Nightmare Diaries escrita por daedal


Capítulo 2
Capítulo 2 - Alguém falou a palavra torta?


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu acho que esse titulo não tem muito a ver, mas...

Não se precisa de lógica cara, é torta. - Luke

Ouviu o que ele disse né? Ou melhor, leram. - risos



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Luke me encarava com uma expressão confusa, seria até um tanto assustadora se não fosse cômica. Então decidi falar: - Cara, eu simplesmente não sei o que é dormir a dias.

– Outra vez o mesmo sonho?

–Sim, sim e agora eles estão ficando piores, quer dizer sempre sonho a mesma cosia, mas parece que a cada dia a sensação de pavor aumenta.

– Cara, será que isso não tem nada a ver com o seu passado?

– Eu gostaria de saber, mas enfim vamos mudar de assunto. Vai se vestir, vamos sair. Afinal, preciso me animar.

– Você me tira da cama super cedo e ainda quer me obrigar a sair?

–Eu te comprei torta. - Este era o meu melhor argumento no momento.

– Ok, ok... mas isso é por causa da torta. Espera ai uns 10 minutos que eu vou me arrumar.

– Melhor, quando terminar passa lá em casa, caminhei pra burro hoje pela manhã e ainda não tomei banho.

– E eu pensando que esse mal cheiro estava vindo dos meus braços, af! Vai logo seu porco.

– Imbecil.

– Mentira, eu sou lindo, gostoso, maravilhoso. Todos tem uma queda secreta por mim e não me assustaria se você dissesse que também sente o mesmo, ah vamos lá... sou muito irresistível não sou? Luke falou isso, colocando uma das mãos na cintura e tentando uma pose sexy, o que era desastroso e hilário. Rimos bastante e então fui para a minha casa, tinha que terminar de me arrumar pra podermos sair, na boa o Luke mesmo sendo idiota é o melhor amigo que alguém poderia ter.

Cerca de uns 15 minutos depois, ele bate a minha porta. Trajava uma calça jeans escura, camisa azul marinho e um casaco preto, seus tênis eram o mesmo que sempre usava: um all star preto com detalhes brancos. Seus cabelos pretos estavam como sempre desarrumados. Ele preferia dizer que seus cabelos eram meio rebeldes em algumas partes, mas isso era só uma desculpa dele. A verdade é que aqueles cabelos não viam pente, acho que nem sabiam o que era pente.

Ah, que rude! Eu ainda não me descrevi.

Enfim, me chamo Leonard, tenho 17 anos (a mesma idade do Luke, porém as vezes ele parece ser mais velho. – isso são momentos raros, pois na maior parte do tempo ele aparenta ter 10 anos), cabelos loiros (que são bem mais arrumados que os do Luke, pois eu tenho pente em casa) e olhos de castanho claro. Luke já estava impaciente, ficava girando as chaves do carro de um modo frenético, quando ele disse: Vamos logo Leo, pois eu ainda quero provar a torta daquela nova confeiteira que abriu no shopping.

– Eu não acredito que a Kris deixou você pegar o carro dela pra irmos ao shopping. – Falei em tom espantado.

– E ela não deixou, mas hoje ela vai chegar tarde, não acho que ela vá se importar muito.

– Cara, ela vai te matar.

– Eu levo torta pra ela e tudo está resolvido.

– Mas quem gosta de torta é você...

– Então, se ela não aceitar a torta sobra mais pra mim. Agora vamos logo que eu preciso comer.

E dizendo isso, seguimos para o shopping. Não demorou nem 20 minutos e já estávamos subindo em direção ao terceiro piso, era como se a nossa vida dependesse disso, aliás corrigindo a vida do Luke dependia daquela torta.

Enfrentamos uma fila razoavelmente pequena – ainda bem, pois eu tinha um maníaco por tortas impaciente ao meu lado. Comemos – ou melhor, Luke devorou 3 fatias de torta. E seguimos em direção a um sebo conhecido, ia lá com tanta frequência que já era amigo dos donos. Dessa vez eu comprei pouco, somente três livros – E eu me sentia péssimo, era como se os outros livros ao redor me olhassem com aquela cara de cachorro pidão dizendo: por favor, me leve, eu te amo. Mas eu só me interessei por esses três, então não os levaria apenas por levar.

Continuamos perambulando pelo shopping, assistimos a algum filme que estava em cartaz no cinema – que agora eu não lembro o nome, só lembro de quase nos expulsarem da sessão devido as nossas gargalhadas um tanto altas. Andamos mais um pouco e finalmente decidimos ir pra casa, mas não sem antes passar na loja de tortas, é aquela mesma que tivemos logo quando chegamos e Luke encomendar umas 4 fatias de torta. – Até hoje eu não sei como ele não é doente, sério a dieta dele se resume a torta, torta, torta, comida normal, torta, torta e torta.

Por um breve momento eu tinha esquecido dos meus problemas, esquecido que a dias que não dormia direito pois tinha pesadelos todas as madrugadas, esquecido a falta que sentia dos meus pais, resumindo consegui fazer algo que já não fazia a muito tempo: Sorrir.


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Notas finais do capítulo

Você sabe que não se pode viver a base de tortas né? - Leo
Porque não? Tortas são tão legais. - Luke
Ah, claro. Tão legais que as vezes você me troca por tortas. - Leo
Deixa de ciumes cara, eu gosto de você. Claro você é o meu melhor amigo, porém o lance com as tortas é diferente... é um amor incondicional. - Luke.
Viu só? como eu disse.... um tremendo de um idiota. - Leo



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