Aprendendo a Amar escrita por Agridoce


Capítulo 24
Porque quando é amor...


Notas iniciais do capítulo

Gentee, voltei!
Após minha falta justificada estou de volta com este capítulo que ficou grande, foi um desafio escrever, mas saiu! :)
Eu estava revisando ele aqui, direto na plataforma, quando expirou a página e ao atualizar perdi tudo. :( Mas colei aqui novamente e fui arrumando o que eu lembrava de estar errado. Mas amanhã revisarei novamente.
Bom, sobre o TCC, apresentado e aprovado! Muito obrigada pelas vibrações!
Espero que curtam este capítulo,espero os retornos, dicas, sugestões, elogios ou críticas. Tudo aceito.
Mais uma vez, obrigada pelo apoio!

bjos
Agridoce.



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O celular de Rodrigo despertou 6h. No mesmo instante tentou chegar até o aparelho, mas foi interrompido por braços que o cercavam. Lucas, como sempre, ao senti-lo se afastar, o agarrou.

– Desliga isso...

– Se você me largar acho que consigo – Rodrigo respondeu, ao mesmo tempo em que pensava o quanto o outro o fazia rir já naquela hora da manhã.

Após um tempo o moreno afrouxou um pouco os braços, fazendo com que o loiro pudesse desligar o celular. Com isto, Rodrigo viu o exato momento em que ele voltou a fechar os olhos, sereno como uma criança, como se ainda estivesse com sono. Preocupado, o mais novo passou a mão pela testa dele, conferindo se estava com febre, movimento que fez durante todo momento que acordou durante a noite.

– Como estas te sentindo, tudo bem?

O moreno demorou a responder, fazendo Rodrigo pensar que talvez tivesse dormido de fato. Mas após alguns momentos ele respondeu abrindo os olhos novamente.

– Sim, estou bem. A Solange que é exagerada.

– Hum, sei... tu tens tomado remédio pra dormir? Essa cara de sono faz parecer que tu descansou quase nada durante à noite.

Mais uma vez Lucas o olhou antes de responder, como se tivesse percebendo onde o loiro queria chegar.

– Eu acostumei a tomar, pra não acordar na madrugada. Normalmente não dá certo, mas eu tento...

– Mas essa noite tu não acordou. Pelo menos eu não percebi...

– É que tu estavas aqui comigo... isto me acalma. – Lucas respondeu para que o assunto não continuasse, mas porquê também era verdade. E de forma surpreendente para alguém que parecia sempre com medo de tomar alguma iniciativa ele disse – Como queria sempre acordar assim contigo...

Rodrigo sorriu mais uma vez. Seu coração batia descompassado, de forma que ele ficava com vergonha ao pensar que o outro escutava cada batida dele. Após fazer mais uma vez um cafuné no moreno fez menção de se levantar.

– Não... fica aqui comigo.

– Não posso Lucas. Preciso chegar no estágio na hora. Finalmente vou começar a fotografar.

– Sério? Parabéns! – Lucas disse isto e sem resistir apertou mais ainda o mais novo em seus braços.

– É, mas se tu não me deixar ir, vou acabar fracassando no primeiro dia já.

O loiro disse isto, mas também não queria levantar. Pelo jeito seria mais um dia chuvoso que o melhor a fazer era ficar deitado em casa. Mas não podia.

Lucas parecia nem ter ouvido ele, o agarrando mais ainda. Ontem à noite havia escutado Rodrigo o pedir em namoro, mas não tinha certeza se havia escutado ou imaginado. Os remédios o deixavam bem “grogue” mesmo. Gostaria de ter coragem de tocar no assunto, iniciar um pedido quem sabe, mas não tinha. O máximo que fez foi se afastar um pouco dele apenas para que pudesse olhar em seus olhos.

– Tu és tão lindo, sabia...

– E tu és um bobo, sabia?

O loiro se divertia com aqueles ataques de fofura extrema que Lucas tinha. Fofura esta que o fez ontem à noite, ao vê-lo quase dormindo de forma serena, o pedir em namoro. Mas como ele estava quase dormindo, não sabia se o mais velho havia escutado. Resolveu perguntar.

– Então... já tens uma resposta para a pergunta que eu te fiz ontem à noite?

O moreno o olhou por alguns segundos até dar um sorriso e desviar o olhar. Então tinha sido verdade?

– Achei que tivesse sonhando...

O coração de Rodrigo começou novamente a bater de forma descompassada. Como se podia sentir algo tão forte por alguém assim?

– Bom saber que eu também estou nos teus sonhos, não apenas nos teus pesadelos... – O loiro brincou e não se arrependeu, mesmo o moreno tendo ficado um pouco rígido ao ouvir isto. Eles ainda precisavam conversar sobre os pesadelos. Depois da noite passada percebia que era a última barreira que existia entre eles. O resto com o tempo se daria um jeito, mas era preciso que ele aprendesse a falar.

– Foi sim. Eu... falei um pouco de você pra minha mãe neste fim de semana, sabia? – E ao olhar os olhos arregalados do outro completou rapidamente – Calma, não dei detalhes. Ela estranhou minha ida repentina aquele dia e perguntou o que estava acontecendo...

Lucas não sabia o que dizer. Como assim ele tinha comentado sobre os dois para os pais?

– E o que tu respondeu?

– Eu disse que tinha alguém me deixando confuso e quase louco. Mas ela percebeu que apesar disto eu... estou apaixonado. Como eu disse, não dei muitos detalhes... então ela e meu pai ainda nãos sabem que... enfim. – Não precisava ser dito. Lucas sabia sobre o que o loiro estava falando. Mas no momento conseguia apenas pensar no que ele havia dito. Ele estava apaixonado por ele? Ouvir aquilo fez seu coração pular.

– Você está apaixonado por mim? Eu nunca ouvi isto de ninguém... – O moreno sabia que amava o mais novo. Mas ainda sentia-se inseguro em relação aos sentimentos do outro, pois ele era tão jovem ainda...

Rodrigo apenas conseguiu suspirar e alisar mais uma vez o rosto do moreno. Lucas o fazia s sentir tão piegas... mas não trocaria estas sensações aparentemente bobas por nada. Sentia-se radiante.

– Sim... por que, achavas que eu estava contigo porque gosto de levar às vezes uns foras? – Rodrigo utilizava sempre do bom humor pra fazer com que o moreno falasse. E sempre dava certo.

– Talvez eu vou demorar a acreditar nisso, apenas isto.

– Pois trate de se acostumar, porque em breve quero que tu conheças meus pais.

Lucas se sentou melhor na cama neste momento. Rodrigo parecia tão intenso, diferente dele que preferia ter cautela.

– Rodrigo, eu não quero que tu brigues com teus pais por causa minha. Olha, a gente pode ficar junto, mas eu nunca te cobraria isto. Sei como é difícil pra família aceitar e me sentiria muito mal se...

– Ei, calma! Eu quero e vou contar para os meus pais. Apenas estou esperando um tempo. Não se preocupa que na hora certa eles saberão e irão te conhecer.

Lucas ficava mais nervoso ainda ao pensar nisto. Nunca se imaginou fazendo parte de uma família onde tivesse um companheiro e eles fossem aceitos num almoço de domingo ou nas festas de Natal. Isto parecia mais um sonho que tinha medo de acreditar.

– Lucas, olha pra mim – mais uma vez o mais novo assumia um papel muito maduro – Meus pais nunca me expulsariam de casa ou também outras barbaridades que eu escuto por aí. Eles podem é ficar confusos por um tempo, mas nunca que deixariam de me apoiar. Ainda mais quando perceberem o quanto eu estou feliz aqui, contigo.

Mas Rodrigo percebia que o moreno demoraria a ter segurança quanto a isto. Resolveu voltar ao assunto do namoro.

– Mas então, foi nestes dias que passei em casa que eu percebi o quanto eu quero que a gente dê certo. Mesmo com os problemas que ainda temos que enfrentar. Apesar de estar claro que eu estou apenas contigo, e que tu não podes ficar com ninguém, né? Também tenho meus ciuminhos... – Disse sorrindo fazendo o coração do Lucas pular – Tu aceitas namorar comigo?

O loiro jogou tudo isto em cima do moreno sem nem dar tempo para ele respirar. Como assim, apaixonado? Quer namorá-lo? Sente ciúmes? Seu coração batia descompassado e sentia como se tivesse borboletas no estômago. Sim, do jeito que os poetas retratam nos livros.

– Rodrigo, tem certeza? Não precisa oficializar apenas por educação ou algo assim, já disse, vou entender seu tu precisares de um tempo...

O loiro avançou nos lábios de Lucas e o beijou de forma possessiva, como normalmente o outro que fazia, até ficarem sem ar.

– Isto pareceu um beijo dado apenas por convenção?

Ainda atordoado Lucas apenas conseguiu fazer um sinal de cabeça negando.

– Então, aceita namorar comigo?

– Rodrigo, eu... acho isso uma loucura, na verdade eu nem sei o que eu esperava, mas se tu queres tentar eu... claro, eu aceito, eu diria sim pra qualquer coisa que tu me perguntasses.

O loiro apenas sorriu ao constatar mais uma vez no quanto o mais velho parecia um menino em certos momentos.

– Isto é um sim? Que difícil dar uma resposta concisa, jornalista! – Rodrigo disse isto tentando deixar o clima menos denso. Estava feliz, muito feliz. Seus olhos encontraram os do moreno e sem medo se aproximou, o beijou de forma calma, porém, firme, mostrando que desejava mesmo que desse certo o relacionamento dos dois.

– Me sinto estranho em ser pedido em namoro, sei lá... isto nunca aconteceu comigo. – falou Lucas assim que tiveram que se separar porque, afinal de contas, oxigênio é preciso.

Rodrigo o olhou mais uma vez e a única coisa que fez foi abraça-lo apertado. Ok, poderia ficar mais uns minutinho por ali antes de sair. Os próximos dias seriam especiais, tinha certeza!

****

– Está tudo bem?

– Claro, estou apenas um pouco cansado. As turmas aqui tem mais alunos que eu tinha anteriormente. Isto demanda um tempo pra corrigir tudo e entregar as notas a tempo.

Os dois estavam sentados na sala da casa de Lucas. Enquanto o mais velho corrigia alguns trabalhos, Rodrigo assistia um documentário na televisão. Mesmo ele falando que talvez fosse melhor ir para sua casa, não adiantava. Lucas sempre optava por deixar o mais novo ficar ali, lhe dando o máximo de atenção possível, como sempre. Se não desse tempo de corrigir ele fazia isto na madrugada, quando levantava e deixava o mais novo dormindo enquanto corrigia algumas coisas. Falando nisto, o loiro pensava mais uma vez nos últimos dias em algo que o estava preocupando. Fazia uma semana que Lucas não estava conseguindo dormir direito, mesmo quando Rodrigo estava junto a ele. E como sempre, é claro, não conversava sobre isto, mesmo quando questionado.

– Acho que vou cozinhar algo pra gente. O que tu queres comer?

– Não estou com fome, mas deixo tu escolheres o que quiser.

– Isto vai fazer minha nota ser melhor?

– Quem sabe?

Ambos sorriram, mas Rodrigo ainda estava desconfiado, querendo perguntar ao mais velho o que andava acontecendo. Mas resolveu esperar mais um pouco.

Após jantarem, e o loiro arrumar as coisas, Lucas definitivamente não curtia organizar, o loiro foi tomar um banho antes de dormir. Sabia que o moreno não iria junto, como andava fazendo, mas mesmo assim resolveu perguntar antes de deitar.

– Tu não vens?

O coração de Lucas bateu ao ouvir o convite. Ele andava evitando a presença do mais novo, ao mesmo tempo em que precisava muito dele. Nos últimos dias não estava conseguindo lidar em dormir com ele sem se sentir ansioso e estranhamente inseguro. Não estava conseguindo entender os motivos disto, nem o que estava acontecendo.

– Pode ser daqui a pouquinho? Vou terminar de corrigir e já vou. Prometo.

Rodrigo sabia que era mentira, mas resolveu tentar não demonstrar. Ficou no quarto, mexendo em seu computador e esperando que ele viesse pra ver se conseguiam conversar. Era sexta-feira, no outro dia não precisaria levantar cedo, podia ficar acordado.

Lucas resolveu parar um pouco o que estava fazendo e ir olhar o namorado dormir. Adorava fazer isto, transmitia uma paz sem igual. Tê-lo em sua cama era um sonho, o fazia sentir que ele podia ser seu apesar dos medos que ainda o acometiam. Foi com surpresa que ao chegar no quarto percebeu que ele estava acordado.

– Oi?

– Até que enfim, eu estava te esperando. Teu daqui a pouquinho demorou... – Rodrigo sorriu para disfarçar a ansiedade.

Lucas ergueu a sobrancelha. Sabia que o mais novo queria alguma coisa, senão não estaria ali o esperando. Mas mesmo assim resolveu não questionar nada, apenas foi até o banheiro e depois deitou-se ao lado de Rodrigo. Mas desta vez não ascendeu a luz, como de costume. O mais novo percebendo isto fez menção de levantar, mas Lucas o puxou pelo braço.

– Não precisa... pode começar com as perguntas.

Rodrigo ao mesmo tempo ficou calado, sem saber o que fazer. Sabia que Lucas era perspicaz e percebia quando tinha algo a dizer ou fazer, mas ficou surpreso já que há dias que ele estava estranho, mas Lucas não havia comentado nada ainda. Sem a pretensão de negar alguma coisa, o loiro percebeu que finalmente havia chegado a hora deles conversarem.

– Poderias começar me falando os motivos de não estares dormindo nos últimos dias.. Mesmo quando eu estou aqui. Está acontecendo alguma coisa?

– Não, não é nada. - e antes que o loiro pudesse revidar ele resolveu completar – Eu apenas ando com problemas pra dormir. Não consigo mais ficar menos ansioso, mesmo quando tu estás comigo.

– Mas se é assim, por que insiste em me ter aqui? Se eu estou invadindo o teu espaço, me fale, eu posso ir embora, não precisa pedir pra eu ficar porque a gente está namorando agora...

– Rodrigo, claro que não é nada disso! Se tu não estivesse aqui eu estaria bem pior, acredite.

– Mas então, eu não entendo...

– Pois é, eu também não... –Lucas falou isto com o olhar de quem está perdido, mais uma vez.

O silêncio reinou por um tempo no escuro incômodo. Rodrigo decidiu acender o abajur do lado da cama pra poder visualizar o moreno melhor.

– Me conta sobre os pesadelos?

Lucas sabia que esta pergunta viria. E tinha prometido que contaria. Não se sentia confortável em falar, mas não havia escolha, sabia disto. Rodrigo já estava pensando que seria ignorado em sua pergunta quando o mais velho começou a falar.

– Acontece desde que.. Meus pais morreram. É sempre o mesmo sonho, um sentimento de perda, seguido de alguma coisa que eu não consigo identificar levando todos que são importantes pra mim. Sempre era com meus avós, até eles serem levados de fato... - com isto ele parou de falar quando percebeu que sua voz estava ficando levemente tremula... mas tinha que concluir para que o loiro entendesse. - E agora é contigo. Eu não quero te perder, fico a todo momento pensando em algo que possa acontecer. Mais do que te perder pra outra pessoa, meu medo é que alguma coisa te aconteça e tu...

O pensamento não precisava ser concluído. O loiro percebia agora quais os motivos do moreno estar sempre a procura dele, querendo saber onde estava, o buscando nos lugares. Ele queria evitar que alguma coisa ocorresse a ele. O coração de Rodrigo começava a ficar apertado. Se perguntava em como ajudar o Lucas quando nem ele tinha como prever alguma coisa na vida. Ninguém tinha.

– Eu sinto muito por estar dizendo isto, e ser assim. Eu queria conseguir melhorar, e eu estou tentando. Mas não estou conseguindo, tanto que... tenho evitado dormir contigo porque tenho medo de te magoar de alguma forma, fazendo algo que tu não queiras. Ao mesmo tempo em que...– então ele virou-se para o outro – que eu quero muito estar contigo, todo o tempo do mundo... isto te assusta, não é?

Rodrigo se aproximou olhando bem dentro dos olhos de Lucas. Seu coração transbordava de amor por ele, não tinha dúvida e nem pretensão de esconder.

– Se me assustasse eu não estaria aqui né pessoa que me fez usar o GPS? – Uns dias atrás o mais velho insistiu para que o outro usasse um aplicativo onde eles conseguiam saber onde estavam. Depois de muito debaterem ele acabou se convencendo, até porque não tinha nada a esconder. Mas confessa que um pouco ficava assustado sim.

–Mas confesso que eu fico triste em saber que ainda não te passo toda a confiança que tu precisas para que me fales destas coisas... por que insistes em não me contar sobre teus medos? Eu quero ser pra você um porto, já te falei tantas vezes isto. Mas eu preciso que tu estejas disposto também a construir comigo.

– Eu sei... mas é que não quero que tu te afaste de mim.

– Mas a gente está sempre juntos de alguma forma. Porque achas que vou te deixar assim de uma hora pra outra?

Os olhos de Lucas começaram então a arder e para as lágrimas caírem não demorou muito. Ele acreditava que Rodrigo iria embora a qualquer momento porque não se considerava alguém suportável. Não para uma pessoa como ele.

Tentando acalentar o mais velho, limpando suas lágrimas, Rodrigo pensou no quanto que Lucas havia se esforçado para confessar o que havia dito nos últimos minutos. Ele tinha feito aquilo que tinha pedido, confiado nele. Retribuir isto faria com que ele se sentisse mais a vontade, tinha certeza. E também, estavam juntos já fazia um tempo. Sentia-se pronto.

Com vergonha de transformar em palavras o que havia decidido, Rodrigo apenas chegou mais para perto de Lucas, olhou bem em seus olhos como sempre, mas percebeu que o mais velho o olhava com olhos questionadores, como se não acreditasse no que percebia ser a vontade do loiro.

–Eu.. te amo, Lucas. Confia em mim... Acredita em nós.

Então os lábios se uniram, Rodrigo beijava de forma ativa os lábios de Lucas, sem chances dele tentar parar o beijo para perguntar alguma coisa. Descendo os lábios, o loiro mordiscou o pescoço de Lucas que parecia ainda não acreditar e apenas conseguia fazer carinho no cabelo de Rodrigo e fechar os olhos pensando o quanto seu coração batia descompassadamente. Não estava conseguindo acreditar que o loiro queria mesmo seguir adiante. Antes que pudesse mais uma vez falar alguma coisa o loiro voltou a beijá-lo na boca, erguendo ao mesmo tempo a camisa que Lucas estava.

Suas mãos passavam por todo o corpo do mais velho, como se quisesse deixar claro que ele estava ali para ele, e para aquilo que ele precisava. Parecendo estar mais confiante o moreno inverteu as posições e acabou ficando por cima do loiro. O olhando fixo nos olhos o beijou de forma doce, porém, firme, demonstrando que estava entregue como nunca havia estado. Ele já tivera diversas noites de sexo por aí, mas nunca havia se entregado de fato para alguém. Mas com Rodrigo sentia que gostaria de sentir-se pleno de fato. Precisava dele, senti-lo em si, mostrar em gestos aquilo que tinha tanta dificuldade de transformar em palavras ainda.

Rodrigo pensou que iria se sentir envergonhado quando ficasse em tal situação com Lucas, mas muito pelo contrário. Sentia-se confiante, pois queria mostrar-se entregue para ele. Claro que estava um pouco nervoso, pois era tudo novo pra ele. Até mesmo com garotas, a experiência dele era quase nula, pois nunca quis forçar situações. Precisava se sentir de fato afim para relacionar-se de forma tão intima. E com Lucas sentia que poderia ser o que era, apesar deles ainda terem muito o que se acertar.

Rodrigo, após tirar as roupas de Lucas, uma peça de cada vez, ficou o olhando e pensando no quanto seu corpo ansiou por aquele momento, mesmo ele não tendo percebido. Lucas olhava o loiro com medo que tudo fosse um sonho, de que a qualquer momento acordaria e estaria sozinho em mais uma noite de insônia. Mas ao sentir as sensações que ele lhe causava ao beijá-lo começou a acreditar de fato. Reagindo de forma linda aos olhos do loiro com os carinhos recebidos, o mais velho buscava os olhos de Rodrigo a cada novo toque. Enquanto descobria no outro novos jeitos de produzir prazer, Rodrigo percebia que também estava se reconhecendo ao descobri-lo. Não sentia necessidade de falar, apenas de proporcionar o máximo de prazer e amor. Sim, porque sentia que não era apenas sexo, era muito mais que isto.

Lucas beijava todo o corpo de Rodrigo de forma carinhosa, porém, bastante experiente. Não houve um pedacinho do namorado que ele não tenha passado, proporcionando ao loiro um prazer sem igual. Neste momento sentiu-se um pouco envergonhado ao pensar no quanto Lucas era mais experiente que ele. Estaria ele gostando tanto quanto ele? Mas quando sentiu que Lucas o abraçava com possessividade, como sempre, beijando seu pescoço de forma carinhosa ao mesmo tempo com cuidado, viu que sim, ele também gostava dele de forma diferente, podia sentir em seu coração batendo descompassado.

A partir de então foram trocas de carícias tímidas porém cercadas de muito carinho que levaram ao momento máximo, quando Rodrigo amou Lucas da forma que ele sempre quis e sonhou. Quando os dois não suportavam mais esperar, o moreno tomou a iniciativa de pegar na caveta do lado camisinha e aquilo que fosse necessário para que o mais novo o preparasse para recebê-lo. Lucas não via a hora de sentir Rodrigo dentro de si, o que não demorou a acontecer. Ambos se olhavam nos olhos quando o momento ápice de ambos chegou, gravando na memória e em seus corpos aquele momento que selou algo que, com certeza, seria eterno. Sentiam que apesar de ter demorado a acontecer, a união total de ambos ocorreu quando estavam preparados para isto.

Antes de pegarem no sono, exaustos, Rodrigo ouviu aquilo que seu coração ansiava e nem mesmo Lucas conseguiu controlar. Percebeu apenas quando ouviu sua própria voz no silêncio que fazia em meio a respiração de ambos.

–Te amo, Rodrigo. Te amo...


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