na testa. Aku recuou e Ômega aproveitou para avançar e atingir a Saiyajin original com um sequência de socos e chutes, o que funcionou durante alguns segundos até que Aku conseguiu reagir e segurou um dos punhos e um dos pés de seu clone, então o girou no ar e o acertou com um chute bem no meio do estômago, assim jogando Ômega para o fundo do oceano.

Sem dar trégua, Aku voou para debaixo da água e foi atrás de Ômega. O clone se recompôs e outra violenta disputa de golpes se iniciou, porém agora no fundo do mar.

De volta à nave de Gusbo. Suzaku se encontrava em desvantagem. A manipulação de energia cinética do coelho era superior à do Shenkijin, sendo asssim a diferença entre a velocidade dos combatentes começou a surgir até que Suzaku foi atingido por um forte soco no estômago, e como antes, voou longe com agressividade e logo foi puxado de igual maneira de volta para perto de Gusbo só para ser socado novamente e então puxado novamente, num ciclo que se repetiu algumas vezes antes que o pirata, depois de novamente puxar Suzaku para perto, o agarrou pela cauda e o jogou longe. A manipulação de energia cinética tornou o trajeto de Suzaku rápido e violento, e o impacto do garoto contra uma das paredes da sala foi forte ao ponto de criar uma rachadura. O Shenkijin caiu no chão, sangrando bastante e totalmente imóvel.

—E aí, Shenkijin?-Gusbo começou.-Já entendeu que não é capaz de me derrotar?
—Meu nome...-O garoto disse enquanto juntava todas as suas forças para se levantar.-...É SUZAKU!!!!

Uma forte aura de ki laranja envolveu o Shenkijin enquanto seu poder de luta se elevava ao máximo.

—Isso pouco me importa, Shenkijin.
—MALDITO!!!

Novamente recorrendo à conversão de energia, Suzaku aumentou sua velocidade e partiu para cima de Gusbo, que utilizou-se de seu controle cinético para fazer o mesmo. Novamente os dois se envolveram numa troca de golpes aliada a uma disputa insana de velocidade.

—Ficou um pouco melhor, eu admito!-Disse Gusbo antes de acertar um soco do qual Suzaku se defendeu, mas sem conseguir evitar ser afastado do capitão.-Mas não ache que estou dando o meu melhor, Shenkijin!!!
—SUZAKU!!!
—Já disse que isso pouco me importa!!!

Gusbo também elevou seu ki, sendo envolvido por uma aura vermelha de ki. Por sua vez, Suzaku avançou furioso contra o pirata, porém, com o aumento de seu ki, sua velocidade bem como sua capacidade de manipulação cinética, também aumentaram, tornando fácil para o coelho prever os movimentos de Suzaku e acertar-lhe uma violenta joelhada no queixo, que jogou o Shenkijin para o alto.

—Ponha-se no seu lugar, moleque!!

Com insana velociade, Gusbo surgiu acima de Suzaku e o acertou com um golpe usando suas duas mãos fechadas, jogando o garoto para o chão.

Suzaku caiu sem ser capaz de reagir, enquanto Gusbo descia e se colocava de pé à sua frente.

—Shenkijins não são guerreiros. Não importa o quanto você treine e lute, não vai ser capaz de mudar isso.
—Você...-O Shenkijin falava enquanto se levantava com dificuldade.-...não é ninguém pra falar de mim!
—Eu por acaso disse alguma mentira? Shenkijins realmente não são feitos para lutar. São fracos demais.
—Não me importo com o que pensa sobre minha raça, mas eu não sou como os outros!
—Seu moleque teimoso!!

Fazendo uso de sua extrema velocidade, Gusbo novamente sumiu da vista de Suzaku, aparecendo na frente do garoto e acertando um soco no rosto dele, jogando-o direto ao chão.

—Você se acha demais, Shenkijin. Mas independente do que pense, não é capaz de mudar a realidade.
—Eu já...-Novamente Suzaku se levantava com extrema dificuldade.-...mudei a realidade há muito tempo! Fui além do que qualquer um da minha raça esperaria! Eu sou o último Shenkijin justamente por ter me tornado o mais poderoso!
—Ser o mais poderoso dentre uma raça ridícula como os Shenkijins não deveria ser motivo de orgulho.

Outra vez Gusbo sumiu da visão de Suzaku, surgindo na frente dele e o acertando com um chute nas costelas, jogando o garoto longe e mais uma vez para o chão.

—Cada golpe que eu te dou deve ser uma tortura, não é? Não ser capaz de acompanhar minha velocidade para se defender...nem imagino como seja a sensação.

Suzaku ignorava as palavras de Gusbo enquanto se levantava com todo o esforço que podia fazer, então encarou seu inimigo. O corpo do Shenkijin já estava muito ferido. Seus ferimentos sangravam e o garoto estava ofegante.

—Não vai desistir, não é?-Gusbo olhava com desdém para o oponente.
—Pelo contrário.-Suzaku retrucou.-Vou usar todo o meu poder contra você. Vou elevar meu poder até o máximo e vou te destruir!
—Pois faça isso. Não vai adiantar de nada mesmo.

A aura laranja de ki envolveu o corpo de Suzaku. O garoto olhou para cima e viu o sol.

—Maximum Absorption!

Os raios solares se concentraram no Shenkijin, cuja aura de ki cresceu ainda mais.

—Utilizar meus ataques de energia contra você será inútil.-Afirmou Suzaku.-Você simplesmente os redirecionaria independente da potência.
—Uma observação inteligente da sua parte, Shenkijin.
—Vou precisar acabar com você na base da porrada mesmo.
—Você será capaz?

Não houve resposta de Suzaku, o garoto apenas se manteve absorvendo a energia solar até o máximo, então olhou para Gusbo e começou a concentrar toda aquela energia, aumentando seu poder em centenas de vezes.

—Impressionante, eu devo admitir.-Gusbo disse com um sorriso e com os olhos arregalados.-Sua capacidade de absorção de energia é impressionante.
—A surra que eu vou te dar também vai ser impressionante!!! Haaaah!!!

Suzaku concentrou ao máximo seu poder, elevando seu ki ao máximo. O garoto estava com toda a energia solar que podia comportar em seu corpo e aquilo era o suficiente para aumentar muito o seu poder.

Os dois oponentes avançaram um contra o outro, novamente usando a energia cinética como multiplicador de velocidade e intensificador de seus golpes. Os punhos de Suzaku e Gusbo se chocaram, mas daquela vez foi o coelho que foi atirado para longe, embora não com a mesma violência que Suzaku nas vezes anteriores.

—Esse soco...-Gusbo refletia enquanto olhava seu próprio punho.-...foi muito bom. Ele conseguiu se utilizar de mais energia cinética do que eu. Foi uma diferença pequena, mas real.
—E vai ficar ainda pior pra você!!!-Suzaku berrou enquanto avançava novamente.
—Isso é o que vamos ver!!! Haaaaah!!!!

Uma aura de ki vermelho tão intensa quanto a de Suzaku envolveu Gusbo e o coelho também aumentara seu poder de luta. Retribuindo ao gesto de Suzaku, o pirata avançou ferozmente e os dois voltaram a trocar golpes violentos a uma incrível velocidade, porém dessa vez, a batalha estava equilibrada.

—Como é possível?!-Gusbo pensava.-Esse Shenkijin realmente chegou tão longe?! Está conseguindo se manter contra mim!
—Gusbo!!!-Suzaku berrou.-Você escolheu o Shenkijin errado pra provocar!!! Se fosse inteligente, teria mexido com qualquer outro fracote daquele planeta, mas escolheu logo a mim! O mais poderoso!!!

Tomado pela raiva, Suzaku concentrava toda a sua energia de forma a convertê-la na energia cinética que usava para atacar. Isso criava ataques de uma violência surpreendente até mesmo para o manipulador de energia cinética Gusbo.

—Tudo bem!!! Eu admito!!-Gusbo retrucou.-Você é forte! É diferente de qualquer outro Shenkijin que eu já vi! Mas isso ainda não é o bastante! Eu ainda vou acabar com você!!!

Com um sentimento similar, Gusbo levava suas habilidades de manipulação cinética ao limite e além. A batalha contra Suzaku estava sendo um verdadeiro teste de força e velocidade para ele.

Seus golpes eram de igual velocidade e poder. Suzaku e Gusbo percorriam toda a sala numa velocidade insana. As paredes se rachavam com as ondas de impacto e a bela cobertura similar a mármore cedia em alguns pontos, revelando parte interna metálica da estrutura da nave. O tapete abaixo deles estava queimando com o calor emanado por Suzaku e o chão também apresentava rachaduras, mas nenhum dos dois sequer percebia esses acontecimentos. Apenas se importavam em decidir o vencedor daquela luta.

Na Terra, Aku e Ômega se mantinham no fundo do mar, trocando golpes violentos. Em dado momento, se separaram e começaram a disparar rajadas de ki um contra o outro. Intensas explosões embaixo da água faziam com que a mesma se aquecesse abruptamente até que a Saiyajin e seu clone finalmente voltaram à superfície.

A água fervia devido à recente disputa de ki que ocorrera por lá, enquanto pouco acima das bolhas de fervura, Aku e Ômega continuavam a disparar rajadas incessantes de ki, que explodiam no ar e levantavam fumaça e água.

Em meio a tanta intensidade energética, ambos os oponentes voltaram ao corpo-a-corpo. Aku agarrou Ômega e o jogou por cima de seu ombro. O clone se estabilizou e voltou a avançar contra a Saiyajin com um feroz soco do qual a garota se esquivou. Seu contra-ataque foi um chute na altura do pescoço, porém Ômega se abaixou e tentou acertá-la com um soco no queixo. Aku se afastou e conseguiu evitar o golpe, mas Ômega não desistiu e usou a outra mão para disparar uma esfera de ki contra a garota, que simplesmente a desviou com um tapa para então avançar contra seu clone com um soco. Ômega revidou e os punhos se chocaram. Uma poderosa onda de impacto se originou dali, afastando as águas ao redor por alguns segundos. Seguido do choque de punhos, um choque de pernas ocorreu quando ambos tentaram se atingir com poderosos chutes. Uma nova onda de impacto se originou e novamente afastou as águas por poucos segundos. A Saiyajin girou e usou sua cauda para agarrar o calcanhar de Ômega, então com um novo giro, jogou o clone para longe, mas este fora capaz de se estabilizar, apenas não antes de Aku avançar novamente enquanto disparava uma rajada de esferas de energia, a qual Ômega repeliu com facilidade.

Novamente próximos, os guerreiros voltaram a se elevar no céu enquanto trocavam golpes com toda a sua força e velocidade.

—Por que você simplesmente não desiste?!-Indagou Ômega.-Você sabe que não tem chance!!!
—Eu poderia te perguntar o mesmo!-Aku retrucou.-Não vou desistir até que não exista mais nenhum vestígio de você!! Eu sou a mais poderosa!!!
—Não seja convencida!!! Eu sou o mais poderoso!!!

Aku acertou Ômega com um soco no rosto, assim como Ômega acertou Aku com um soco no rosto. Os combatentes se afastaram, mas não pararam. Ergueram suas mãos e concentraram esferas de energia.

—Agora vai copiar a minha técnica?!-Aku indagou, novamente irritada.
—Não! Vou melhorá-la!!-Ômega retrucou com um tom de voz alto e um sorriso sádico.
—Veremos!!!

As duas esferas foram disparadas e se chocaram, causando uma imensa explosão a partir da qual tanto Aku quanto Ômega acabaram por ser jogados novamente ao fundo do oceano.

Naquele meio tempo, um pouco mais afastado do local da luta entre Aku e Ômega, Kuji e Shinryuu haviam acabado de sair do mar e agora voavam enquanto encaravam Yusa, que ainda rugia e batia em seu próprio peito.

—Essa maldita transformação!-Kuji reclamou.-Ele não para de jeito nenhum!
—Mesmo assim temos que detê-lo!-O dragão retrucou.-Só até a Aya dar um jeito naquela lua.
—Então vamos! Vamos fazer alguma coisa pra distrair ele!

Os dois guardiões voaram na direção do imenso macaco, que tão logo pôs os olhos neles e já se preparou para atacar, porém, naquele exato momento houve uma explosão no céu. Kuji e Shinryuu pararam para observar e notaram que não havia mais lua, em seguida olharam para Yusa e viram que o mesmo havia parado por completo de se mover. Sua feição se acalmara, e o garoto rapidamente voltou à sua forma humana, porém sem roupa alguma e inconsciente, assim caindo no mar.

—Caramba! Ela conseguiu!-Kuji disse impressionado.

De repente, em alta velocidade, Aya passou voando e foi em direção ao local onde seu irmão caíra. A Saiyajin mergulhou e poucos segundos depois voltou com o irmão em seus braços, então fez um sinal para Kuji e Shinryuu a seguirem e todos se reuniram na extremidade da ilha.

—Foi um tanto irritante achar aquela lua, eu admito.-Aya disse enquanto ria um pouco.-Mas eu consegui. Destrui sem problemas.
—Ainda bem!-Shinryuu disse aliviado.-Mais um pouco e teríamos ficado em sérios apuros.
—Sérios apuros?!-Kuji berrou.-Sérios apuros?! Um pouco mais e nós teríamos morrido!!!-O Kami-sama respirou fundo.-Ninguém merece vocês Saiyajins.
—Ei!-Aya protestou.-A culpa não é minha se o cabeça-oca do meu irmão não consegue controlar essa forma!
—Sei.-Kuji retrucou.-De qualquer forma, não podemos deixar o cara pelado aqui.
—E como você pretende resolver isso?

Sem responder, o Kami-sama caminhou até Yusa e o encarou, então estendeu a mão aberta para o garoto.

—Francamente. Você quase me mata e ainda me fica numa situação dessas. Eu vou te cobrar por isso, Yusa!

Kuji disparou um raio de ki contra Yusa. O garoto foi envolvido por uma luz e logo que ela se apagou, o Saiyajin estava vestido com suas roupas habituais.

—Pronto. Resolvido.
—Que habilidade...-Shinryuu ficou pensativo.-...incomum.
—Uau!-Aya sorriu e seus olhos brilharam.-Você tem um raio de roupas! Por que nunca me disse isso, hein? Se eu soubesse, não ia precisar gastar tanto pra montar meus figurinos!
—Nem vem com essa!-Kuji protestou.-Eu não sou estilista!

Os três riram da situação, mas logo os tremores da luta de Aku e Ômega os fizeram voltar para a realidade. Eles então voltaram seus olhares para o violento combate.

—Deve acabar logo.-Aya disse com um tom sério.
—Você vai ajudá-la?-Perguntou Kuji.
—Não. É a luta da Aku. É muito pessoal pra ela. Não vou me meter.

Ao dizer aquilo, Aya retornou à sua forma normal e se sentou ao lado do irmão.

—Ficarei aqui com o Yusa. Tanto Aku quanto Suzaku estão resolvendo assuntos próprios agora e não nos perdoariam se interferíssemos. Tudo o que podemos fazer é observar e torcer por eles.
—Quer dizer observar e torcer pela Aku.-Kuji observou.
—É, tem razão.

Aya olhou para o céu e ficou um pouco pensativa.

—Suzaku...Como será que você está?

                           TO BE CONTINUED...