(Por Federico)

Ela me empurrou e disse:

– Por que você me beijou?

– Eu? Você que me beijou Ludmila!

– Mas você também me beijou!

– Claro!

– Como assim claro?

– Você sabe que eu gosto de você.

Ela ficou me olhando, sem saber o que falar, então eu decidi tapar o buraco.

– Ok, posso pelo menos conversar com você.- Ela ficou um pouco pensativa e disse:

– Tá bom, mas só tô aceitando porque não quero ter que escutar minha mãe.

Eu sorri e a levei pra minha casa. Chegando lá nos sentamos e eu comecei:

– Ok. Você se lembra do que aconteceu ontem a noite?- Ela fez que não com a cabeça, então eu respirei fundo e contei tudo, quando terminei ela me disse:

– A tá. Agora sim tô entendendo porque eu acordei na sua casa.

– Então, eu queria saber se você começou a beber e a se drogar por minha causa.- Ela ficou um tempo calada olhando para baixo. Então ela disse:

– Sim, eu falava a todos que estava tudo bem, mas por dentro eu não estava aguentando.

– Ai Ludmila! Você ficou louca! Nada é motivo pra isso, olha o que você fez com você, comigo, com a sua mãe! Sabe quem mandou eu te ajudar? Seu pai, ele sabia que eu era a única maneira de fazer você parar com isso.

– Não tá ajudando.- Ela disse com voz de choro.

– Desculpa, desculpa. É você não sabe o quanto isso é preocupante pra mim, e eu me sinto muito culpado por isso.

– Eu sei que nada é motivo, que não tem desculpa. Eu estava muito triste.- Ela começou a chorar.- Me desculpa Federico! Eu não te odeio, muito pelo contrario, eu te amo.

Eu a abracei e disse:

– Eu também te amo.

– Eu juro que não vou nem tocar mais naquilo. Eu vou fazer o impossível para que isso não aconteça mais.

– E eu vou estar te ajudando.

– Bom, agora eu tenho que enfrentar minha mãe.

– Quer que eu vou com você?

– Não precisa. Eu vou ter que fazer isso sozinha.

– Boa sorte.

(Por Ludmila)

Nos beijamos e eu fui.

...