Nesse momento, Sakura encontrava-se deitada, em sua cama. E seus pensamentos eram basicamente, sobre Sasuke. E tudo que achava estar sentindo por ele, nesses últimos dias. Muitas perguntas rondavam sua mente, e as que mais a perturbavam, eram: Se o sentimento que achava sentir. Realmente era verdadeiro. Ou se era apenas uma confusão que fizera, pelo fato de passarem tempo demais juntos.

E...

A outra, perturbadora pergunta, era sobre o que aconteceria quando não trabalhasse mais com ele.

Para ela, as coisas, pareciam – ou estavam- confusas demais, misturas demais e perturbadoras demais. E ao mesmo tempo em que se sentia, estranhamente, feliz por tê-lo beijado. Também, sentia-se arrependida. Afinal, pensava ela, se não tivesse o feito, as coisas estariam um pouco menos confusas. Mas, isto é algo que ninguém garante, inclusive ela.

Só que não podia deixar de imaginar, se sentiria tudo do mesmo jeito que agora. Se não tivesse o beijado. Absolutamente, a resposta era não. É claro que não. Mas a vontade de beijá-lo talvez a incomodaria também. E no fim, tudo acaba por ficar do mesmo jeito.

E outra coisa que a perturbava, era a culpa. Por ter passado dos limites – com seu patrão – sendo que o seu único dever era distraí-lo e ajuda-lo.

Droga, eu realmente sou uma idiota. Ah! Mas o segundo beijo foi ele quem pediu, então não sou completamente. Não! Mas, eu deveria ter negado o seu pedido. – Pensou ela.

Acabou-se, que por levantar da cama e por qualquer roupa. Iria até a casa de Ino, sua melhor amiga, que era ótima em conselhos.

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– Meu Deus, olha a hora que é agora. –A garota loira, disse com um tom bravo e ao mesmo tempo sonolento. – Eu preciso dormir sabia?

–Tá, eu sei, Ino é que eu queria me aconselhasse... Sobre o Sasuke, de novo. –Falou Sakura, fazendo cara de coitada.

– Credo Sakura, eu não aguento mais falar sobre isso. – Respondeu a garota, demonstrando ter ficado ainda mais irritada. – Faz favor né.

Sakura apenas permaneceu em silêncio, por um breve momento. Realmente, ela sabia que estava amolando demais a amiga, sobre tal assunto. Mas como já tinha vindo até ali e queria muito os conselhos da amiga, acabou por á empurrar brevemente para dentro do local e fechou a porta atrás de si.

– Ninguém merece. – Reclamou a loira.

– Ai Ino, eu sou sua amiga, a sua melhor amiga, tenha mais paciência.

– Tá, fala logo.

– Sabe como eu te disse, eu ando muito confusa...

– Isso eu já sei.

– Calada.

– Oras.

– Então, eu e o Sasuke nos beijamos de novo hoje. E diferente da outra vez, essa não foi sem querer, ele me pediu pra beijá-lo.

– Hum.

– Sério que não vai falar nada? – Perguntou chocada, já que a outra era sempre tão empolgada e falante, independente do horário que fosse.

– Não estou nos meus melhores dias e eu quero dormir.

– Mas, continuando, eu acho que sei lá, essa paixão que eu acho que estou sentindo por ele, talvez possa ser só uma pequena confusão que fiz.

– Talvez.

– Certo. A questão é... Será que quando eu não estiver mais trabalhando com ele, caso nós ainda formos amigos ou algo do tipo. Preciso me afastar um pouco, pra saber o que sinto?

– Acho que é uma boa ideia, acabou?

– O quê?

– Pode ir embora então. Tchau. – Falou enquanto se levantava, para levar a amiga de cabelos róseos até a porta.

– Tá me expulsando?

– Sim.

– Não terminei, oras.

– Caramba. – Resmungou Ino, sentando-se outra vez.

– Mas eu também nem sei, se a gente vai continuar se vendo, como vai ser. O que vai acontecer, é como eu precisasse dele, então acho que estou mesmo apaixonada por ele. Ou não? Ai que confusão. – Falou enquanto passava as mãos nos cabelos, em um ato de nervosismo.

– Não sei, se você está ou não. Nem o que vai acontecer. Mas precisa de um tempo depois que ser dispensada desse trabalho. – Disse ela, sendo sincera.

– É, é mesmo, obrigada. – Falou a rosada se levantando do sofá, e indo em direção da amiga, para abraçá-la. – Desculpa por vir essa hora.

– Tá, agora tchau. – Respondeu a outra empurrando pra fora.

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Sakura já se encontrava, deitada novamente em sua cama. Pensando sobre, afastar-se de Sasuke por um breve tempo, depois que parasse de trabalhar com ele. Mas, ela mal sabia se, eles realmente iriam continuar á se verem depois que ele se recuperasse. O jeito era mesmo esperar.

Bem, que eu queria ter uma bola de cristal, ou algum poder sobrenatural, que supostamente, pudesse prever o futuro. Mas o jeito é deixar ás coisas acontecerem. – Pensou, um pouco antes de acabar adormecendo.

[...]

Acordou com os fleches de luzes – raios de sol – atingindo-lhe a face. Ao contrário de muitos dias, levantou-se rapidamente, sem muito enrolamento. E logo se arrumou. Assim que estava devidamente arrumada, feito a higiene e tomado seu café. Partiu para a residência dos Uchihas.

Assim que chegou ao local, Kakashi já saía antes a cumprimentando. Fez algumas coisas pela casa, e seus deveres também. Preparou a comida, mas dessa vez, apenas isto. Pois Sasuke já mexia os braços. E também havia tido um grande progresso com as pernas, no último mês.

Sakura estava no quarto do moreno – os dois estavam á olhar um filme qualquer – quando ele decidiu fazer um simples pergunta, que pra ela acabou tornando o clima totalmente embaraçoso.

– Sakura, eu estive pensando muito, e acho que nós, bem... O que acha de nós dois sairmos em um encontro, sei lá, em algum restaurante?

Sim. Era um simples pergunta, mas pra ela, neste momento tão confuso em que sua mente se encontrava. Parecia demais. Muito perigoso, ou digamos, podia confundir ainda mais as coisas. Mas talvez pudesse deixar as coisas mais claras.

Só que, definitivamente, aquilo soava estranho. Era seu patrão, trabalhava pra ele. Todos os passeios eram apenas parte de seu trabalho – claro que isso não os torna algo menos, afinal aproximaram os dois – mas sair com ele. Não era afligir ainda mais os limites, já basta ter o beijado duas vezes.

Sair, em um encontro?

Será?

Será que devo?

Bem, isso não vai me matar, e não é como eu estivesse cometendo um crime. Nem como fosse me casar com ele por isso.

É eu estou sendo exagerada, e dramática demais em relação á isto.

É só um encontro, nada demais.

Por fim decidiu aceitar.