POV JULI

– Juli, seja bem vinda a minha humilde residencia- disse Bler assim que todos saimos do carro e eu dei de cara com uma MANSÃO linda. Era branca, com um imenso jardim na frente, o lado de fora era pintado de branco e tinha portas e janelas de vidro

– Humilde, serio? Minha filha isso aqui deixa o meu apartamento no chinelo- eu disse e todos riram.

– Pois é mas agora vamos entrar cambada- disse Vicente e todos começaram a andar... mas ai eu me lembrei de uma coisa e parei no caminho.

– Ér.. Bler, seus..pais estão em casa?- perguntei coçando o braço. Oh mania!

– Estão, porque Julia?- Bler respondeu e todos me olhavam com as sobrancelhas arqueadas.

– Nada não... bom, é que eles já devem conhecer os meninos, e eu vou tipo ser uma penetra na sua casa e do seu irmão gay-não-assumido- disse e todos riram, até que Vicente notou a ultima parte envolvendo ele e parou de rir.

– Primeiro Julia: Eu não sou gay, gosto de mulher. Segundo:: Voce tá com medinho é de conhecer meus pais? Eles não mordem sabia, o que é diferente de voce mas tudo bem- falou Vicente em um tom de zombo e eu fervi de raiva.

– Vicente meu querido, primeiro vá se lascar e segundo, não estou com medo. E terceiro e ultimo vá se lascar de novo- disse e todos riram da atuação horrivel de Vicente fingir estar magoado com minhas ''belas palavras''.

– Juli, não liga pra ele não. E a tia Luciane e o tio Rodolfo são boa gente, eles nem se importam mais com esses babacas ai- Laura falou apontando para Andre, Gustavo e Tomas que acenaram com a cabeça.

– Bom se é assim, vamos entar então- disse e todos retomaram a andar. Paramos em frente a porta e Vicente a abriu.

QUE CASA MARAVILHOSA! Sério, se era bonita por fora, por dentro então era INCRIVEL! Era tudo revestido á madeira e cores claras, com quadros nas paredes, um lustre no teto, sofás, poltronas... tudo!

– UAU!- foi tudo que eu consegui dizer.

– Mamãe tem bom gosto- disse Bler sorrindo e eu concordei.

– PAI, MÃE CHEGAMOS!- gritou o desesperado do Vicente e se jogou no sofá junto com os meninos...

– Ei cambada! Voces não tem casa não?- perguntei para André, Gustavo e Tomas

– Temos, mas prefirimos a casa do Vicente... tem comida pronta toda hora- falou o esfomiado do Gustavo e recebeu uma almofada na cara de Vicente.

– hum- só disse isso e em seguida pode se ouvir o barulho de saltos altos da escada e logo depois surgiu uma mulher bem nova, ao lado de um homem bonito como a esposa.

– Meus filhos. Laura!- disse a mulher e correu para abraçar Bler, logo em seguida Vicente que se levantou.

– Mamãe, papai- disse Bler agora abraçando o pai.

– Oi meninos. Laura- cumprimentou a mãe dos gemeos o resto do povo e eu fiquei ali em pé, olhando para meus pés e brincando com os dedos... sabem quando voce se sente deslocada? Então, estou me sentindo assim porque todos conversam e parece que ninguém me notou ainda aqui.

– Ah Mãe, pai essa daqui é a Juli. Uma amiga lá do internato e a melhor amiga da Laura e Bler- Vicente deve ter notado meu desconforto e veio para o meu lado me apresentando aos seus pais.

Primeiro os dois que pareciam muito finos, me olharam serios e depois a mulher abriu um sorriso e me abraçou... fiquei sem reação e a abracei tambem... corando.

– Muito prazer julia, a Bler sempre me falou muito bem de voce pelo celular e devo ressaltar que é muito bom conhece- la. Ah e me chamo Luciane- disse Luciane e eu sorri forçadamente olhando para Bler que deu de ombros e foi se sentar num sofá.

– Olá Juli, prazer em conhece- la me chamo Rodolfo e sou o pai da minha princesinha chamada Bler, e do Vicente- disse Rodolfo apertando minha mão e sorrindo. Depois foi abraçar a mulher e olhou para Vicente.

– Hum... prazer em conhece- los senhor e senhora Araújo- disse eu sorrindo e já estava me senindo mais avontade.

– Oh por favor, nos chame somente de Luciane e Rodolfo- disse Luciane e eu assenti e me sentei em um dos sofás.

– Tudo bem... casa bonita- disse eu .

– Muito obrigada... e seus pais?- perguntou Rodolfo e tá ai um assunto que me incomoda.

– Bom, só tenho meu pai a minha mãe ela.. bem morreu quando eu nasci- disse e abaixei a cabeça porque falar do assunto doia muito, mesmo eu tentando esconder.

– Oh querida, sentimos muito, desculpe- se desculpou os dois na mesma hora e eu sorri fraco.

– Não, tudo bem... e meu pai, se chama Santiago Lacoste- disse

– O seu pai é Santiago Lacoste, o dono da empresa Lacostes, conhecido mundialmente?- pergunta Rodolfo surpreso.

– Sim, eu me mudei do Canadá para cá- disse e ele sorriu.

– Nossa, o seu pai e eue somos amigos... que ironia não? Nossos filhos serem tão amigos- disse Rodolfo e eu me segurei para não rir.

– Muita ironia- disse eu e Vicente ao mesmo tempo... ah qual é? serio isso produção?

– Sim, sim... mas Juli tenho que dizer que voce é muito bonita e voce e meu filho fazem um belo casal- disse dona Luciane e todos da sala explodiram em gargalhadas... claro que menos eu e Vicente.

– NÓS NÃO NAMORAMOS!- berramos os dois juntos novamente e nos encaramos ao mesmo tempo... ele estava vermelho, e acho que eu não poderia estar pior tambem.

– Já tão até falando juntos- disse André e eu me segurei para não falar uma besteira

– Luciane nós não namoramos... e nunca iremos namorar- disse rapidamente me virando para Luciane a mesma sorriu fraco.

– Bom, que pena pois ficam lindos juntos... Mas filho não perca a oportunidade- disse Rodolfo piscando um olho para Vicente que colocou as mãos na cara igualmente a mim... Que vergonha Deus!!!

– Ok pai, ok- respondeu ele e todos riram.

– Bom, mas agora nós iremos sair crianças e se comportem. Vamos sair de viajem e só voltamos segunda... mas nada de festas VICENTE! E não coloquem fogo na casa- disse Rodolfo e se despediu de todos.

– Affs ta bom pai... e quanto ao fogo, acho que tem que avisar a Juli- respondeu o filha da Luciane do Vicente... será que ele sabia do meu historico com fogo?

– Julil, cuide deles pra mim porque voce é a mais sensata... e gostei de voce- Luciane me beijou a bochecha e saiu porta a fora com o marido.

– MAIS SENSATA?- todos da sala falaram ao mesmo tempo e eu dei de ombros me jogando no sofá e caindo em cima de André e Bler.

– Voces ouviram, não posso fazer nada se ela pensa assim- disse e todos assentiram... e ficou aquele climão na sala.

– ér Julia, porque não nos contou que sua mãe morreu...?- Perguntou Laura e eu fechei os olhos jogando a cabeça para tras.

– Porque não achei que fosse importante, já se passaram dezesseis anos desde... voces sabem, podemos mudar de assunto?- disse. Aquele assunto me fazia muito mal.

– Eu to com fome, quero comer alguma coisa- disse ''Gustavo, o Esfomeado'''

– Então vamos fazer um lanche, bora- disse Bler e todos levantaram e a seguiram até um outro comodo.

Eu fiquei ali sentada no sofá pensando... com a mente longe e senti o lado do sofá onde eu estava afundar com o peso de alguem.

– Voce não gosta de falar sobre sua mãe né?. Sinto muito- perguntou Vicente em voz baixa mas eu pude ouvir.

– Não, não gosto. E se voce sabe, não pergunte por favor- disse rude e ouvi ele suspirar, depois se instalou um silencio.


– Só minha mãe mesmo para pensar que eu te namoraria- Vicente quebrou o silencio rindo e eu me virei para ele cruzando os braços.

– AHAHA meu querido, só ela mesmo para pensar que EU namoraria VOCE- apontei para ele e o mesmo colocou o dedo na minha cabeça.

– Voce que queria baixinha, namorar um cara tão lindo, maravilhoso e sensual como eu- disse ele piscando o olho e eu revirei os meus.

– Claro eu adoraria, porque eu amo voce secretamente. ah e se esqueceu de convencido- disse eu.

– Eu sei que voce me ama Julia, eu sei- disse o idiota do Vicente no meu ouvido me fazendo me arrepiar e ele rir.

– Ah Vicente, vá se lascar por favor- disse eu.

– A educação tá com saudades- respondeu ele fazendo gestos com as mãos.

– Eu sei amore, não uso ela á muito tempo- disse apertando suas bochechas e me levantei do sofá.

– Onde voce vai?- perguntou ele.

– Vou pra cozinha ué... agora vem e me mostra onde que é se não eu me perco- disse espiando entre os corredores.

– Hum deixa eu pensar... NÃO. Acha voce sozinha- disse ele se deitando todo espalhado no sofá e ligando a TV.

– É isso mesmo que eu estou ouvindo Vicente Araujo, voce não quer mostrar onde fica a cozinha para uma visita morrer de fome?- perguntei no meu tom de inocencia.

– Yeahs baby- disse ele se virando para o outro lado e eu o mandei o dedo do meio e sai dali.

Eu não preciso dele para nada, não preciso! Eu vou achar a cozinha sozinha e esfregar a cara do Vicente nela...

Então, sobre aquele lindo pensamento de achar a cozinha sozinha e esfregar a cara de Vicente nela, eu estava muito errada... digamos que eu esteja meio perdida- Não eu estou, MUITO perdida- Entrei em um corredor, sai em outro, andei mais um pouco e fui parar em uma mini academia- Não disse que aqui era chique?- Desci uma escada, fui parar em outro corredor... andei mais um pouco e decidi desistir, se eu andar mais só vou piorar minha situação.

– Me ajuda Deus, me ajuda a achar a porcaria dessa cozinha logo, para esfregar a cara do gay do vicente- levantei as mãos para o alto e me sentei no chão com as costas virada para a parede...
Agora eu me encontrava em um corredor vazio e com a cabeça entre as pernas tentando controlar a respiração alterada devido a caminhada.

Mas porque eu sou tão orgulhosa? Porque se não fosse, estaria agora na cozinha com os retardados comendo alguma coisa boa. Apesar que eu estou com uma fome tão grande que comeria até um tubarão ( Mas acho que seria mais fácil o tubarão me devorar primeiro não? Não importa!)

Decidi parar com o meu diálogo idiota mental e levantei a cabeça olhando em volta, e achei uma grande porta no fim do corredor dourada...?

Curiosa me levantei e fui andando até lá... Parei em frente a porta e tentei rodar a maçaneta mas a mesma não abria.. Serio que a porta tinha que está trancada?
Já sei, vou fazer igual aqueles filmes de Televisão, onde sempre se encontra a chave em baixo dos tapetes...

Mas o problema é que aqui debaixo da porta NÃO tem um tapete!... Já sei, deve estar em cima da porta, e olha que aqui tem tipo alguma coisa que eu não sei o nome em cima da porta que dá para guardar uma chave...

Como não dava para ver se tinha a chave lá em cima, me afastei um pouco da porta e bingo! Tinha uma chave prateada lá em cima... Corri novamente até a porta e graças a minha maravilhosa altura, não conseguia alcançar a bendita chave...

Estiquei os braços, fiquei nas pontas dos pés, pulei, tomei impulso e pulei de novo... Mas não conseguia nem sequer bater com a mão na chave... Bufei e parei para respirar um pouco.

– AHAHAH Sério isso anã de circo?- Pulei ao ouvir a voz do mané do Vicente que se contorcia de tanto rir da minha situação anterior.

– Idiota, porque não me avisou que estava ai?- disse cerrando os punhos.

– Calma moça, é que estava engraçado ver voce baixinha, tentando alcançar lá em cima- riu e parou ao ver minha cara de assassina- Tá bom, mas essa porta voce não pode entrar- disse ele e eu cruzei os braços.

– Primeiro: Eu só estava curiosa, segundo porque não, é o seu quarto Vicentito?- ri do apelido que eu dei.

– Olha, não gostei do apelido e não, não é o meu quarto Jubileia- disse ele e eu o mandei o dedo do meio.

– Se não é o seu quarto, o que é então?- perguntei.

– Nada da sua conta- disse ele grosso e eu revirei os olhos.

– Ai que grosso- disse e minha maravilhosa barriga roncou

– Tá com fome Julinha?- Vicente disse com um sorriso de lado.

– Não é da sua conta, mas to sim- respondi fechando a cara.

– Já vi que não achou a cozinha... mas vamos comigo que eu te mostro, já que voce não achou.- disse ele zombando de mim.

– Não achei, e não vou a lugar nenhum com voce- me virei as costas e minha barriga roncou de novo.

– Ah para de orgulho Julia, vamos lá- disse ele e eu não o respondi começando a andar entre os corredores- Tá bom então, vai ser do jeito dificil- disse ele e eu me senti ser pegada no colo.

– ME SOLTA GAROTO! ME COLOCA NO CHÃO AGORA SEU VIADO INFELIZ!- eu gritei batendo nas costas de Vicente que me carregava no estilo ''saco de batata'' nas costas.

– Quieta e seja uma boa menina que eu também estou com fome- disse ele e eu comecei a arranha- lo... mas o imbecil só ria.

– Eu juro que quando sair daqui vou te matar Vicente!- disse.

– Faça o que voce quiser, mas primeiro vamos comer- disse ele assim que chegamos a cozinha... serio que eu troquei as direções? Era tão fácil.

– ME põe no chão agora VICENTE!- berrei assim que entramos na cozinha e todos que estavam rindo se calaram e nos olharam.

– Prontinho rockeirinha- disse ele me soltando e eu ajeitei minha roupa e meu cabelo.

– O casal sensação, vão almoçar não, o rango tá bom- disse Gustavo rindo

– Casal sensação é teu rabo, e fala isso mais uma vez que voce vai ver onde eu vou enfiar esse estrogonofe- disse apontando para Gustavo que se escondeu atrás da cadeira.

– Eu nem pergunto o que aconteceu- disse Bler rindo com Laura.

– Nada não, só a Miss '' Eu acho a cozinha sem voce'' que se perdeu pela casa e não queria vim comigo- Vicente deu de ombros se sentando a mesa junto com os outros.

– Ahhah, é melhor voce calar a boca- disse e ele fez um zíper imaginário com a mão.

– Juli, pode se sentar e ataquem- avisou Laura pondo travessas de comida a mesa e na mesma hora me sentei ao lado de Bler e comecei a comer junto com o povo esfomiado ( como se eu não fosse uma)

– Hum... tá uma delicia meninas- disse André.

– Mubo bom- disse Gustavo com a boca cheia e recebeu um tapa na nuca de Laura.

– Arrasaram- disse Tomas

– Tá show de bola priminha e maninha- elogiou Vicente provando.

– Olha, a muito tempo eu não como comida tão boa... alias eu nem sei cozinhar muito bem- disse elogiando a comida de Bler e Laura.

– Obrigada gente- respondeu Bler.

– A gente faz o que pode- respondeu Laura e comecei a rir de uma coisa que me lembrei.

– Do que tá rindo Juli?- perguntou Tomás.

– é... que eu não sei... como ...o Vicente... adivinhou... que... eu já... pus fofo... na cozinha- disse em meio uma crise de risos e todos me olharam os olhos esbugalhados.

Voce já pos FOGO NA COZINHA?- Perguntou Gustavo- se engasgando com a comida e recendo tapas nas costas de Tomas.

– Sim... na minha antiga casa, mas foi sem querer, eu estava cozinhando e estava com o fósforo na mão. Mas ai apareceu o gato da vizinha me assustando e eu deixei cair o fósforo no pano de prato e assim começou o fogo- disse bebendo um copo de água

– Uau, agora eu sei que voce definitivamente é louca- respondeu Vicente e eu sorri para ele.

– Pode crer meu bom homem- respondi e todos riram e ficou em silencio... Mas eu quero agitação!!.

– Ei Laura, não sabia que voce e o Tomas namoravam, formam um belo casal. Só não sei como ele te aguenta, mas fico feliz pelos dois- brinquei e todos comecaram a rir.

– QUE?- Laura gritou e se engasgou com o copo de suco que estava tomando e acabou cuspindo... EM MIM que estava ao lado dela!

– Ai garota, não precisava disso, era brincadeira- disse enquanto tentava limpar a minha roupa toda suja agora de suco de sei lá o que nela.

– D-d-desculpa J-juli, voce me assustou.. p-porque e-eu e o T-Tomas n-não namoramos- respondeu Laura gaguejando e corando.

– Hum sei... mas agora quero me limpar- disse me levantando e olhando para Tomas que estava igual um camarão.

– Vai lá fora pro quintal, lá tem uma torneira e mangueira... desculpa mas os encanamentos da casa estão quebrados- disse Bler se levantando e me mostrando a direção.

– Não precisa vim comigo, vou sozinha fica e termina de almoçar... e ajuda a Laura com a gagueira dela- disse rindo e Bler me acompanhou e eu sai da cozinha e cheguei ao quintal..

Uau! O quintal atrás da casa era lindo! Era todo em gramado, tinha um balanço no final, varias plantas, uma piscina grande ao lado, e avistei uma torneira com a mangueira.

Andei até lá e desenrolei a mangueira e liguei a torneira... mas na ponta final da mangueira notei que a agua não saia , e então girei a torneira até o ultimo... Ainda não saia!
Cocei a nuca e fui até a mangueira, a peguei e não saia agua... levei a mangueira até meu rosto e então um jato de agua MUITO FORTE acabou saindo e me molhando...

RESULTADO= Cai deitada no chão, segurando a mangueira na minha cara, me afogando e tentando lutar contra a mangueira maléfica... Adivinhem quem estava ganhando a luta... Quem pensou a MANGUEIRA merece um Todinho..

– AI... Socorro... To me a-afogando... Adolescente... ao gramado molhado!- gritei tentando controlar a mangueira que não parava de me molhar e verdadeiramente EU ESTAVA ME AFOGANDO!

– Mas o que... Juli- ouvi o povo gritar e a mangueira foi desligada e eu pude enfim respirar com dificuldades...

– Garota o que aconteceu, voce tá bem?- Laura perguntou e eu me sentei na grama tentando respirar.

– Mangueira Malefica. Torneira. Jato. Água. Respirar- disse tudo pausadamente e senti alguem me levantando... Vicente!

– Garota voce é muito idiota mesmo- disse o imbecil do Vicente rindo de mim... mas quem não riria? Eu estou toda encharcada, maquiagem escorrendo da cara e de certeza toda vermelha

– Vai se danar Vicente. E se eu sou tão idiota assim voce vai ver- disse e quando recuperei minhas forças corri até a mangueira maléfica e a liguei... peguei ela e apontei em direção a Vicente que recebeu um jato de agua pela cara e pelo corpo.

– AI PARA... PARA SUA ANÃ... PARA ROCKEIRA... FALSIFICADA- disse Vicente e os outros estavam rindo.

– Pra voce aprender quem é a idiota aqui- respondi e não sei como mas Vicente conseguiu tirar o a mangueira das minhas maõs e apontou para mim, voltando a me molhar.

– PARA SEU GAY ENCUBADO!- berrei e ouvi seu riso.

– Tá bom... e agora é voces que tão rindo- disse Vicente e apontou a mangueira em direção a Bler, depois a Gustavo, em seguida á Laura, Depois ao André e eu peguei a mangueira da sua mão.

– Deixa o ultimo comigo- disse e sai correndo atrás de Tomas que fugiu pra não ser molhado tambem.

– AHAHAH- todos nós rimos depois que Tomás caiu e eu molhei ele.

– Agora voce me paga Julia- disse Tomas se levantando e eu sai correndo e joguei a mangueira pra trás... Oh burrice!

Sai dando voltas pelo quintal com Tomas atras de mim, e acabei caindo em cima de alguem... Serio isso? Tinha que ser em cima de Vicente? Eita Vodu bravo que fizeram pra mim.!

– Sempre caindo em cima de mim Não Juli?- disse Vicente com um daqueles sorrisos idiotas e lindos. Olhei para seus olhos e agora que percebo que são tão... Esquece!

– Se voce saisse do meu caminho idiota- respondi tentando levantar mas o boboca me segurou pelos pulsos.

– É o destino loirinha- disse ele e então senti a agua em minhas costas.

– Tá bom... Para- eu e Vicente gritamos assim que estávamos começando a nos afogar e eu cai ao lado de Vicente.

– Uou- foi tudo que consegui dizer e vi todos se rastejando literalmente pelo gramado e todos ficamos deitados ali, um ao lado do outro e rindo feito idiotas..

– Amei o dia de hoje- disse Bler enquanto nós sete olhávamos o ceu.

– Verdade, nunca mais tinhamos nos divertido tanto- disse Gustavo.

– Hum- disse, mas a verdade era que eu nunca tinha me divertido tanto... acho que arrumei pessoas boas talvez

– O papo tá muito bom, mas é melhor entrarmos se não ficamos resfriados e já era- falou Aandré e todos se levantaram.

– Ta bom papai- brinquei aceitando sua mão para me levantar.

Rimos e todos nós fomos nos trocar...