Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores.... Mais um caps pra voces.... Peço desculpas pela demora, mas minha formatura tá chegando e eu to tendo que fazer trabalho vonluntario em um museu para fechar umas horinhas.... Fascinante isso.... MAs segue novo caps.... Pedido importante no final!!!
PS: Peço desculpas pelos erros de digitação... é que não tive tempo para corrigir.....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/56549/chapter/8

No dia seguinte não tive coragem de seguir Suzannah, eu nem ao menos tinha o direito de fazer isso, além do mais, que mal poderia acontecer a ela na escola e ainda na companhia do padre. Mas no fundo eu sabia que estava enganado, afinal o problema e o perigo não estavam relacionados a escola ou ao padre, mas estava diretamente ligado e atraído a Suzannah. Só uma olhadinha para me certificar que ela estava bem.

         Mais uma vez, mesmo contra minha vontade me materializei na missão. Aquilo estava uma confusão. Não via Suzannah ou qualquer outro aluno em qualquer lugar, mas os funcionários, principalmente as freiras estavam aterrorizadas, foi então que eu vi Suzannah sair de uma sala e ir em direção ao que creio que seja a sala do padre. Já haviam ambulâncias e Suzannah estava bem. Nem ela nem Heather poderia me ver aqui ou a situação poderia se complicar mais. Ela estava bem e era isso que importava.

         Voltei para a praia. A praia de Carmel durante o dia é um lugar lindo e calmo, sem pessoas desprovidas de valores morais e principalmente sem o barulho proveniente delas. Eu não sou contra a modernidade e a evolução, apenas não concordo ou me acostumo com a falta de bom senso dos jovens de hoje.

         Sentei-me mais uma vez na areia, o som do mar me fez sorrir, o ondular das ondas me fez sonhar, ou melhor, ter a visão de um sonho. Suzannah dormindo era encantadora, principalmente pelo fato dela estar de boca fechada, mas ainda assim era algo que eu jamais perderia. Doce, tranqüila e serena em sua cama. Pela primeira vez durante esses 150 anos eu desejei estar vivo. Para poder estar com ela.

         Nem sei porque essa idéia passou pela minha cabeça, mesmo estando vivo, não há nada que me faça creer que Suzannah se interessaria por mim. Não sei ao certo, mas acho que eu não interesso a ninguém... Maria era quem eu pensei que me casaria me...

 

“Ficar na estalaria da Sra. O’Donew não era algo seguro a se fazer, pelo menos não nessa época. A corrida do ouro estava ensandecendo as pessoas, tornando-as animais assassinos.

Cheguei na estalaria estava entardecendo. No anoitecer do dia posterior ao próximo seria meu casamento. Eu teria um dia para devolver as cartas e o lenço a Maria, e tambem para explicar a meu tio os motivos para romper o casamento antes mesmo dele começar, tinha medo de sua reação para com Maria, mas o que fazer? Não irei desonrar minha família por uma mulher.

Levei meu cavalo até o estábulo. Estranhei quando Félix Diego veio me encontrar.

 

- Hector de Silva, Mi señor pedio para que yo vinieras acá ayúdalo con sus cosas. Luego tendremos un gran día. – Estranhei esse fato. O pai de Maria nunca havia enviado alguém antes.

- Gracias Diego.

- Mañana temprano nos quedaremos con  mi señor. Él está muy feliz por el casamiento de su hija. – Apenas sorri para Diego. Não havia nada a ser dito ao amante de Maria.

 

         Aproveitei o sossego no meu quarto para tomar um banho e descansar, pensar no que eu diria a meu tio quando o encontrasse. Me preparar para o que sentiria em relação a Maria quando a visse. Quando a devolvesse suas cartas.

         Mais uma vez peguei a caixinha prateada onde mantinha as cartas que Maria havia me enviado, juntamente com um retrato seu que havia sido enviado a mim. Sua beleza era algo inimaginável. Sua elegância e bom tom eram indiscutíveis, mas seu caráter era totalmente o oposto do que creio eu que seus pais haviam lhe ensinado.

         Passei e repassei a conversa que teria com meu tio diversas vezes em minha mente, já deitado em minha cama, por fim, já era tarde e eu adormeci. Fechei os olhos para o ultimo dia que eu vira nascer. Fechei meus olhos para não mais abri-los. Pelo menos não com vida. Mas é claro que eu não sabia disso.”

 

         Não podia mais reviver essas memórias que apenas me torturavam. Nem percebi que já havia anoitecido. Mas tinha certeza que não estava tarde. Estranhei chegar ao quarto de Suzannah e perceber que ela havia se deitado. Normalmente, em minha época, afirmaria que isso era devido a uma indisposição, mas vindo de Suzannah tinha certeza que ela estava planejando algo. Como eu havia desconfiado, meia noite em ponto o relógio de Suzannah despertou. Isso não poderia ser mais clichê. Achei melhor ela não me encontrar enquanto acordasse, mas resolvi ficar vigiando apenas por precaução.

         Eu havia decidido não me meter mais na vida de Suzannah, até ver ela saindo pelo telhado.

- Tudo bem – ela disse quando já tinha pulado para a varanda - Vamos deixar uma coisa bem clara logo de saída. Você não vai dar as caras lá na Missão esta noite. Entendido? Se aparecer por lá, vai se arrepender, e não será pouco. – O que pode ser pior que a morte? Mas não era nisso que eu estava pensando enquanto a olhava vestida em sua roupa preta com jaqueta de couro e mochila nas costas. - Estou falando sério . Não vai ser uma noite nada boa para fantasmas. Nada boa mesmo. De modo que se eu fosse você não dava as caras por lá. – Se era atenção que ela queria agindo assim com certeza ela já tinha conseguido, se não, a única coisa que ela iria conseguir era causar sua própria morte.

- Suzannah – disse a ela pacientemente - O que você está querendo?

- Nada. – Ela me respondeu indo até a bicicleta e colocando um capacete. - Preciso apenas acertar uma coisas. – Eu não acredito que ela iria até a missão novamente.

- Com a Heather?

- Isso aí. Com a Heather. Sei que as coisas saíram do controle da última vez, mas dessa vez vai ser diferente...

- Como, exatamente? – Não que eu fosse deixar ela sair, mas fiquei curioso sobre o que ela pretendia fazer.

- Tudo bem, vou te dar uma colher. Vou fazer um exorcismo. – Minhas mão prenderam o guidão da bicicleta imediatamente, ela realmente tinha um plano, e diga-se de passagem um plano até esperto. Mesmo assim eu não acreditava nas palavras que saíram daquela boca de desenho suave.

- Um o quê?! – Perguntei quase que retoricamente.

- Você não pode me ajudar. Vê se fica afastado de lá esta noite, Jesse, caso contrário poderá ser exorcizado também. – Ela disse tudo isso como se estivesse me fazendo um favor.

- Você perdeu o juízo. – Isso não havia sido uma pergunta.

- Provavelmente – ela respondeu como se essas palavras fossem insignificantes.

- Ela vai matá-la.  Não está entendendo? É isso que ela quer. – Eu já estava começando a entrar em pânico, a ficar desesperado. Como eu iria impedi-la agora?

- Não.Ela não quer me matar. Primeiro ela quer matar todo mundo que é importante para mim. Só depois é que quer me matar. Mas ela não vai conseguir, entendeu? Eu vou impedi-la. Agora solte a minha bicicleta.

- Não, não. Nem mesmo você seria capaz de fazer uma coisa tão idiota. – Ou será que poderia?

- Nem mesmo eu? Muito Obrigada. – Não me importava com o quanto magoada ela poderia ficar, não que eu achasse que ela ficaria, afinal é só a opinião de um homem morto, mas eu não poderia deixar ela se colocar em perigo. Ainda mais agora que ela tinho o padre para ajudá-la. Isso o padre. Eu tinha me esquecido dele e do que houve esta manhã na missão. Não tive oportunidade de perguntei, e nem ao menos eu saberia explicar o como eu sabia que algo tinha acontecido.

- O padre está sabendo disso, Suzannah? Você contou ao padre?

- Hmm, claro. Ele está sabendo. Ele, hmm... vai se encontrar comigo lá.

- O padre vai se encontrar com você? – Isso não era típico do padre, ou ele estaria com Suzannah em seu ultimo encontro com a Heather, que foi ontem a noite.

- Sim, claro, claro. Você não está pensando que eu ia tentar uma coisa dessas sozinha, não é mesmo? Puxa, eu não sou tão burra assim, por

mais que você pense. –O que eu poderia fazer contra a decisão de um padre.

- Bem, se o padre vai estar lá...

- Claro, claro. Com toda certeza. – Não entendo.. O padre não poderia estar lá.. Algo aconteceu....

- Você está mentindo, não está? O padre não vai estar lá coisa nenhuma. Ela o machucou, não é mesmo, hoje de manhã? Foi o que eu pensei. Ela o matou? -  Era isso sim.. Se não fosse ela não ficaria tão nervosa... Sim eu estava certo. - Por isso é que você está com tanta raiva. Eu devia ter

imaginado. Você está indo lá para acertar contas com ela pelo que ela fez com o padre.

- E se for isto? – ela respondeu como se estivesse com a razão. - Ela bem que merece!- Forcei minhas mãos no guidão de sua bicicleta para não arrastá-la de volta para o quarto.

- Suzannah. – tentei ser paciente. - Não é assim que se fazem as coisas. Não foi para isto quevocê recebeu este extraordinário dom, não para fazer coisas assim... – Acho que ela não gostou muito do que eu disse.

- Dom?!- É isso aí, Jesse. Eu recebi mesmo um dom dos mais preciosos. E sabe o que mais? Estou de saco cheio. Mas estou mesmo. Eu achei que vindo para cá poderia começar tudo de novo. Achei que as coisas poderiam ser diferentes. E sabe o que mais? São diferentes mesmo. São muito piores! – Eu imaginava que não deveria ser mesmo fácil conversar com os mortos, mas ela detestava isso.. Ela me detestava... Ela estava com raiva de mim... Porque eu estou morto.

- Suzannah... – Pensei alto de mais.

- O que você acha que eu devo fazer, Jesse? Amar a Heather pelo que ela fez?Abraçar seu espírito ferido? Sinto muito, mas é impossível. Talvez o padre Dom fosse capaz, mas eu não e ele está fora da jogada, de modo que vamos fazer as coisas do meu jeito. Vou me livrar dela, e se você quer o seu próprio bem, Jesse, fica fora dessa.

 

         Eu já não tinha mais força para isso... Para impedi-la... Ela tinha razão... Nós não temos o direito de nos meter em sua vida... Afinal já tivemos temo para fazer o que queríamos e nossas decisões nos levaram a morte.

         Suzannah se jogou para frente violentamente, não que ela pudesse ser mais forte do que eu, mas eu já não tinha certeza se deveria a segurar ou não, então a deixei ir, mas mesmo morto, eu fiquei como coração na mão. Vendo ela descer ladeira abaixo. Literalmente em todos os sentidos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amoresss... Está chegando no final do primeiro livro... então tenho dois pedidos a fazer e um depende do outro...
 
Vocês querem que eu faça o segundo livro pelo pov do Jesse ou que eu pare por aqui mesmo???
Se voces quiserem que eu continue ( i hope so) eu pretendo mudar a capa... Aninha_Cullen eu amo a sua capa e vou guarda-la com carinho, mas como cada livro tem uma capa eu pretendo fazer o mesmo, então se alguem quiser se habilitar a fazer ou dar ideias... fiquem a vontade....
 
Mereço reviews???