A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 9
Como Se Já Não Bastasse


Notas iniciais do capítulo

Helloo amores, eu atrasei a beça, eu sei, mas eu ainda amo essa história com o meu coração. Mas não posso deixar de declarar que certas pessoinhas que me conhecem passaram a ler a fic e que de início eu fiquei com uma certa vergonha, mas agora fico feliz que saibam sobre esse meu outro lado. Então dedico o capítulo de hoje para esses "seres conhecidos". Isso mesmo, não vou citar nomes, lalalalalala.
P.S: Se eu fosse vocês eu olhava o começo da tradução da música desse capítulo (Coming Down da Halsey) tem tudo a ver com o capítulo e com a história em geral.



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"Tudo o que fazemos é pensar nos sentimentos escondidos

 Tudo que fazemos é sentar em silêncio, esperando um sinal "

Drive - Halsey

                                                      ANNABETH 

                                            Música - para o capítulo

Acordei com o pulso queimando, levantei extremamente rápido e olhei que horas eram no meu relógio. Ele simplesmente marcava 5:30. Olhei pela janela e vi flores por todos os cantos. Era primavera, o evento que na minha concepção, pode ser considerado o mais bonito e grandioso. Não existia por causa de dinheiro, empregados ou enfeites. Era puramente natural e perfeito.

Não queria acordar as minhas criadas para me vestirem, então peguei o meu vestido e sapato, fui para o espelho e tentei fazer algo decente com o meu cabelo, mas eu fracassei ao ponto de desistir e deixa-lo do jeito que estava, ou seja, uma coisa solta e enrolada demais para o meu gosto. Coloquei uma tiara com flores cor de rosa para ver se parecia que eu tinha feito aquela bagunça toda num tipo estranho de “estilo”. Passei um batom rosa avermelhado e resolvi que da próxima vez, não vou tentar mais me arrumar sem as meninas. Sou um desastre da moda se me deixarem sozinha e principalmente com essa porcaria de pulso que só servia pra arder.

Fui para o quintal, mas fui interrompida com a visão mais linda que já tive de um jardim. Me deitei entre as rosas e esqueci qualquer dor que algum dia já tivera. Observava os pássaros cantarem e as nuvens fazerem formatos de rostos e objetos – o que era uma coisa bem infantil da minha parte, mas sabe, eu não dava a mínima - nunca me senti tão alegre desde quando tinha 9 anos. Quando me deparei com o tempo, já era hora do café da manhã. Corri sorrindo para o nada até chegar a mesa onde os garotos me observavam admirados, eu sorri docemente e disse alegre:

—Bom dia! Que bom ter vocês aqui! – Olha que dessa vez eu falei isso sendo verdadeira, não da boca pra fora ou por obrigação.

Eles se entreolharam surpresos e logo depois fixaram a atenção em mim só que agora, olhando para as minhas pernas, já que o vestido não era longo e escuro como de costume. Nem liguei para o fato e me sentei na mesa ainda sorrindo. Sem perceber acabei falando:

—Quando terminarmos aqui, o que vocês acham de ir ao jardim? – Eu sabia que era arriscado, principalmente para mim depois do ataque de ontem e não tinha certeza de que nos deixariam sair, por sinal, eles nem desconfiavam até agora que eu tinha saído.

Mas todos ficaram felizes e assentiram com a cabeça. Assim que terminamos de comer, fui a primeira a sair correndo para fora dos portões, era tão raro os momentos em que meus pais não estavam por perto para ter certeza que eu ainda estava trancafiada naquele castelo.

No momento em que os garotos ultrapassaram a porta, ficaram em êxtase com o quanto aquele lugar podia ser maravilhoso. Mandei colocarem os músicos perto de nós e acabou sendo melhor do que eu pensava porque acabei tendo a possibilidade de dançar com o garoto dos olhos verde-mar que descobri chamar-se Percy Jackson. Conversamos sobre tudo até chegarmos a um assunto inesperado:

— Alteza, não quero te assustar, mas tenho tido sonhos com a senhorita e...

—Eu também tenho tido – interrompi-o sem perceber, mas não posso dizer que me arrependo.

—Pois é, só que tenho vergonha de falar sobre esses sonhos, porque eles são...meio...assim...românticos – ele estava tão envergonhado de falar sobre isso, que eu quase o interrompi de novo pra poder dizer que os meus eram desse jeito, mas esperei ele terminar.

—Os meus são da mesma forma – sorri com o como ele estava sem jeito com as palavras.

—Alteza, como fica tão tranquila com isso? – Percy perguntou meio corado.

—Primeiro, não me chame de nada que se relacione ao reino, não considere isso como uma bronca, mas é que eu odeio formalidades, me chame de Annabeth ou Annie. Segundo, eu não estou e muito menos sou tranquila, só sei controlar as minhas emoções.

—Dá pra me ensinar, por favor?! – Ele ria, completamente sem graça

—Demora muito tempo.

—O quanto for necessário – ele brincou

—Para te falar a verdade, eu acho que acabei de conseguir isso a poucos dias atrás – Confessei rindo.

—Esqueça o que eu disse sobre aprender, você não tem experiência alguma. Eu vou ganhar de você nessa, vou ser o cara mais sem emoções que você já viu nesse reino! – Ele falava me zoando.

—Vai sonhando Cabeça de Alga – falei dando um soco em seu ombro

Percy ficou com as bochechas vermelhas de vergonha pelo apelido que lhe dei, mas ainda assim com um sorrisinho malicioso na boca que deixava meu rosto ardendo em chamas.

—Cabeça de Alga?! – ele sorriu – Parece que você sabe mais do que os outros pensam.

—Eu contei ao Nico que sei o que vocês e todos os seus amigos são, só que pedi para que não contasse a ninguém que eu sabia este pequeno fato – Falei envergonhada.

—Você pode saber o que eu e meus amigos somos, mas com certeza não sabe o que se passa no nosso mundo – O garoto perdeu todo o seu humor.

—Ilumine a minha mente, por favor!

—Bom, um titã chamado Crio foi ajudado por certos semideuses e agora tem o poder de congelar todos no tempo, destruir o que quiser. A única maneira viável que achamos foi pegar os semideuses que encontramos, no caso, você, a sua amiga Thalia, e o esposo dela Luke. Mas principalmente Thalia, pois ela é filha de Zeus, e seria uma imensa ameaça se Crio a tivesse sobre seu alcance. Depois de resgatar todos, vamos nos juntar ao Acampamento Júpiter que é dos filhos dos deuses na forma romana e somente então, aos próprios deuses. E só assim, quem sabe, deter a chegada de Crio.

—Nossa, é muita coisa em pouco tempo – fiquei surpresa.

—É a nossa única chance, tínhamos que pelo menos tentar.

—O que eu não entendo, é por que vocês já não chegaram falando o que estava acontecendo? Nós teríamos ajudado.

—Só que tem uma profecia, e não podemos desrespeita-la.

—O que ela fala? Me diga.

—Você quer mesmo saber?

—Eu não quero saber, a partir de agora é uma ordem, já que me envolve – disse furiosa.

—Ela diz que nós dois temos que nos apaixonar perdidamente – ele falou de forma quase inaudível.

Foi então que ele me pegou. Como se já não bastasse ter a obrigação de escolher um futuro marido e rei para o meu país, agora eu tinha que me apaixonar por ele, OBRIGATÓRIAMENTE! É a minha vida que estamos falando, e se ele acha que uma estúpida profecia vai me fazer ficar com ele, é aí que esse garoto se engana. Ele que me aguarde.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Digam tudo nos comentários ou me procurem nas mensagens privadas.
Beijos, Quel.
Ahhh e antes que eu me esqueça, FELIZ ANO NOVOO!



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