Laços escrita por Darlan Ribeiro


Capítulo 20
Capítulo 1 x 20




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Beatriz

Eram sete horas da noite, Beatriz havia deixado Dimitry em casa, e agora estava indo fazer uma visita a sua mãe à dona Claudia, desde o ocorrido que Beatriz não falava com ninguém direito. Ela e Noah ainda estavam sem se falar. Ela só havia conversado com Gustavo nos últimos dias. Ele havia ido a sua casa e tudo e os dois haviam tomado um porre daqueles. Coisa que não faziam há muito tempo.

Sua mãe morava no distrito de São Geraldo, moravam sua mãe, sua irmã Lisa e seu padrasto Sergio. Beatriz estacionou o carro em frente à casa de sua mãe e apertou a campainha quem veio abrir o portão foi seu padrasto.

– Olá Beatriz, sua mãe está na cozinha. – disse ele enquanto lhe dava um abraço.

Ela deu um sorriso carinhoso e foi em direção à cozinha enquanto passou pela sala viu sua irmã deitada no sofá, envolvida em cobertores.

– Oi Lisa! – cumprimentou ela.

– Oi ninfomaníaca. – rebateu sua irmã.

– Isso foi desnecessário Lisa. – comentou Beatriz.

– Desnecessário é você vir bancar de boa moça pra cima de mim, quando na verdade você não passa de uma vagabunda, uma sem noção. – falou Lisa se levantando do sofá. – Eu queria poder dizer que você não é minha irmã, mas infelizmente não posso fazer isso. No entanto eu juro que vou fazer o impossível de tentar esquecer que você existe.

– Faça como bem entender sua pentelha. – falou Beatriz.

– Já chega vocês duas! – beatriz ouviu sua mãe falar.

Claudia vinha da cozinha secando suas mãos em uma tolha de prato.

– Lisa vá já para o seu quarto, pois eu quero ter uma conversa com sua irmã. – falou Claudia.

Beatriz se sentiu uma criança de dez anos, na presença de sua mãe. Mas não era pelo foto de estar na presença de sua mãe, porém era pelo modo como sua mãe a olhava. Ela a olhava com um olhar de decepção.

– Porque você fez aquilo Bia? – perguntou Claudia.

– Aconteceu mãe, fui impulsiva em relação ao meu desejo e sucumbi a ele. – respondeu ela.

– Você é tão sem juízo, como seu pai também era. – comentou sua mãe. – Ele também não pensava nas consequências de seus atos. Ele era egoísta e você é igual a ele. Eu tentei fazer de você uma mulher respeitável, mas vi que era perda de tempo e abri mão.

– Sabe mãe eu gostaria que meu pai estivesse aqui, pois eu tenho certeza que ele não iria desistir de mim, assim como a senhora fez. – rebateu Beatriz.

– Esses seus amigos, foram quem estragaram você a transformaram nessa pessoa,,.

_ Linda, maravilhosa, de bem com a vida e sem medo de ser feliz. – Beatriz a interrompeu. – Uma mulher que a senhora vem tentando ser todos esses anos, porém não consegue, pois se tornou uma mulher amarga, sem perspectiva só porque teve câncer.

Claudia deu um tapa, no rosto de Beatriz, fazendo-a virar o rosto, agora as duas estavam chorando.

– Você não sabe o que eu passei por causa dessa doença. – disse Claudia em tom de nervosismo e raiva

– Eu sei sim mãe, porque eu sempre estive do seu lado, até os meus amigos estavam lá quando essa doença assombrou nossa família.

Beatriz passava a mão aonde sua mãe havia lhe dado o tapa, Sua mãe se sentou no sofá exausto. Parecendo já não ter forças para seguir com aquela conversa.

– Ao contrário de você mãe que desistiu de mim, pelo simples fato de eu não ter me tornado uma mulher dos altos padrões da sociedade. Eu não desisti de você, quando você passava por cada sessão de quimioterapia, eu não desistia de você quando você tinha dificuldade em comer. E não vou desistir nunca, pois você queira ou não. Você é minha mãe, você é minha família, você é minha melhor amiga. – disse Beatriz.

– Acho melhor você ir embora. – sugeriu sua mãe.

– E pela primeira vez concordamos em alguma coisa mãe. – comentou Beatriz.

Beatriz antes de ir embora, olhou para as escadas e viu que sua irmã estava sentada no começo da escada chorando.

– Me desculpe Lisa. – falou ela para sua irmã. – Eu juro que queria ser a melhor irmã do mundo, mas não consigo. Ninguém consegue ser perfeito em tudo, eu errei em sucumbir aos meus desejos, esquecendo que as consequências não atingiriam somente a mim, mas atingiriam todos próximos a mim. Mas você errou comigo ao dizer que fará de tudo para esquecer que eu existo, mas ta tudo bem. Já eu te prometo que estarei lá no momento em que você mais precisar.

Beatriz deu meia volta e saiu, quando chegou do lado de fora da casa, viu seu padrasto encostado em seu carro. Ela foi até ele e lhe deu um abraço e um beijo de despedida.

– Não conheci seu pai, mas tenho certeza que se ele estivesse vivo. Ele teria muito orgulho de ver a mulher em que você se tornou. – disse Sergio.

Beatriz se dignou a dar-lhe um sorriso e entrou no carro. Enquanto ligava o carro começou a se perguntar pra onde ela iria dali, Não queria ir pra casa e ficar sozinha, mas também não queria sair pra beber. Tudo o que ela queria fazer era chorar, porem queria chorar ao lado de alguém que a entendesse de verdade. Foi ai que ela se lembrou de alguém que sempre esteve lá por ela e que com certeza estaria daquela vez. Ela sabia pra onde ir.

***

Já eram dez da noite, ela estacionou o carro e atravessou a rua correndo, olhou para cima e viu que a luz do seu quarto estava acesa. Subiu as escadas correndo e então parou quando chegou à porta do apartamento. Ela bateu na porta duas vezes e então a porta se abriu.

Noah estava vestindo um terno, pelo visto havia acabado de chegar de algum evento. Ele a olhou com um olhar surpreso, ela então correu e o abraçou. Conseguia sentir o coração dele, bater forte, ela pensou que ele não fosse demonstrar reação. E foi quando ela sentiu os braços dele a envolverem num abraço apertado e acolhedor. Ela não precisou dizer nada, pois as lágrimas que escorriam pelos seus folhos falavam por si só.


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