Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 16
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

EEEe.... viva pra mim... consegui atualizar em uma semana, tá um pouquinho mais eu sei.. hauhauahu
Mais um caps pra vocês!!!
Não revisei o caps, então qquer erro me avisem...
Boa leitura...



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            A doce e calma praia de Carmel... ah eu não canso de pensar nisso... todas as vezes que eu venho aqui eu me lembro da primeira vez que estive aqui com minha mãe e minhas irmãs, há uns 150 anos mais ou menos, minha mãe sempre dizia: “Jesse meu filho querido, estamos na doce e bela praia de Carmel, sua jovem futura esposa sentirá muita falta disso” .

 

- Mamãe, eu sinto saudade... muita.. – Eu disse isso em voz alta enquanto passava meus dedos na cabeça do gatinho.

- Gato... você acha que Suzannah gosta dessa praia?

-Miaiu...

- Eu gostaria de perguntar isso pra ela... isso e outras coisas, mas mi hermosa é sempre tão ocupada...

- Miiiau...

- E estressada também, eu sei... Mas quando você conhecê-la melhor vai gostar dela também...

- Grrrrr....

- Não mostra esses dentes pra mim gatinho...

- Miau...

- Tudo bem eu te desculpo, mas duas coisas.... não mostre os dentes para mim e não fala mal da Suzannah...

- Miaaaau... Prrrru....

- Sim, está esfriando e já está tarde, melhor voltarmos.

 

            O bichano e eu fomos caminhando ladeira a cima em direção a casa dos Ackermann. A noite estava realmente fria, não para mim obviamente, afinal eu sou apenas um espírito, mas o gato estar tremendo, então eu decidi pegá-lo no colo. Esse bichano não era o gato mais lindo do mundo, na verdade ele mal parecia um gato, mas ele era legal, e isso o deixava bonito. Levei o gato até a janela do quarto de mi hermosa para não deixá-lo fazer barulho no telhado e acordá-la, mas ao colocá-lo no banco ao lado da janela ele miou e Suzannah acordou, então eu me sentei voltei a fazer carinho no meu novo amigo, Suzannah achou estranho.

 

- Epa. Isso é digno do Acredite se Quiser. – Suzannah disse ainda meio dormindo e se apoiando, não puder evitar de sorrir. Ela era linda de qualquer forma.

- Acho que ele gosta de mim. – Queria que você gostasse, mas eu não disse isso.

- Não se ligue demais. Ele não pode ficar aqui, você sabe. – Não ficar? Meu novo melhor e único amigo terá que ir?

- Por quê?

- Porque Dunga é alérgico, para começar. E porque eu nem perguntei a ninguém se podia ter um gato.

- Agora a casa é sua, não só dos seus irmãos – Eu não queria que o gato fosse embora. Não era justo.

- Irmãos adotivos. E acho que eu ainda me sinto mais uma hóspede do que uma moradora de verdade. – Ela tem tudo o que precisa aqui e ainda não se sente em casa.

- Espere um século, mais ou menos. E você supera isso. – Acho que eu aprendi a ser sarcástico com Suzannah, ou talvez tenha sido com o gato...

- Muito engraçado. Além disso, esse gato me odeia. – Como alguém poderia odiá-la?

- Tenho certeza que não.

- Odeia sim. Sempre que chego perto ele tenta me morder. – Eu também tentaria, Díos, o que eu estou pensando?

- Ele só não conhece você. Vou apresentá-la. Gato. Esta é Suzannah. Suzannah, conheça o gato. – Tentei apresentá-los, mas de verdade o gatinho não gostava muito de mi hermosa.

- Spike. – Spike, o que era Spike?

- Perdão?

- Spike. O nome do gato é Spike. – Díos, que nombre....

- É um nome horrível para um gato. – concluí em voz alta enquanto olhava para Spike.

- É. Então, eu soube que você esteve com o padre Dominic. – Eu estava com medo dessa conversa. Olhei para Suzannah de forma lenta.

- Por que você não contou a ele a meu respeito, Suzannah? – Perguntei de forma direta, era o que eu queria saber.

- Olha. Eu queria contar. Só que tinha certeza de que ele ia pirar de vez. Puxa, ele é um padre. Eu não achei que ele ficaria muito empolgado em saber que eu tenho um cara, ainda que seja um cara morto, morando no meu quarto. – Ela falou isso de forma casual, mas estava certa, o que eu estava fazendo era errado. - Então, é... pelo que vejo vocês dois não se deram muito bem, não foi? – O padre e eu não brigamos, mas também não ficamos amigos.

- Entre seu pai e o padre eu ficaria com seu pai em qualquer situação. – não que seu pai fosse meu sonho de melhor amigo, claro que eu não falei isso.

- Bem. Não se preocupe com isso. Amanhã só vou contar ao padre Dom sobre todas as vezes em que você salvou minha vida, e aí ele vai ter de aceitar. – Claro, então ele me pediria desculpas e me convidaria para um chá.

- Olha. – Suzannah se levantou da cama e veio em minha direção, Díos ela estava apenas de short e camista, desde quando uma dama se veste assim, mesmo que seja para dormir, eu podia ver suas pernas e... Hector de Silva, pare agora com isso - Desculpe. – Ela falou e eu voltei a mim. - Desculpe de verdade, Jesse. Eu deveria ter contado antes a ele, e apresentado vocês dois direito. A culpa é minha.

- Não é sua culpa. – Não era mesmo, eu é que era o cara que deveria ter saído dali antes de vê-la apenas de short e camiseta, linda...

- É sim.- Ela se sentou ao meu lado. - Quero dizer, você pode estar morto, mas eu não tenho direito de tratá-lo como se estivesse. Isso é simplesmente grosseria. Talvez o que a gente devesse fazer é você, eu e o padre Dom nos sentarmos juntos para almoçar, ou alguma coisa assim, e então ele poderá ver como você é um cara legal. – Suzannah não pensava claramente quando estava meio que ainda dormindo da mesma forma que eu não pensava direito a vendo assim, e sentindo-a tão perto e.. e... e... o Padre nunca aceitaria isso, nem eu aceitaria, pelo menos não quando eu era vivo.

- Suzannah, eu não como, lembra? – Foi a coisa mais ridícula que eu já disse.

- Ah, é. Esqueci. -  Spike pediu minha atenção e eu fiquei grato.

- Jesse, se houvesse um modo de eu fazer com que você não estivesse morto,

eu faria. – O que eu faria vivo?

- Faria? – indaguei sorrindo para o Spike, ela não gosta muito de nenhum de nos gato.

- Num minuto. Só que, se você não estivesse morto, provavelmente não iria querer ficar comigo. – Como ela pensa isso, eu ficaria, se a tivesse conhecido. Mas mais do que isso, essa preocupação dela me deixou estranho, com uma felicidade estranha.

- Claro que iria.

-  Não. Não iria. Se você não estivesse morto, estaria na faculdade ou alguma coisa assim e iria querer ficar com garotas de faculdade e não com garotas chatas, do segundo grau, como eu.

- Você não é chata.

- Ah, sim, eu sou. Você simplesmente está morto há tempo demais, não sabe das coisas. – Eu sei de uma coisa só mi hermosa, mas o que eu deveria dizer a ela?

- Suzannah, eu sei das coisas, certo?

- Você não tem de tentar fazer com que eu me sinta melhor. Tudo bem. Eu passei a aceitar. Há umas coisas que simplesmente não dá para mudar. – Suzannah estava sendo absurda.. eu estava morto, isso é que não dava para mudar.

- Como estar morto? – Eu não sabia se estava triste por estar morto ou feliz por ela dizer que sentiria minha falta, bem, não diretamente.

 

            Suzannah estava olhando para os joelhos, joelhos lindos, ela estava triste, ela parecia triste, Seus olhos era de um verde lindo, sua boca estava levemente curvada para baixa, eu queria tanto saber no que ela estava pensando, mas eu queria tirar qualquer coisa triste de lá. Mi hermosa não tinha motivos para ficar triste, e ver sua boca, sua boca.. eu não estava mais pensando, eu não sei como, mas em um segundo minha mão estava em seu rosto, levemente eu coloquei meus dedos em seu queixo e puxei seu rosto para mim, não gostava de vê-la triste, mas isso não justificava o que eu estava fazendo.           O que eu estava fazendo afinal?

            Eu iria beijá-la? Mesmo? Eu iria fazer isso? Não sei, mas por sorte, ou não, a mulher que queria que mi hermosa dissesse ao tal do Red que ele não tinha sido o culpado por sua morte apareceu gritando novamente.

 

- Ah, meu Deus – Suzannah se assustou - Qual é o problema?

- Você não contou a ele - disse a mulher.

- Contei sim. – Suzannah se defendeu.

- Não contou! – A mulher retrucou.

- Não, eu contei, contei de verdade. Contei a ele há dois dias. Jesse, diga a ela.

- Ela contou – ela havia contado e eu ainda não tinha me recuperado.

- Não contou! E você tem de contar a ele. Você simplesmente tem. Isso está me

rasgando por dentro.

- Espere um minuto. Red Beaumont é o Red de quem você está falando, não é? Foi ele que matou você? – Suzannah perguntou

- Não. Não! Eu disse a você que Red não me matou. – A mulher estava ficando nervosa novamente.

- Marcus, quero dizer. Eu sei que não foi o Red. Ele simplesmente se culpa por isso, não é? É isso que você quer que eu diga. Que não foi culpa dele. Foi o irmão, Marcus Beaumont, que matou você, não foi? – Nossa com que família que Suzannah foi se meter.

- Não! Não Red Beaumont. Red. Red. Você conhece ele. – Não era o pai do tal do Tad?

- Olha. Eu preciso de um pouco mais de informação do que isso. Por que não começamos com as apresentações? Eu sou Suzannah Simon, certo? E você

é...? – Mi hermosa estava mudando? Tentando fazer amizade...

- Você sabe... Você sabe... – E então ela sumiu novamente.

- Hmm – Suzannah olhou para mim. - Acho que eu peguei o Red errado.

 

            Não sei se foi impressão minha, mas ela parecia frustrada. Arrisquei minha sanidade mais uma vez e com meus dedos eu coloquei uma mecha de seu cabelo escuro atrás de sua orelha. Mi hermosa odiava estar errada e eu sabia disso. Ela ficou murmurando alguma coisa incrédula. Não gostava de ver mi hermosa assim, já era tarde e ela parecia estar cansada. Eu a puxei para mim e ela apoiou sua cabeça no meu ombro. (Não me julgue, eu não estava me aproveitando dela) Não conversamos mais, acredito que ela ficou pensando nesse assunto até adormecer, pois quando eu a coloquei na cama sua expressão não era de quem estava tendo sonhos felizes, e foi assim até amanhecer. Um sono pesado.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do caps? Deixem reviews
Gostaram da fic? Recomendem!!!!

Obrigada a todos... Espero que tenham gostado...

PS: Tá muiiito friuu aqui em SC.... hoje foi o dia mais frio do ano aqui na minha cidade... Friiiiio de mais... Meus dedinhos estão congelando... huahuahauh...

"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e o pensamento lá em você, eu sem você não vivo" Adoro essa música.... e concordo com ela...

Beijos e Mordidinhas