A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 8
É Um Começo


Notas iniciais do capítulo

Hello "bunitinhos", bom, eu continuo na mesma situação que eu contei que estava no capítulo passado, então não sei se tem muito a se dizer sobre isso, mas ok.
Esse capítulo talvez seja bastante surpreendente pra vocês já que como eu disse, nessa fanfic, todas as personalidades dos personagens que vocês conhecem nos livros podem ser alteradas (assim como casais lalalala). Enfim aproveitem meus amores.



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"Me prometa que eu nunca vou descobrir que você está fingindo"

Complicated - Avril Lavigne

                                                  NICO

                                    Música - para o capítulo

—Alteza, eu gostaria conversar com a senhorita.

—Finalmente resolveu me tratar com formalidade? Que surpresa!

A partir do que me disse, eu já gostaria de recuar, por medo da “grande fera” não conseguir se segurar e acabar pulando no meu pescoço, ou pior, me tirando do palácio da forma mais vergonhosa possível. Depois do que eu aprontei ontem, não duvido de nada. Porém continuei no mesmo lugar e resolvi falar o que tinha criado tanta coragem:

—Vim pedir perdão pelo que fiz a você. Na verdade, quero dizer que jamais agi desta maneira, eu só estava obedecen... – Droga Nico, você não sabe nem manter um segredo! Não podia contar a ela, não podia estragar mais do que eu já estragaria no próximo segundo, pra tentar consertar a minha burrada, e talvez, pra me provar que sou mais ridículo do pensava. – Obedecendo a mim mesmo, a minha cabeça idiota, por pensar que por um segundo, fazendo algo diferente assim, chamaria sua atenção de modo divergente aos outros. Alteza, achei que o convencional não iria te atrair, porém estava completamente enganado.

Ela riu e disse:

—Bom, você não errou completamente, ao contrário do que pensa, conseguiu chamar a minha atenção, mesmo que de forma completamente bizarra. Então de certa forma, você não estava completamente, só um pouco enganado.

— Acho que é um começo. Já que eu não errei tanto – Foi o que eu disse, mas o que eu na verdade queria fazer, era beijá-la igualzinho da última vez. Não posso deixar de admitir que me senti com um poder descomunal naquele dia (já que normalmente eu sou um fracote) e foi uma sensação MUITO boa.

—Ainda não é um começo, não mesmo.

Foi como se tivesse sentido uma grande pontada no coração. Minha garganta secou, meu estomago embrulhou, era só o meu corpo se preparando pra uma nova patada da princesa, que – graças à Zeus – foi aliviada por uma simples fala:

— Eu ainda não tenho ideia de qual é seu nome. Então, qual é?

—Nico di Angelo – disse quase suspirando de tanto alívio.

— Sobrenome diferente, mas legal.

— Obrigado, Alteza.

—Sei que com certeza já sabe, mas mesmo assim, meu nome é Annabeth Schreave. Então feitas as apresentações, acho que agora podemos nos conhecer melhor, começando por você, se quiser claro.

—Umm – disse pensativo – Como vai o pulso?

—Sério que você vai perguntar sobre isso? Estou com uma dor excruciante, tentando dar o meu melhor sorriso para você – Ela foi um pouco seca, mas considerando as condições, eu não podia culpá-la.

—Desculpe – estava realmente arrependido, não era como se aquela situação fosse culpa dela – Então vamos esquecer este assunto. Talvez seja melhor eu ir, deve estar difícil se manter calma com o pulso praticamente aberto.

—Calma eu aguento. A desinfecção foi pior do que os pontos e você me deixou muito mais leve ao mostrar que não tenho que me preocupar com mais um psicopata.

—Mais um? – perguntei sem entender e ela me apontou o pulso indicando a pessoa que fez aquilo.

—Mas não vá embora, eu quero que você fique, tá me ajudando a distrair.

—Sou literalmente capaz de qualquer coisa por você – disse verdadeiramente e sem perceber, me provando ser babaca novamente - Vamos dizer que eu realmente estou te querendo, tô disposto a tentar tudo. Eu sei, eu sei, falando assim, parece mesmo que eu sou aquele psicopata de ontem, mas não gosto de mentir, mesmo sendo bom nisso – soltei a última parte sem querer, mas agora já era.

—Nunca esperaria tantas surpresas esta noite. Estou descobrindo muitas coisas sobre você, Nico Di Ângelo — Ela deu ênfase ao meu sobrenome.

—Ainda não entendi porque você foi tão grosseira com os participantes. A partir de agora, tenho certeza de que não é assim – Mudei de assunto

—Não é como seu eu fosse sempre meiga, mas precisava mostrar que não aceitaria qualquer pilantra por aqui. Mas também é porque foi a forma que encontrei de esconder o meu medo. Apesar de ser filha de Atena não sei como lidar com tudo o que aparece.

—Espera, como você sabe que é semideusa? – perguntei intrigado e assustado.

—Sou filha de Atena, sei tudo o que se passa, descobri com facilidade, foi só somar dois mais dois. Inclusive, sei que você também é semideus – disse com muita tranquilidade - Filho de Hades. Sei também que aquele garoto dos olhos verde-mar, o loirinho, e toda a sua gangue, são iguais a nós. Seus pais são: Poseidon, Zeus e Ares... Quer dizer Marte, afinal o do olho puxadinho é romano.

—Por Zeus, sem a mínima dúvida, você é a filha de Atena mais sabichona que eu conheço.

—Vamos dizer que é o meu talento – disse jogando o cabelo de forma brincalhona – O mais estranho disso tudo, é pensar que nu momento eu não sabia de nada do que estava acontecendo, e em outro, tudo pareia mais claro. Eu só não sei de uma coisa, o que uma gangue de semideuses está fazendo aqui no palácio?

— Coincidência – “Não entregue o jogo Nico” eu repetia mentalmente.

Annabeth encostou os lábios no meu ouvido e falou:

—Hum, você sabe que eu vou descobrir, independentemente do que eu tenha que fazer pra isso – Esse movimento e essas palavras me fizeram arrepiar (não intencionalmente, claro)

—E agora como você se sente? – Mudei para um assunto aleatório novamente.

—Me sinto necessitada a conseguir o que quero...Que no momento é conseguir dormir sem quase morrer de dor por roçar o braço no travesseiro.

Rimos até seus olhos acinzentados encontrarem os meus determinados a fazer algo. Ela realmente tinha alguma coisa em mente, mas eu não sabia claramente o que era.

—Já que agora consigo te considerar um amigo – falou em um tom sincero – Quero te contar que tenho sentimentos fortes por aquele garoto dos olhos...

—Verde-mar – completei sem pensar – Continue.

Já não era novidade uma garota se apaixonar por Percy, todas se apaixonam por aquele idiota que adora bancar de herói. Chega a ser tediante.

—Bom, mas eu também tenho sentimentos por você e isso me faz ficar sem rumo, sem saber a que devo arriscar, entende?

—Entendo – Falei sem na verdade não entender nada.

—Porém, eu gostaria que você continuasse a conversar comigo assim, isso está me fazendo tão bem. Nunca tive amigos de fora do palácio a quem pudesse confiar.

Peguei as mãos de Annabeth, ela gemeu de dor.

—Desculpe

—Não tem problema. Continue.

—Sabe que quero ser mais do que um amigo para você, sabe que eu quero significar mais do que esse outro – não tive coragem de pronunciar o nome do indivíduo - porém vou respeitar seu momento de dúvida e ser seu amigo fiel até o fim.

—Obrigada Nico, se não se importar, gostaria de dormir.

—Tudo bem, eu também estou cansado. Aproveite e tente colocar os pensamentos em ordem.

Fechei a porta do quarto e pensei: “Eu quero ser mais do que um amigo, quero fazer coisas que jamais pensei que teria coragem de fazer, quero que essa missão acabe com você sentada num trono e eu ao seu lado, não Percy Jackson”


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Notas finais do capítulo

Gostaram, amaram, odiaram? Comentem qualquer coisa que já me faz muito feliz. Se tiverem sugestões também podem dar.
Beijos e até o próximo capítulo, Quel.