Star Wars - Anarchy (Livro 1) escrita por Coelho Samurai
General Yar colocou os soldados em uma grande fileira horizontal, todos armados e com no mínimo um metro de distância uns dos outros, à sua frente, montes e montes de caixotes empilhados, como um campo de paintball, Yar se dirigiu aos soldados.
– Coloquem essa munição especial em suas armas – disse ele, apontando para um pequeno pente de munição que tinha em mãos – Não são reais, são como balas de gelatina, esse é um exercício simulado, vou dividir vocês em várias equipes, e enfrentaram a si mesmas duas equipes por vez. Cada equipe pode eleger um comandante, e partir daí formar sua própria hierarquia, tomei a liberdade de já ter escolhido os nomes e equipes essa noite - Ele segurava agora, um papel todo rabiscado. – A equipe que vencer todas as outras, será a REBELION, que vai comandar as atividades em campo real no ataque Imperial, e seu comandante o líder de todo o exército da República Galáctica.
Todos os soldados se entreolhavam, assustados, afinal, era muita pressão ser o Comandante de um ataque que decidiria o futuro da política intergaláctica. Ao final do discurso do General Yar, Bonnibel e Carl ficaram em times opostos, Tay-Scar e Borh estavam na mesma equipe e Todd e Maurice, como sempre, estavam juntos.
– Se prepara Carlton, vou acabar com a sua raça nesse jogo.
– Não é um jogo, princesa.
– O que disse?
– Nada.
– QUE OS JOGOS COMEÇEM – Gritou General Yar – As primeiras equipes: Wilson Vs. Scar, para o campo, já!.
– Sim senhor. – Gritou Tay, que batalharia contra a equipe de Joseph Wilson, soldado talentoso com as armas de fogo, mas não um bom estrategista, algo que era o ponto positivo de Tay-Scar. As equipes se posicionam na área de combate.
– Ao meu sinal. – Grita Yar – COMEÇEM!
Na enfermaria, Mack se encontra deitado em uma maca com uma atadura na perna atingida.
– Não sei como isso aconteceu, nunca fui atingido antes, pelo menos, não por armas. – Reclama Mack, depositando a mão na perna ferida para tentar amenizar a dor.
– Não se preocupe Grande Mestr...
–Me chame de Mack!
– Perdão, Mack. Espadachins são atingidos o tempo todo, eu tenho dezenas de cicatrizes em meu corpo, tenho que certeza que Mestre Asoka também.
– Não é isso, - Diz Mack, mais calmo. – Alguma coisa me distraiu, tirou meu foco, sempre tive muito orgulho da minha concentração, já passei por centenas de soldados e levantei toneladas de matéria, de uma só vez, não posso usar cem por cento da minha capacidade se eu deixar coisas pequenas me distraírem desse jeito.
– Talvez não seja tão pequena quanto imagina – Disse Asoka.
– O que quer dizer com isso?
– Lembra-se do que nos contou na mesa de jantar, ontem à noite?
Mack para de olhar para eles, deita a cabeça no travesseiro macio e começa a refletir um pouco.
– Posso ficar um pouco sozinho, por favor? – Pede ele, carinhosamente.
– Claro, vamos deixá-lo, vamos Mestrs Asoka – Disse Mestre Mir, se retirando da sala.
Mack olhava para cima, enquanto repousava os cabelos castanho-avermelhados no travesseiro de penas da enfermaria, pensando em suas palavras da noite anterior. “O amor é um inimigo maior do que um aliado” . “O amor é um inimigo maior do que um aliado” . “O amor é um inimigo maior do que um aliado”.
– Oh não, não, não, não, - Ele se vira na maca – Não pode ser.
– Falando sozinho? – Pergunta a enfermeira, Madame Gladdys. – Bateu a cabeça ou algo assim?
– Hum.. Eu... Só estou pensando alto, eu acho. – Diz ele, respirando fundo e tomando um analgésico.
– Pensei que com a sua capacidade mental, seria imune a dor física ou psicológica. – Suspeita Madame Gladdys.
– E é, e nem estou sentindo tanta dor assim.
– Talvez seja por que acabara de tomar um analgésico.
– Não... Sério – Ele abre um leve sorriso – Eu controlo tudo, menos...
– Hoje? Quando uma garota acertou sua perna? Uma simples atiradora de elite te derrubou? O Grande Mestre Malcom Skywalker? – Diz Madame Gladdys, irônica.
–... É, eu creio que sim. – Ambos esboçam sorrisos. – Obrigado pelo curativo.
– Por nada, e quer saber Malcom? – Madame Gladdys com um olhar irônico.
– Diga.
– Eu acho que você deve ser a forma de vida mais poderosa que já existiu.
– Mas...
– Você está quebrando a única regra que todo dominador da Força deve seguir, está com medo, medo de gostar mesmo de alguém.
– Isso não é verdade, eu gosto demais dos meus amigos, meus aliados, Bonnibel, Carl, Bohr, Todd e Maurice.
– Sei que sim, mas estou falando de “Gostar mesmo” de alguém, Mack. Entende?
– Isso nunca deve acontecer, NUNCA. Vai me destruir, me consumir, e no fim de tudo, estarei me unindo a Darth Magnuz e matando meus amigos. Igual à Anakin.
– Sabe o que está fazendo isso com você?
– O amor? – Ele pergunta totalmente confuso.
– Não Mack, o medo. E outra coisa, pensei que fosse um Jedi Cinza.
– Eu sou, mas... E se não estiver tão equilibrado quanto penso que estou?
– Bom, acho que nunca vai descobrir se ficar se torturando desse jeito.
As palavras dela o cegaram de vez, era muita coisa pra pensar. – Descanse um pouco, em poucas horas, estará de volta à ativa.
Em sua cabeça, ele citou o código dos Jedi Cinza:
“Não existe Lado Sombrio, nem Lado da Luz,
Existe apenas a Força.
Eu farei tudo que puder para manter o equilíbrio.
É o que me mantem firme.
Não existe bem, sem o Mal, mas o Mal não pode venerar,
Existe paixão, existe emoção,
Existe serenidade, existe paz,
Existe o Caos, existe Ordem.
Sou o portador do Fogo, protetor do equilíbrio,
Sou aquele que segura a tocha, iluminando o caminho,
Sou o guarda das chamas, soldado do equilíbrio,
Sou o guardião do equilíbrio
“Sou o Jedi Cinza.”
Fez isso por horas e horas.
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