A Seleção do Semideus escrita por Annabeth Schreave


Capítulo 2
Estranho "Dream Boy"


Notas iniciais do capítulo

Hey amores, voltei repostando a fic, por motivos de: Eu simplesmente não estava feliz com o rumo que a história estava tomando; estava ficando uma fanfic cansativa de ler e escrever; a Annie tava muito chorona e concordemos, ela NÃo é assim.
Certas coisas vão mudar completamente, outras vão continuar iguais. Mas eu juro, a história vai melhorar muito.
Vestido e maquiagem - http://data2.whicdn.com/images/159262494/large.jpg
Sapatos - http://data2.whicdn.com/images/159236139/large.jpg
Penteado - http://data1.whicdn.com/images/135728928/large.jpg
LEIAM AS NOTAS FINAIS, VOCÊS VÃO GOSTAR!



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"Como é a sensação da corda no seu pescoço?

Apenas mais um erro

Pode ser um passo fatal"

Final Warning - Skylar Grey

                                                               ANNABETH

O dia hoje estaria cheio: compromissos com a imprensa da Seleção, um chá com o meu pai e mais trilhões de trilhões de coisas. Mas dentre tantas tarefas a cumprir, escolhi a que mais me agradava: não fazer nada. Ficaria remoendo toda a coisa da Seleção, que teria de escolher um marido e rei dentre 35 garotos totalmente desconhecidos, escolhidos por um conselho que não sabe nada sobre mim - pelo menos, não sentimentalmente falando.

São nesses momentos em que tudo o que eu queria era estar com Luke... Apesar dele ser meu "tio", eu havia o conhecido na festa de comemoração de 12 anos de casados de meus pais, o rei Clarkson e a rainha Amberly. Eu tinha 10 anos e ele, 13. Foi "amizade à primeira vista". Anos mais tarde, descobri que ele era um semideus, filho de Hermes, fruto do relacionamento de rainha Elizabeth, mãe de Clarkson e minha avó, um ano antes da Seleção de seu filho Clarkson. Na época, ela disse que a criança era de Alexander, então rei. Mas, com o passar dos anos, minha avó não suportou a mentira e acabou adoencendo e morrendo. Meu avô também não aguentou a perda da esposa e a descoberta daquela mentira e acabou falecendo pouco tempo depois. Luke, com 5 anos, foi embora do país a mando de meu pai para que não sofresse com tudo o que acontecia, retornando naquele dia.

Desde então, meu "tio" é meu melhor amigo, a pessoa que mais amo no mundo depois de meus pais e Maxon, meu irmãozinho mais novo. Luke faz tudo ficar melhor, até nas piores ocasiões como a que eu me encontro. Diferente de mim, ele já tinha passado sobre o assunto da Seleção, coisa que meu pai fez questão que ocorrece, pois o amava como um irmão legítimo. Luke escolheu Thalia, que também se tornou minha melhor amiga desde o primeiro dia em que pisou no palácio. Thalia é rebelde e as roupas dela são sempre pretas, num estilo rock chic. Como se isso perseguisse a nossa família, ela também é semideusa, filha de Zeus, o deus dos céus. E mesmo Luke sendo o tipo certinho, eles parecem ter nascido destinados um ao outro.

E agora, era a minha vez. Depois de 3 anos da Seleção de Luke, daqui a uma semana seria a minha vez. Tinh que me preparar, afinal eu não poderia escolher qualquer um. Tenho que deixar meus pais orgulhosos, o que nunca foi uma tarefa fácil. Mas acima disso, gostaria de encontrar um amor de verdade, assim como meu pai encontrou minha mãe e Luke encontrou Thalia. O que mais me incomodava era a possibilidade de isso não acontecer.

Comecei meu dia escolhendo quais livros iria ler durante a Seleção para não ficar muito nervosa. Acabei escolhendo Homero, Ilíada e Odisseia. Nada como a boa mitologia grega para me trazer paz. Não sou a pessoa mais equilibrada sentimentalmente no palácio, resultando em uma Annabeth vezes doce, vezes grossa. vezes sem paciência e vezes sentimentalista. Para tudo ficar pior, minha mente brincava comigo, me fazendo imaginar que encontraria um rapaz lindo, perfeito, valente e que toma suas próprias decisões - por Zeus, esse tipo ainda existe?

Existe. O problema é que, no momento, ele encontra-se em meus sonhos. Literalmente. Tenho sonhos constantes com um garoto de olhos verde-mar e expressão brincalhona, como se estivesse prestes a tirar sarro da minha cara. O cabelo escuro e bagunçado, as brincadeiras que eu nunca consigo lembrar no dia seguinte, mas que me deixam com a sensação de estar, ao mesmo tempo, com raiva e amando-o completam a figura. Algo marcante nele é o tridente que carrega no peito, num cordão preto simples. Não posso evitar imaginar se ele é semideus também, talvez filho de Poseidon. Mas, no final das contas, não posso me apaixonar por um sonho. Ele tem que ser real, um garoto real, um futuro rei real. E isso me assusta.

Assusta tanto que só então eu percebi que estava parada, no meio do quarto, com os livros no braço e olhando em direção à sacada. "Por Zeus, Annabeth, como você é tola!" minha mente gritava comigo. "Vai ficar sonhando com um cara que não existe?" Comecei a me sentir sufocada ali, com meus sonhos se confrontando com a realidade. A Seleção versus garoto dos sonhos. Minha escolha era óbvia, mas não era nada realista. Eu não consegui. Aquele maldito sonho me fez ficar apaixonada por um cara que não existe.

Não aguentei mais ficar no meu quarto, tentando manter meu sonho vivo. Decidi ir à entrevista da Seleção. Todas aquelas pessoas me enchendo a cabeça de perguntas, querendo saber o que eu nunca diria a eles sobre mim, sorrindo e acenando. Talvez aquilo preenchesse minha mente e eu, finalmente, deixaria o "dream boy" de lado.

Quando cheguei ao salão, o apresentador do programa, Aron Patrick, parecia estar quase flutuando de tanta animação. Assim que pode, se aproximou e me abraçou. Ele era irritante, mas tínhamos uma certe intimidade. Sorri e o abracei de volta.

— Ah, querida princesa, mal posso acreditar que você está crescida assim! - ele disse - Sua própria Seleção. Como se sente?

— Meio zonza, Aron, mas bem. Acho que estou pronta para começar. - sorri docemente para o apresentador.

— Que ótimo! - e, virando-se para o seu pessoal, gritou: - Vamos! A princesa está pronta! - e me puxou para o sofá onde "conversaríamos".

Logo todos se ajeitaram, e o diretor disse que entraríamos no ar em um minuto. Levei a mão aos cabelos de nervosismo, mas fiquei com medo de estragar o penteado de minhas criadas - julgo minhas melhores amigas. Então aproveitei para ajeitar meu vestido. Branco, com rendados dourados e longo. Os sapatos seguiam a mesma ideia: uma princesa preparada para o altar, era o que diziam Piper, Hazel e Calipso, minhas criadas, quando inventaram aquele vestido. E eu o amei desde o primeiro esboço. Seria difícil encontrar um vestido de noiva à altura. Em seguida, ouvi a vinheta do programa e olhei para Aron, que sorria incansavelmente para a câmera. Tentei acompanhá-lo, mas o meu melhor foi um meio sorriso.

— Boa noite, queridos cidadãos de Illéa. Sou Aron Patrick e é com muita alegria que estou aqui para anunciar o início da Seleção! - aplausos surgiram ao fundo. - E ao meu lado, está ela, a bela princesa Annabeth!

A câmera se voltara para mim. - Boa noite, Illéa. Boa noite, Aron. É um prazer estar aqui novamente.

— A honra é toda minha, sua Alteza. - ele fez uma pequena reverência - E no lugar previlegiado da noite, estão nossos queridos rei Clarkson e rainha Amberly!

As câmeras focaram em meus pais, que até então eu não havia notado. Estavam um pouco mais distantes e olhavam amavelmente para mim. Como de costume, meu pai discursou sobre o que acontecia no país e sobre suas expectativas para a Seleção, logo retornando a palavra à Aron.

— Muito bem, muito bem! Obrigada, Alteza. Mas o maior interesse agora é Annabeth. - Aron virou-se para mim - Diga-me, querida: como está o seu coraçãozinho para essa Seleção?

— Bom, Aron, estou nervosa. Terei de escolher um marido e um rei. Não posso seguir apenas o coração ou apenas a mente. Devo fazer a melhor escolha para mim e para o povo. Isso é uma responsabilidade e tanto. - olhei para meus pais, que balançavam a cabeça em concordância - Mas acho que estou pronta.

— Uau! - Aron exclamou - E com certeza todos podem ver que você não é mais uma garotinha! - senti meu rosto queimar, tinha certeza que o rubor tomaria conta dele. - Mas Annabeth, diga-nos o que todos querem saber... Qual é estilo essencial de garoto para você?

"Dream boy", eu estava prestes a dizer. Eu estava errada. Achei que com toda aquela movimentação de Seleção, esqueceria a história do sonho, mas na primeira pergunta, eu caí. Não podia expor meu sonho ali. Então, disse o que todos queriam como resposta:

—Bom, para ser sincera... Quero me surpreender, Aron. Quero conhecer cada um desses garotos, saber quem são por dentro e por fora verdadeiramente. Pode ser que goste de qualquer estilo... - e sorri.

Aron expressou um sorrisinho malicioso, como se dissesse “boa jogada garota, boa jogada.”. Fiquei me perguntando se ele desconfiava de alguma coisa, mas não dei armas para minha mente, que podia ser bastante fértil quando queria. A entrevista continuou e ele jogava uma enxurrada de perguntas. Mas eu as respondia superficialmente, com a mente cheia demais com o meu sonho para estar cem por cento ali. Logo ela se encerrou e eu me vi livre para correr de volta ao meu quarto. Mesmo lá, porém, minha mente não me deixava fugir da questão que estava pendente: Será que esse garoto que sonhei pode ser real? Um déjà vu, talvez?

Tantas hipóteses vinham a minha cabeça que mal sabia o que pensar.


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Notas finais do capítulo

E pra surpresa de vocês que sabem o quanto eu sou demorada, vai rolar capítulos todos os DOMINGOS, sim! Espero conseguir me manter assim pra sempre, rezem pra que continue.
Beijos, Quel.



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