Surpreendi-me com a força de Sasuke. Em um minuto ele acabou com os dois caras e me desamarrou.

— Você está machucada ?

— Não.

— Que bom. Então vamos logo antes que eles acordem.

— Certo.

Corremos até o carro e vi Hinata desacordada no banco de trás.

— Ela está bem não é necessário preocupação. Eles ainda não haviam feito nada com ela. — Disse Sasuke.

Sentei no banco do carona e Sasuke deu partida no carro. Deixamos Hinata no quarto dela e Sasuke me levou até em casa.

— Não diga nada sobre mim a ninguém. — Disse ele enquanto estacionava na rua da minha casa. — Pode ser perigoso.

— Mas quem é você ?

— Sou alguém que está aqui para te proteger. Um antigo amigo da sua mãe que já morreu.

— Como eu já disse, minha mãe está viva e mora comigo.

— E como eu já disse aquela não é a sua mãe.

— É claro que ela é.

— Escute. Não tenho tempo para discutir com você agora. Vá para sua casa e descanse. Mas lembre-se que eu estarei por perto para garantir sua segurança.

Saí do carro sem dizer mais nada. Chegando em casa subi direto para o meu quarto sem dizer nada e me joguei na cama. Eu estava tão cansada que nem tive o trabalho de tirar a roupa molhada.

Acordei com uma flecha de sol no meu rosto. Levantei-me mesmo não querendo e fui ao colégio. Assim que entrei Hinata veio me questionar.

— Sakura-chan, eu não me recordo de ter ido para casa após termos ido ao Café.

— Ah. Você passou mal e eu te levei pra casa. Você não se lembra de nada mesmo ?

— Não.

Que bom. Foi um alívio saber que a Hinata não se lembra de nada. Evita a longa explicação que eu teria que dar a ela. Achei melhor não dizer nada sobre Sasuke como ele pediu. Eu não sei quem ele é ou o que ele pode fazer se descobrir que eu contei a Hinata.

O dia seguiu tranquilo no colégio. Porém quando eu saí havia um carro preto em frente ao portão. E encostado no carro estava ele. O meu perseguidor. Sasuke. As meninas que estavam por perto estavam quase babando em cima dele. Assim que ele me viu veio até mim o que fez algumas delas me fuzilarem com olhar.

— Vamos — Disse ele pegando meu pulso e me levando até o carro.

— Onde ?

— Você vai ver.

— Eu não vou a lugar nenhum com você.

— Ah. Você vai sim.

E nisso ele me colocou no banco do carona quase que a força e saiu cantando pneu.

Ele parou em frente a um enorme casarão com um enorme muro e um portão preto imenso. Era muito sinistro. Parecia coisa de filme de terror.

— Onde estamos ?

— Na minha casa.

— E o que você tem para me mostrar na sua casa ?

— Algumas coisas da sua mãe.

— Da minha mãe ?

— É. Da sua verdadeira mãe.

Nós entramos no casarão e ele me levou a um tipo de escritório e me entregou uma caixinha vermelha.

— Pode ficar a vontade e se sentar em qualquer uma das poltronas — Disse ele já saindo do cômodo.

Eu fiz o que ele disse. Sentei-me na poltrona mais próxima e abri a caixinha. Nela havia uma carta e em baixo dessa carta, havia um colar. Era simples, mas era lindo. Com um cordão dourado e o pingente de uma pétala de cerejeira. Deixei o colar de lado e abri a carta.

“ Querida filha,

Se você está lendo esta carta é porque já deve ter encontrado Sasuke e já deve estar perto de completar 16 anos. Espero que você tenha crescido em um bom lar com pais legais e quem sabe até irmãos. Deve ser ruim ter que descobrir isso, mas você não é filha desses pais. Seus verdadeiros pais você nunca conheceu. Eu sou sua verdadeira mãe e escrevi essa carta para lhe alertar dos perigos que lhe aguardam.

Confie no Sasuke. Ele é uma das poucas pessoas em quem você pode confiar. Ele vai te proteger. Você deve estar se perguntando por que você precisa ser protegida. É por causa do que você é. Do que você representa para o submundo. Todas essas criaturas das histórias existem. Sereias, lobisomens, vampiros, fadas, bruxos e tudo mais. Eles são organizados em uma espécie de pirâmide que diz a importância de cada espécie. Nós, da família Haruno, estamos no topo. Não pertencemos a nenhuma das espécies, mas podemos ter o poder de qualquer uma delas. Podemos ler mentes como os vampiros ou fazer feitiços como as bruxas, entre tantos outros poderes. Por conta dessa habilidade fomos aniquilados. Alguns bandidos do submundo organizaram um ataque e mataram toda a nossa família. Eu consegui fugir com você quando você ainda era um bebê e te deixei na porta de uma casa, pois se você fosse criada por humanos você estaria mais segura. Eu tive que voltar para a nossa casa para ver se ainda havia alguém a quem eu pudesse salvar, mas se você está lendo essa carta eu provavelmente morri.

Agora, com 16 anos você irá despertar a sua real natureza e o seu mundo ficará diferente. Você, como a última Haruno tem o dever de ser a líder de todas as criaturas do submundo, mas até que você consiga isso, terá que enfrentar muitos inimigos. Eu te desejo muita sorte e eu tenho certeza que você irá alcançar seus objetivos. Essa liderança está no seu sangue. Então vá em frente.

Com amor,

Mebuki Haruno.”