(Por Federico)

Acordei bem dolorido, então abri os olhos e vi a Ludmila dormindo parecendo um anjo, então dei um blecaute e lembrei de tudo que aconteceu. E fiquei triste no mesmo momento, ela estava triste, fazendo tudo errado e eu tinha culpa nisso tudo. Levantei, tomei banho, tomei café e esperei ela acordar, confesso que de vez em quando eu ia vê-la dormindo no quarto. Enquanto isso liguei para a mãe dela e expliquei que ela estava na minha casa e que não tinha nada com que se preocupar, mas acho que isso a deixou mais preocupada mas não importa eu queria conversar com a Ludmila, queria saber tudo o que passava na cabeça dela para fazer aquela loucura. Quase duas horas depois a escuto barulhos no andar de cima, sabia que era ela, então eu subi abri a porta e a vi em pé, meio confusa, então eu disse:

– Ludmila depois quero falar com você.

– Pera aí, o que eu tô fazendo aqui?

– É sobre isso que eu quero falar com você. Vou te levar para casa, se troca, faz tudo e depois volta pra cá por favor.

– E por que você quer conversar comigo, não acha que já sofremos demais?

– Não é bem sobre isso que eu quero conversar. Mas se você não quiser...

– tá bom, você me leva pra casa, não quero ficar andando na rua de pijama.

Nossa, como ela tava emburrada né! Bom, a levei pra casa, entrei para conversar com a mãe dela. a Ludmila subiu e eu aproveitei para falar com a mãe dela.

– Dona Priscila, eu queria muito conversar com você.

– Fala.- Continuava seca comigo, mas tudo bem.

– Não sei se deveria te contar, mas é pro bem dela. Eu não sei se você tá sabendo mas a Ludmila tá bebendo.

–Que?- Disse ela assustada.- Como assim, a Ludmila não bebe!

Ela ficou pálida, imagina quando eu dizer que a Ludmila tá se drogando!

– É, ela bebe, no baile da escola, ela saiu pra comprar bebida. E tem mais ma coisa... A Ludmila tá.... tá se drogando.

( Por Ludmila)

Terminei de me trocar e de fazer minhas coisas e desci, quando eu fechei a porta do quarto escutei o Federico contando tudo para minha mãe, então eu desci correndo e disse:

– Federico!

Minha mãe veio até mim e me perguntou:

– É verdade isso filha?

Fiz que sim com a cabeça, minha mãe quase teve um piripaque, ela ficou triste mais, mas a braveza dela foi maior começou a me dar uma bronca, eu chorava e quando ela terminou olhei para o Federico, que estava com uma cara bem triste, e disse:

– Você não podia ter feito isso comigo Federico!

E saí chorando, ele veio atrás de mim e me puxou pelo braço, fazendo com que eu ficasse bem pertinho dele, então ele me disse:

– Ludmila eu fiz isso pro seu bem.

– Não fez não! Você me odeia, duvido que foi meu pai que te disse pra gente não ficar junto! Eu te odeio!

Eu tentei me soltar mas ele não me largava.

– Ludmila eu te amo, e por isso contei pra ela, por que acho que podemos te ajudar, eu quero te ajudar só isso Ludmila!

– Eu não preciso de ajuda, muito menos da sua!

– Não fala assim.

– Por favor Federico, me deixa!

– Então olha nos meus olhos e diz que não quer me ver nunca mais e que me odeia!

Eu fiquei olhando para ele, mas não dizia nada. Então eu o beijei. O que? Eu o beijei?

...