Herdeira das Sombras escrita por Misaki


Capítulo 25
Capítulo XXIV : Falsa execução


Notas iniciais do capítulo

A história já está na reta final. Provavelmente terão só mais três ou quatro capítulos.



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Eu passei horas naquela cela até Gaara me pegar. Ele me levou para outro lugar. Uma imensa construção que só tinha uma floresta e uma imensa cachoeira no fundo. Ele me jogou em outra cela dessa vez no último andar daquela enorme construção. Depois de um tempo ele voltou e me obrigou a vestir um longo vestido branco. E quando eu pensei que ele iria me levar para o tal salão para a minha execução, ele me levou para a sala dele. Lá estava uma garota que estava sendo segurada por dois guardas, ela estava vestida igual a mim.

— O que significa isso ? — Eu perguntei.

— Eu pensei melhor e você tem razão. Eu não sou um homem de palavra. Será mais vantajoso para mim, continuar com essa guerra. Você é de muita importância nessa guerra. Você é a causa dela. No futuro eu ainda posso precisar de você. Você não precisa ser executada, mas os outros precisam pensar que você foi executada. Então por isso essa garota irá morrer no seu lugar. Tenten!

A mesma garota que havia me trazido até Gaara foi até a garota que estava vestida como eu e lhe lançou um feitiço. A garota ficou igual a mim. Era como me olhar no espelho. Mesmo cabelo, mesma roupa, mesmos olhos. Gaara a acorrentou a saiu arrastando-a. Antes de ele sair eu gritei com raiva para ele.

— Seu mentiroso! Era para você parar essa guerra estúpida!

— Guardas! Levem-na de volta a cela.

Eles me prenderam novamente naquela cela com as algemas que não me deixavam usar minhas habilidades. Mas eu tenho que sair daqui. Puxei minhas mãos, mas as algemas eram presas às paredes. Fiz tanta força e nem uma rachadura apareceu. Meus pulsos já estavam latejando de dor. Não tinha como. Eu sou tão inútil. Eu fiquei me torturando mentalmente até que eu senti as paredes tremerem, mas logo pararam.

Eu fiquei em alerta e as paredes voltaram tremer, a construção estava desabando. O teto afundou do outro lado da cela me impossibilitando de sair pela porta. Eu iria ser soterrada se não saísse daqui. Quando eu pensei que o resto do teto iria cair sobre mim, o que caiu foi uma parte da parede onde estavam presas as minhas correntes e eu fui libertada finalmente. A corrente ainda estava solta da parede, presa somente em um dos meus braços como uma pulseira. Eu estava livre, mas ainda não conseguia usar minhas habilidades porque a pulseira ainda sugava meus poderes. Eu pelo menos não estou mais presa à parede.

Havia um duto de ar logo acima da minha cabeça. Eu tinha só que ser rápida e entrar nele antes que o prédio desabasse. Alguns destroços haviam me machucado, mas eu não iria desistir. Bati com toda a minha força na grade que tapava o duto. Minhas mãos ficaram mais machucadas ainda, mas eu consegui. O puxei com tudo e a grade caiu no chão.

Tive que fazer muito esforço para conseguir pular e entrar no duto. Fui me arrastando o mais rápido que pude. Até que caí num espaço aberto. Levantei-me e me espantei ao ver o que havia depois disso. Era uma queda. Uma imensa queda até a cachoeira. Mas não tinha jeito. O prédio já tinha caído pela metade.

Tomei coragem e pulei. A sensação de pular em uma queda tão grande no início é de liberdade, como se você estivesse voando, mas depois se torna pânico ao ver o final da queda se aproximando cada vez mais. Enquanto eu caía o prédio desabava. Eu pulei no último segundo, bem a tempo.

Senti a água entrar em contato com o meu corpo violentamente. Fui jogada muito fundo. Se fosse uma pessoa normal não teria sobrevivido, mas eu sou uma criatura do submundo também. Eu tentei nadar até a superfície, mas estava muito fundo e a corrente ainda pesava no meu pulso. Pensei que era o fim. Dessa vez Sasuke não estava aqui para me salvar como daquela vez no lago. Quando pensei que era o fim vi uma cauda. Droga. Uma sereia. Eu pensei que ela iria terminar de me matar, mas ela fez o contrário. Ela nadou com a sua velocidade máxima e me puxou para a superfície. Assim que senti o ar em meus pulmões tomei um profundo fôlego. Ela me carregou o máximo que pôde até a margem. Eu nadei o resto dando graças a Deus por estar aparentemente fora de perigo agora.

— Bom. Não sei por que você fez isso, mas obrigada, você me salvou.

— Eu só estava entediada. Sereias não se divertem somente com mortes. Aquele desabamento foi muito mais legal que isso.

— Certo. Obrigada de qualquer maneira.

Dizendo isso ela voltou para as profundezas da água e eu tomei um caminho pela floresta. Eu estava sangrando, toda machucada, com a roupa rasgada e mancando, mas eu estava viva e isso é o que importa. Eu fiz a maior burrada da minha vida ao me entregar para Gaara e pensar que ele cumpriria a sua parte do acordo. Eu fui muito ingênua.

Pensei ter visto algo correr rapidamente pela floresta, mas isso só durou um segundo. Senti uma presença atrás de mim. Virei-me e vi Sasuke.

Assim que o vi abaixei a cabeça e comecei a chorar. Ele pegou meu queixo e levantou minha cabeça.

— Não chore.

E então ele me abraçou e eu não sentia mais a dor dos meus machucados e nem a tristeza em meu coração.


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