A herdeira de Illéa escrita por nandynh


Capítulo 6
Capítulo 6




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Capítulo 6

Os pretendentes, chegam hoje. Mas só os verei amanhã no café. Então até lá tenho que me esconder para não esbarrar com um deles. Não posso ter nenhum tipo de contato com eles. Me sinto cada minuto, mais nervosa do que eu já estive na vida. Nunca pensei que conheceria tantos , todos lutando pela minha mão.

Celeste disse:”Isso é uma dádiva de Deus”, Meliça diz:”Primeiro vem o inferno depois vem o paraíso”. Eu já acho que primeiro vem o impossível, depois o impossível parte 2! Eu todo tempo me pergunto: Como vou encontrar alguém aqui pra amar? E ainda por cima, sinto um pouco de vergonha porque vou ter encontra com eles e meus pais vão estar observando e vendo como tudo se desenvolve!

Ainda me pergunto como será que devo perguntar ou chamar um deles para o nosso primeiro encontro. Ou quem devo chamar por primeiro. Interrompendo meus pensamentos, alguém bate na minha porta. Minha criada foi até lá e abriu e disse:

É a Rainha America. Ela quer vê-la.- Lúcia falou na porta.

Deixe-a entrar.- Respondi sentando-me na cama.- Você poderia nos deixar a sós? Por favor?!

Claro, alteza.- Lúcia abriu mais a porta e saiu deixando minha mãe entrar.

Eadlyn, tudo bem? Perguntou-me sentando-se na cama.

É... já estive melhores condições.- Respondi virando-me para ela.

Eu estava com eles agora! São todos lindos e bem educados. Se eu fosse você, parava de ficar me preocupando e começava a curti melhor o momento. Suas amigas estão torcendo pra ter logo uma eliminação!- Falou rindo.

Elas já me disseram isso! Como é que elas podem ser tão otimistas?! Só elas, mesmo para deixarem A Seleção mais divertido!-Falei rindo e lembrando-me da nossa antiga conversa de brincar com os rapazes interesseiros.

Sim, lembro que eu tinha algumas amigas assim também! Elas tornavam A Seleção mais divertida e ao mesmo tempo mais competitiva.- Falou ela lembrando-se da sua própria competição.

Mãe, sei lá mas... com devo convidar um deles tipo... para um encontro ou uma conversa?- Perguntei duvidosa e temendo ela entender que eu estava muito animada com a ideia.

Bom... primeiramente analise-os. Depois mande uma carta ou um simples bilhete pedindo para se encontrarem. Você pode ter até três encontros em um dia só. Illéa vai querer saber logo quem serão os eliminados. Quando seu pai fez A seleção, no primeiro dia ele já havia eliminado oito garotas por não ter sentido nenhuma química entres eles!- Respondeu-me ela em tom suave e sem curiosidade.

Tem tipo... uma roupa específica para eu usar?- Perguntei logo imaginando um vestido mais curto para usar.

Não necessariamente. Mas acho que seria bom, você usar algo mais formal.- Respondeu-me ela com um ponto de dúvida na voz.

Será que eu poderia usar um vestido curto? Acho que eu me sentiria mais a vontade e confortável.- Perguntei quase implorando-lhe.

Sim, claro que pode! Mas que seja decente e que diga o que de verdade você quer com um deles.- Respondeu-me levantando- se.- Use um de cor verde. Realça seus. Arrume-se e venha, vou lhe mostrar alguns selecionados.- Falou já retirando-se do meu quarto.

Levantei-me e fui me arrumar. Vesti uma calça jeans e uma blusa creme com sapatinhas. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e sai em direção ao quarto da minha mãe.

Quando abri a porta do seu quarto, gelei com a cena: meu pai e minha mãe no maior AMASSO! Beijos na boca, no pescoço, no queixo, clavícula e por fim nos braços. E repetidas vezes a mesma sequencia. Meu pai estava abrindo os botões do vestido da minha mãe com uma mão (pelo menos tentava) e a outra passava a mão pela sua coxa, quadril, nádegas, cabelo, rosto... e uma série de outros movimentos. A cena era bem romântica. Mas também, muito constrangedora!

Eles não tinham percebido a minha entrada. Então resolvi fazer o mesmo: sair despercebida. Sai do quarto e me deixei levar pela curiosidade: eu iria ver os selecionados. Mas tinha um problema: eu tinha que dar o jeito deles não me reconhecerem.

***

Fui até a sala das criadas. A sala era grande com mesas e cadeiras espalhadas por todo lugar. Linhas, agulhas e tecidos por todos os lugares. Me escondi atrás de um armário enorme.

Quando a sala ficou vazia, abri o mesmo armário e tirei de lá um uniforme de criada: um vestido até os joelhos, branco com detalhes dourados. Uma sapatinha dourada com lacinhos. Para a cabeça: um arranjo metálico de flores que prendia todo o cabelo deixando alguns fios soltos.

Vesti e fui até o espelho. Eu parecia a princesa com roupa de empregada.

Precisava de algo que encobrisse minha identidade. Tive uma ideia. Corri ate meu quarto, e peguei aquele produto que usei no cabelo de Ahren, só que amarelo. Passei no meu cabelo e fiquei loira.

Fui até minha caixa de maquiagem e peguei meu lápis de olhos e fiz algumas pintinhas pelos meu braços, pernas e rosto. Peguei a sombra cinza e preta e passei um pouquinho ao redor dos olhos. Peguei também corretivo e passei depois de usar a sombra ao redor dos olhos. Peguei um pouco de blush coral e passei nas bochechas. Me olhei no espelho: não parecia ser mais eu. Parecia ser mais uma criada.

Sai do quarto e peguei uma bandeja com um jarro com água. E fui m direção ao Salão dos Homens.

Antes mesmo de entrar no Salão, escutei uma pequena discussão:

“...eu sou o mais bonito daqui, e todos vocês sabem disso. Ela com certeza vai querer alguém sedutor e não e nerd para calcular como é a melhor posição para....

Tá, já chega de falar nisso... não quero saber se ela vai querer alguém sedutor ou nerd o suficiente pra calcular até naquela hora importante!-Exclamou alguém cortando a conversa.

Entrei no salão, todos olharam para mim. Pensei que tivessem me reconhecido, mas continuaram:

Serio? Você é idiota o bastante pra pensar assim. Acho que ela vai querer uma pessoa com caráter, inteligencia e beleza. E não alguém que só sabe passar gel no cabelo e se gabar pra caramba!- Falou outro que não vi seu rosto.

Certo, meu povinho... vocês estão discutindo por uma moça que ainda nem viu vocês... e que vocês nem sabem a preferencia dela! Enquanto ela não chama ninguém, vocês deveriam parar e começar a curti o espaço... será que sou eu percebi que a comida é boa?-Falou outro se jogando no sofá. E acho que nós deveríamos ter mais respeito, porque temos uma senhorita conosco.- ele apontou para mim com a cabeça. Eu fiz uma reverencia. Aquele gesto de respeito por uma criada me chamou a atenção. Nenhum, até então, tinha dado o mínimo de respeito por mim, uma criada. Levantei meus olhos para ver quem era: um jovem alto, meio musculoso, cabelos pretos lisos, pardo claro e com o sorriso mais lindo do que o do meu pai. Pelo jeito de com ele me tratou era um, Quatro ou Cinco. Ele era muito bonito para ser um Seis.

Bom, primeiro: ela é uma criada! Segundo: ela não é senhorita! Terceiro:ela está aqui para servi e não ser servida! Ela está aqui para respeitar e não ser respeitada- Reclamou outro. Sua altura era média, musculoso, loiro, pardo claro e tinha o sorriso mais sedutor que eu já vi! Mas seus modos eram... imbecis, orgulhosos, maldosos e sem piedade. Logo percebi que era o que tinha tido que eu iria preferir a beleza em vez de inteligencia.

Cale a boca, Jonh! Ela não é a sua mãe para você estar tratando ela desse jeito! Ela é uma dama! E merece todo o respeito possível! Pelo menos ela é digna de estar trabalhando no Palácio. Você nem digno é de estar aqui, começando por que você dá o seu traseiro pra qualquer moça que tenha seios grandes! Será que é preciso eu falar mais?- Exclamou e desafiou o que havia me defendido.

Ou você cala essa sua porcaria de boca ou eu quebro você, na frente da nossa dama!- Retrucou Jonh, já cerrando os punhos.

Gente, gente vamos nos acalmar aí! Ou vocês vão querer ser expulsos logo no primeiro dia?- Entrou outro na discussão, tentando acalmar Jonh e o outro selecionado.

Peguei a bandeja com água e sai do Salão. Olhei para o relógio e me assustei: 21: 30 hs. Corri para o meu quarto. Faltava apenas trinta minutos para minhas criadas entrarem no meu quarto. Eu tinha que voltar para o meu normal: a Princesa Eadlyn.

Tirei as roupas e corri para o banheiro. O produto que eu havia usado nos cabelos era fácil de sair; com apenas uma lavada já havia saído todo tom loiro dos meus cabelos. Lavei meu rosto tirando toda a maquiagem.

Voltei para dentro da minha suíte, vesti minha camisola e fui esconder as roupas de criadas dentro do piano que havia no meu quarto. Era o único lugar que havia em todo o meu quarto que as criadas não mexiam.

Deitei-me na cama e fechei os olhos. A cena toda hora me passava na cabeça. O bom disso tudo é que eu já tinha uma pequena noção, de quem queria conquistar à coroa e que quem queria conquistar meu coração. E também tem o mais novo grupo: os que estão aqui só para curti a comida e todo o resto de luxúria do Palácio. Mas ainda assim eu me pergunto: quem seria aquele que ousou respeitar e defender uma criada. Ou quem foi aquele que tentou parar a briga. Mas de um eu já sabia: Jonh queria à coroa e não a princesa.


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