Não tenha medo de me amar escrita por Cherry Chan


Capítulo 8
Impossível entender


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, esse capítulo não ficou muito bom e desculpem pela rapidez dos acontecimentos, mas precisei escrever assim. Para nos próximos conseguir desenvolver uma relação mais íntima entre eles. Me perdoem também pela demora, mas é que minhas aulas terminam só semana que vem e estou meio ocupada, e pra ser sincera um pouco desanimada com a história, por causa dos comentários. Sugestões e críticas são bem vindas, pois quero muito melhorar a história amores. Não é nada com vocês leitores que comentam sempre, ou que já comentaram pois eu adoro vcs ok? Enfim boa leitura!



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Era de noite, mais precisamente 23h30min. Ontem eu tinha ficado mais tempo na mansão, o que gerou sorrisos idiotas do meu pai novamente. Contei á ele e a minha mãe, que não tinha terminado com Sasori, porque o mesmo não estava em condição adequada para me ouvir, claro que omitindo o que acontecerá depois. Hoje, eu iria ao apartamento dele, desejava ter ido cedo, mas me enrolei com a visita de uma amiga minha. Então agora estou eu na direção do meu carro, seguindo até o local onde ele reside. O caminho estava tranquilo, para minha sorte, assim conseguiria chegar mais rápido.

Senti um aperto no coração, mas ignorei. Nesse momento eu já estava subindo ás escadas, Sasori não demorou á abrir á porta. Não aparentava estar bêbado, agradeci mentalmente por isso.

– Sakura... Entra! – Falou sério, e em seguida deu um sorriso que me pareceu ser cínico, mas sabia que provavelmente eu deveria estar imaginando coisas.

– Hm, obrigado. – Passei por ele e preferi ficar em pé, não podia negar que estava me sentindo como uma estranha, intrusa ali.

Esperei ele fechar á porta, e já comecei a dizer o porquê de estar ali. Precisava soltar aquilo rápido, já não aguentava mais essa sensação que havia entre nós. As palavras saíram espontaneamente, antes mesmo de eu chegar á formular uma frase em minha mente.

– Sasori, eu vim aqui pra te dizer, que quero terminar oficialmente nossa relação. – Não olhei em seus olhos em nenhum momento, estava ansiosa demais para acabar com isso. – Porque você sabe, não há nenhuma química e nada que nos prenda um ao outro, faz muito tempo, pra ser sincera.

– É... Você tá certa.

– Então posso pegar minhas coisas no quarto?

– Claro.

Fui até o cômodo e peguei minhas coisas, juro que ouvi um murmúrio quando me retirei da sala do apartamento. Ignorei. Guardei ás coisas na bolsa e voltei para á sala. Sasori se aproximou de mim.

– Mas a gente podia se divertir um pouco antes, não é? – Soltou um sorriso que demonstrava intenções nada boas. Ele só podia estar louco.

Apressei-me tentando passar por ele, mas ele segurou meus braços, e tirou a bolsa de minha mão, jogando-a no chão. Fiquei confusa, impossível... Ele nem sequer estava bêbado.

–Para com essa brincadeira! – Falei um pouco assustada pra ele.

Suas mãos apertaram meus pulsos. Ele me arrastava atéo quarto, enquanto eu tentava assimilar aquilo, e reagir. Lembrei-me de uma vez em que ele tinha tentado fazer isso, nós havíamos discutido, mas eu tinha me desvencilhado e ido embora. Eu o perdoei depois, naquela época. Despertei das lembranças ao sentir o impacto de meu corpo na cama, tentei sair, mas ele estava em cima de mim e era muito mais forte que eu, o que é óbvio. Bruscamente ele apertou minha cintura e me beijou, não correspondi, em resposta me remexi na expectativa de conseguir sair dali. Sasori me puxou para cima já tentando tirar minha blusa, relutei contra ele, mas ele me virou de costas e me empurrou contra a cama de novo. Sentando-se em cima de mim e me esmagando, quase não conseguia respirar com o rosto contra o travesseiro.

– Seja boazinha Sakura, por todo o tempo que passamos. É só mais essa vez, viu?

Novamente me remexi, mas parei ao sentir fisgadas em minhas costas, pois ele ainda se encontrava em cima de mim. Não consegui impedi-lo de retirar minha blusa. Uma súbita vontade de chorar me invadiu, mas segurei. Minhas forças haviam se esvaído e eu não sentia mais meu corpo, não adiantaria tentar nada. Aquilo só podia ser um pesadelo, era a única explicação.

Alguns minutos depois o peso sob minhas costas some, mas ainda não tinha forças, fui virada para cima, aquilo me fez gemer de dor. Sasori parecia não se importar, apenas retirou meu short, a humilhação era imensa. As mãos dele apertaram minhas pernas por longos minutos, provavelmente deixaria marcas, pois o aperto tinha sido forte.

Eu tentava entender, as lágrimas não caiam, mas ficavam contidas e presas em meus olhos. Pareciam travar uma batalha se cairiam ou não. Por esse motivo minha visão nublou e meus olhos começaram a arder. Queria chorar, mas não iria demonstrar fraqueza á ele. Não agora. Com a mão livre, e uma força absurda, que nem eu mesma sabia de onde havia tirado. O acertei com um tapa, meus dedos chegaram á ficar marcados no rosto alvo dele, de tão forte que tinha sido. Ele se surpreendeu, e após isso deu uma gargalhada irônica, parecia um psicopata. Levantou-se da cama, e quando eu saí correndo até a sala, ele me empurrou no chão com tudo, doeu e muito. Naquele momento foi impossível segurar ás lágrimas por mais tempo, elas já rolavam molhando completamente meu rosto. Em seguida vieram os soluços. Era humilhante.

Levantei o mais rápido possível, invés de ir embora, avancei em sua direção o enchendo de tapas e socos, ele não se importava, apenas me olhava com um sorriso debochado. No último tapa que lhe dei, ele agarrou meu pulso e me jogou contra a parede, veio por trás de mim, enquanto passava suas mãos em meu corpo. Senti sua testa encostar-se a minha cabeça, aproveitei e joguei me para trás com tudo. Ele ficou tonto por alguns segundos. Segundos que eu aproveitei para pegar minha bolsa, e puxar um vestido que tinha ali, coloquei-o mais rápido possível e saí correndo para fora do apartamento.

Escutei uma música alta enquanto dirigia, ainda tentando entender o que tinha acontecido.

Cheguei ao local que morava, atravessando o longo quintal. Mexi em minha bolsa, logo após tirando as chaves e colocando na fechadura, cuidei para não fazer nenhum barulho. Cada degrau que subia da escada que levava ao meu quarto era uma pontada em minhas costas e meu corpo. Com dificuldade consegui alcançar o segundo andar.

Entrei no meu quarto, largando minha bolsa em qualquer canto. Fui deitando na cama lentamente, doía demais. As lágrimas vieram novamente, mas abafei os soluços. Tentei novamente entender, mas não consegui encontrar nenhuma resposta.

*

Não tinha conseguido dormir na noite anterior, direito. Hora acordava com a dor e outras com as lembranças que vinham em meu sonho. Ou seja, estava dolorida e ainda não tinha dormido bem. Que ótimo. Mas mesmo assim, levantei com o alarme que tinha colocado ontem para despertar uma hora antes do habitual.

Tomei um banho, que aliviou um pouco a dor e a tensão de meu corpo. Queria ficar mais, mas não podia me demorar. O bom era que estava frio, então podia colocar bastantes roupas, assim esconderia as marcas roxas que ficaram por meus pulsos, costas e pernas. Fiz uma maquiagem para esconder o inchaço de meus olhos e rosto. Desci para o primeiro andar e comi rapidamente algo. E fui para a mansão.

*

Pov Sasuke

Kakashi tinha saído agora pouco. Estranhei o comportamento de Sakura ao entrar no quarto, geralmente ela é toda sorridente e falante. Irritante mesmo. Mas gostava mais do jeito normal, do que de agora. Estava tensa e distraída.

– Sakura, tudo bem? – Perguntei meio preocupado

– Ah claro. – Me deu um sorriso rápido.

– Claro, claro que não está tudo bem. – Seus olhos ficaram aguados. – O que aconteceu?

– Eu... Eu não quero falar sobre isso.

Eu tinha terminado de comer, eu jamais faria isso com outra garota, mas bem, Sakura era Sakura. Bem tentem entender. Isso era um enorme esforço pra mim, eu não era de demonstrar carinho ou afeto. Muito menos querer fazer alguém se sentir melhor. Sim, isso mesmo, Sasuke Uchiha iria tentar consolar uma garota. Claro que do meu jeito.

– Hm.

Com as mãos trêmulas, e com certo esforço consegui agarrar seu braço. Por um instante ela me olhou confusa, depois pareceu entender quando puxei um pouco seu braço. Sorriu-me e entrou por debaixo das cobertas. Estava um dia frio.

Sakura colocou um travesseiro em meu colo e deitou a cabeça. Aquilo era estranho pra mim, digo, a situação. Eu só podia estar louco, esse não era eu, não mesmo. Mas ignorei esse fato. Assustei-me em como era dormiu ligeiramente, em menos de 5 minutos. Ela devia estar bem cansada. Fiquei á olhando, enquanto ela cochilava. Nem precisei lhe dizer nada e nem consolá-la, ela tinha dormido antes de eu tentar fazê-lo. Mas era melhor assim, eu era um fracasso nessas coisas.

*

Á tarde eu e Sakura ficamos olhando filmes, ela não tinha me contado o que tinha acontecido. Mas já parecia bem melhor. Ela também me avisou que minha mãe tinha ligado, ela e meu pai iriam voltar essa semana dos negócios e Itachi, meu irmão viria junto para passar uns dias aqui. Bem, o que posso dizer sobre ele, o mesmo é casado e sua mulher está esperando um filho. Eu á vi umas cinco vezes no máximo, já que ela e Itachi moram em Nova York, e são muito ocupados. Minha relação com meu irmão era boa, ele me entendia muito bem.


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Notas finais do capítulo

Gente me desculpem, novamente, se ficou ruim este. É só pra conseguir desenrolar a história depois, como eu já disse. Por favor não abandonem, prometo que o próximo ficará melhor e que explicarei o que anda acontecendo com Sasori! Beijos, comentem por favor ;*