POV ERON

O dia se aproxima. –Escrevi isso no meu diário e fui comer algo, eu queria agir logo, mas infelizmente ainda tinha que esperar. Fui tomar o meu típico café da manhã e depois sai para resolver algumas coisas, o bom de ninguém saber como é a sua real identidade é essa, você pode perambular até pelos seus inimigos sem que eles percebam.

POV LEO

Comecei a ler o grimorio que a Luna pegou do Dylan, ele era muito bom, porém tinha algumas magias que eu não conseguia controlar direito, um exemplo disso era a magia caótica. – Uma magia que envolve mais de um elemento, equilibrando-os até o momento de atacar, após atacar ela explode causando uma grande devastação. Minha meta era tentar domina-la, eu sei que não será fácil, mas eu tentarei... ainda mais agora com o Eron andando por ai e se aproximando de onde estamos.

–Porém agora preciso descansar um pouco –Disse, fechando o livro e repousando-o sobre o criado mudo.

– Mas tarde eu me preocupo em domar essa magia. –Digo e fecho os olhos por alguns instantes, já que passei a madrugada em claro lendo.

POV DYLAN

–O que está lhe preocupando? – Elliot perguntou entrando na sala.
–Eron – Respondo, virando-me. –Lilly, alguma novidade? –Pergunto, olhando em sua direção.

–Eu não consigo mais sentir nenhum objeto negro, Dylan... como também não consigo sentir qualquer vestígio da magia do Eron, creio que ele deve estar ocultando a presença dele de alguma forma. – Era notável a decepção na voz de Lilith.

–Tenho receio dos garotos – Digo, sentando-me na mesa. –O Luke ainda não consegue controlar bem os poderes e o Leonard, bem... ele ainda não desenvolveu toda a capacidade dele.

–Será que conseguiremos lutar assim contra o Eron? – Elliot pergunta, ainda em sua forma de gato. –Digo, não nesta forma, mas na nossa forma secundaria.

–Espero que sim –Respondo, encarando os dois, se não terei que recorrer a outros meios.

–Faz muito tempo, desde aquilo – Lilith diz lambendo uma das patas.

–Verdade, já tinha quase me esquecido de como era a sensação – Elliot diz, me encarando.

–Por hora, creio que não precisaremos recorrer a tal coisa, mas caso as coisas piores serei forçado a isso. –Digo olhando ambos os gatos.

Escuto barulho de passos do lado de fora, acompanhados por algumas batidas na porta.

–Pode entrar. – Respondi, sem nem perguntar quem era.

–Dylan, você viu a Ângela? –Luna perguntou ofegante – Tanto ela, quanto o Lyokha desapareceram.

–Agora que você mencionou, não os vi desde a reunião e se não me engano, o Luokha não estava na mesma.

–Eu tinha um treino com a Ângela marcado pra hoje, mas ao chegar no ginásio, ela não estava. –Luna disse, ainda parada na porta.

–Creio que não deva ser nada de mais – Lilith exclamou.

– M-mas agora temos o Eron a solta e ele possivelmente está vindo pra cá. – Luna disse, olhando-me com um olhar aflito.

–No mínimo os dois estão juntos e o Lyokha é muito bom em combates – Elliot respondeu. – Eu mesmo já treinei com ele... e quanto a Ângela, ela é uma eximia arqueira, ela sabe se virar.

–Obrigado, acho que vou me deitar um pouco então – Luna disse, virando-se para sair do gabinete.

–Luna – Exclamei. –Antes de sair, tenho uma coisa a lhe perguntar...

–O que foi Dylan?

–Sobre o Leonard, aliás sobre vocês dois... Ele já conseguiu liberar sua forma de fênix?

Luna olhou para baixo cabisbaixa, voltando seus olhos aos meus só depois.

–Não e também não temos tentado – Ela disse, com um semblante triste em seu rosto. – E também tem o fato da nossa ligação, eu sinto que ela está se quebrando a cada dia.

–Desculpe, não sei o porquê de eu dizer tudo isso a você – Luna disse, com uma lagrima escorrendo dos olhos. – Com licença – Após dizer isso, ela foi rumo ao seu quarto.

POV ÂNGELA

Abri os meus olhos e não consegui ver nada, não tenho a menor ideia de onde fui parar, mas sei que aqui é extremamente escuro. Tentei me levantar, mas o meu corpo parece estar preso em alguma coisa fria.

–Ly-Lyokha – Pronuncie preocupada, esperando-o responder, mas só obtive silêncio como resposta.

Minha mente estava confusa, minhas lembranças embaralhadas, não lembro como vim parar aqui ou o motivo de ter vindo pra cá, estou com medo, sim muito medo.
Por um momento lembrei do rosto do meu irmão e uma lagrima rolou pelos meus olhos.

–Eu tenho que ser forte, só assim vingarei sua morte. – Disse incentivando-me.

–Tenho certeza que você está olhando por mim agora, meu irmão e eu prometo que não te decepcionarei. –Um sorriso brotou nos meus lábios, mas logo foram desfeitos após ouvir um barulho de alguém caminhando em minha direção.

Fiquei apreensiva por um instante, mas logo depois fiquei esperançosa. – Poderia ser o Lyokha – Sorri com essa possibilidade.

–Lyokha, é você? –Perguntei e novamente obtive apenas o silêncio como resposta e então senti uma pancada na minha nuca e logo após isso, desmaiei inconsciente.