Nightmare Diaries escrita por daedal


Capítulo 6
Capítulo 6 - Conflitos com a realidade.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está um pouco extenso e talvez até mesmo um pouco chato, mas prometo organizar tudo, ou pelo menos tentar no próximo capitulo.



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Comecei a descer apreensivamente as escadas, passei o corredor e fui em direção ao meu quarto e ao chegar na porta, de repente tudo muda.

Agora eu aparentava ser mais novo, não lembro exatamente a minha idade, porém eu tinha acabado de acordar? Era isso mesmo e eu trajava um pijama azul claro com algumas listras e desenhos de nuvens... Os raios de sol inundavam o quarto, eu estava feliz – mas, qual era o motivo de tanta felicidade? E foi quando reparei em dois vultos na porta do meu quarto, não conseguia ver os seus rostos, mas algo me dizia que eles eram.... Isso mesmo, os meus pais? Mas como assim? Eu não lembro praticamente nada sobre eles! – Foi quando ouvi uma voz doce e meiga dizer: - Feliz aniversário meu pequeno. E então, tudo começou a tremer e minhas vistas ficaram turvas...

Você já teve a sensação de estar parcialmente dormindo e despertar atordoado? Onde a realidade se mistura aos seus quase sonhos?

É como se nesta hora, você vivesse entre as duas realidades, aliás em outra realidade paralela. Seu corpo está no mundo real, consciente de tudo enquanto sua mente viaja para outro lugar, mas ela ainda sente todas as sensações do seu corpo. Na verdade, é como se somente parte de sua mente viajasse e a outra parte continuasse acordada com o seu corpo no mundo real.

Quando finalmente abri meus olhos, a única claridade que tinha no quarto era a fraca luz que vinha do abajur junto a minha cama, minha primeira visão foi um Luke espantado, me sacudindo como se eu estivesse passando mal.

– Leo, até que enfim você acordou. Cara, por favor... não me assuste assim de novo.

– Luke? Mas... você não tinha saído? Já não era dia? Ai minha cabeça. – Disse isso, agora alisando minha testa que doía como se alguém tivesse batido nela com uma marreta.

– Não... é.... Leo, você bebeu? - Luke me encarava agora com uma sobrancelha arqueada, como se eu fosse uma atração de circo.

– Não, aliás está tudo confuso. Disse isso, me ajeitando na cama e me sentando na beirada da mesma.

– O que você se lembra? Aliás, o que você estava sonhando?

Então tudo aquilo era apenas um sonho? Mas era tão real.... Eu pude sentir todas as sensações, senti o sol aquecendo o meu corpo, senti a aflição por Luke ter desaparecido, o pavor por minha casa está sendo possivelmente assaltada, uma alegria incondicional enquanto era observado por aqueles vultos – que no fundo eu pensava ser os meus pais.

– Está tudo tão confuso... Primeiro eu sonhei que acordava e você tinha desaparecido, eu vasculhava toda a casa lhe procurando mas não lhe achava e depois eu ouvi barulhos como se a casa estivesse sendo assaltada... E depois tudo mudou. Eu me vi sentado na cama, com um pijama... eu aparentava ser bem mais novo, não lembro exatamente a idade, mas acho que eu deveria ter em torno de 4 a 5 anos... Acho que era meu aniversário... E novamente eu vi vultos, agora eram dois... e de alguma forma, era como se eu sentisse que eles eram meus pais.

Luke apenas me olhava, analisando cada palavra e acenando com a cabeça, até que ele começou a dizer.

– Eu acordei no meio da madrugada para beber água e percebi você se debatendo na cama, era como se você tentasse gritar e não conseguisse e depois, bem... depois você segurou o seu calor com força e se acalmou. Mas isso só durou alguns segundos, pois logo em seguida você começou a suar muito frio e a ficar pálido, então não tive escolha a não ser te chacoalhar até você acordar.

Tentei me levantar, foi quando a mesma estranha sensação tomou conta de mim, senti minhas pernas fraquejarem e minha visão ficar turva, tudo ao meu redor ficou frio... foi quando me senti sendo arrastado para um imenso vazio.

Leo acabou de cair aos meus pés, cara isso soa estranho mas tudo bem. Peguei o meu celular e liguei pra Kris, sabia que por mais que ela se irritaria por acorda-la naquele horário, porém eu só poderia contar com a sua ajuda no momento.

– Alô? Kris! Eu estava super nervoso.

Luke? Sua voz tinha uma espécie de curiosidade e raiva.

–Você por acaso esqueceu que eu saio pra trabalhar daqui a pouco? – Ok, eu estava definitivamente morto... então resolvi interrompe-la antes que eu perdesse o meu pulmão pelo telefone. Como ela faria isso? Eu não sei... porém não duvidava nada, nada.

– Kris, é o Leo. Tipo, eu acordei pra beber água quando vi que ele não aparentava estar bem, então fiquei sacudindo ele até acordar... parei um pouco pra respirar. Ai ele acordou e tudo o mais, e quando tentou se levantar ele caiu... Kris, o Leo está des-mai-a-do.

–AI MEU DEUS! Porque você não me disse isso logo? Se arruma rápido que em 5 minutos eu passo ai.

–Ok... e obrigado mana.

Desliguei o telefone e fui procurar uma camisa, como fazia frio joguei uma coberta em volta do Leo e após apoiar um dos seus braços em volta do meu pescoço o levei até a sala. Quando já estava no último degrau da escada escuto a buzina do carro.

– Vamos logo Luke. –Kris gritava do lado de fora.

Então abri a porta e o caminhei em direção ao carro, comecei a sentir o corpo de Leo ficar frio e seu rosto pálido. O acomodei no banco de trás do carro e assim que acabei de bater à porta, escuto o ronco do motor do carro. – Vamos logo. Disse Kris, enquanto acelerava o carro.

Não demoramos para chegar ao Hospital, a rua estava tranquila então não tivemos problemas com o engarrafamento. Ufa, ainda bem.

Chegamos e Kris logo se dirigiu ao balcão da recepcionista.

– Por favor, tenho um garoto desmaiado no carro.

– Ok minha senhora, peço que aguarde só um minuto. Então ela pega o telefone e liga para algum número. – Oi, gostaria que trouxesse uma maca por gentileza. Sim, as informações são um garoto desmaiado. Obrigado.

– Pronto senhora, os enfermeiros já estão chegando, enquanto isso poderia preencher essa ficha por favor?

Comecei então a preencher a ficha, e antes mesmo de terminar vejo dois enfermeiros chegando próximo ao balcão e perguntando para a mesma senhora que estava me atendendo.

– E então, onde está o menino?

– Luke, poderia acompanha-los até o carro por favor? - Ele acenou que sim e os enfermeiros o seguiu.

Demorou aproximadamente uns 7 minutos, até ver os enfermeiros correm com a maca para uma sala de observação.

– Preciso de soro. – Bradava um dele.
–Já chegou o pulso? Perguntou um médico se aproximando dos dois.

–Sim, está extremamente fraco.

Então me aproximei dos dois e perguntei o que estava acontecendo.

–Olha senhora, não sabemos ainda ao certo... Mas é como se ele estivesse em um estágio avançado de anemia profunda. Seu pulso está muito fraco, então vamos interna-lo em observação.

–Mana, eu sei que você precisa trabalhar... então pode ir, eu fico aqui com o Leo. Luke disse isso, me abraçando. – E mais uma vez obrigado.

–Certo, mas me mantenha informada.

– Pode deixar.


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Notas finais do capítulo

Leo is dead.
Mentira, você não pode matar o Leo - Luke.
Ok, ok, Leo está des-mai-a-do.
Ah, sério? Ainda não tinha reparado nisso ¬¬ - Luke.
Vocês dois querem fazer o favor de calarem a boca? - Kris
Mas, foi ele quem começou... - Luke
Em que parte de calar a boca vocês não entenderam? - Kris

Ok, ninguém mais vai contestar nada.



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