A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 26
Comparações, sonho e uma composição difícil com um imbecil!


Notas iniciais do capítulo

ANTES DE COMEÇAR A LER RELEIAM A HISTÓRIA DESDE O COMEÇO PARA QUEM NÃO VIU O ÚLTIMO RECADO... SORRY :)



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POV Vicente

Mais um mes já está se passando, e daqui a alguns meses o ano termina. E junto com ele, muita coisa já aconteceu na minha vida.
Nesse mes que começou e já está acabando, eu consegui perceber que os meus amigos e eu estamos mais unidos do que nunca. Também percebi que Valentina não é aquela garota nerd que sempre era ridicularizada; Que o Pablo apesar de ser gay, é um bom amigo. Que muita coisa mudou nesse internato depois da chegada dela...
Depois que a Julia chegou, uma guerra contraditória aconteceu: Ao mesmo tempo que ela virou a escola de cabeça para baixo, ela também ajudou bastante a todos perceberem o que estava diante da gente. Que não é por causa da classe social, da cor da pele, da opção sexual ou até mesmo se é nerd ou não, que qualquer pessoa pode se tornar algo em nossas vidas. Que apesar das diferenças, todos somos iguais...
Mas ela também me ajudou a perceber uma coisa: Que eu não posso fugir do meu passado. Que ela é a Isabela são tão parecidas na personalidade. Isabela era uma tigresa por assim dizendo. Era forte, linda, determinada mas... mas não merecia meu amor. Isabela ao mesmo tempo que era tudo isso, poderia ser muito má quando queria e eu só pudi perceber isso quando ela me destruiu. Fez meu coração em pedaços.
E quando a Julia chegou, eu logo soube que teria que manter distancia dela se não quisesse ser destruido novamente. Ela é muito parecida com a Isabela, mas eu não sei se ela é tão má quanto a outra.
E deitado aqui, na minha cama confortável do meu quarto aqui no internato, olhando para o teto com as mãos cruzadas em cima do peito, posso notar diferenças entre as duas:
A Juli é super engraçada, diferente da Isabela que quase nunca ria. E a Juli também é agressiva metida á valentona, o que a Isabela nunca foi- pelo menos não comigo.
E o sorriso das duas são completamente diferentes, Isabela sempre quando sorria não era um verdadeiro sorriso. Mas quando a Juli sorrir, ela alegra as pessoas á sua volta.
E outra, Isabela tinha tudo o que queria. Roupas, dinheiro, pais que se preocupavam com ela. Já a Julia não, ela nunca teve mãe e dá para perceber que o pai nunca a trata bem. Deve ser por isso que aquela baixinha é tão amargurada com a vida...
Mas como posso eu comparar as duas quando... quando nem eu mesmo sei o motivo.?

Me levanto da cama rápido e visto a primeira camisa que encontro. Já é noite aqui e todos estão em seus dormitórios. Mas eu preciso falar com a baixinha rockeira logo. Bem, não sei o que vou dizer, mas sinto uma necessidade de ver ela, ou pelo menos que ela grite comigo oue bata. Ironico não? Eu sei que sim.
Saio de pontinha do pé do quarto e vou pelo corredor escuro. Desço as escadas e subo outra para o outro lado. Onde fica os dormitórios das meninas. Já fiz isso muitas vezes né? Principlamente quando queria falar com a minha irmã e prima... Ou voces pensaram em algo diferente?
Com passos rápidos e silenciosos vou passando pelos quartos e passo pelo de Melissa.
Melissa... Outra preocupação para mim! Como todos sabem, já namoramos, e não deu certo. Agora somos amigos, mas o que me cnfundiu foi que na semana passada ela veio falar comigo me convidando para sair. E eu aceitei. Fomos no cinema, conversamos e eu percebi que ela queria me beijar. Mas rapidamente mudei de assunto, não que eu não gostasse dela, mas que eu não QUERIA começar tudo de novo com ela e saber que iriamos terminar novamente.
Abandono esses pensamentos quando paro em frente ao quarto certo. Pego a chave no meu bolso e destranco a porta sem fazer ruido algum. Como eu tenho a chave? Simples, desde quando eu, Bler e Laura entramos para o internato que eu fiz uma cópia das chaves delas. É mais seguro para elas, vai que entra algum tarado no quarto da minha irmã e quer abusar dela? E também eu fico de olho nos namoradinhos dela. E não, isso não é ciume de irmão, só estou protegendo a honra da minha irmã e prima. Algum problema?

Abro a porta lentamente e entro no quarto fechando a porta atrás de mim. Dou uma olhada pelo quarto e vejo Bler dormindo, Laura dormindo, Pablo dormindo... Perai, o Pablo dorme aqui? Mas que filho da mãe! Vai que ele engana todo mundo dizendo que é gay assumido, mas na verdade quer se aproveitar?
Tá, voltando aqui, Pablo tambem dormia, e Juli...
Caminho até a cama da Julia que era perto da janela e fico a observá- la. A nanica dormia como uma anjinha enroscada no edredom azul escuro dela. Seus cabelos loiros lhe tampavam o rosto e sem pensar eu coloquei minha mão em seu rosto lhe tirando os fios de cabelo. Ela se remexeu um pouco e resmungou algo sem sentindo.
Fiquei mais uma vez a olhar e desejava muito que ela abrisse os olhos para eu ver o azul marinho no escuro. Mas nada aconteceu.
Nada aconteceu até que eu sem saber o que fazia, me agachei ao lado da cama dela e lhe plantei um beijo no topo da cabeça. Sentir o cheiro do seu cabelo era reconfortante, ela cheirava á morango.
Sorri com a inquietude dela e seus resmungos desconexos. Me levantei e antes de sair do seu quarto disse:

_ Boa noite Garota Problema- e me virei sorrindo. Mas antes de deixar o quarto, pude ouvir seu resmungar:

_ Boa noite seu idiota- e sorri mais abrindo a porta e me dei passagem para sair dali.

Já no corredor respirei fundo. Isso foi estranho. Por que eu fiz aquilo? E por que estou com um sorriso besta? E por que EU gostei daquilo?
Ok Vicente é melhor voce dormir porque deve ser só loucura mesmo.
E comecei a caminhar para voltar ao meu quarto, só que percebi uma coisa engraçada: Fui até o quarto dela para falar com ela, mas no final, ela nem vai lembrar que eu estive lá... Assim espero.

POV Juli.

Quando acordei já eram oito horas em ponto. Depois que a sonolencia passou, me dei conta que estava atrasadíssima para as aulas. E não só eu, porque assim que me levantei para ir ao banheiro com toda a minha calma, juro por Deus, como ouvi o grito histérico da Bler atrás de mim:

_ ACORDA LAURA! ACORDA MISÉRIA!_ gritava ela puxando o cobertor de Laura que a chutou no rosto.

_ Ai. Ai meu Deus do céu! Juro como te chutei sem querer Bler, ai desculpa prima!_ dizia Laura enquanto socorria a prima no chão.
Eu olhava aquilo como se fosse a coisa mais esquisita e hilariante que já vi.

_ Tá. Tá, tudo bem_ Bler se levanta e parece recobrar a memória_ AH MEU JESUS! Vamos logo Laura que o sinal já bateu!_ ela completa e sai correndo para o banheiro passando na minha frente.

_ Laura voce..._ eu ia dizendo, mas parei quando a ruiva saiu do banheiro cinco segundos depois se vestindo, se calçando, escovando os dentes e saindo porta á fora do quarto.... Esquisito? Muito. Mas como eu também já fiz isso só dei de ombros e me virei para a outra.

_ Vou sim Juli. Agora dá licença por favor!- disse ela passando por mim e indo para o banheiro...

Bonito não? Eu acordo primeiro para me preparar e as duas malucas se arrumam na minha frente!.
Só faltava agora o Pablo, e por falar nele... Cade a bicha que eu não to vendo?
Depois de sete segundos, vejo Laura passando igual um furacão pelo quarto e logo em seguida se despedindo e saindo... Ok. Eu já disse que acho a familia da Bler estranha? Se não disse, to dizendo agora.

Rumo para o banheiro e me preparo. Lavo meu cabelo e me lembro de um sonho que tive ontem á noite. Mas pareceu tão real para ser só um sonho.
Foi o seguinte: Eu sonhei que estava dormindo e que o Vicente, sim o VICENTE entrava no meu quarto e ficava me olhando. Beijava meu cabelo e me desejava boa noite... E eu tenho a certeza que eu respondia.
Confuso né? Mas como a minha vida é sempre confusa, nem me importo mais.
Desligo o chuveiro e saio me secando. Visto o uniforme, e quer saber? Eu já até me acostumei com ele. Só foi dar uma personalizada ali, outra aqui e ficou ótimo!
Depois que já estou pronta, vejo que já são oito e trinta e cinco... Ótimo. Já perdi o primeiro tempo de aula, o que quer dizer que só vou no segundo então...

Saio do quarto e começo a caminhar sem rumo pelo internato, mas tomando cuidado para que ninguém me veja e me mande para a ''classe'' que mais parece o filme Madagascar.
Estou sem nenhum lugar para ir... pensa Juli, pensa. Já sei! Claro, o porão.
O pessoal disse que eu era bem vinda ali, e que poderia ir sempre, com tanto que não fosse seguida.
Vou correndo até o porão e passo pelas criancinhas ali que estavam no recreio e avisto Francisco correndo. Assim que ele me ver, sorri amarelo e inocente. Ponho a mão na cintura e faço um sinal para ele do tipo que quer dizer '' Estou de olho em voce seu moleque'' e continuo correndo.

Quando chego no porão, desco as escadinhas que tinha ali e abro as grandes portas de madeira entrando.
O lugar estava organizado e como da última vez que eu vim aqui. Olho ao redor e vou me sentar no sofá branco.
Na verdade, me deitei mas não importa. Fico fitando o teto sem ter nada para fazer.
Rever a minha vida não é um bom passatempo; Dormir não, eu acabei de acordar; bagunçar tudo aqui com certeza não; Ligar para a Fátima não porque ela já voltou para o Canadá e deve estar ocupada acatando as ordens do meu pai. Então, o que eu faço?
Viro a cabeça de lado e vejo no canto um violão. É, isso pode me destrair um pouco quem sabe.
Levanto e vou pegar o violão. Volto a me sentar e suspiro, faz tanto tempo que não toco nada que acho que já enferrujei.
Ajeito o instumento no meu colo e deixo meus dedos deslizarem pelas cordas enquanto mantenho os olhos fechados e toco uma melodia bem conhecida para mim... Deve fazer uns dez anos que eu não ouço a melodia, mas agora eu estou ouvindo.

Depois de um tempo tocando, quando acabo, ouço um som de palmas batendo e rapidamente me viro. Avistando a figura de Vicente ali na entrada com as mãos no bolso e um amplo sorriso sincero.
Paro de tocar e fico o encarando séria até que ele resolve se mexer e sair da soleira da porta. Vicente vem andando e para a minha frente, olhando primeiro para o violão.

_ Não sabia que tocava_ ele disse agora me fitando.

_ Não tinha porque saber mesmo_ retruco encolhendo os ombros e ele dá uma risadinha.

_ Ok senhorita ironia..._ ele se senta ao meu lado e tira o violão da minha mão_ Mas o que eu quero saber é: Porque está aqui e por que tá com o MEU violão?

Abro a boca para responder mas volto a fechá- la. Até tenho resposta para a primeira pergunta, mas para a segunda não. Quer dizer, até tenho porque não sabia que o violão pertencia á ele, mas... mas eu não quero parecer uma idiota na frente dele.

_ Não interessa porque estou aqui, e tá legal, eu não sabia que o violão era seu. Mas e voce, o que tá fazendo AQUI já que é o senhor ''certinho''?_ pergunto e escuto a risada sarcástica de Vicente ao meu lado.

_ Definitivamente, esse apelido tá uma merda e não combina comigo. E eu te fiz a pergunta primeiro, mas como sou educado irei te responder. Simples, acordei tarde, e sim, o violão é meu_ responde ele e eu reviro os olhos.

_ Tá_ é tudo que falo e o silencio se estabelece. Mas não um silencio ruim, mas sim um silencio bom...
Me ajeito no sofá e olho de relance para o lado vendo Vicente imerso em pensamentos até que ele se vira para mim e fala de repente:

_ Voce que compos aquela melodia?_ele pergunta e eu giro com a cabeça rapidamente a fim de encará- lo.

_ Que melodia?_ por alguma razão a minha voz era apenas um sussurro. Talvez fosse por saber do assunto que viria á seguir.

_ A que voce estava tocando no violão quando eu cheguei?- ele gesticula e me olha debochado. Bufo e engulo em seco... Lá vai um assunto que a muito tempo eu não falava, me sentia mal. Mas agora, acho que posso me abrir com alguem. Mesmo que esse ''alguém'' seja o idiota do Vicente Araújo.

_ Bom, é... Humm..._ procuro pelas palavras_ Não foi eu quem compus_ digo olhando para ele e ele franze as sobrancelhas.

_ Não? Então quem?

_ Minha... minha mãe_ respondo e a seguir veio o silencio. Vicente me encarava sério e não desviou o olhar nenhum segundo sequer quando falou:

_ E como voce sabe que foi ela... Quer dizer, voce não disse que ela, hum... Voce sabe, faleceu quando voce nasceu?_ ele perguntou passando as mãos pelo cabelo, eu sorri amargurada.

_ Sim, ela morreu. Mas, eu ouvi a melodia pela primeira vez quando tinha cinco anos... Na verdade eu ouvi uma vez quando o pai da minha mãe, o meu avô ainda era vivo e tocou para mim. Nessa época eu era uma criança feliz que morava com os avós, mas não gostava muito da avó. Depois que eu ouvi o meu avô perguntei aonde ele tinha conseguido aquela canção e ele sussurrou, porque tipo, era um segredo meio que entre nós dois, ele me disse que foi a minha mãe quem tinha composto a melodia mas só faltava a letra da música... O que não chegou aconteceu porque..._ parei de contar tentando lutar contra a ardencia em meus olhos e respirei fundo. Quando olho para Vicente o mesmo me escutava atentamente e tinha um brilho no olhar.

_ Porque ela morreu antes de fazer a letra da música_ ele concluiu e eu assenti desviando o olhar e me concentrando para não deixar as lágrimas fluírem.

_ Isso ai_ respondo e me levanto_ Mas agora vamos mudar de assunto.. hum, a gente ainda precisa compor a musica para a aula de..._ sou cortada por um Vicente egocentrico que sorria abertamente para mim e colocava as mãos em minha boca me impedindo de falar.

_ Shh, fica quieta Julia. Eu tive uma... AI!_ ele grita após eu ter mordido a mão dele_ Tá maluca garota?_ ele berra olhando para a marca da mordida.

_ Nunca mais tape a minha boca- ameaço e ele revira os olhos.

_ Tá, já entendi_ suspira_ Mas o negócio é que eu tive uma ideia_ completa ele parecendo entusiasmado.

_ Que legal! Temos que registrar esse momento. Voce tendo uma ideia, iup!_ bato palmas com falsa alegria e Vicente bate o pé.

_ Vou fingir que voce não me interrompeu_ ele faz uma pausa e volta a falar_ Como ainda temos que criar a música é muito simples. Vamos fazer a letra da canção da sua mãe_ ele diz meio receoso e me olha.
Não digo nada. Não consigo dizer nada. Parece que a minha mente deu um apagão e tudo que eu consigo pensar é nada. Tudo está branco.

_ Julia..._ Vicente pronuncia meu nome e eu volto a olhá- lo. O mesmo me encarava á espera da resposta.

_ Olha Vicente, eu, eu não sei se é uma boa ideia. Acho que é a letra é uma coisa muito pessoal pra ser.. ah, não posso._ respondo virando de costas e respirando fundo.
Ora essa agora. Não vou mexer coisa nenhhuma com a canção da minha falecida mãe. Isso me machuca e parece que Vicente foi perceber isso agora:

_ Voce tem razão. Desculpa, eu não deveria ér... ah foi mal_ Vicente dizia atrás de mim e eu me viro para ele que continuava a tagarelar sem parar.

_ TÁ BOM_ o corto e ele se cala me olhando constrangido_ Eu já entendi seu idiota, não tenho retardo mental como voce. Mas... Ainda vamos ter que compor alguma coisa, então...

_ Primeiro: Eu não tenho retardo mental. Segundo: Sim, ainda vamos ter que compor algo e que tal começar agora?_ Vicente sugere e eu concordo com a cabeça.
Ele caminha até o outro lado da sala onde tinha um teclado, algumas folhas de papel, canetas, lápis, violão e guitarra. Fiquei só a encará- lo.

_ Vai ficar ai me encarando ou vai vim ajudar?_ reviro os olhos com tamanha idiotice dele e caminho até parar ao seu lado.

_ Pronto capitão_ ironizo e ele sorrir_ Por onde começamos?

_ Tá na cara que voce nunca compos nada na vida._ ele diz e eu bufo.

_ E voce já?_ rebato e Vicente encolhe os ombros.

_ Mas voltando, vamos começar por escrever a letra e depois vemos uns arranjos e melodias ok?

_ Tá legal_ e assim começamos com o nosso trabalho.

Claro que, sempre um implicando com o outro, um ironizando com o outro, com discussões, brigas, risadas, xingamentos, opiniões diferentes e eu agredindo ele.
E depois de duas horas dentro daquele porão, com um idiota metido a rockeiro me pertubando, conseguimos fazer... as duas primeiras linhas da canção. E olha que uma tivemos que apagar. Mas não tivemos culpa, quem mandou a professora colocar nós dois juntos se sabe que só dá discussão em cima de discussão.

_ Não acredito que não conseguimos nada_ digo me atirando no sofá grande e suspirando. Minha cabeça doia.

_ Só perdi o meu tempo_ o macaco do Vicente se jogou por cima de mim. Seu peso massacrando meu corpo pequeno.

_ Vicente. Sai. de.. cima. de. mim. agora._ disse devagar por falta de ar e ele somente riu e não se moveu_ AGORA!_ gritei e ele se moveu... só para fazer com que eu respirasse e ele virasse para me encarar.

_ A Juliazinha tá esmagadinha é?_ debochou aproximando seu rosto do meu... Ah meu pai. Tá muito perto menino, sai pra lá.

_ Sai de cima de mim seu animal. Vamos Vicente, sai!!_ exclamei conseguindo mover meus braços e batendo em seu peito.

_ Hum... não! Primeiro voce vai dizer que eu sou o homem mais lindo do universo... e gostoso também_ ele disse e eu ri.

_ Não

_ E por que não?- ele pergunta se aproximando ainda mais de mim e eu juro como que, se tivesse em pé tinha caido.

_ Porque... p-porque é mentira.

_ É mesmo? Porque eu acho que é o contrário_ disse ele e encostou seu piercing que tinha no canto da boca na minha bochecha. Arfei.

_ Sai daqui seu tarado!_ dei um empurrão tão forte nele que o garoto foi parar no chão. E eu me levantei.

_ Nunca MAIS! Tá ouvindo? NUNCA MAIS se aproxime assim de mim!_ gritei apontando para ele que ria se levantando.

_ Ok madame. Mas então, da próxima vez tenta não babar ou perder a fala quando eu chegar perto_ disse Vicente e eu abri a boca. Era verdade? Era. Mas não importa!

_ Ata. Para de ser convencido garoto! Tá na cara que eu nunca iria me sentir atraida por voce seu idiota. Eu te odeio!_ disse e vi um lampejo de raiva passar pelos olhos dele.

_ Fico feliz em saber_ Vicente responde_ Porque eu também nunca me sentiria atraido por uma fedelha como voce. E tem mais, eu também te odeio!.
Ele cuspiu tudo isso na minha cara e eu empinei o queixo. Ele não precisava ter falado daquele jeito, mas foi a verdade.

_ Ótimo.

_ Ótimo.

Ficamos nos encarando até que eu viro o rosto e olho para meu relógio de pulso.

_ Já vou indo... Acabamos a música outro dia_ eu disse e virei de costas saindo do porão e ouvindo Vicente suspirar...

Ele é um idiota. Por mais que em momentos ele seja fofo e amigável, ele é um idiota e nada vai mudar.
Eu pensava nisso enquanto já estava nos corredores normais do internato e ia para minha próxima aula.
O sinal do intervalo tinha tocado e tinha algumas pessoas pelo caminho. E foi em uma pessoa dessas que eu acabei esbarrando.

_ Outro cego é?_ disse enquanto recuperava o equilibrio e me surpreendi quando levantei o rosto e vi a pessoa.

_ Já é a segunda vez que voce esbarra em mim esse ano Júlia_ Marcelo disse. Marcelo, O Marcelo meu amigo?

_ Marcelo?_ sorri e ele também.

_ Eu mesmo._ respondeu abrindo os braços e largando as malas no chão_ Sentiu saudades?...


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Notas finais do capítulo

E foi isso... Gostaram? Odiaram? Ameças??
Bom, desculpem pela demora e pelos erros, não deu tempo de revisar mas depois eu concerto.

E antes que eu me esqueça, eu já tenho a história toda e completa na minha cabeça... Vai acontecer uma reviravolta!!! Estou tão entusiasmada com essa Fic! Espero que não me abandonem ( tô carente)

Comentários estão valendo e recomendações também ahahha

AMO TODAS VOCÊS XDXD ❤



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