Star Wars - Anarchy (Livro 1) escrita por Coelho Samurai


Capítulo 7
A Arena




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No dia seguinte, um alarme soa por toda a Academia, e em questão de segundos os soldados estão em pé, vestidos e armados, a tripulação da Aziz Ondur ainda dorme tranquilamente, não estavam acostumados com tal intenção de treinamento, Tay-Scar surge na tenda 4, onde a tripulação dorme.

– Acordem, temos trabalho à fazer. – Grita ela – Todos de pé, agora.

Com muito sono e pouca força de vontade, eles capengam e engatinham para longe de suas camas, e lentamente vestem seus novos uniformes feitos sob medida, menos Bohr, que apenas ganhou um simples adesivo com o brasão Jedi em seu peitoral metálico. Mack não conseguira dormir mais que duas horas naquela noite, há tempos que era constantemente acordado por pesadelos terríveis sobre o resto de sua família, e às vezes, ele visualizava a si mesmo indo para o lado sombrio, traindo e matando seus amigos, essa noite ele acordara gritando e suando frio após vislumbrar a morte de Carl, da qual o próprio Mack o atacara com o sabre. Tay-Scar tercebe sua frustração.

– Vejo que não conseguiu dormir, Grande Mestre. – Ela diz carinhosamente – Posso lhe ajudar em algo?

– Pode – Respondeu ele, frio – A primeira coisa que pode fazer é parar de me chamar de “Grande Mestre”, ou de “Senhor” ou seja lá o que a hierarquia estúpida desse lugar lhe mandar.

Ela embora assustada, o enfrenta.

– Nossa, me desculpe Vossa Majestade, mas estamos em Guerra, e eu sou uma soldado, entende? Tenho ordens á cumprir, tenho comprometimentos, diferente de você, que sempre viveu por suas custas. E se meu superior me mandou te chamar Dona Michaela é assim que vai ser, se não gostar o problema é seu. Mas temos muito que fazer antes do próximo ataque do Império e devemos estar preparados, então me faça um favor, pelos próximos dias, finja que sabe viver em uma democracia, pode ser?

Ele ficara mais assustado do que ela, que pareceu recuar depois de ter dito aquilo, quase que se arrependendo.

– Cl... Claro que ...Pode, eu acho. – Ele responde, olhando para os lados e com o coração acelerado.

– Ótimo, vista-se, pegue o sabre e vá para a Arena em 15 minutos.

Tay se retira da tenda, todos olham perplexos para Mack, e Bobbibel ajuda Carl a vestir a parte de cima da armadura, onde ela se depara com seu torso inteiramente cicatrizado por tiros de plasma, dos quais ninguém nunca soube explicar como Carl sobrevivera. Os dois cochicham e riem baixo, o pequeno Todd se aproxima.

– Capitão, quero dobrar aposta, olha só pra eles, vão ficar juntos sem nenhuma dúvida, foram feitos um pro outro.

– Muito tarde pra isso amigo, essa aposta existe há anos e ninguém nunca mudou um número se quer.

– Mas pense bem, se ganharmos podemos ficar com mais do que o esperado, afinal, nós votamos que eles ficariam, Maurice e Borh votaram que não, e olha só a cara deles. – De fato, Maurice com seus 2 metros quase que tentara apartar a conversa dos dois. – Estão com medo de perder, principalmente por que Maurice sempre achou que Bonnibel ficaria com o senhor.

– Eu conheço Bonnie desde os oito anos, é uma irmã para mim, nunca me atreveria a vê-la de outra forma, e ela sabe disso, concordamos em não dar ouvidos os boatos. E nada de aumentara aposta, Todd, agora vamos.

Alguns minutos depois, todos estavam na Arena, enfileirados, mais de 300 soldados armados e dispostos a derrotar o Império Sith, toma a dianteira o velho homem que comandava os exercícios de tiro no dia anterior, seu nome era Yar.

– Bom dia tropa, iniciamos hoje mais um exaustivo dia de treinamento para nos defendermos e destruirmos os Sith. Nesse caso eu gostaria que hoje, para começarmos o Grande Mestre Malcom Skywalker dissesse algumas palavras sobre a Força e como podemos utilizá-la a nosso favor. Grande Mestre?

Mack olha para os lados, dá um leve passo para frente.

– Tenho certeza que Mestre Mir e Mestra Asoka podem explicar sobre a Força tanto quanto eu.

– Ninguém aqui conhece a Força melhor que você, Grande Mestre – Disse Mestre Mir – O senhor andou pelo lado sombrio e pelo lado da luz, foi treinado indiretamente pelo próprio Grande Mestre Luke Skywalker. Por favor.

Mack cede.

– Muito bem – Diz ele, dando mais alguns passos e se virando para os soldados – Controladores da Força podem se desviar e defender tiros pois sentem todo o universo ao seu redor, podemos quase que reduzir a velocidade de um tiro para defende-lo, Carl, um passo a frente.

Carl empunha sua arma, e aponta para Mack.

– Atire. – E assim o fez, em um milésimo de segundo, Mack puxou o sabre, ligou o Obsidiana e defendeu o tiro, foi tudo tão rápido que ele teve de fazer isso mais algumas vezes.

– Entendem? Querem derrotar um Sith? Sejam mais fortes que eles, Sith estão repletos de ódio em seus corações, demonstrações de afeto ou respeito são cruciais para sua destruição.

– Sugere que façamos o quê? Abraçá-los? – Perguntou um soldado, e todos caem na gargalhada, inclusive Mack.

– SILÊNCIO – Grita Mestre Mir, todos se aquietam.

– Não é bem isso que eu tenho em mente, precisam ser mais espertos que eles, estudarem seus movimentos, e saber onde e quando atirar, e claro se quiserem derrotar um Lorde Sith sozinho, vão acabar sendo divididos ao meio, o lado bom disso, é que não vão sentir dor, se o inimigo em questão tiver piedade de fazê-lo rápido, e piedade não é o forte do Lado Sombrio.

– Quero tentar te acertar – Disse Tay-Scar, dando um passo a frente e empunhando sua arma.

– Ora, Srta. Scar, ótimo, adoraria ver isso – Disse Mestre Mir.

Mack e Tay se encaram por algum tempo, ela empunha a arma e atira, Mack esquiva o tiro para longe com o sabre. E outra vez, e de novo e de novo. Um pente inteiro se foi e a última bala de plasma voltou para a Tay e a desarmou.

– Foi bom jogar com você, Tay. Mas como podem ver eu...

– MACK, sua perna! – Gritou Bonnibel.

Mack percebera, Tay conseguiu atingi-lo. Ninguém nunca havia feito isso antes, NINGUÉM. Ele desliga o sabre e se ajoelha para analisar a perna ferida.

– Não se preocupe Grande Mestre, sabemos como cuidar disso – Disse Mestre Mir. - Mestra Asoka, ajude-me a levar o Mestre Skywalker para a enfermaria, Madame Gladdys vai ficar feliz em atendê-lo.

Quando tentava se levantar, Mack olha diretamente para Tay que o lança de volta um sorriso sarcástico, massageando com gelo a mão atingida pelo tiro que retornara. Os soldados em volta davam tapinhas amigáveis em suas costas e a parabenizavam, afinal, ela acabara de derrubar um Grande Mestre Jedi, o mais poderoso que a Galáxia já conhecera.

– Vamos continuar – Disse Yar – Vocês... – Disse ele novamente, apontando para os novos recrutas, a tripulação da Aziz Ondur. – são ótimos atiradores, mas posso lhes ajudar a se tornarem os melhores. Empunhem suas armas.


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