Ele apenas afirmou com a cabeça e segurou em minha mão, logo pegamos no sono. Não demorou muito para os raios solares começaram a invadir o meu quarto pelas frestas na veneziana de madeira.

Com a claridade do quarto acabei acordando, mas não quis me mexer para não acordá-lo apenas abri os olhos e já o vi de olhos abertos.

- Ohayou Usa-chan - ele sorria e fez um biquinho no “chan”

- Eu realmente virei o seu Usa-chan?

- Haaai, mas só até eu voltar pra casa e pegar o verdadeiro - Disse fazendo biquinho novamente

- ótimo sou o substituto do coelho agora! - fingi uma falsa raiva

Ele se levantou um pouco e me deu um beijinho na testa, meu coração ficou um pouco acelerado Como ele conseguia ser tão fofo?

Ele se levantou e foi para a cozinha, imitei-o, mas coloquei uma camiseta, primeiro. Ele começou a fazer um suco de laranja natural.

Fui tentar ajudá-lo acabei sendo repreendido, afinal o suco dele era “especial” como ele mesmo falava.

Fiz uma carinha de cachorro sem dono, então ele me deixou ajudar um pouco. Comecei a cortar as laranjas e ele foi espremendo-as.

Após terminado, tomamos o suco e comemos um bolo que o Kai havia comprado ontem de manha

Como podia? Tudo que eu fazia com ele era especial, bom era pelo menos para mim era.

Lavamos a louca e fomos nos trocar, perguntei o que faríamos hoje. Ele botou o dedo sobre os lábios e começou a pensar.

- Já sei, vamos patinar!

-  Ahh, patinar Uru ? - eu realmente não gostava de patinar, não que eu realmente não gostasse, era que eu caia muito.

- Ah Usa-chan, vamos! - ele começou a fazer biquinho

- Ta ta, mas pare de fazer biquinho. Eu vou! - ergui meus braços fazendo um gesto de rendição

Ele ficou todo alegre, se arrumou mais rápido ainda. Céus, eu o mimo demais! Mas como diria o Ruki-chan é culpa do Reita.

Quando ficamos pronto, trancamos a casa pegamos a minha moto, fui seguindo as coordenadas que o uru falava, acabamos nos perdendo umas três vezes, ate que resolvi parar num posto e perguntar a alguém.

- Ahh, falei que era pra virar aliii Usa-chan!

- Você não falou Uru!

- Falei sim, você que não presto atenção!- ele retrucava enquanto fazia um biquinho

- Hai, Hai. – Era impossível discutir com ele, o biquinho dele sempre me fazia ceder ao o que ele queria.

Apenas coloquei o capacete e segui as coordenadas que o rapaz do posto havia falado. Quando chegamos ao ringue de patinação, ele logo pegos os patins com a atendente deu um par para mim e foi logo vestindo o dele.

Ele só tinha tamanho, era uma criança. Era isso o que eu mais gostava nele. Os anos poderiam passar, mas parecia que sempre iríamos ter 5 e 4 anos de idade.

Logo que coloquei os patins, ele me puxou para o ringue. Como alguém pode conseguir andar sobre aquele ferrinho dos patins!?

Suspirei e tentei acompanhar o loiro no ringue. Ele era muito bom, isso tudo graças ao Ru-chan que sempre o traia para cá.

Nem preciso falar que cai umas sete vezes em menos de cinco minutos, eu era realmente péssimo. Sorte que havia poucas pessoas que pudessem ver essa humilhação.

Mas pensando bem, podia ter quantas pessoas quisessem, se ele estava feliz ali eu também estava.

Ele veio me ajudar a patinar, incrível não cai mais depois disso. Patinávamos devagar de mãos dadas. Realmente aquela era uma incrível sensação.

Depois de umas três horas patinando com o loiro, ele começou a se queixar de fome. Saímos do ringue e fomos a um fastfood. Comemos qualquer coisa, achei melhor levá-lo de volta pra casa.

Enquanto íamos para casa, passamos em frente a um parquinho, ele pediu para pararmos um pouco. Atendi ao pedido dele, estacionei a moto e fomo até o parquinho.

Ele se sentou na balança, me sentei na balança ao lado dele.

- por que queria vir aqui Uru?

- por causa disso - Ele apontou para o horizonte, pude ver o sol se pondo, era realmente uma vista incrível.

Ele ficava admirando o pôr-do-sol, olhei para ele com aqueles orbes brilhando aos raios solares, com o perdão da palavra clichê perfeito.

Certo, todo dia eu vejo os raios solares iluminaram o rosto do loiro, mas é incrível como a cada dia ele parece estar mais lindo.

Balancei minha cabeça e sai do transe, ri baixo. Que cara de idiota eu deveria estar. Levantei-me e comecei a balançá-lo.

Ele ficou todo contente com isso, mas lembrei que havíamos comido a algum tempo atrás então fui diminuindo um pouco o ritmo.

Voltamos para casa, eu estava acabado. Realmente acabado. Eu tive a brilhante idéia de passar na casa do Kou para pegar o Usa-chan assim pelo menos ele parava de me chamar assim.

Assim que aparecemos no apartamento meu celular começou a tocar, o atendi. Recebi a segunda pior noticia de todo a minha vida.