Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

olá meus amores...
Mais um caps pra vocês....
Espero que gostem.
Só para lembrar... Essa fic é o que houve do ponto de vista do jesse. Os diálogos permanecerão os mesmos para que não fique fora. de contexto.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/56549/chapter/6

Me materializei na doce e suave praia de Carmel... Meu secundo lugar preferido em Carmel.

“Quando saí da fazendo da pai de Maria, meu tio em tese, fiquei ouvindo cochichos sobre Felix Diego. Sobre ele uma senhora. Uma senhora rica e cheia de mimos. Nem me fiz curioso em saber mais a respeito, não sou fuxiqueiro.
Quando cheguei em casa mi madre correu para me abraçar.
- Jesse meu amor, como foi nas terras de seu tio?
- O casamento está certo filho? – Papai perguntou. Mas de uma forma triste.
- Sí padre. Por que? Há algo errado?
- Não queremos que case mais com Maria, ela não é digna de pertencer a nossa família.
- Por que madre? Ela é tão doce.
- Doce como o veneno de um escorpião. Ela se encontra escondida com um dos empregados de seu tio. Um ex traficante de escravos. – Foi aí que eu entendi o que eu não queria aceitar”

     Não poderia ficar ali na praia recordando minha vida. Precisava ver como Suzannah estava, aquela Heather não é uma boa fantasma.
Quando me materializei na missão quase tive um enfarte. Quase por que eu não tinha um coração.
     A enorme cabeça de bronze de Junípero Serra estava preste a cair no chão e esmagar Suzannah. Eu pulei na direção de Suzannah com tanta força que a derrubei no chão.. Ela parecia estar sonhando ou algo do gênero. Como ela era tola de arriscar sua vida dessa forma.

-Levante-se. Pensei que você era boa nisso! – O que ela tinha??? Por que não se levantava?? De repente a cabeça de bronze estava novamente vindo em nossa direção. A levantei como pude... Não tive muito tempo para ser gentil.

     Eu levantei e arrastei Suzannah para a sala onde tinha a janela quebrada, provavelmente foi por onde ela entrou. Suzannah não estava se esforçando nada em me ajudar a manter sua vida.. viva... Entramos e então eu tranquei a grossa porta de madeira, bem a tempo da cabeça de metal bater nela com toda a força.

- Díos. – Você disse que era perfeitamente capaz de cuidar de si mesma. Disse também que precisava primeiro livrar-se dela. Perfeito...
- Cala a boca. – Suzannah exclamou com uma grosseria desnecessária. Afinal, eu tinha acabado de começar a salvar a sua vida.
- Bafo de cadáver. – Lembrei-a. – Você se dá conta de que me chamou de bafo de cadáver? Magoou hermosa. Magoou mesmo.
- Eu já disse para não me chamar de hermosa. – Ela dizia isso enquanto algo batia violentamente na porta.
- Pois eu também agradeceria se você não fizesse comentário desabonadores a meu respeito. – respondi.
- Olha aqui. Esta porta não vai agüentar para sempre. – Ela constatou o obvio.
- Não... Posso dar uma sugestão? – Perguntei a cabeça-dura da Suzannah.
- Claro. – Enfim ela aceitou algo.
- Corra!!!

     Ela foi em direção a janela. Subiu e ficou me olhando... O que ela está esperando a final.

- Poderia andar mais rápido. POR FAVOR? – Tive que implorar para ela sair dali... o que ela queria afinal?

     Quando ela saiu da escola eu pude enfim me desmaterializar dali. Eu já tinha morrido eu sei. Mas isso não significa que eu não me machucava. Foi quando ouvi algo pouco mais alto que um sussurro. “Jesse”. Eu não devo estar ouvindo bem. Fui para o estacionamento e Suzannah estava parada. Virada para a janela e me chamando. Qual é o problema dela?

- Acho que já mandei você correr. – Disse e quase morri de novo.

- Ai Meu Deus. – Ela disse isso e agarrou minha camisa com as duas mãos. - oh Meu Deus, Jesse você está bem? – Ela pirou de vez. Eu estou morto. Claro que eu não estou bem.
- Claro que eu estou. – Na medida do possível, considerando que eu estou morto. – E você?
- Eu? Estou ótima... Você acha que conseguimos neutralizá-la?
- Por enquanto. – isso significa que ela não está mais jogando nada em nós, apenas isso.
- E como você sabe? Como você sabe que ela não vai sair atravessando paredes e jogando arvores contra nós feito um tufão?
- pode estar certa que não. – Eu tinha que sorrir da falta de informação da Suzannah. É obvio que heather não tinha idéia o que podia fazer. Ela era “nova” nisso. E foi exatamente o que eu disse a ela. Mas me arrependi na hora. Ela começou a andar de um lado pro outro e depois em círculos.
- Precisamos fazer alguma coisa. Temos que avisar o Padre Dominic... e também o Bryce. Meu Deus, temos que avisar ao Bryce que não venha ao colégio amanhã. Ela vai matá-lo. Vai matá-lo no exato momento em que ele puser o pé no campus.. – Ela começou a falar sobre o garoto que ela parecia estar gostando. Obvio que se ele fosse bom a outra não teria estourado a cabeça. “Bryce”...
- Suzannah.- Eu tentei acordá-la do surto psicológico.
-Acho que podemos telefonar para ele. É uma hora da manhã, mas podemos telefonar e dizer a ele... nem sei o que a gente pode dizer para ele. Talvez possamos dizer que houve uma ameaça de morte contra ele, ou alguma coisa assim. Talvez funcione. Ou então podemos mandar uma ameaça de morte. Isso mesmo! É isso aí! Podemos telefonar para a casa dele, aí eu disfarço a minha voz e digo algo do tipo "Não venha ao colégio amanhã ou poderá morrer". Talvez ele entenda. Talvez ele... – O que esse homem tem afinal?
- Suzannah. – tentei chamá-la novamente.
- Ou então o padre Dom se encarrega! A gente faz o padre Dom telefonar para o Bryce e dizer para ele não vir ao colégio, que houve algum acidente ou coisa assim... – Sério. Ela tava me deixando doido. Em ambos os sentidos. Ou no mínimo ela iria cair ali mesmo se não parasse de tagarelar sobre aquele homem. Ou quem sabe eu mesmo poderia fazer o serviço e acabar logo com isso. Mas é claro que eu não sou assassino.
- Suzannah. – Tentei mais uma vez e por fim ela parou. Porque quase caiu. Ela teria caído se eu não a segurasse. Eu a segurei. Senti sua pele novamente. Ainda que por cima da grossa jaqueta de couro preta. – Tudo bem. A culpa não é sua. Você não pôde fazer nada. – Afirmei a verdade para ver se ela entendia. O que não aconteceu, é claro.
- Eu não podia fazer nada? Você está brincando? Eu devia ter dado um pontapé naquela garota para ela ir parar de volta no seu túmulo! – Vai explicar que focinho de porco não é tomada, vai.
- Não. – Disse a olhando seriamente nos olhos.- Ela a teria matado.
- Uma ova! Eu podia perfeitamente com ela. Se ela não tivesse feito aquilo com a cabeça daquele cara... – Ela começou a tagarelar novamente e a cortei. Ou pelo menos tentei cortar.
- Suzannah... – e antes de eu falar qualquer coisa ela recomeçou o discurso de mulher maravilha.
- Eu sei o que estou dizendo, Jesse. Eu podia perfeitamente ter dado conta dela se ela não tivesse ficado tão enlouquecida. Aposto que se esperar só um pouquinho até ela se acalmar e voltar lá dentro, consigo convencê-la... – Ai eu perdi a paciência.
- Não. – Soltei seu braço e passei o meu por seus ombros tirando-a dali. – Vamos para casa. Ela ainda tentou objetivar.
- Mas e...
- Não. – Repeti.
- Jesse, você não está entendendo. Esse trabalho é meu. Eu tenho de... – Garota insuportável....
- É uma tarefa do padre Dominic também, não? Deixe que daqui para a frente ele cuida. Não há motivo para você ficar com toda a responsabilidade em cima dos seus ombros.
- Pois há sim. Fui eu quem estragou tudo. – É... não poderia negar que ela estava certa. Mas ela não precisava saber disso. Mas apenas de certa forma.
- Foi você que encostou o revólver na cabeça dela e puxou o gatilho?
- Claro que não. Mas fui eu que a deixei tão furiosa. Não foi o padre Dom. Eu não vou ficar pedindo ao padre Dom que conserte as minhas besteiras. Não teria o menor sentido. - O que fazer? O que falar? Como argumentar?
- O que não tem sentido nenhum – tentei explicar calmamente antes dar uma pancada na cabeça dela para poder leva-la para casa nem que fosse desmaiada. – é alguém esperar que uma garota como você entre em luta com um demônio dos infernos como... – Mas é claro que ela nem me deixou terminar.
-Ela não é um demônio dos infernos. Só está com raiva. E está com raiva porque o único cara em quem achava que podia confiar revelou-se um...
- Suzannah. – A interrompi quando parei de caminhar. E novamente ela quase caiu. O que acontece com o equilíbrio dessa menina? Mas o que afinal acontece com essa garota. Agora ela estava sangrando. Sim. Eu tinha certeza que o que estava pingando no chão era sangue. – Você está sangrando. – Disse. E ela meio que se desesperou. Tentou negar e quando viu o sangue ficou procurando onde era o corte. Mas eu sabia que era no seu pulso.
- Oh! Mas que horror! Sujei sua camisa toda. – Definitivamente ela é louca. Tentei agir naturalmente. O mais naturalmente que um homem morto pode agir.
- Não é nada. – Disse enquanto tirava o lenço de Maria de meu bolso e colocava em seu machucado para impedir que sangrasse mais. Pelo menos aquele lenço agora teria uma utilidade além de me fazer lembrar da maior tristeza da minha vida. – Pronto. Está doendo? – Disse quando terminei.
- Não. Obrigada. – Pela primeira vez ela estava sendo gentil.
- Não há de que. – Respondi.
- Não. – Ela insistiu. - Não, obrigada mesmo. Obrigada por ter vindo me ajudar. Mas não precisava... Quer dizer, estou feliz que você tenha vindo. E... bem, obrigada de novo. Só isso.

Agora ela estava sendo gentil e educada. Isso sim era uma proeza e tanto para Suzannah Simon. Eu nem soube como reagir a isso. Ela era encantadora. Uma linda donzela. Doce e delicada. Por baixo daquela casca. Onde ela se escondia. Aquela casca onde ela tinha que ser forte.

- Esquece. Vamos para casa. – Foi tudo o que eu consegui dizer. Mi hermosa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews??? Espero que sim...
Beijos!!!!