Star Wars - Anarchy (Livro 1) escrita por Coelho Samurai


Capítulo 8
O Código do Jedi Cinza




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General Yar colocou os soldados em uma grande fileira horizontal, todos armados e com no mínimo um metro de distância uns dos outros, à sua frente, montes e montes de caixotes empilhados, como um campo de paintball, Yar se dirigiu aos soldados.

– Coloquem essa munição especial em suas armas – disse ele, apontando para um pequeno pente de munição que tinha em mãos – Não são reais, são como balas de gelatina, esse é um exercício simulado, vou dividir vocês em várias equipes, e enfrentaram a si mesmas duas equipes por vez. Cada equipe pode eleger um comandante, e partir daí formar sua própria hierarquia, tomei a liberdade de já ter escolhido os nomes e equipes essa noite - Ele segurava agora, um papel todo rabiscado. – A equipe que vencer todas as outras, será a REBELION, que vai comandar as atividades em campo real no ataque Imperial, e seu comandante o líder de todo o exército da República Galáctica.

Todos os soldados se entreolhavam, assustados, afinal, era muita pressão ser o Comandante de um ataque que decidiria o futuro da política intergaláctica. Ao final do discurso do General Yar, Bonnibel e Carl ficaram em times opostos, Tay-Scar e Borh estavam na mesma equipe e Todd e Maurice, como sempre, estavam juntos.

– Se prepara Carlton, vou acabar com a sua raça nesse jogo.

– Não é um jogo, princesa.

– O que disse?

– Nada.

– QUE OS JOGOS COMEÇEM – Gritou General Yar – As primeiras equipes: Wilson Vs. Scar, para o campo, já!.

– Sim senhor. – Gritou Tay, que batalharia contra a equipe de Joseph Wilson, soldado talentoso com as armas de fogo, mas não um bom estrategista, algo que era o ponto positivo de Tay-Scar. As equipes se posicionam na área de combate.

– Ao meu sinal. – Grita Yar – COMEÇEM!

Na enfermaria, Mack se encontra deitado em uma maca com uma atadura na perna atingida.

– Não sei como isso aconteceu, nunca fui atingido antes, pelo menos, não por armas. – Reclama Mack, depositando a mão na perna ferida para tentar amenizar a dor.

– Não se preocupe Grande Mestr...

–Me chame de Mack!

– Perdão, Mack. Espadachins são atingidos o tempo todo, eu tenho dezenas de cicatrizes em meu corpo, tenho que certeza que Mestre Asoka também.

– Não é isso, - Diz Mack, mais calmo. – Alguma coisa me distraiu, tirou meu foco, sempre tive muito orgulho da minha concentração, já passei por centenas de soldados e levantei toneladas de matéria, de uma só vez, não posso usar cem por cento da minha capacidade se eu deixar coisas pequenas me distraírem desse jeito.

– Talvez não seja tão pequena quanto imagina – Disse Asoka.

– O que quer dizer com isso?

– Lembra-se do que nos contou na mesa de jantar, ontem à noite?

Mack para de olhar para eles, deita a cabeça no travesseiro macio e começa a refletir um pouco.

– Posso ficar um pouco sozinho, por favor? – Pede ele, carinhosamente.

– Claro, vamos deixá-lo, vamos Mestrs Asoka – Disse Mestre Mir, se retirando da sala.

Mack olhava para cima, enquanto repousava os cabelos castanho-avermelhados no travesseiro de penas da enfermaria, pensando em suas palavras da noite anterior. “O amor é um inimigo maior do que um aliado” . “O amor é um inimigo maior do que um aliado” . “O amor é um inimigo maior do que um aliado”.

– Oh não, não, não, não, - Ele se vira na maca – Não pode ser.

– Falando sozinho? – Pergunta a enfermeira, Madame Gladdys. – Bateu a cabeça ou algo assim?

– Hum.. Eu... Só estou pensando alto, eu acho. – Diz ele, respirando fundo e tomando um analgésico.

– Pensei que com a sua capacidade mental, seria imune a dor física ou psicológica. – Suspeita Madame Gladdys.

– E é, e nem estou sentindo tanta dor assim.

– Talvez seja por que acabara de tomar um analgésico.

– Não... Sério – Ele abre um leve sorriso – Eu controlo tudo, menos...

– Hoje? Quando uma garota acertou sua perna? Uma simples atiradora de elite te derrubou? O Grande Mestre Malcom Skywalker? – Diz Madame Gladdys, irônica.

–... É, eu creio que sim. – Ambos esboçam sorrisos. – Obrigado pelo curativo.

– Por nada, e quer saber Malcom? – Madame Gladdys com um olhar irônico.

– Diga.

– Eu acho que você deve ser a forma de vida mais poderosa que já existiu.

– Mas...

– Você está quebrando a única regra que todo dominador da Força deve seguir, está com medo, medo de gostar mesmo de alguém.

– Isso não é verdade, eu gosto demais dos meus amigos, meus aliados, Bonnibel, Carl, Bohr, Todd e Maurice.

– Sei que sim, mas estou falando de “Gostar mesmo” de alguém, Mack. Entende?

– Isso nunca deve acontecer, NUNCA. Vai me destruir, me consumir, e no fim de tudo, estarei me unindo a Darth Magnuz e matando meus amigos. Igual à Anakin.

– Sabe o que está fazendo isso com você?

– O amor? – Ele pergunta totalmente confuso.

– Não Mack, o medo. E outra coisa, pensei que fosse um Jedi Cinza.

– Eu sou, mas... E se não estiver tão equilibrado quanto penso que estou?

– Bom, acho que nunca vai descobrir se ficar se torturando desse jeito.

As palavras dela o cegaram de vez, era muita coisa pra pensar. – Descanse um pouco, em poucas horas, estará de volta à ativa.

Em sua cabeça, ele citou o código dos Jedi Cinza:

“Não existe Lado Sombrio, nem Lado da Luz,

Existe apenas a Força.

Eu farei tudo que puder para manter o equilíbrio.

É o que me mantem firme.

Não existe bem, sem o Mal, mas o Mal não pode venerar,

Existe paixão, existe emoção,

Existe serenidade, existe paz,

Existe o Caos, existe Ordem.

Sou o portador do Fogo, protetor do equilíbrio,

Sou aquele que segura a tocha, iluminando o caminho,

Sou o guarda das chamas, soldado do equilíbrio,

Sou o guardião do equilíbrio

“Sou o Jedi Cinza.”

Fez isso por horas e horas.


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