APOCALIPSE escrita por Thaís Carolayne


Capítulo 12
Espada da Morte




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Don, Agustina e os outros observavam o artefato intrigados.

— Certo. Se é tão perigoso, vamos destruir essa coisa. - Disse Don.

— Podemos destruir um artefato? - Perguntou Catelyn.

— Não é possível destruir um artefato que esteja um espirito dentro. - Disse Agustina.

— Então vamos pegar o artefato e fugir. - Disse Catelyn.

— Esse vidro que está na frente de Glohan é um vidro mágico, feito para que o artefato nunca mais fosse usado.

— Se ele não pode ser usado, por que Wendell tem tanto interesse nisso? - Perguntou Kann.

— Eu não sei.

— Vamos continuar investigando esses caras. - Disse Don. - Genin, você pode farejar para onde eles foram?

Genin grunhiu, farejou o ar e começou a andar pela escuridão. O grupo o seguiu com Don iluminando o caminho com o brilho de sua espada.

Caminharam no amplo salão escuro, haviam vigas grossas dos lados. Algumas só os pedaços, outras inteiras. Mais adiante o caminho foi se estreitando. Chegaram em uma porta de aço enferrujada. Sua cor não era mais possível ser reconhecida. Don a empurrou com um rangido seco para que desse para Genin passar. A porta se soltou da última dobradiça que a segurava e caiu com um estalo na parede atrás dela. Agora caminhavam por um corredor largo com mais salas dos dois lados. Avistaram uma fonte de luz ao longe. Don extinguiu a luz que emanava da espada e seguiram em silêncio. Caminharam até outra porta, essa era de vai e vem. Seu estado estava melhor do que a primeira. Haviam dois buracos nas portas de onde antes estariam vidros.

Espiaram pelos buracos. Na sala a frente haviam vários maquinários emitindo uma luz esverdeada. Homens andavam de um maquinário a outro mexendo em botões e painéis luminosos. Outros anotavam em cadernetas em suas mãos.

— O que estão fazendo? - Perguntou Don.

Agustina levou o dedo na boca indicando Don a fazer silêncio.

— Eles devem estar pesquisando uma forma de quebrar o vidro de Glohan. - Sussurrou ela. - O que me surpreende é ainda existir tecnologia que funciona nos dias de hoje.

— Alguém esta ali. - Sussurrou Catelyn.

Sefiza saiu de um canto escuro. Caminhava com seu ar altivo. Atrás dela estavam os dois homens que o grupo haviam visto antes na camara anterior e também a mulher de roupas elegantes.

— Sefiza, não achamos os supostos intrusos. - Disse Quíron.

— Intrusos. Ainda não conseguiram descobrir nada? - Perguntou Sefiza sem demonstrar muita preocupação.

Um dos homens com a prancheta nas mãos se aproximou.

— Minha senhora, não encontramos nada muito certo do que poderia atravessar o vidro de Glohan, porém achamos uma teoria. Existe o poder de sugar o vitae do vidro para outro artefato. Ainda não sabemos exatamente como fazer isso.

Sefiza pareceu pensativa.

— Isso é bom. Continuem pesquisando. Sobre os intrusos, provavelmente é algum dos nossos escavadores. Vão até a vila e dê um corretivo neles.

— Sim senhora. - Disse Mima com um sorriso. Ela acenou para Quíron e Cripim e os três saíram por uma porta do outro lado da sala.

— Ah não! Vão machucar meu povo! - Tremeu Nainne.

Don sacou a espada da luz, deu um chute na porta e entrou com um estrondo.

— Chega de ficar escondido! - Gritou ele.

Todos voltaram sua atenção para ele. Sefiza não se demonstrou surpresa. Mima, Quíron e Cripim voltaram correndo.

Agustina também atravessou com um sorriso cansado.

— Acho que agora não tem mais jeito.

O restante do grupo entrou atrás deles.

Sefiza mostrou um sorriso satisfeito.

— O que ainda estão fazendo aqui? Eu mandei acabarem com os escravos. - Disse ela se dirigindo aos seus capitães. - Não vamos deixar que ninguém entre no caminho do rei Wendell.

— Chega de baboseira! - Agustina saltou pra frente caindo com as mãos no chão. Na sua frente o chão se rachou e ergueram pedras de ponta afiadas que brotavam em velocidade rápida em direção a Sefiza.

Sefiza saltou para o lado sem dificuldades. Os homens que trabalhavam no laboratório começaram a correr para fora pela porta que os capitães saíram.

Apenas com uma mão Sefiza jogou um jato de fogo em Agustina. Essa ergueu uma grande parede de pedra a defendendo.

— Agustina. Você sabia que eu estaria aqui ou foi apenas uma coincidência?

Agustina desmanchou a parede de pedra para que pudesse ver o rosto de sua inimiga. Essa mostrou seu sorriso gatuno.

— Foi uma boa coincidência. Temos assuntos pendentes. - Ela passou a mão pelos cabelos agora curtos causado pelo fogo de Sefiza. - Pessoal, voltem com Nainne para a vila. Protejam as pessoas.

— O quê? Eu vou ficar com você! - Disse Don.

— Você é o único com um artefato! Vá e proteja as pessoas! - Gritou Agustina furiosa.

Don trincou os dentes. Assoviou para Genin, que veio correndo. Don saltou para a garupa dele e correram em direção a outra porta. Sefiza fez mensão em ataca-lo, mas Agustina a fechou em uma cápsula de pedra. Kann, Catelyn e Nainne aproveitaram a oportunidade e também correram pra fora.

 

Kann corria ao lado de Nainne.

— Nainne, esta ruína esta cheia de artefatos, certo?

— Sim.

— Nos leve até alguns. Eu não posso ajudar só com as minhas espadas.

Nainne acenou pra ele.

 

Sefiza explodiu a cápsula de terra com as suas chamas.

— Muito bem em deixar os outros fugirem. Porém eles não são páreos para os meus homens.

— Não é legal subestimar meus amigos assim, Chama Ardente. Você pode se decepcionar. Me diga, Sefiza. Por que ainda serve a Wendell? Ele e os outros acabaram com as nossas vidas.

— Não Agustina. A minha vida se tornou muito melhor depois disso. Ficou melhor também depois do fim do mundo.

— Você não passa de uma ferramenta aos olhos dele!

 

Longe dali, na entrada da floresta chegava um homem altivo, com vestes elegantes e uma longa espada prateada na cintura.

— Meu senhor. Esta floresta está cheia de homens do rei Wendell. Entrar ai pode não ser uma boa ideia. - Disse um homem raquítico.

— Isso não me importa. - Disse o homem com sua voz grave. - Apenas me guie através dela. Irei punir aqueles que sequestraram a minha irmã.

 

 

Três sombras se aproximavam do meio da floresta para a vila onde estavam acampados os escravos de rei Wendell. Uma fera gigante vinha atrás deles com seus passos imponentes. Alguns cidadãos os viram se aproximar, e tremiam de medo de suas simples presença.

— Vocês, ingratos. Traíram a confiança da senhora Sefiza. Teremos que puni-los agora. - Disse Mima chamando a atenção de todas as pessoas presentes.

— Vamos acabar logo com isso. - Disse Quíron impaciente.

O senhor que antes tinha recebido Don e seu grupo correu a frente e se jogou, ajoelhando e colocando a testa no chão.

— Por favor, meus senhores! Nos poupe! Prometemos nos esforçar ainda mais em nome do rei Wendell!

Quíron o olhou com desgosto e chutou o velho para longe dele. As pessoas exclamaram chocadas, mas sem coragem de tomar uma atitude. Quíron tirou um martelo que estava preso nas suas costas, o martelo tinha o comprimento de seu braço, com a cabeça um grande peso de metal com alguns adornos entalhados e se preparava para acertar o pobre velho quando Don apareceu correndo nas costas de Genin, saltou de seu animal e desferiu a espada em direção a ele. Quíron desviou saltando para trás. Don se pôs na frente do senhor empunhando Ershin com determinação. Outro homem veio e ajudou o velho a se levantar e se afastar dali.

— Então vocês realmente vieram. Foi a pior escolha que poderiam ter tido. - Disse Quíron.

— Eu tive que deixar a mulher que eu amo para trás. Então vamos acabar logo com isso. - Rosnou Don.

Quíron riu.

— Se você deixou com a senhora Sefiza não há esperanças pra ela.

Don sorriu confiante.

— Agustina já a derrotou uma vez. Derrotará mais uma. - Don se virou para os escravos. - Saiam daqui enquanto podem. A briga aqui vai ficar feia.

As pessoas não hesitaram em seguir as ordens de Don e logo se puseram a correr para longe.

— Não os deixem escapar, Madorn! - Ordenou Mima para o leão branco que rugiu e saltou em direção as pessoas. Genin o cercou abocanhando a juba do leão. Os dois animais trocaram mordidas e patadas violentas.

Com muita velocidade Don correu em direção a Cripim e desferiu um golpe de espada. Cripim saltou para trás, mesmo assim a lâmina pegou de raspão em sua barriga fazendo um longo risco de sangue na horizontal. Girando sobre os próprios pés Don desferiu mais um golpe com Ershin, uma rajada de luz se projetou da lâmina e voou em direção a Quíron. Este ergueu seu martelo na hora e a luz se dissipou diante do inimigo.

— Você é violento. Como se chama?

— Don.

— Don. Eu sou Quíron, capitão do quarto batalhão do reino de Wendell. É uma pena, mas não pode me vencer facilmente.

Don girou rapidamente mandandou uma onda de luz mais violenta que a interior. Essa voou na direção de Quíron e Cripim ao mesmo tempo. Quíron mais uma vez se defendeu com o seu misterioso martelo, enquanto Cripim se jogou no chão para não ser atingido.

— Você não recebeu educação dos seus pais? Eu estava conversando! - Disse Quíron irritado.

— Não me interessa quem é você, ou a quem você serve. Eu só quero arrebentar a sua cara. - Disse Don furioso.

Quíron sentiu a fúria lhe subir a cabeça diante do garoto loiro que se sentia confiante demais.

— Cripim, Mima, deixem esse fedelho comigo. Eu vou mostrar pra ele como ter bons modos.

Cripim e Mima concordaram.

Quíron de longe balançou seu martelo com força, Don não viu nada, mas de repente uma força invisivel o pegou o jogando com força para trás. Ele caiu no chão com um baque com dor no peito da pancada anterior.

— O meu artefato controla ondas sonoras. São inaudíveis aos ouvidos humanos, mas com força esmagadora. - Disse Quíron se sentindo orgulhoso.

Quíron atacou mais uma vez, Don desviou atacando em seguida. Os ataques se anularam.

— Você não vai conseguir me atingir. - Disse Quíron. Ele atacou, acertando Don. Don sentiu seu corpo vibrar e cada molécula pareceu doer. Quíron se preparou para o ataque mais uma vez. Don levou a mão as costas e puxou Apocalipse. A espada longa e de lâmina negra relusiu de forma macabra. Quíron balançou seu martelo, Don colocou Apocalipse na frente e os golpes de Quíron desapareceram no ar. Quíron se afastou assustado.

— O que é isso?

Don girou a espada e atacou. Acertou o martelo de Quíron que o usou para se defender. Em segundos o martelo de Quíron enegreceu e se desfez em pó. Ele encarou Don assustado. Don o atacou novamente, Quíron se jogou para trás erguendo os braços na frente do rosto. A ponta de Apocalipse raspou seu braço e fez um talho em sua pele. Quíron se afastou com dor no braço. Do lugar da ferida vergões pretos começaram se estender e se espalharam por todo o corpo de Quíron muito rápido. O homem caiu morto em questão de segundos.

Mima e Cripim ficaram petrificados. Don também não sabia de todo o poder que Apocalipse tinha. A espada tinha sugado tanto a energia de Don que ele se sentia cansado. Soltou a espada no chão temendo a mesma.

Genin finalmente dera a mordida final em Madorn e o leão branco caiu morto.

Mima e Cripim apavorados fugiram de Don voltando pelo caminho que vieram. Don estava tão chocado que nem se importou dos inimigos irem embora.

 

Mima e Cripim voltavam para as ruínas quando pararam ao se encontrarem com Kann, Catelyn e Nainne.

— Vocês! - Disse Mima furiosa e chorando. - Por causa de vocês meu Madorn está morto!

— Mima, vamos embora. E se eles forem poderosos igual aquele cara? - Disse Cripim pegando no braço dela.

Mima puxou o braço com força.

— Não! Vocês vão pagar pelo que fizeram!

— Podem vir! - Kann sacou suas espadas gêmeas e as girou com habilidade nas mãos.

Mima moveu as mãos e as árvores ao redor de Kann e os outros começaram a se mover. Elas atacaram com seus galhos. Kann com agilidade cortou todas que vinham em sua direção. Com muita velocidade Kann diminuiu a distância dele com Mima e a golpeou. Mima saltou pra trás no último minuto.

Cripim ainda assustado com o que vira mais cedo contornou a luta e fugiu dali.

Mima irritada ergueu os braços. As árvores responderam agitadas, raízes brotaram do chão como serpentes em fúria. Nainne se escondeu atrás de Catelyn assustada.


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Notas finais do capítulo

- Eu revisei, mas caso haja algum erro, me avisem.
— Espero que tenham gostado. Comentem.
— Me sigam no instagram: https://www.instagram.com/th_carolayne/



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