Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores... Hoje mais uma vez venho postar mais uma capitulo da fic... Eu realmente espero que estejam gostando. Eu hoje vi uma fic muiiito parecida com esta que aqui postada está, porém minha primeira observação é que está quase que de uma forma resumida. Então eu humildemente peço, que se vocês estão realmente gostando da fic, não aceitem imitações.
Obrigada por todos os comentários. Sempre muiiito feliz com eles... Minha motivação para continuar postando...
Amo vocês!!!



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A volta para casa foi quieta, até certo ponto. Era engraçado com estar com Suzannah me fazia esquecer do que eu era, ou melhor, do que eu tinha me tornado. Imagino o que devem pensar quem vê Suzannah sendo apoiada por nada e uma bicicleta que anda sozinha. Pois era isso o que parecia. Eu apoiava Suzannah enquanto andávamos e levava sua bicicleta. Eu jamais faria algo assim, mas quando Suzannah estava comigo parecia que eu estava vivo novamente, nem o tempo me importava. Nem os 150 anos de morte, nem os 20 de quando eu ainda era vivo. Acho que era por isso que permaneci. Para ajudar Suzannah em sua missão. Como um guarda-costas.
Por mais que ela quisesse demonstrar ser forte, ela era uma garota linda e delicada. Por muito pouco Heather não acabou com ela na Missão. Eu não vou deixar que Heather chegue perto de Suzannah novamente. Como se esse fosse o problema. O problema não é Heather chegar perto de Suzannah, é Suzannah chegar perto de Heather, mas o que fazer, mesmo que morta, Heather é uma mulher, eu jamais faria nada contra uma mulher, nem que seja uma fantasma demoníaca louca para matar Suzannha. Tão suave, tão doce... tão hermosa.
É incrível como as mulheres neste aspecto não mudaram nada desde, como posso dizer, “a minha época”. O orgulho ferido por um amor ingrato. O amor que se torna ódio. Quantas vezes vi minhas irmãs tristes por algo que eu não poderia compreender. Mas nunca as vi com ódio, porém ouvi muitas historias a respeito. Percebi que com o passar dos anos apenas aumentava, o que agora é chamado de crime passional.

- Não há no céu fúria comparável ao amor transformado em ódio nem há no inferno ferocidade como a de uma mulher desprezada. – Não percebi que havia falado em voz alta até que ela me perguntou.
- Está falando por experiência própria? – Não exatamente,mas chegou perto. Apenas sorri e lhe esclareci as palavras.
- É uma citação de William Congreve.
- Ah... Mas, como você sabe, às vezes a mulher desprezada está cheia de razões de ficar furiosa. – Será que Suzannah já tinha sido rejeitada? Impossível.
- E você, está falando por experiência própria? – perguntei apenas para repetir suas palavras.
- Nem de longe. – É claro que não. Eu tinha certeza disso. Quem seria o louco de rejeitar uma garota tão... tão... inebriante quanto Suzannah. Nada de tédio perto dela. E ela complementou - Mas a gente não sabe o que aconteceu entre a Heather e o Bryce. No fundo, não sabemos. Ela podia ter muitas razões para estar ressentida. – Isso era estranho... Por que ela defende a garota que está tentando matar seu atual “namorado”?
- Ressentida com ele, acho que sim. Mas não com você. Ela não tinha direito de tentar machucá-la. – E isso eu não iria permitir, nem que eu tivesse que mudar os valores que aprendi em vida.

Suzannah ficou pensativa por um tempo, mas quando sua boca abriu eu tive vontade de ser engolido por um buraco aberto na terra.

- Mas e você? Como foi mesmo que morreu? – Confesso que precisei de tempo para assimilar sua pergunta nada sutil. Como foi mesmo que eu morri?

“- Eu não vou admitir madre.... Não vou deixar Maria arrastar nosso nome na lama. Eu vou até a Califórnia devolver suas cartas e oficializar o termino do casamento. – Afirmei batendo o pé. Mi madre achava que o casamento estava muito próximo para ser terminado. Mas eu não me importava.
Sai de casa ainda era noite, aproximadamente dois dias até a cidade de Carmel, ficaria na pensão da Sra. O’Donel como de costume, não era um lugar muito tranqüilo, mas era confiável. Pelo menos era isso que eu achava.”

- Hmm... – Eu estava tão distraído em minhas lembranças que por um momento esqueci de Suzannah ao meu lado. - Sabe o que mais? Esquece. Se não quiser, não precisa me dizer...
- Não....Tudo bem. – Eu respondi, mesmo não estando muito certo disso. Minha morte foi no mínimo vergonhosa. Mas morte é morte não é mesmo?
- É só que eu estava meio curiosa, só isso. Mas se você achar que é uma coisa muito pessoal... – talvés na minha época fosse, mas agora... o mundo tem outros valores... na verdade os valores são os mesmo, apenas com outras conotações.
- Não, não é. – Disse enquanto chegávamos em casa. Eu não sabia nem por onde começar a historia nada emocionante de minha morte. Me recostei no muro e pensei um pouco. - Como você sabe, nem sempre esta casa foi uma casa de família.
- É mesmo?! – Ela perguntou.
- Sim. Houve uma época em que era um hotel. Quer dizer, mais uma estalagem propriamente do que um hotel. – Estranho ela não saber disso tendo Dave como mais novo irmão mais novo.
- E você estava hospedado aqui?
- Sim... – essas palavras me fizeram reviver os momentos quando cheguei aqui. Um dos últimos momentos de minha vida. De onde estou hoje, no mesmo lugar há 150 eu podia ver o mesmo mar de Carmel.
- E... Aconteceu alguma coisa quando você estava aqui? – A voz de Suzannah era a única coisa nesse momento que podia manter as recordações afastadas.
- Sim... – E ela insistia em me fazer recordar justamente do que eu evitava pensar, todas essas semelhanças estava tornando vivida a memória em minha mente. Eu a fiquei olhando por um longo minuto. Eu estava enganado. Não era apenas sua voz. Também eram seus olhos, ou melhor, apenas sua companhia, mas não naquele momento. - Mas esta é uma longa história, e você deve estar muito cansada. Vá se deitar. Amanhã de manhã decidiremos o que fazer sobre a Heather. – Nem preciso dizer que ela não ficou muito feliz com isso.
- Espera um pouco. Não vou a lugar nenhum enquanto você não
acabar de contar essa história. – Ela era lindamente irritante. Tentei negar a parte do irritante.
- Está muito tarde.Uma outra vez.
- Puxa vida! Você não pode começar uma história assim e não acabar de contá-la. Você tem de... – Agora eu tinha minha confirmação. Ela era um doce garota e agora estava agindo como uma. Uma garota mimada. Não pude conter o riso.
- Vá se deitar, Suzannah. Você já foi suficientemente assustada esta noite. – Disse enquanto a conduzia para a escada. Ela era teimosa.
- Mas você... - Muito teimosa. Eu poderia dizer que ela era teimosa como uma mula, mas agora eu acho é que mulas são teimosas como Suzannah Simon.
- Quem sabe outra vez... – Tentei estimulá-la a esquecer, mas era dificil.
- Você promete? – Ela pareceu com minhas irmãs quando pediam ao meu pai um vestido ou um sapato novo. Aprendi a nunca dizer não a uma mulher nessas condições.
- Prometo. Boa noite, hermosa.
- Já disse para não me chamar disso – ela resmungou enquanto marchava para dentro de casa.

Suzannah, o que ela pensaria, ou melhor, o que ela pensará quando descobrir como foi minha morte. No mínimo ela ficará desapontada. Não conheço Suzannah a muito tempo, mas pelo tempo que a conheço posso perceber que ela está esperando por uma batalha emocionante. Mas não foi bem isso que aconteceu naquela noite.

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Notas finais do capítulo

Mais uma vez mereço reviews???
Até o proximo capitulo, que está sendo feito com carinho especialmente para vocês....
Beijos