A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 7
As 24h Que Pode Existir Em Uma Só Noite


Notas iniciais do capítulo

Eu sei amores, eu atrasei, mas dessa vez eu tenho uma boa explicação: estou sem celular e sem computador. Como eu consegui postar esse capítulo hoje? Um milagre chamado ficar em casa sozinha.
Então espero que vocês aproveitem o capítulo e nos vemos nas notas finais, beijos, beijos.



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 "Eu tentei avisá-lo apenas para ficar longe

E agora eles estão lá fora prontos para arrebentar"

Heathens - Twenty One Pilots

                                                              JASON

                                               Música - para o capítulo

Frank, Nico, Percy e eu no final do corredor, praticamente em frente dos quartos. Percy quase gritava conosco perguntando o que estávamos fazendo na missão dele. Simplesmente coloquei um sorrisinho irônico nos lábios e disse:

—Percy, você acha mesmo que o Quíron iria mandar só você para conquistar uma princesa?! Nem se os deuses falam para você não fazer algo, lá vai você, quem nem um idiota e faz. Não é culpa nossa, faça por merecer!

— É impressionante, nem quando eu faço as coisas certas, as pessoas me deixam em paz. Ás vezes tenho vontade de desistir disso, meu Zeus. Infelizmente não posso.

—Francamente Jackson, esqueça, larga de drama pelo amor. Você sabe que o mundo está em jogo não somente a minha vida ou a sua o.k? – me virei para o Nico direcionando uma pergunta a ele. – Nico você fez o que me prometeu?

—Sim - falou com uma certa amargura na voz. – Eu beijei a princesa. Mas ela não gostou de eu ter feito isso, me deu uma joelhada, que por sinal tá doendo até agora, e também um tapa no rosto.

— Então acho que o modelo ‘abusado’ não funcionou, vamos ter que tentar outra coisa...

— Nico, você beijou a Annabeth?! – Percy gritava - Eu vou te matar! Ela é minha e...

— Eu não queria fazer isso. – Nicou o interrompeu olhando para baixo – Cada um tinha que tentar de alguma forma conquistar a princesa. Você sabe que eu sou tímido. Precisei ensaiar muito para fazer aquilo, mas de alguma forma eu sabia que não ia dar certo.

— Percy, primeiro, ela não é sua. – logo voltei a argumentar – Segundo, todos vão tentar impressiona-la. Terceiro, você está morrendo de ciúmes da Annabeth. Parece que um certo coração já está logo cedo amolecendo nessa competição.

Todos nós começamos a rir dele, mas imediatamente paramos. Ouvimos passos, que pareciam vir de saltos altos, que com certeza eram da princesa. Todos nós ficamos parados como estátuas.

Quando Annabeth subiu as escadas, parecia estar muito perdida em seus pensamentos porque mal olhou para nós. Frank tentou explicar:

— Alteza, desculp...

Ela continuou andando e nem o ouviu. Parecia hipnotizada. Então cheguei a uma breve conclusão:

—Nico você arrasou! A princesa está literalmente sem palavras.

Todos comemoravam, menos Percy. Ele parecia abalado, como se alguém tivesse enfiado uma faca no seu peito. Sem a mínima animação falou baixo:

—Vou dormir.

Todos olharam para ele, que quase se arrastava para o quarto. Achei melhor ninguém ficar em volta. Então disse para todos irem descansar porque o dia amanhã seria mais do que cheio.

Fui para o quarto e minhas três criadas me perguntaram que se eu queria preparassem o meu banho e colocassem o pijama em mim. Fiquei muito envergonhado e disse que não me sentiria bem se elas fossem colocar o pijama em mim e que era só me entregar que me trocava no banheiro. Vi que elas se sentiram mais aliviadas e – com certeza – eu também.

Durante a noite, parecia que dormir estava sendo uma tarefa difícil, revirava para um lado e para o outro, mesmo assim não pegava no sono. Decidi ir para a cozinha que – pelo menos na minha casa – sempre era o melhor lugar para pensar e depois que ia para lá, sempre me sentia cansado e acabava conseguindo dormir.

Desci as escadas bem lentamente, para não acordar ninguém. Quando cheguei (lembrando do lugar por causa do “passeio turístico” que fizeram conosco) ouvi barulho de choro. Pela aparência da garota, parecia ser uma criada. Eu perguntei a ela:

— O que ouve senhorita?

— Pode me chamar de Piper. – falava a garota – Não aconteceu nada, pode fazer o que veio fazer.

Por trás daquele rosto inchado de tanto choro, vi a garota mais linda que já conhecera. Sem perceber fiquei encarando- a. Ela corava a cada segundo que a olhava.

—Por que você está me encarando?

— Porque você é a garota mais linda que já vi na minha vida. – falei sem me dar conta das palavras que disse, Jason burro, Jason burro.

—Pode parar, você sabe o que pode acontecer conosco se nos pegarem?

— Bom, sei que eles só podem nos incriminar por algo que fizemos. Então quer dizer que a senhorita está interessada em fazer algo comigo?! – disse com um falso (só que não) sorriso malicioso.

—Hã... Er.. – Piper colocou o rosto entre as pernas – Você sempre deixa as pessoas constrangidas assim?

—Não – fiz um olhar pensativo e depois fiquei sério me aproximando do rosto de Piper – Só com garotas lindas mesmo.

Enquanto ela corava ainda mais, resolvi perguntar:

—Porque estava chorando?

—Questões pessoais – me encarando durante um momento, ela resolve abrir o jogo – É o meu pai, a um tempo atrás ele sumiu. Ele é um ator famoso chamado Tristan McLean.

—Você é a filha dele?! – falei mal acreditando – O que faz aqui no palácio, como criada? Deveria ser rica, não?

—Bom, com o sumiço dele, todas as contas dele já eram bloqueadas, mesmo pra mim. E como você sabe, já faz um certo tempo que ele desapareceu. Então simplesmente o dinheiro que eu tinha não durou o suficiente. A rainha resolveu me ajudar, já que dentro do palácio, eu teria segurança, afinal, não se sabe a razão que o fez sumir. Não deveria, mais todas noites quando dá essa hora (o horário dado de seu desaparecimento) eu venho pra cozinha que era o único lugar que conversávamos em casa após suas gravações, e choro. Eu sei, sou uma boba!

—Ei, você não é uma boba. Sei que uma hora tudo vai se encaixar – compartilhei de sua dor.

—É tudo que eu mais espero – deu um leve sorriso.

Faltavam milímetros para beija-la. De repente um grito agudo surgiu do primeiro andar. Eu e Piper nos levantamos e saímos correndo em direção ao quarto da princesa Annabeth.

Aparentemente éramos os últimos a estar lá. Annabeth estava no chão com o pulso em carne viva. Ela estava chorando e no seu braço havia um bilhete grudado com os escritos Vocês não sabem quem nós somos, e nunca saberão. Essa é uma amostra do que podemos fazer com a sua amada princesa. Voltaremos em breve. Nada nos deterá.”

Realmente não sabia se aquilo se tratava dos semideuses que estavam ao lado de Crio ou dos rebeldes que permanentemente atormentavam o palácio. Quando perguntavam a princesa se estava bem, ela respondia – chorando - com um grito que sim e não precisava de ajuda. Também perguntavam quem fez isso, mas ela estava em um choque tão grande que abria a boca pra falar, mas ao invés da voz sair, caiam lágrimas dos seus olhos.

O quarto foi esvaziando. Todos estavam indo embora, menos Nico que persistia em ficar e as criadas que estavam limpando o pulso ensanguentado (Piper nesse meio) e dando pontos. Tomei a infeliz decisão de ir embora. Tenho certeza de que seria a pior escolha que já fiz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, deem sugestões, críticas, elogios, aceito todo tipo de comentário.
Muito obrigada por chegarem até aqui e nos vemos no próximo capítulo!
Beijos, Quel.



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