Somos um caso perdido. escrita por gabbecarruthers


Capítulo 7
Não tente me fazer sentir ciumes.


Notas iniciais do capítulo

não tenho muito o que falar sobre esse capitulo, mas eu adorei escreve-lo



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Era sábado de manha e, como em todos os sábados da minha vida, estava um tedio total. Eu estava acordada à meia hora, mas resolvi ficar deitada na cama por pura e simples preguiça de levantar. Crio coragem e me levanto, colocando um pé de cada vez no chão, pois ele estava gelado. Ando até a porta e a abro em silencio, pois eram apenas 7:30 da manha e minha mãe ainda deveria estar dormindo. Fui até a cozinha e abri a geladeira, tirei de dentro dela dois ovos e algumas fatias de bacon e os fritei, peguei o suco de laranja que estava na porta da geladeira e assim que o coloquei no copo ouvi passos. Fui até a porta da cozinha e vi minha mãe saindo do quarto, com o cabelo milagrosamente arrumado e o rosto um pouco inchado do sono, mas quase imperceptivelmente. Ela estava usando uma calça xadrez folgada e uma blusa preta justa, porem confortável.

–bom dia. – digo quando volto para a cozinha e ela me segue, pego um copo para ela e coloco suco no mesmo. Tiro um dos meus ovos e algumas das minhas fatias de bacon e as coloco em um prato pra ela.

–bom dia. – diz ainda com a voz embargada de sono. – dormiu bem? – pergunta.

–sim, e a senhora? – pergunto.

–ah, normal. – ela diz e eu a entrego o prato e o suco. – obrigada. – ela diz. Comemos em silencio até que a campainha toca. – quem será? Está esperando alguém? – ela pergunta curiosa.

– não que eu me lembre. – me levanto para abrir a porta e ela vem atrás. A campainha toca uma segunda vez. – já vai! – grito. Chego a porta e minha mãe para atrás de mim e, ao abrir a porta, brigo mentalmente comigo mesma por não ter pedido pra ela ficar na cozinha. – oi, Damien. – digo sem graça. – o que faz aqui? – pergunto confusa. Não tínhamos brigado desde aquele dia na escola, mas também não éramos tipo ‘’melhores amigos’’ que vão na casa um do outro nos fins de semana.

–eu... queria te chamar pra ir no cinema. – ele diz meio tímido. – e te devolver o seu casaco que ficou no meu carro naquele dia. – ele completa e me estende o casaco preto, o que eu estava usando no dia que nós brigamos e eu deixei no seu carro na hora que chegamos, pois já não estava mais com frio.

–keyla, não vai me apresentar seu amigo? – droga, mãe!

–é, keyla, não vai me apresentar? – ele pergunta com um tom sínico, dando ênfase no meu nome recém-descoberto.

–claro! Mãe, esse é Damien. – digo. – Damien, essa é minha mãe, Saarah. – completo.

–prazer em conhecê-la. – ele diz e estende a mão a ela, que a aperta. – então, a senhora deixaria que eu levasse a keyla ao cinema? – ele pergunta.

–nada de senhora, me chame de Saarah. – ela responde. – e é claro que eu deixo, eu não quero que ela passe o seu primeiro fim de semana na nova cidade trancada dentro do quarto. – ele ri um pouco e depois olha pra mim de cima a baixo, e então eu lembro que estou de pijama, e um pijama nada apropriado para estar parada em frente á porta. Ele é branco e bem fino, com renda preta nos lados, mostrando a cintura; e o short não chegava nem na metade da coxa. Ao perceber isso eu me escondi atrás da porta e ele riu.

–então... – eu disse nervosa. – eu vou lá dentro me arrumar, e já volto. Mãe, porque a senhora não chama o Damien pra comer alguma coisa na cozinha pra ele não ficar aqui fora? – digo.

–claro! – ela diz. – venha Damien, vamos lá na cozinha! – ela pega a mão dele e o arrasta até a cozinha, atendendo a ajuda desesperada que eu estava pedindo com os olhos. Quando eles sumiram da minha vista, eu fecho a porta e saio correndo pro meu quarto. Vou até meu guarda-roupa e pego uma calça folgada preta e uma blusa justa branca, as visto e calço uma sapatilha qualquer, penteio meu cabelo e o jogo de lado, pego meu espelho de bolso, meu lápis de olho e meu batom vermelho, passo o lápis com uma mão e seguro o espelho com a outra, depois passo o batom vermelho, mas o deixo bem claro. Saio do quarto e vou até a cozinha, aonde Damien e minha mãe estão.

–então, rapaz, quais suas intenções com minha filha? – minha mãe diz séria. Damien fica vermelho e começa a balbuciar uma resposta, mas minha mãe começa a rir antes que ele consiga formular uma frase. – brincadeira. Agora, é melhor vocês irem. – ela diz. – até mais tarde filha... espera ai, o que vocês vão fazer até a hora que forem assistir? Não está muito cedo pra ir ao cinema? – ela pergunta confusa. Realmente era cedo, já que eram apenas 8:15

–é, eu ainda não tinha pensado nisso... – ele diz. – acho que acabei vindo cedo demais. – ele da um sorriso sem graça. – acho que vou deixar ela decidir. – ele olha pra mim e eu dou um sorriso.

– acho que você poderia me levar pra dar uma voltinha no shopping, só pra passar o tempo. Ai quando der a hora, nós vamos pro cinema. – digo. – então, vamos?

–vamos, até mais tarde Saarah. – ele diz.

–até. – minha mãe responde.

Dou uma abraço em minha mãe e pego a mão de Damien para puxa-lo até a porta. Quando chegamos ao carro, aquele pedacinho do céu na terra, ele pisa no acelerador e eu sou levemente lançada contra o banco.

–você ficou louco? – digo rindo.

–fiquei louco quando te vi naquele pijama. – coro imediatamente ao lembrar que abri a porta pra ele com aquele pijama.

–não fica lembrando disso. – digo sem graça. – eu só tenho aquele pijama porque...

–porque ele fica extremamente sexy em você e você gosta de usa-lo para abria a porta para caras aos sábados? - me interrompe. – ah, eu gostei da sua mãe, keyla. – ele diz praticamente esfregando o nome no meu nariz. – e o nome te cai bem. E falando na sua mãe, ela é muito bonita, como o seu pai teve coragem de largar ela? – ele pergunta.

–pergunte a ele, porque eu também não sei. O que vamos fazer se sairmos vivos desse carro?

–você que sabe. – ele diz.

–bom, a gente pode ir ao shopping, já que já temos planos pro cinema, e você poderia comprar um livro pra mim. – digo com um sorriso. – já que você me sequestrou.

–eu não te sequestrei! – ele diz ironicamente.

–mas é isso que eu vou dizer se a policia nos parar por causa de excesso de velocidade. – ele ri e eu o acompanho.

–okay, eu te compro um livro.

–oba! – digo animada. – agora, reduz a velocidade, eu quero chegar inteira. – ele reduz um pouco a velocidade e em poucos minutos chegamos no shopping.

–você não quer comer antes? – ele pergunta.

–mas eu acabei de tomar café!

–você consegue resistir a um hambúrguer quando ele te olha nos olhos e implora para ser comido? – ele pergunta sorrindo e eu faço uma careta.

–eca, eu não comeria um hambúrguer com olhos e boca, principalmente se ele estivesse falando comigo, eu sairia correndo! – ele ri.

–vem, vamos comprar seu livro. – ele passa o braço sobre meus ombros e eu me encolho por causa da lembrança que isso me trás, mas logo esqueço e apoio a cabeça em seu ombro.

–sabe, acho que a melhor parte da minha mudança até agora foi você, acho que sem você eu teria ficado louca.

–tem certeza? Porque até agora, eu não posso dizer o mesmo. – ele diz e se afasta um pouco, apenas o suficiente pra me encarar. – você me deixa louco, isso é um fato.

–não seja tão grosso comigo, eu sei que você me ama! – digo ironicamente. – vai, me desculpe por tirar sua sanidade mental! – me afasto dele, retirando seu braço do meu ombro e apoio uma das minhas mãos no seu ombro, apoio a outra mão em seu peitoril e o puxo pra perto. – vai dizer que você não ama quando eu te perturbo? – aproximo meu rosto do dele e depois me afasto rindo. –vamos comprar meu livro.

Algum tempo depois saímos da livraria, não com um, mas com 5 livros, uma saga completa. Damien se comoveu pela minha alegria ao ver a coleção que estava procurando a muito tempo ( ‘’acampamento shadowfalls ‘’ ) e acabou comprando ela pra mim. Sai de lá radiante e pulando de alegria.

–eu sabia que tinha um motivo pra eu te amar! – disse e dei-lhe um beijo na bochecha. – você tem meu amor eterno!

–é fácil assim ganhar o seu amor? Então eu acho que não quero, não. – ele diz com um sorriso irônico.

–então tá bom, vou procurar quem queira. – disse eu comecei a me afastar, mas ele me agarrou por trás e segurou minhas duas mãos usando apenas uma das suas e começou a fazer cocegas em mim com a outra. –ah... Me larga! – disse em meio as gargalhadas. – as... Pessoas... Estão... Olhando.

–não tente me fazer ciúmes, keyla, eu posso acabar levando a sério.

–eu... Não tento... Te fazer ciúmes. – digo pausadamente por conta das risadas. – por favor... Para! – imploro já sem folego, ele para de me fazer cocegas, mas continua segurando minhas mãos e passa o braço livre pela minha cintura. Me apoio nele enquanto recupero o folego.

–tenta sim, eu já percebi. – ele diz zombeteiro.

–claro que não, porque eu iria querer te fazer ciúmes?

–e eu que sei?

–eu não tento te fazer ciúmes. Que horas são? – pergunto. Ele olha no relógio de pulso.

–são 9:54

–ainda é cedo... – digo. – você já pode me soltar. – digo quando ele começa a caminhar ainda me segurando contra ele e prendendo minhas mãos.

–eu sei.

–então me solta. – digo me debatendo.

–não, não quero te soltar.

–ótimo... Aqui estou eu, num sábado de manha, com um implicante e feita de refém. Deus, aonde eu errei? – digo e ele ri.

–o que vamos fazer agora? – ele pergunta.

–que tal você me soltar, ai nós vamos na sua casa e você me apresenta sua família, já que eu nem sei o nome da sua mãe, e ai quando entardecer um pouco, nós voltamos e vamos ao cinema.

–e como eu te apresento? ‘’mãe, essa é a garota a qual eu só descobri o nome hoje, mas já é uma das minhas melhores amigas. ‘’

–pode ser, mas não esquece de falar que eu fiz chantagem emocional para te extorquir até você me comprar uma coleção completa de livros e me levar pra dar uma volta na sua incrível Z-4! Acho que vou roubar seu carro... – digo rindo.

–okay, vamos lá em casa.


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Notas finais do capítulo

ihu, se estão lendo isso é porque chegaram ao final do capitulo, então já podem deixar um comentário ai em baixo :3



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