Capítulo 17: Um antídoto para Aku e o adeus ao planeta Namekusei

Os três Saiyajins, Yusa, Aya e Aku agora pensavam no jeito mais eficiente de coletar uma amostra de veneno de Zardo, mas as coisas não corriam de forma muito organizada.

–Eu já disse e vou repetir.-Começou Aku.-Devemos estourar a cabeça dele e o veneno provavelmente vai escorrer do que sobrar. Daí é só pegarmos.
–Não podemos fazer isso!-Protestou Aya.-Não temos garantia nenhuma de que o veneno vá escorrer por ali!
–E além do mais é contra os nossos princípios sair por aí matando pessoas.-Completou Yusa.-Não foi esse o meio que nosso mestre nos ensinou para resolver nossos problemas.
–Pois então o mestre de vocês foi bonzinho demais quando os ensinou isso.-Respondeu Aku.

Os Namekuseijins estavam próximos dali, conseguindo ouvir toda a conversa dos três enquanto Kuji e os outros guerreiros eram curados pelos outros nativos que não eram guerreiros.

–Kuji vai ficar bem?-Perguntou Moori ao Namekuseijin que curava o guerreiro.
–Não se preocupe Grande Patriarca.-Respondeu o Namekuseijin.-Kuji é forte e vai se recuperar logo logo.
–Fico feliz em ouvir isso. E também fico feliz que aqueles garotos realmente tenham conseguido nos salvar.
–O senhor tem razão.-Concordou o outro com um sorriso.

Enquanto isso, os três que discutiam sobre o veneno agora estavam indo em direção a Zardo com um pequeno frasco em mãos.

–Vem cá.-Começou Yusa.-Fala pra mim mais uma vez só pra ver se eu entendi direito. Como você conseguiu esse frasco mesmo hein Aku?
–Eu já disse umas cinco vezes sua besta. Nós recebemos coisas assim pro caso de precisarmos coletar amostras de qualquer coisa nociva que exista em um planeta. Por exemplo, se há um pântano cujas substâncias na água são ácidas ou tóxicas, podemos coletar com esses frascos para serem analisados no laboratório da nave. O mesmo vale pra veneno de animais.
–Ok então. Vocês conquistadores de mundos são bem estranhos.-Disse o garoto.
–Isso não importa.-Ela respondeu.-Já que Zardo tentou te morder antes de você abrir um buraco nele, deve ser bem mais fácil de tirar o veneno. Basta fazermos ele morder a tampa do pote e tudo resolvido.
–Você manda.

Ao chegarem perto do lagarto, os três o encararam durante alguns segundos.

–E então?-Perguntou Yusa.-Quem vai pegar o negócio.
–Você não é o grande herói?-Provocou Aya.-Você deveria pegar.
–Eu?! Por que eu?! Eu já espanquei o sujeito até ele não levantar mais!
–Ah!-Gritou Aku.-Chega! Eu faço!

Aku então se aproximou mais e se posicionou para segurar Zardo e coletar o veneno, mas no momento em que ela tentou, o lagarto deu um impulso na direção dela com a boca aberta.

–Eu vou arrancar a sua cabeça Aku!!-Ele berrou.

No entanto, antes que Zardo conseguisse concluir o que pretendia, um feixe de energia vermelha entrou pela boca do lagarto e atravessou a cabeça do mesmo, fazendo-o parar e por fim cair no chão, dessa vez morto.

–Mas o que...?-Se perguntou Aku enquanto se virava na direção do feixe.-Você...-Ela viu Yusa com a mão aberta e logo que viu que havia sido o garoto quem disparara a energia que a tinha salvo, ela corou mais uma vez.
–Foi mal.-Ele disse.-Eu não tive escolha. Será que ainda dá pra coletar o veneno com ele morto.
–Creio que sim.-Respondeu Aya.
–En-então va-vamos logo com isso!-Gritou Aku enquanto rapidamente extraía o veneno de Zardo.

Enquanto Aku tirava o veneno, Yusa cochichava com Aya.

–O que foi que deu nela?-Perguntou o mais novo.-Ela ficou toda estranha depois que eu matei o Zardo. Será que ela não gostou de eu ter matado ele?

Aya pensou na situação por um tempinho e logo percebeu o que possivelmente estava acontecendo.

–É sério que você não sabe?-Ela perguntou.
–Não sei o que?
–Vixe...isso vai ser interessante.
–Do que você ta falando Aya?!
–Nada não. Olha lá, acho que ela já terminou.

De fato Aku já havia terminado, o frasco agora estava cheio com um líquido transparente.

–Pronto. Já está aqui o veneno. Agora vamos até a nave.-Aku disse já levantando voo.

Yusa e Aya nem disseram nada, apenas seguiram Aku por algum tempo até chegarem na nave de Zardo.

–Então é aqui a nave daquele feioso?-Perguntou Yusa.
–Sim, é aqui. A menos que esteja vendo alguma outra nave por aqui.-Respondeu Aku.-Agora vamos.

Rapidamente os três entraram na nave e guiados por Aku, logo chegaram até o laboratório, onde só a equipe de médicos estava. E logo que os três entraram, um ser igual a Gul, porém de cor azul, foi ao encontro deles.

–Senhorita Aku!-Exclamou o pequeno ser que tinha foz feminina.-Já voltou? O que houve com a invasão?
–A invasão acabou. Todos menos eu estão mortos.-Ela respondeu.
–Todos?! Inclusive o mestre Zardo?!
–Sim, inclusive aquele lagarto dos infernos. Agora me escute. Nós trouxemos uma amostra do veneno dele, e você vai produzir um antídoto pra mim.
Antídoto? Do que está falando?

Ao ouvir aquela pergunta, Aku agarrou a alienígena pelo pescoço e a levantou até a altura de seu rosto.

–Escuta aqui. Eu posso não ter energia suficiente pra me envolver em outra luta, mas eu com toda a certeza do Universo tenho energia suficiente pra estourar essa sua cabeça. Eu sei muito bem que foi você quem construiu as sondas e o controle que o imbecil do Zardo usava pra me controlar, então você vai fazer o antídoto e remover as sondas, eu fui clara?
–F-foi você quem...matou o mestre...Zardo!
–Eu adoraria ter matado aquele maldito, mas o garoto aqui acabou fazendo isso por mim.-Ela respondeu enquanto olhava para Yusa.-Enfim.-Ela se voltou para a alienígena.-Faça o que eu mandei. Agora!-Por fim, ela largou a médica no chão.

A alienígena tossiu um pouco, mas logo se levantou.

–Tudo bem. Eu farei o antídoto e darei às sondas o comando para se soltarem de seu corpo, assim elas serão expelidas naturalmente.
–Ótimo. E também quero que prepare as câmaras de recuperação para nós três.
–Sim, senhorita Aku.

E assim foi. A médica tratou rapidamente de preparar as câmaras e fazer o antídoto e em cerca de uma hora os três já estavam prontos.

–Ah que maravilha!-Disse Yusa.-Me sinto novo!
–Eu também.-Concordou Aya.-Sinto até como se estivesse mais forte.
–E você Aku? Como se sente?-Perguntou Yusa.

Ela não respondeu de imediato, pois demorou algum tempo para que ela aceitasse o fato de que realmente estava livre de Zardo e de toda aquela vida que ela estava sendo forçada a levar, mas logo viu que se não respondesse a situação poderia ficar estranha, então tratou de falar.

–Eu...eu estou bem. Estou muito bem. Agora vamos.

Dito aquilo, Aku saiu voando de volta na direção de onde a batalha havia ocorrido, com Yusa e Aya a seguindo de perto.

Com tudo finalmente resolvido, estavam todos reunidos em frente ao palácio de Moori e era aquele o momento de fazer as despedidas.

–Bom, eu realmente tenho muito o que agradecer a vocês Yusa e Aya.-Disse Moori.-Assim como Goku fez antes, vocês salvaram o nosso planeta.
–Não precisa nos agradecer senhor Moori.-Respondeu Aya.-Nós viemos aqui pedindo um favor a vocês e apenas foi justo da nossa parte ajudar vocês já que estiveram dispostos a nos ajudar não só agora, mas antes também.
–Ah! Deixa disso Aya!-Bradou Yusa.-Nós arrasamos com aquele lagarto idiota! E ainda conseguimos o que precisávamos! A gente foi demais!
–Você é mesmo um pouco exagerado não é Yusa?-Perguntou Kuji em tom sarcástico.
–Um pouco? Você diz isso porque não o viu num dia comum lá na Terra!-Provocou Aya.
–Vão se ferrar todos vocês!!

Todos riram da situação. Era bom finalmente poder desfrutar novamente da paz de Namekusei, mas para Yusa, Aya e Kuji, já era hora de ir.

–Bem, por mais que tenhamos ficado pouco com vocês, precisamos ir agora.-Disse Aya.-Trunks está nos esperando na Terra. Precisamos ajuda-lo.
–Sim, é verdade.-Concordou Yusa.-Já ficamos bastante tempo aqui e ele pode estar precisando de nós e até das tais Esferas do Dragão.
–Tudo bem.-Disse Moori.-Agradeço muito a vocês novamente por terem nos ajudado e espero poder ve-los de novo.
–Nós também.-Respondeu Aya.
–Até a próxima!-Disse Yusa.
–Bom pessoal, apesar de tudo eu vou partir agora.-Começou Kuji.-Agora deixo Namekusei nas mãos de vocês.
–Adeus Kuji.-Moori disse olhando nos olhos do mais novo.-Espero que se dê bem como o Kami-sama da Terra.
–Pode deixar patriarca. Mandarei notícias sempre que puder.

Os Namekuseijins se despediram todos de Kuji e por fim, ele e os dois Saiyajins estavam prontos para subir na nave e ir embora, porém algo os interrompeu.

–Esperem um pouco!!-Era um grito de Aku.
–Hã? O que foi?-Perguntou Yusa.
–Quer ajuda?-Perguntou Aya.
–Não. Não é isso.-Ela respondeu.-Na verdade eu...-Ela hesitou por alguns segundos até que falou de uma só vez.-EuqueroirpraTerracomvocês!!!
–Você o que?!-Gritaram Yusa e Aya em uníssono.
–Eu já disse! Quero ir pra Terra com vocês!-Ela repetiu.

Aquilo pegou os irmãos de surpresa, não esperavam de forma nenhuma que Aku quisesse acompanha-los até a Terra, mas parecia que ela estava firmemente decidida.

–Por que quer ir pra Terra?-Perguntou Kuji.-Já não teve o bastante tentando destruir Namekusei.
–Não é nada disso seu idiota verde.-Ela respondeu seca.-Quero ir porque...-Ela novamente hesitou, então olhou para Yusa e ficou corada, mas rapidamente sacudiu a cabeça e prosseguiu.-Porque a Aya me derrotou e eu quero treinar para derrota-la na Terra!!
–Hein? Me derrotar?-Questionou Aya.
–Sim! Te derrotar!-Ela confirmou.-Agora vamos!

E por mais estranho que aquilo pudesse ter sido, acabou sendo decidido. Aku então partiu juntamente com Yusa, Aya e Kuji na nave de Bulma. Os quatro agora estavam numa nova viagem de seis dias rumo à Terra, onde as coisas estavam prestes a ficar muito feias...

TO BE CONTINUED...