E se eu me apaixonasse por você? escrita por Polly Amaral


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 2 saído direto do forno. Falta de tempo pra escrever é complicado... Espero que gostem desse capítulo, e se tiver algo que eu deva mudar, ou então algo errado, podem dizer!
Boa leitura! :)



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Soou o sinal do intervalo, e a essa altura eu já havia mostrado uma parte do colégio pro Guilherme. Já estávamos no refeitório e olhares o seguiam, ou melhor, nos seguiam. Até que uma menina, que não notei quem era, chegou no Guilherme e começou a conversar com ele.

– Oi... – ela disse.

– Oi! – O Guilherme disse.

– Como você se chama?

– Guilherme, e você?

– Laura – disse com um sorriso. Já sei, me lembrei. Essa Laura já ficou com todos os garotos novatos da escola. Ela literalmente já rodou na mão deles.

– Prazer Laura. – ele disse com um tom de educação na voz.

A Laura é bem bonita. Loira, tem os olhos verdes (mais escuros que os meus mas são verdes), é magra, mas tem suas curvas. Pena que não se valoriza.

Ela ficou falando do colégio pra ele e disse que estava à disposição caso ele precisasse de algo e saiu. Assim que ela pegou distancia de nós, o Guilherme disse:

– Simpática, não?!

– Até demais... – eu disse sorrindo – Mas na realidade, ela tem a intenção de fazer outras coisas...

– Ah é? Tipo o que?

– Pegar novatos.

Ele deu uma gargalhada tremenda de sarcasmo, e todos que estavam no refeitório olharam para ele, eu ri também pois a gargalhada dele era hilária. Quando parou de rir, ele me disse:

– Bom senhorita Valentina, se nós vamos ser amigos, precisamos nos conhecer não acha? – Disse olhando pra mim com apenas uma sobrancelha arqueada.

Eu ri e balancei a cabeça em concordância.

Terminamos o lanche e fui terminar o tour que estava fazendo com ele pelo colégio. O sinal soou anunciando o término do intervalo. Voltamos pra sala e nos sentamos aguardando a próxima aula. Olhei no horário e era espanhol, por enquanto a aula mais legal. A professora Thalia é super gente boa e tranquila. Eu não gostava muito de espanhol, mas aprendi a gostar por causa dela, sem contar que todos os garotos caem de amores por ela. Ela tem uma tática bacana de ensinar: ela sempre cria uma música pra absolvermos a matéria, e isso só tornava a aula dela mais divertida. Próximo horário era filosofia, e eu literalmente caí no sono.

Acordei com o sinal de troca de horário, e graças a Deus era a última aula do dia, e eu poderia sair daquele zoológico. Pra minha infelicidade, era Educação Física e eu simplesmente odeio Educação Física. O professor Paulo disse que quem não praticasse a aula, teria que escrever um relatório da aula com no mínimo 20 linhas, então todos participaram, inclusive eu, tendo que colocar aquele uniforme horroroso que marca meu corpo por ser justo. Bem, minha mãe diz que não preciso ficar me queixando do meu corpo pois ele é bonito, mas eu não me sinto confortável com ele, e certas roupas não me agradam. Eu até quis pegar uns dois, três números maior que o meu, mas minha mãe disse que ficou muito grande e pegou o meu tamanho normal. Às vezes eu queria ter a altura e o corpo da Luiza. A Luiza é tipo a top model da sala, e fez questão de comprar uns números menores que o dela só pra aparecer para os garotos, ah, e ela tem suas seguidoras fiéis, Magda, Fernanda e Karen. Ela não se toca que os garotos só querem ficar com ela por causa da aparência, não por quem ela é. Ela até namorou o Pietro, que é um dos garotos mais cobiçados do colégio. Ele é do 3° ano do ensino médio, é alto, malhado, loiro dos olhos azuis. Eu apenas o acho bonito, eu nunca conversei com ele então logo não posso dizer se ele é legal ou não, mas se for olhar pelo fato de que a Luiza sofreu por ele, eu até acho ele legal (haha).

Se eu odeio a Luiza? Odiar é uma palavra muito forte, mas se eu disser que gosto dela, estarei mentindo. Na sexta série eu tinha uma paixonite pelo Luiz, e não sei como diabos essa informação foi cair justo nos ouvidos dela e ela melecou com a minha vida. Sim, ela disse pra todos da sala: “A estranha da Valentina gosta do Luiz. Ela cai de amores por ele.” Eu fiquei vermelha de vergonha, bom, seria estranho se eu não ficasse mas o pior de tudo foi o que ele disse: “Quem? A Valentina? Credo.” Eu fiquei super bolada com isso, não que eu tivesse pensado num futuro enorme do lado dele, eu tinha apenas onze anos, mas imaginava ele me dando um beijo no rosto. A partir desse dia comecei a ficar apática com certas coisas e decidi não gostar de garoto nenhum nunca mais, e comecei a pensar em ser independente e decidi que nunca iria me casar. Nem se aparecesse o Alex Pettyfer me pedindo em casamento eu aceitaria e ponto final.

Então o professor bateu na porta do vestiário e todas nós saímos. Em seguida ele disse:

– Os garotos irão jogar futebol, e as garotas vôlei.

Ótimo, como se não bastasse ter que treinar teria que ser vôlei. Se fosse ao menos correr em volta da quadra... eu sou péssima em vôlei.

Formamos os times, e eu obviamente fiquei na reserva. Pelo menos a reserva, eu iria ficar quieta e não iria cometer tanto vexame como da vez anterior. Eu não tenho talento pra acertar a bola no ar. Aconteceu o seguinte: Estávamos jogando a partida de vôlei e tal, aí mandaram a bola de volta e veio em minha direção, na hora que fui dar o toque na bola, ela acertou meu nariz que começou a sangrar. Eu não tenho talento pra esses tipos de coisa, por isso prefiro ficar em casa jogando, ou ouvido música, ou então dormindo.

O jogo estava tão bom, que o professor nem se lembrou de me colocar na partida e logo a aula acabou. Fomos todas nós para o vestiário. Maioria das garotas trocavam de roupa uma na frente das outras, e eu como sou eu, fui pra cabine trocar lá dentro escondida, e ouvi a Luiza comentando:

– Vocês viram o novato com a esquisita? Ele é o primeiro cara que tem coragem de conversar com aquela baixinha.

– Verdade, eu nunca tinha visto ninguém conversar com ela antes. – disse Magda.

– Será que ela já beijou alguém? – Perguntou Fernanda.

– Talvez não. Quem iria querer uma pessoa tão escrota e estranha como ela? – Disse Luiza.

– Eu não sei como ela pode ser tão estranha. Já notaram na roupa dela? Pelo menos o cabelo é bonito – Disse Karen rindo com um tom de deboche.

E todas que estavam no vestiário riram. Troquei minha roupa e sai como uma rajada de vento daquele lugar com lágrimas vacilantes escorrendo pelos olhos. Saindo da porta trombei com o Guilherme, que viu meu estado e foi atrás de mim preocupado querendo saber o que houve.

– Valentina, o que aconteceu? – Perguntou ele com um tom de preocupação.

– Nada... – Disse eu enxugando as lágrimas que estavam rolando pelo meu rosto.

– Como nada? O que fizeram com você lá dentro?

– Nada demais. Esquenta a cabeça não. Olha, nem estou mais chorando. – Olhei para ele com um sorriso meio amarelo.

Ele hesitou e disse:

– Valentina, se iremos ser amigos, você deve confiar em mim.

Eu olhei pra ele e assenti com a cabeça, e então fomos embora.


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Notas finais do capítulo

Tentarei postar o capítulo 3 essa semana ainda.
E aí? Gostaram?



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