POV LUKE

Fui obrigador a afastar os meus lábios do de Diane, para que ambos pudéssemos respirar. Porém eu ainda não estava satisfeito, então fui para beija-la de novo, mas dessa vez guiando-a em direção a cama. A fiz deitar e repousei o meu corpo em cima do dela e quando afastei meus lábios dos seus ouvi um gemido de reprovação, que logo foi contido quando me dirigi ao seu pescoço. Suas mãos arranhavam minhas costas, enquanto eu fazia uma trilha por seu pescoço, sua camisa a essa altura já era um incomodo que me livrei facilmente, podendo assim continuar a trilha de beijos.

–Lu-lu-Luke. –Diane gemeu, enquanto arranhava ainda mais minhas costas por dento da camisa. – Isso é injusto. –Ela disse.

–O que é injusto? –Perguntei.

–Vo-você ainda continuar com sua camisa. –Ela respondeu, levemente corada.

Mordi meu lábio inferior após ouvir isso, e prontamente a tirei.

–Pronto, agora vamos continuar de onde paramos? –Falei tirando a única peça que ainda cobria sua pele.

Após isso, voltei minha atenção para o seu pescoço, depositando um beijo que provavelmente deixaria marcado. A esta hora, minha calça já tinha se tornado um incomodo, e Diane percebeu isso, pois assim que me afastei de seu pescoço, ela colocou a mão em meu cinto, abrindo-o. –Respirei fundo, nossa isso é um sonho? Caso seja, não me acordem. A resposta que obtive para essa pergunta, foi sentir as mãos de Diane tirando minhas calças e me deixando apenas com a minha boxer branca.

POV LYOKHA

Mais uma vez eu perdi o sono, isso já estava se tornando um hábito. Então resolvi sair da cama, fui fazer o que sempre fazia quando ficava inquieto: Treinar. Porém ao chegar no ginásio, percebi que já tinha alguém lá, logo de início pensei ser o Leo, então fiquei animado pois teria alguém para treinar, mas ao me aproximar percebi uma silhueta feminina, e ela segurava um arco? Então só podia ser a Ângela. Desde a última vez que ficamos, agora tem um clima meio estranho entre nós. Já ia me virando para sair do ginásio, quando escuto a voz perguntar.

–Leo, é você? –Ela disse, aproximando-se mais da parte iluminada.

–Não, me chamo Lyokha e você? –Perguntei

–Me chamo Luna. –Ela respondeu se aproximando um pouco mais, e então pude perceber o quão linda ela era.

–Também sem sono? –Perguntei.

–Ah, sim, sim. Então aproveitei para treinar um pouco.

–Vim fazer a mesma coisa, espero que não se importe.

–Vai também treinar com o arco? –Ela perguntou, parecendo interessada.

–Ah não, não sou muito de praticar com armas. Prefiro transformar o meu corpo em uma.

–Tive uma ideia, por que não treinamos juntos? –Sugeri. –Bem, você está treinando com o arco e eu quero aumentar a minha agilidade... que tal você tentar me acertar com as flechas?

–M-m-mas isso é perigoso... eu poderia te acertar.

–Relaxe, prometo que tentarei desviar de todas. Após dizer isso, fiquei na frente do alvo.

–Quando estiver pronta, Luna. –Disse sorrindo.

Então Luna dispara a primeira flecha, que consigo pegar ainda no ar, a poucos centímetros do meu rosto.

–Viu só? Não precisa ter medo, eu prometo que tentarei não morrer. – Disse rindo.

Luna voltou a atirar as flechas, porém dessa vez elas estavam ficando mais rápidas, consegui pegar mais outra no ar, uma passou a poucos centímetros de minha orelha, outra precisei transformar minha mão em garra e destroça-la no ar antes que atingisse o meu coração.

–Você também é um familiar? –Luna perguntou, parecendo interessada na minha mão que agora tinha a aparência da pata de um lobo.

–Ah, não. –Disse, fazendo minha mão voltar ao normal. –Sou um animago. –Disse, coçando a nuca.

–Tenho a habilidade de me transformar em um lobo. –Luna pareceu interessada nisso. –E então, vamos treinar?

–Certo, dessa vez não pegarei leve. –Luna disse com um sorriso confiante no rosto.

–Vem com tudo. – Respondi.

Então ela disparou a flecha, eu até poderia ter me esquivado, bloqueado ou qualquer outra coisa, mas por uma fração de segundos toda a minha atenção ficou presa no sorriso de Luna. Meus músculos relaxaram, meus sentidos adormeceram.... Toda a minha força e energia estava focada naquele sorriso. Não pude evitar de deixar um sorriso brotar no canto dos meus lábios, mas ele logo se desfez, quando o semblante de Luna mudou. Um terror se fez presente em seu rosto e só quando ela chegou perto de mim, é que pude perceber o motivo.

–Ai meu Deus, Lyokha você está bem?

–Oi?

–.... – Luna estava totalmente em pânico.

–Luna, relaxa. O que houve?

–C-c-como assim o que houve? S-seu abdômen. –Ela falou apontando para a flecha presa no mesmo.

–Ah, não se preocupe, não foi nada grave. –Disse removendo a flecha e me sentando, logo após isso levantei a blusa mostrando o lugar onde antes estava machucado.

–Eu também consigo me recuperar um pouco mais rápido que os humanos normais, mas não conta isso pra ninguém ok? É segredo. –Disse rindo.

–V-vo-você quase me matou do coração. –Luna disse me dando um murro no ombro.

–Luna, me perdoe.

–Pel... – Sua fala foi interrompida, com o selar de nossos lábios. No início ela mostrou resistência, mas logo em seguida cedeu passagem a minha língua que explorou sua boca avidamente. O beijo estava perfeito, porém lembramos que precisávamos respirar e foi nesse momento que nos afastamos.

Eu já me aproximava mais uma vez de seu rosto para outro beijo, quando a mesma se levantou e saiu do ginásio correndo, enquanto eu? Bem, fiquei lá sentado pensando no beijo.

POV LUNA

Levantei e sai correndo em direção ao meu quarto, antes de me aproximar do mesmo diminui meus passos, pois não queria acordar Leonard. Então entrei, e deixei meu corpo deslizar pela porta até bater no chão. Eu ainda podia sentir o cheiro, o gosto do beijo, ao fechar os olhos senti ainda os lábios de Lyokha encostados no meu. Usei o restante de força que tinha para me arrastar até a cama e chegando na mesma, agarrei no sono sem nem perceber.

POV LILY

Aproveitei a madrugada para assaltar a geladeira e para a minha surpresa tinha pudim. – nyaaaah! Por pouco não acordei todos na casa e estraguei o meu disfarce. –Lily, controle-se! Hai, Hai. –Falei mentalmente enquanto desfilava em direção ao meu quarto, com o meu lindo pudim. Notei um barulho estranho vindo do quarto do Luke e por pouco, entrei para ver o que era... Mas, sabe como é né? Eu tinha um delicioso e irresistível pudim nas mãos que clamava para que eu o devorasse.

Então, assim que cheguei no quarto, fiz a minha refeição e logo depois, fui dormir. – E só não tive sonhos mais doces que o pudim, por risco de comer todos eles.

POV LEONARD

Esta madrugada eu tive um mal pressentimento, era como se algo estivesse me avisando que em breve algo ruim iria acontecer. Apertei meu pingente de grifo, desejei poder falar mais uma vez com minha mãe, ela certamente saberia me explicar tudo.

Conversaria com Luna a respeito dessa sensação estranha, mas desde aquele dia no bosque, já não me sinto tão à vontade com ela, temo que nossa conexão possa estar enfraquecendo graças a mim.

Ainda não aceitava o fato de que minha familiar era fraca por eu ser um fraco, então prometi a mim mesmo que ficaria forte, não por mim, mas por Luna. E só assim, poderia olha-la novamente sem me envergonhar.

Voltei a deitar e quando estava agarrando no sono, ouço o barulho de Luna se mexendo na cama. Será que era por causa da ligação? Será que minha preocupação a acordou? Fiquei em silêncio olhando para o teto e não percebi a hora que agarrei no sono.