How I Met Your Mother escrita por Vitor Matheus


Capítulo 18
1.18 - Sebastian Smythe, Interrupted - SEASON FINALE


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, meus pimpolhos!
24 de maio de 2015. Dia do último episódio da primeira temporada de How I Met Your Mother. Essa fic que cativou o coração de cada um de vocês - e o meu também - chega ao fim de sua primeira leva de episódios com muito samba! Estou muito orgulhoso do que escrevi. Está tudo tão perfeito... não no sentido de felicidade, mas no sentido de descrição de cada coisa. Eu acredito que vocês vão amar o capítulo acima das dificuldades, porque se elas acontecem, é para o bem da fic. Se acontecem, é para que algo seja melhor no futuro. Então espero que me perdoem pela parte ruim de hoje.
Mas o que eu queria dizer é... Ted e Lily sendo Ted e Lily, MUITO foco nos cinco amigos principais e nos casais também! *u* E sobre a 2ª temporada: mais informações nas notas finais e quando eu responder aos seus comentários ;)
Uma boa última leitura E UMA MORTE LENTA E DOLOROSA PROCÊIS #eita



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Acordados? — Sebastian bateu à porta do quarto dos filhos, se pronunciando logo depois.

Sim, pai. — Ambos responderam em uníssono.

Ótimo, significa que eu posso entrar e acabar logo com isso. — Adentrou o cômodo e se acomodou numa cadeira que havia ali perto. — Já programaram seus alarmes?

Claro! Amanhã às sete em ponto estarei em pé. — Ressaltou Ted. — Finalmente terei as férias que mereço e serão com o terceiro melhor OTP da história: Ryley.

Ei, esse nome de casal é meu! — Lily o encarou furiosa. — Mas sim, também já programei meu alarme e amanhã de manhã estarei pronta para viajar com Marley e Ryder. Serão minhas melhores férias!

Enquanto isso, eu vou sentir muito a falta de vocês. E sua mãe também...

Eu sei que vocês vão, mas faz parte da vida deixar a gente voar um pouco antes da independência, não é?

Boiei, filha.

Deixa, pai. Essa aí não bate bem da cabeça e eu sei disso desde que ela arrancou os cabelos da tia Rachel com a boca pra comer. — Lily jogou um travesseiro na cara do irmão por ele ter dito isso. Mas mesmo após se recuperar da violência, ele não parou. — Pai, como é o nome daquela doença em que a pessoa tem mania de comer cabelo, hein?

Chega. Já está passando dos limites. — O Smythe mais velho ergueu a voz, deixando o garoto quieto em seu canto num piscar de olhos. — Ótimo. Agora posso entregar uma coisa a vocês... amor? — Chamou pela esposa.

Aqui está, querido.

O que é isso? — Perguntou a mais nova.

Um CD, idiota, não vê? — Retrucou Ted.

Vou fingir que não ouvi a sua provocação e confirmar que é, sim, um CD. — Falou Seb. — Quero que, quando chegarem na casa do casal Ryley, ponham esse disco para assistirem antes de dormir. Mas tem que ser no primeiro dia... é algo que eu quero muito que vocês vejam. Tudo bem?

Ted e Lily notaram a seriedade no olhar do pai. Ele nunca falara tão sério até o momento.

Tudo bem, pai. Prometemos que vamos assistir. — Ambos consentiram.

Eu não estarei aqui amanhã quando a mãe de vocês deixá-los no aeroporto para se encontrarem com Ryder e Marley, então... esta é a última vez que eu vejo vocês. Porque, depois que assistirem a esse vídeo, com certeza terão uma vontade enorme de me matar na volta da viagem.

Hã? — O garoto sussurrou para si mesmo, sem entender o que o pai quis dizer com aquilo.

Estou boiando nessa tanto quanto você, meu irmão. — Lily concordou logo em seguida.

Boas férias, meus filhos. — E beijou o topo da cabeça de cada um deles, dirigindo-se à porta do quarto em seguida. — E boa noite pra vocês.

Boa noite, pai.

[…]

Nossa, vocês se acomodaram rápido demais! — Marley entrou no quarto de visitas – o qual Ted e Lily dividiriam pelos próximos dias – e encontrou as malas já desfeitas e as roupas sendo dobradas pelos jovens para serem guardadas no armário.

É que nós precisamos assistir a uma coisa que o papai entregou e eu não tô a fim de ficar arrumando coisas amanhã de manhã. Então propus que a gente acabasse logo com isso. — Disse Lily.

E olha que eu raramente faço alguma coisa que essa chata pede. — Retrucou Ted.

Tudo bem, eu vou pegar um DVD portátil pra vocês assistirem. Não quebrem nada até eu voltar. — Brincou a morena, antes de sair do quarto e rapidamente voltar com o aparelho para as crianças. — Aqui está. Aproveitem e não durmam em cima. Seu tio Ryder morre de ciúmes dessa belezinha.

Pode deixar, tia M. — Concordou o garoto, pegando o dito cujo em suas mãos. — Dá o disco, Lily. Vamos ver logo o que tem dentro desta drogaria.

Olá, crianças.” A imagem de Seb apareceu na tela. Ele estava no escritório da casa da família, encarando a lente da câmera fixamente. “Resolvi dividir a longa história de como eu conheci a mãe de vocês em temporadas. E já que estão de viagem por aí, optei por gravar a parte final desta temporada para que vocês não me matem depois.”

Aí tem coisa. — Lily suspeitou.

Bom, vamos começar a parte de hoje por... é... só um segundo, me perdi aqui, vamos tentar.”

Claramente vemos Sebastian Smythe imitando a Zelda Mello lá do Jornal Hoje.

Ah, me lembrei! Desculpem pelo vácuo. Enfim, na manhã seguinte ao casamento tão falado por nós, retornamos à amada Seattle. Sim, todos voltaram, incluindo Finn e Rachel pelo simples fato de que eles haviam esquecido as passagens para a viagem de lua de mel em Costa Rica.”

— Ah, como é bom estar de volta ao lar! — Sebastian gritou ao abrir a porta do seu apartamento, no qual viveria sozinho dali em diante. — Oh, aqui está o dinheiro, meu bom taxista. Tenha um bom dia. — Entregou a grana ao mesmo e então fechou a porta, recostando sua cabeça na mesma e encarando a mobília do lugar.

E pensou no quão se sentiria sozinho pelos próximos tempos... até tocarem a campainha.

— Eita, porra. Mason. — Respirou fundo e abriu a porta para o irmão mais novo, que se encontrava esbaforido e com três ou quatro malas à sua volta.

— Eu não acredito que você me deixou lá embaixo sozinho com estes pesos! Subi todas as escadas até chegar aqui! — E arrastou a bagagem para dentro, ainda irritado.

— É... Mason, você sabe que tem o elevador do síndico, não é?

— Claro que tem, mas o próprio nome diz: é do síndico.

— Não, gênio. Ele só foi construído pelo síndico, mas já que ele nunca está aqui pra vigiar quem entra e quem sai, todo mundo usa. — Encarou o mais novo com olhar de desprezo. — Ao que parece, todo mundo usa o elevador e a cabeça... já você não usa nenhum dos dois.

— Podia ter me avisado!

— Mas eu te falei isso no táxi! Idiota! — Gritou. — Bom, só pra confirmar... vai ficar aqui só hoje, não é?

— Isso mesmo. Amanhã eu volto pra minha terrinha. Aliás...

Seb entendeu o “aliás” do irmão rapidinho.

— “Aliás”, nada. Eu não vou contigo. Trate de ir sozinho. Você sabe muito bem que eu fico com pneumonia toda vez que vou lá.

— Fica com pneumonia porque quer, não é? Ninguém manda você não tomar os remédios do papai.

— Prefiro morrer a ter que tomar aquelas macumbas.

Sebastian pegou seus pertences e levou-os ao seu quarto, e em seguida, jogou-se na cama. Sentia falta do aconchego de seu colchão, dos momentos que ficava sozinho ali e encarava o teto, seja de madrugada ou até mesmo nas tardes mais quentes de verão, quando Finn saía rumo à praia com Rachel e o deixava ali sozinho. Tecnicamente o Hudson não “abandonava” o amigo; o próprio moreno fazia questão de não ir. Ele sabia que ficaria de vela para o casal e não estava disposto, licença.

A questão é que isso foi antes de Marley Rose. Ela o fez levantar da cama com uma disposição que seu colega de apartamento nunca vira na vida antes, e agora que havia se casado, Finn esperava que o Smythe continuasse mais de bem com o universo – e com a própria Marley também. Afinal, os dois anunciariam oficialmente seu namoro na noite do mesmo dia em que retornaram a Seattle. Seb estava pronto para encarar o que fosse. Era um homem melhor por causa da sua namorada e não esconderia mais isso. A decisão, tomada às cinco da manhã antes de um grande casamento, ali parecia acertada. Já dizia alguém que existiu uma vez, “o maior risco é não correr riscos”.

Encarando o teto – como das outras vezes – e pensando que finalmente poderia ter achado a garota da sua vida, Sebastian nem notou o tempo passar; e quando se deu conta, já eram 18h30. “Hora de contar a todos”, pensou. Finn e Rachel sairiam para sua lua de mel na manhã seguinte, então naquela noite, despedidas e felicitações seriam postas à mesa. Levantou-se da cama com muito esforço – o colchão tão confortável não queria deixá-lo sair dali – e tomou um banho caprichado. Escolheu uma roupa casual para o momento; afinal, os amigos iriam ao Starbucks, não a um restaurante chique digno de gente famosa.

Após se vestir, encarou-se no espelho maior que havia em seu quarto. Sebastian Smythe. Analista de sistemas. Filho, irmão, amado, amigo, inimigo de adolescência, ex-trouxa master, fanático por café, igualmente fã das músicas de Ed Sheeran e Coldplay – “Fix You”, sem dúvidas, era sua favorita – além de curtir canções de outras pessoas. Suspenso duas vezes no Ensino Médio por viajar por seus pensamentos durante as aulas e perder dois trabalhos importantes. Vítima de uma crise existencial que viveu após seu avô morrer em decorrência de um infarto. Desenganado pelos próprios amigos no campo do amor, e agora tinha uma namorada que o fazia se sentir mais vivo do que em qualquer outro dia.

Sebastian Smythe. Talvez o cara mais feliz do universo naquele momento.

— Hey, Mason, está pronto? — Gritou para o irmão, ainda se encarando no espelho.

— Eu não vou! — O outro gritou de volta.

Seb notou a importância daquelas palavras e foi correndo até a sala de estar, onde encontrou um Mason jogado no sofá, assistindo a Grey's Anatomy na televisão e vestindo um pijama ideal para uma criança de dez anos.

— Que merda é essa, cara? Está na sofrência?

O mais novo encarou o irmão nos olhos.

— Shiu, cala a boca. É “Grey's Anatomy”. Não interrompa. Depois eu faço interrogatório sobre a sua noite, agora vá embora. MerDer é melhor do que isso.

— Tá, né... boa noite pra você também. — Pegou sua chave e se dirigiu para fora do apartamento. Finn e Rachel já estavam lá embaixo, esperando para irem os três juntos ao Starbucks. — Ligue-me se precisar de alguma coisa.

— Tá, vai logo!

Sebastian desceu o elevador “do síndico” e logo encontrou um casal Finchel irradiando felicidade.

— É amor demais, segurem meus forninhos. — Ironizou logo ao entrar no carro do casal.

— Uma vez vela, sempre vela. — Disse Finn, arrancando risos de ambos ali.

A propósito, até hoje fico de vela para Finn e Rachel. Mas agora eu tenho a companhia da mãe de vocês pra isso.” Ted e Lily riram. “Enfim, eu fui ao Starbucks focado em anunciar minha relação com Marley e comemorar o sucesso do casamento Finchel junto a eles e Sam, mas confesso que parte da minha mente andara preocupada com meu irmão Mason. Talvez eu tenha estranhado a atitude dele ao não ir ao encontro pra assistir a uma série que ele poderia ver depois... mas no fundo, eu sabia que não era essa a razão de ele não ter ido. Ali tinha coisa, e quando eu voltasse da noite do café, eu descobriria. Mas eu juro que qualquer pensamento preocupante se foi quando eu vi Marley Rose usando seu típico macacão feminino, esperando sozinha pela nossa chegada.”

Seb precisou admitir: sua namorada estava incrível mesmo com um visual tão normal. Aquele macacão de alguma forma a deixava mais bonita – algo que ele julgava impossível. Ele a encarou até Rachel o cutucar.

— Amigo... para de babar pela Rose. Para que ‘tá feio.

— Desculpe. — Riu fraco. — Mas é que ela é tão linda...

— Ah, se eu não fosse casada... — O Smythe a encarou assustado. — Brincadeira. Eu curto o melhor modo de ter filhos com homens, obrigado.

— Nossa Senhora dos Forninhos, você quase me matou agora!

— É um dom. — A baixinha sorriu abertamente. — Marley, querida! Quanto tempo!

— Nos vimos nesta manhã, Einstein feminina. Mas é bom te ver de novo! — Ambas se abraçaram como se não houvesse amanhã. — Vou sentir sua falta nos próximos dias.

— Ah, não. Despedidas para o final, não estou a fim de chorar logo agora. — Rach fingiu enxugar uma falsa lágrima para parecer dramática.

— Deem-me esta bendita licença porque Sam Evans acabou de chegar! — O loiro adentrou a cafeteria esbanjando egoísmo, como se aquele encontro fosse dele e somente dele.

— Ué, cadê a Quinn? — Perguntou Seb.

— Deixei bem claro que o nosso relacionamento foi apenas para o casamento. Não pego uma mesma garota duas vezes a não ser que ela seja filha da Jessica Alba. Aí eu posso pensar. — Marley, Finn, Rachel e o moreno encararam Sam com desdém. — E eu também deixei claro que esta reunião é apenas para os cinco amigos donos dessa porra toda chamada Starbucks.

— Não somos os donos, mas esta é a Starbucks. Bem falado. — Corrigiu Finn.

— Cara, eu odeio o seu jeito certinho de ver a vida. Abra sua mente para as coisas implícitas deste mundo e você será mais feliz que catador de lixo no lixão, garanto. — Retrucou o Evans.

— Então, podemos sentar? — Sugeriu a Berry-Hudson, e o bando se acomodou numa mesa única, logo fazendo seus pedidos de cafés a um garçom que passava por ali e parou para atendê-los. Depois, ela voltou a falar. — Acredito que Marley e Seb tenham algo a dizer sobre os olhares nada discretos exibidos no casamento ontem.

— É, nós realmente precisamos nos explicar... — O moreno pigarreou. — Você fala ou eu falo?

— Você. Vou parecer uma garotinha de doze anos contando que tirou o BV se eu falar.

— Tudo bem... ontem pela manhã, eu e a Rose conversamos e decidimos... tentar. Isso. Essa química tão falada entre nós.

— Estão namorando? — Perguntou Finn.

— Não, bobão, eles vão protagonizar a nova temporada de Breaking Bad! Novas fórmulas químicas, novas drogas, romance principal! Vai ser épico! — Ironizou Sam, fazendo todos rirem, menos o Hudson.

— Mas Breaking Bad não havia sido...

— Finny, meu querido, você devia saber que o Sam está brincando. Mais do que ninguém, devia saber disso.

O grandão coçou a cabeça e depois deferiu um tapa na cabeça do amigo de cabelos loiros.

— Eu só quis dizer... — O Evans se aquietou.

— Respondendo à sua pergunta, Finn... sim, estamos juntos. — Respondeu Sebastian, arrancando aplausos de Rachel, Sam e Finn.

— Meus sinceros parabéns ao casal. Vocês são meu OTP de vida desde que eu pedi a Rach em casamento. — Todos se calaram. — Porque antes OTP de verdade era eu e minha Berry, e agora que somos casados, não dá trocar de shipp.

Marley desatou a rir sem parar devido a piada do amigo. Seb acompanhou-a na crise de risos, e no final, novamente os cinco amigos riam loucamente, atraindo estranhos olhares de outros clientes que se serviam no estabelecimento. Nesse meio tempo, os pedidos chegaram à mesa e eles prontamente pegaram seus copos, mas ninguém tomou o primeiro gole por insistência de Sam.

— Antes de nos deliciarmos com esta bebida abençoada pessoalmente por Deus, eu gostaria... de propor um brinde. — Os outros quatro focaram seus olhares no loiro. — Nossas vidas têm melhorado desde que uma certa morena desiludida de nome Marley Rose entrou por aquela porta e conheceu Sebastian. Ela entrou para o nosso grupinho de amigos doidões e só levantou o astral de todos nós. Se a encararmos hoje, não reconheceremos a mesma Marley Rose que terminou com Noah Puckerman há um ano e não tinha mais esperanças para nada nessa vida... e olha o que meus conselhos filosóficos fizeram! — Mais risadas. — E o que dizer de Finn Hudson e Rachel Berry? Esses dois cresceram tanto separados, individualmente falando, e juntos também. Principalmente juntos. Nunca vi tanto amor em um casal só, nem meus pais eram assim no início da relação deles e olha que eu surgi logo no primeiro encontro. — Rachel chegou a sentir uma lágrima descer de tanto rir do amigo. — Sebastian Smythe. A cola que une todos nós aqui. Se não fosse por você, talvez estivéssemos separados uns dos outros e tocando nossas monótonas e deploráveis vidas sozinhos... mas quem foi o cara que ligou para cada um de nós, convidando-nos para uma noite do café para desabafar mágoas, alegrias e piadas sem graça? Quem mais nos faria ter o desprazer de erguer a bunda do sofá só pra ouvir seus conselhos melosos sobre amores? Acho que ninguém, não é mesmo?

— Concordo. Seb, você foi o cara que começou tudo isso aqui. Você foi o cara que me apresentou ao amor da minha vida e eu não poderia ser mais grato por isso. — Completou Finn.

— E quanto a mim? Bem, eu continuo sendo o mesmo garanhão de sempre — mais risos — mas depois do que eu vi no casamento, agora acredito que um dia vou encontrar alguém que consiga me mudar. Tirar-me dessa vida. Alguém vai fazer isso... não sei quem, mas tomara que seja uma mulher rica, gostosa e inteligente. É pedir demais, meu Deus?

— Se formos analisar... é pedir demais, sim. — Disse Rachel, fazendo Sam encará-la.

— Ai, tu jura, Berry-Hudson? — E contrariando as expectativas... risadas. — Para finalizar, eu gostaria de propor um brinde. Um brinde a mim, ao Seb, ao Finn, à Rachel, à Marley e ao nosso time de pessoas desajustadas que se ajustam uns nos outros. Um brinde à essa amizade que temos aqui! Saúde!

— Saúde! — E então os cinco ergueram seus copos e chocaram-nos contra os outros, arrancando aplausos de outras pessoas próximas à situação.

— Sabem de uma coisa? Isso merece uma música! — Sugeriu Rachel. — Finn, me ajuda com o piano?

— Mas é claro, querida.

— “People” se encaixa perfeitamente.

Ainda lembro de cada letra que Rachel cantou. Até porque ela canta até hoje.” Seb tentou esconder uma lágrima que teimava em sair. “Quando ela iniciou a música, eu recebi um telefonema. Era um paramédico que estava em meu apartamento... o Mason, ele...” Cobriu o rosto com as mãos. “Mason tinha tentado se matar no banheiro com uma lâmina de vidro.”

Meu Deus... — Lily abriu a boca em “O”, indicando sua surpresa. Nem ela, nem Ted sabiam que o tio havia tentado suicídio.

Na mesma hora eu pedi ao Finn a chave do carro dele e saí em disparada até o veículo.”

Nós viajamos sozinhos, oh

Talvez tenhamos sorte, mas eu não sei

Com eles, deixe uma criança cair

E sete mães desmaiarem

Eu acho que nós dois estamos felizes, mas talvez não”

Dei partida no carro e saí do estacionamento da Starbucks, ultrapassando o sinal vermelho que vi. Estava desesperado por conta de Mason... eu achava que era culpa minha. Sabe, eu podia ter obrigado-o a vir conosco ao encontro na cafeteria. Eu podia ter tirado aquele pijama dele e vestido uma roupa decente nele, puxado sua orelha até que ele viesse por pura e espontânea vontade. Mas não, eu o deixei lá.”

Pessoas...

Pessoas que precisam de pessoas

São as pessoas mais sortudas no mundo”

Passei por outro sinal, dessa vez amarelo. Não reduzi a velocidade em momento algum. Meus olhos começaram a marejar, mas eu não podia me dar por vencido. Eu não podia chorar. Precisava ser um homem forte, como eu tinha sido até ali. Tudo bem que vez ou outra eu ficava melancólico por motivos de Marley Rose, mas já fazia um bom tempo que eu não chorava. Seria tão fácil derramar lágrimas assim? Um sentimento de culpa e haveria um rio brotando de meus olhos? Não. Eu não deixaria ser tão fácil.”

Nós somos crianças precisando de outras crianças

E ainda deixando o nosso orgulho crescido

Escondendo todas as nossas necessidades

Agindo mais como crianças

Do que crianças...

Amantes são pessoas muito especiais

Elas são as pessoas mais sortudas no mundo”

Por mais que eu já estivesse bem longe da Starbucks, ainda conseguia imaginar uma Rachel Berry-Hudson cantando aquela canção do musical Funny Girl, sorrindo com a maré de felicidade que estava vivendo e com seu marido tocando um piano ao lado. Eles pareciam tão felizes... por que eu não poderia ser assim também? Por que sempre há uma parte da minha vida que precisa estar triste? As lágrimas inundavam tanto meus olhos que eu acelerei ainda mais e me virei para pegar um pacote de lenços. Naquele mesmo momento, passei por um cruzamento. Mas só quando peguei um lenço e voltei a encarar a pista, notei um outro carro vindo na direção do lado do motorista. O meu lado. E esse carro não estava disposto a parar, nem a diminuir sua velocidade.”

Com uma pessoa...

Uma pessoa muito especial

Um sentimento profundo em sua alma

Diz que você era metade, e agora você está inteiro”

Dizem que a vida passa diante dos seus olhos quando você está prestes a morrer. Incrivelmente, eu encarei os faróis daquele carro e memórias de datas avulsas da minha vida surgiram em minha mente. Fechei os olhos para não encarar a morte chegando em minha direção. Eu havia parado o carro por algum motivo. Talvez impulso, não sei... mas de alguma forma, aquele carro bateria no meu. E aí, talvez eu poderia dar adeus à vida angustiado pelo meu irmão.”

Não mais fome e sede...

Mas primeiro, ser uma pessoa que precisa de pessoas

Porque pessoas que precisam de pessoas

São as pessoas mais sortudas no mundo”

E lembrei de quando eu me encarei no espelho naquele mesmo dia. Sebastian Smythe. Amigo. Filho. Irmão. Ex-trouxa. Namorado de Marley Rose. Analista de sistemas.

Sebastian Smythe, interrompido pelo carro desgovernado da mãe dos futuros filhos.”


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Notas finais do capítulo

SOCORRO, ME SEGUREM QUE EU ESTOU JOGADO! QUERIA ESTAR VIVO PARA ESTAR MORTO! JULIANA ESTÁ DESMAIADA! Tenham as reações que vocês quiserem. A temporada de HIMYM acabou :( Mas lembrem-se que ainda tem a próxima! Espero que tenham gostado desse capítulo e criem forças para comentar no final...
Sobre a 2ª temporada:
1) Vou continuar postando neste mesmo link, não vou criar um novo;
2) Terá a volta de personagens do hotel e uma nova pessoa bem legal;
3) Vai ter 22 episódios, mais do que os 18 feitos para essa temporada;
4) ESTREIA EM 26 DE JULHO DE 2015! DAQUI A DOIS MESES! Morram na espera porque é essa data mesmo ;)

Enfim, vamos dar as nossas mãos e nos jogar de um precipício porque Sebastian Smythe quase foi morto pela Mãe *O*