Am I wrong for thinking out the box

From where I stay?

Am I wrong for saying that I choose another way?

I ain't trying to do what everybody else doing

Just cause everybody doing what they all do

If one thing I know, I'll fall but I'll grow

I'm walking down this road of mine

This road that I call home

Pov. Ágata

Depois de receber um chamado de emergência corro para lá o mais rápido que consigo, Eu estou aqui na resistência desde meus 16 anos e trabalho como médica, principalmente na área de controles dos infectados porque não é de hoje que alguns acabam perdendo o controle de seus poderes.

– Então qual é o problema?- digo entrando na sala aonde vários médicos do mesmo gênero trabalham, com certeza essa é uma das áreas mais difíceis depois dos seguranças, porque as vezes chegamos a ser atacados por nossos pacientes e dependendo de como fica a mente e os pensamentos deles depois de voltar ao normal, eles precisam ser levados para área dos deficientes mentais.

– Veja você mesmo- diz um dos médicos me mostrando atrás de um vidro um Lobisomem completamente descontrolado, ele aranhava as paredes e uivava tentando sair dali- Já tentamos de tudo por isso lhe chamamos- disse o mesmo médico.

– Ok eu vou entrar- falei e eles assentiram, como sou uma vampira sei que aquele lobo não vai conseguir me machucar porque mesmo deste jeito, da para vê que ele está muito cansado, imagino que ele deve ter feito parte do grupo de resgate que caiu na armadilha.

Entro pela porta que ligava uma sala a outra e logo o Lobo virá para mim, Ele mostra os dentes e rosna, dou um paço para trás mas continuo firme.

– Bom pelo que vejo na sua ficha, seu nome é Zack- digo a ele que levanta as orelhas ainda com os dentes de fora, eu sei que ele pode me ouvir como todos podem, ele apenas não consegue controlar a mutação.- Então Zack como você pode ser tão egoísta?- pergunto e ele rosna novamente mas sei que pelo seus olhos ele ficou confuso- Enquanto você está ai rasgando as paredes, enquanto isso seus amigos devem estar preocupados, achando que você não vai ficar bem- digo a ele que agora para um pouco de mostrar os dentes.

Já lidei com outros lobisomens antes e por isso sei que o que eles precisam é ficar mais calmos e para poder pensar com clareza.

– Porque você não para de pensar em você, no que você está sentindo e tenta lembrar dos seus amigos que estão todos pensando que você nunca mais voltarará ao normal- digo e ele abaixa as orelhas, eu nem sabia se ele tinha realmente amigos mas parece que atirei no alvo certo- Tente pensar um pouco, esfrie a cabeça e lembre-se que agora você está seguro e domine essa fera que está dentro de você- digo a ele e saiu da sala.

– Acha que realmente vai funcionar?- pergunta uma médica que estava observando tudo pelo vidro, olho para Zack e vejo seu olhar em outro mundo, o seu mundo, o mundo que está dentro de si mesmo.

– Tenho certeza que vai- falo a ela que assenti e anota algumas coisas, ficamos ainda ali por algum tempo examinando e anotando seus movimentos e em menos de uma hora Zack finalmente voltou ao normal, Os médicos lhe levaram roupas e ele se sentou encostado a uma das paredes que estava cheia de marcas de garras que ele mesmo havia feito.

Me levantei e novamente atravessei a porta indo em direção ao homem sentado com as mãos sobre a cabeça.

– Como se sente Zack?- pergunto me aproximando dele e ele me encara com um certo reconhecimento, o que é estranho já que os pacientes costumam nunca se lembrar de nenhum de nós que os ajudou.

– Confuso e com dor de cabeça- diz ele apertando um pouco um dos lados da temporã.

– Isto é completamente normal depois de tudo que você passou, irei pedir para lhe trazerem um comprimido para a dor mas você terá que ficar aqui por mais algumas horas, só para termos certeza de que você não irá se transformar novamente ok?- pergunto e ele assenti meio sonolento, com certeza deve estar morrendo de sono- Ali tem uma cama se quiser dormir um pouco ou apenas descansar fique a vontade- falei a ele e comecei a andar em direção a porta.

– Obrigado- disse ele enquanto fazia um pouco de força para se levantar, ele me encarou e por um segundo quem ficou confusa foi eu.

– Pelo que?- pergunto a ele que ergue uma das sobrancelhas.

– Por ter dito aquelas coisas e você tinha rasão eu precisava apenas me concentrar um pouco, e com o medo e raiva que estava sentindo antes...não conseguia faze-lo- disse e o encarei ainda mais confusa do que antes, como ele pode se lembrar de eu te-lo ajudado, em dois anos de trabalho ele é o único que lembra.

O encaro por alguns segundos e ele também me encara como se eu tivesse fazendo algo estranho, e na verdade eu estava então pisquei um pouco e sorri.

– De nada é o meu trabalho- digo me virando e saindo dali, me sentei em uma das cadeiras e fiquei o observando pelo vidro enquanto se deitava na cama, não demorou e ele já havia pegado no sono enquanto eu ainda estava confusa.

– Ágata está tudo bem?- pergunta uma médica se sentando ao meu lado, ela deve ter notado minha cara de confusão.

– Não eu apenas preciso pensar um pouco, você não precisam mais de mim aqui não é?- pergunto a ela que olha para o Zack e assenti.

– Pode ir acho que já está tudo controlado, vou avisar os amigos dele- disse ela se levantando e então parou e me olhou- O que ele lhe disse?- perguntou ela.

– Nada- falei rápido- Apenas que estava confuso e com dor de cabeça, nada mais- digo e ela assenti se retirando e logo depois me retiro também.

Pov. Mary

– Gente estou me sentindo tão aliviada que o Zack já esteja bem, quando recebi a noticia ontem a noite fiquei muito feliz- disse a Andrômeda, Beatrice e John enquanto entravamos no refeitório.

Ontem pouco antes de irmos dormir eu, Andrômeda e Cassie recebemos a visita de Lewis avisando que Zack havia voltado ao normal e pelo jeito já estava controlado, agora estamos preocupados apenas com Ellie que continua desaparecida depois de ter...explodido.

Hoje como teríamos o dia todo de folga resolvemos ficar conversando um pouco no refeitório, sentamos em uma mesa mais afastada dos outros e começamos a conversar.

– E Sarah como está?- pergunta Beatrice batucando os dedos na mesa sem parar, Olhei em volta é um pouco estranho ver mais algumas pessoas que estão de folga hoje vestindo a mesma roupa que eu, parecemos todos pares de vazo.

– Está bem melhor pelo que pare-se, ainda não pode sair da área medica mas está podendo receber visitas e conversa normal com as pessoas, logo vai estar completamente bem- disse Andrômeda enquanto mexia no anel em sua mão.

– Que bom eu estava preocupada com ela e estou muito preocupada com a Ellie- disse Beatrice ainda batucando os dedos o que já estava me irritando, olhei para ela que não percebeu e continuou batendo.

– Será que explodiu realmente?- pergunta John e Beatrice da de ombros.

– Não sei dizer ela pareceu explodir- disse ela- Ela e Cassie pareciam proximas, como ela está?- perguntou a Andrômeda.

– Bom aliviada pela Sarah e muito preocupada com a Ellie, ela as vezes fica sentada olhando para a parede sem falar nada, e fica horas ali e eu acho que ela fica se lembrando de alguma coisa sobre Ellie ou sei lá- disse Andrômeda- eu também sinto falta de Ellie sabe, se não fosse por ela eu estaria morta- disse e mandou um olhar estilo "Né" para Beatrice que soltou um pequeno risinho.

– Bom sobre aqui...- disse Beatrice- Foi mal ok?- disse um pouco envergonhada daquilo.

– De boa eu sei que pelo jeito que ficou o lugar, não tinha como ter sobreviventes mas...Sou a mulher maravilha Baby- disse fazendo graça e todos ali soltam gargalhadas altas sobre o comentários dela.

Ficamos conversando por mais um pequeno tempo até que Lewis chegou correndo com alguns soldados atrás, pensamos que ela pudesse dar algum noticia sobre Ellie mas pela sua cara de pânico não era bem isso.

– Pessoal precisamos que todos vocês fação patrulha pela base agora- disse ela não para nós e sim para todos ali no refeitório- Parece que cinco ou mais Zurarks vieram escondidos no nosso aerodeslizador e estão atacando a base, vamos precisamos de vocês agora.

Em menos de segundos todos nós estávamos de pé correndo para os quartos, Todos na resistência tem uma roupa especial que é para quando formos atacados ou quando formos chamados para uma missão e foi essa roupa que colocamos, Eu e Beatrice nos encontramos no corredor, ela colocava o chicote em volta do pulso enquanto eu arrumava minhas facas na roupa.

– Como eles conseguiram se esconder nos aerodeslizadores a noite inteira sem que alguém notasse que eles estavam lá?- perguntei enquanto caminhávamos rápido olhando em volta de tudo, fomos para o refeitório aonde Olga se encontrava junto com todos os outros infectados.

– Não faço a menor ideia- disse Beatrice quando paramos ao lado de John que já tinha se arrumado também e segurava uma metralhadora, ele estava tão encantado com ela que pensei que poderia começar a atirar a qualquer momento só para "Testar".

A Presidenta Olga subiu em cima do que parecia um mini-palanque e tossiu colocando a mão na garganta, então levantou a cabeça e começou olhar para todos nós e depois começou seu discurso.

– Como todos dever saber temos muitos soldados na enfermaria por causa da armadilha que sofremos ontem quando tentamos invadir o governo, e eles nos atacaram com Zurarks- disse a Presidenta nos observando como um gato- Então os únicos que temos para achar esses Zurarks são vocês- disse ela e olhei em volta, não havia mais de 50 soldados ali mas como Lewis disse eram apenas 5 ou 6 Zurarks, não seria tão difícil...

Então a presente se retirou do palanque e Soldada Lewis subiu com seu olhar gélido e raivoso de sempre, com certeza ela era uma das melhores rebeldes que eu já havia visto mas vendo seus olhos cheio de dor e arrependimento eu fico imaginando qual deve ser o passado dela.

– Nós iremos nos separar em grupos para poder achar eles o mais rápido possível em vez de ficarmos procurando todos juntos- disse ela e falou o grupo A e B que eu não conhecia ninguém, seria Cinco grupos, cada uma para procurar mais ou menos um Zurark- Grupo C, Tomás você comanda- disse para um garoto moreno que assenti- e os integrantes do grupo são John, Andrômeda, Mary, Beatrice, Cassie, Maxi, Roly, Nicollas e Zack que já se encontra melhor e irá encontrar com vocês- diz ela e concordamos.

Ela fala os outros dois grupos e então manda começarmos a procurar pelos Zurarks e tenho que admitir que estou com muito medo.

Pov. Beatrice

Eu não acredito que Lewis me colocou no mesmo grupo que Maxi, eu não quero ver esse garoto mais nem pintado de ouro na minha frente depois de tudo que ouvi falar sobre mim, Eu realmente achei que fossemos amigos ou até mesmo mais do que amigos mais aquilo que ele disse no refeitório me magoo muito.

"Vamos concorda que a Beatrice é uma mimada, que só sabe se culpar. Ela ficava se fingindo de coitadinha só porque a Kath morreu. Grande coisa. Agora só porque a Ellie sumiu, oque pra mim pouco me importa, e a Sarah tá toda machucada ela vai chorar e tá na cara que ela quer chamar atenção. Ela é uma idiota isso sim"

Mas quer saber eu estou pouco me fudendo pelo que ele acha ou não acha sobre mim, eu já sofri demais e não é por isso que vou ficar me lamentando e se eu fosse realmente isso que ele está dizendo, eu não estaria sempre tentando lutar e tentando fazer algo que não seja ficar parada e vendo o mundo que um dia foi nosso ser tomado pelo Governo, E eu não irei desistir enquanto eu não derrubar cada membro daquela merda e achar Ellie, porque ela sim sempre acreditou em mim e eu acreditei nela.

Sim eu posso ter me lamentado pela morte de Kath e o sumiço de Ellie, posso ter chorado e chorado muito mas isso é porque ainda sou humana e ainda tenho sentimento algo que eu acho que Maxi não tem.

Estávamos passando pelas área médica quando ouvimos algo e logo ficamos atentos, quando a porta se abriu todos apontaram a arma para um Zack com as mãos para cima e olhos arregalados.

– Meu Deus é assim que vocês me recebem- diz ele e abaixamos as armas, vou em sua direção e lhe dou um grande abraço.

– É bom ter você de volta- digo a ele que sorri, ele já estava com o uniforme e uma metralhadora na mão, então ele deu um sorriso ainda maior e levantou a arma.

– Vamos logo que estou louco para testar isso- disse se referindo a arma e John concorda animado demais por causa de uma simples arma, reviro os olhos e continuamos andando até que ouvimos um grito e algo passa voando na nossa frente, Um Zurark havia sido arremessado por algo que estava dentro da sala, e quando a tal pessoa sai me da uma grande vontade rir.

– Sarah você não tem jeito né garota- disse Cassie cruzando os braços sobre o peito e esboçando um grande sorriso.

– Acharam que iam se divertir sem mim? Não, nem pensar queridos- disse ela colocando as mãos na cintura.

Então mesmo com alguns protestos ela vem com agente, o Zurark que ela havia arremessado longe já havia desaparecido e deixado apenas um rastro de sangue.

– Isso tá com cara de armadilha- diz Tomás e então que percebo que é o Tomás, o garoto que encontrei ontem e que meio que desabafei com ele, Fiquei com tanta raiva quando vi que Maxi estava no meu grupo que nem percebi que o Tomás que Lewis disse para liderar a equipe era o meu Tomás...Pera quer dizer ele não é o "Meu" Tomás, eu quis dizer o mesmo que eu encontrei ontem e...ai agora eu fiquei confusa.

– Concordo ele não iria deixar um rastro de sangue assim, ele quer que nós seguimos o rastro- diz Cassie se abaixando e examinando o lugar aonde o Zurark foi arremessado- Bom eu acho que mesmo assim devemos ir, é a nossa função achar e enfrentar os Zurarks- diz ela se levantando e limpando a poeira da roupa.

– Tem rasão precisamos ir- diz Tomás assumindo a frente e começando a andar enquanto o seguimos pelos corredores com marcas de sangue.

Pov. Ágata

Mas que droga eu tinha que me separar da minha equipe logo agora que havíamos conseguido um rastro dos Zurarks e estávamos tão perto de acha-los, e vai que eu encontro um quero ver uma vampira qualquer conseguir derrotar um negócio daqueles, que pode ser de mais que uma espécie ao mesmo tempo.

Caminho pelos corredores até ver um rastro de sangue, será que tem alguém ferido e procurando ajuda? Bom se é isso eu preciso ir vai que esteja baleado ou foi atacado, como sou médica posso conseguir ajudar um pouco. Sigo o rastro até uma sala de laboratório que está completamente quebrada, vejo alguém caído no chão, um cientista aqui da resistência e que com certeza já está morto.

Então com meu instinto de vampira consigo ouvir o perigo antes de senti-lo e me abaixo, o Zurark passa por cima de mim e cai do outro lado da sala, Pego minha metralhadora e aponto, mas ele já está na minha frente e joga a arma longe a quebrando quando se chocou contra a parede, Ele me empurra e acabo batendo contra a porta, sinto uma grande dor nas costas mas mesmo assim levanto a tempo de me jogar no chão novamente quando ele se jogou sobre mim.

Pego uma seringa de qualquer bosta que tinha ali e tento fura-lo, mas quando grudo a mesma se quebra em seu braço como se ele fosse feito de pedra e novamente sou jogada longe em cima de uma mesa cheia de frascos que acabam me cortando quando se quebram, Sinto ser agarrada pelos cabelos e arremessada novamente batendo minha cabeça no pé da mesa, Então minha visão fica completamente turva e não consigo enxergar nada direito, tudo parece ter se transformado em dois e minha cabeça está sangrando muito.

Sinto o Zurarks puxar meu pé e me jogar contra uma parede, nesse momento é como se o ar estivesse escapado de meus pulmões e tudo em volta começasse a se apagar como velas, então é nesse momento que tudo fica escuro e tenho certeza que assim que o próximo golpe me atingir será o meu fim...

Pov. Roly

Quando chegamos perto do que nos diríamos que estava o Zurark começamos ouvir pancadas e alguns gemidos baixos de dor, então entramos em um laboratório e lá estava o Zurark.

Tinha olhos completamente pretos como de um demônio e cabelos roxos brilhantes de feiticeiro, mas as garras e os dentes significavam que era também um Lobisomem, Já no chão havia uma garota loira jogada e parecendo muito ferida, ela estava desacordada e com os cabelos cheios de sangue, Assim que entramos Zurark já começou a nos atacar com garras e chutes, mas Zack o acertou um tiro na garganta dele e Tomás aproveitou o ferimento para arrancar a cabeça do Zurark com as mãos o decapitando.

– Quem será essa?- perguntou Sarah se aproximando da garota e colocando a mão no pulso da mesma- Ela ainda está viva mas não vai continuar assim se não a levarmos para os médicos- disse e Zack se aproximou olhando a garota como se a conhecesse.

– Essa foi a doutora que me ajudou, bom foi ela que fez eu voltar ao normal e agora precisamos ajuda-la o mais rápido possível- disse Zack, quando fui me aproximar para fazer um feitiço de cura, não iria curar por completo porque não é minha área mas ajudaria para que ela não morresse.

Mas então senti algo segurar meus braços e então uma coisa gelada pressionando minha traqueia.

– Se não se mexer doí menos- ouvi a voz falar no meu ouvido e então a faca atravessou minha garganta fazendo eu perder o ar e sentir uma dor muito forte, a pior que já senti, então comecei a me engasgar com meu próprio ar e acabei tombando no chão com a mão sobre a garganta.

Todos que estavam de costas para mim me olharam com os olhos arregalados e confusos, Cassie se ajoelhou ao meu lado colocando as mãos sobre as minhas que estavam na garganta.

– Continua assim, não deixa o ar escapar vai conseguir sobreviver- disse ela mas eu sabia que era mentira e já estava sentindo o ar se fazer necessário e não vinha, quando olhei para quem me atacou arregalei os olhos sem acreditar no que estava vendo...

Pov. Beatrice

Foi com certeza um susto e com certeza um nervosismo quando Roly caiu no chão se engasgando com o próprio ar, eu sabia que aquele ferimento não tinha jeito assim como o de Kath não tinha jeito, mas então ao olhar para a pessoa que segurava a faca cheia de sangue eu fiquei boquiaberta.

Maxi estavam com um sorriso no rosto como se tivesse visto um sonho se realizar, eu sabia que ele não prestava mas a ponto de matar um de nós e de enganar todos nós eu não imaginava, como ele pode fazer isso com a Roly que agora está revirando os olhos no chão pela falta de ar, não consigo imaginar a agonia que ela está sentindo.

Em um movimento Tomás prendeu Maxi com uma chave de braço e o deixando sem ar, mas mesmo assim não tirava o sorriso do rosto.

– Sarah vem comigo acho que esse aqui precisa de um pouco de sofrimento demoníaco- disse Tomás e Sarah deu um sorriso perverso, os dois saíram do laboratório carregando Maxi, Eu sei muito bem o que Sarah vai fazer já que já fui atacada pelo "Sofrimento Demoníaco" quando cassava alguns demônios em Nova York.

Eles primeiro fazem você ver os seus piores pesadelos e medos, depois fazem você ver as pessoas que mais ama serem mortas ou torturadas na sua frente e por fim eles mostram a sua própria morte, foi uma das coisas mais horríveis que já senti na vida.

Me ajoelhei ao lado de Cassie que tentava ajudar Roly mesmo sabendo que isso não iria adiantar mais nada.

– Tomará que Sarah faça ele ficar completamente louco- falei a ela que concordou.

– Tenho certeza que o Tomás não vai ter piedade na hora de o fazer sofrer- disse ela, como assim eu achei que quem iria fazer algo contra Maxi era Sarah enquanto Tomás o segurava, e porque ele faria Maxi sofrer mais do que Sarah? Ela é uma demônio, nada faz sofrer mais do que um demônio!

– Como assim?- perguntei a ela que me olhou com as sobrancelhas erguidas- Acho que por Sarah ser um demônio ela poder fazer Maxi sofrer mais não é?- pergunto e a outra ri.

– Mas que eu saiba Tomás também é um demônio- disse ela e Roly começou a tossir- O que podemos fazer para ajuda-la?- pergunta Cassie- para pelo menos parar a dor?

Mas minha cabeça já não estava ali, Eu sei que Roly é minha amiga ou melhor apenas uma companheira de equipe que me ajudou em um momento de fraqueza mas eu sei que não a nada que possamos fazer para ela sobreviver, Mas saber que Tomás é um demônio? eu não posso acreditar nisso, eu sou uma caçadora de demônios, Claro que tem Sarah mas eu e ela nunca fomos realmente amigas, podemos até tentar salvar uma a outra mas por baixo de tudo isso eu sei que ela me odeia e eu a odeio como deve saber.

Eu matava a espécie deles antes dessa guerra começar e se um dia ela acabar eu sei que vou ter que voltar a matar porque é isso que fazemos, e como por um segundo eu posso ter gostado de falar com ele? ou ter gostado de sua companhia? Com certeza isto não faz sentindo e deve ter sido coisa da minha cabeça, agora eu sei que Tomás é alguém que preciso e quero ficar longe! Mas então ouço a voz de Zack chamando a nossa atenção para ele e a garota em seus braços.

– Temos que levar as duas para os médicos agora- disse ele enquanto John ajudava a erguer a garota loira a apoiando nos ombros deles, eu sentia que de alguma maneira aquela garota era especial para Zack de uma forma que eu não sabia explicar, poderia ser porque ela o salvou mas sentia algo a mais sobre aquilo.

– Pp..esso.all- ouvimos um gemido ou melhor algo que Roly queria falar, fizemos um gesto para que ela ficasse quieta porque quando mais esforço ela fizesse seria pior para ela e sabíamos que a dor que ela deve estar sentindo é grande demais e com certeza não são muitos que conseguem aguentar tanto como ela, então ela ao invés de falar pegou a faca caindo que Maxi havia deixando cair quando Tomás o segurou.

– Você não quer que lhe matemos não é?- pergunta Cassie sem acreditar e Roly faz esforço para assentir, isso mesmo sendo uma loucura eu sei que a dor que ela vai sentir até morrer é pior do que a morte- Eu não posso fazer isso...Beatrice- disse entregando a faca para mim e se levantou, me levantei também e entreguei a faca para Mary, mesmo sendo doce e meiga ela nunca teve pena de matar ninguém e sim pena de deixar alguém sofrendo.

Ela se ajoelho ao lado do corpo de Roly que parecia implorar com os olhos, Mary respirou fundo e sem pensar enfiou a faca no peito de Roly em uma morte rápida e sem sofrimento.

– Agora vamos levar ela para algum laboratório médico, porque então até mesmo eu posso ajuda-la- disse Zack mas nesse exato momento Sarah entrou na sala- Onde estão Tomás e Maxi?- pergunta Zack vendo que não vinha ninguém atrás dela.

– Maxi fugiu e Tomás foi atrás para pega-lo, e assim que faze-lo...bom o Maxi que se prepare, agora vamos achei um quarto aonde tem alguns médicos que vão poder ajudar a garota- disse ela voltando para o corredor, começamos a andar e chagamos ao tal quarto deixando a garota sobre os cuidados deles e voltamos a procura por mais Zurarks, claro sem antes deixar o corpo de Roly com o médicos para fazerem o que devem fazer.

Pov. Andrômeda

Assim que deixamos a garota e o corpo sem vida de Roly com os médicos saímos pelos corredores que dava na área dos doentes mentais, como o lugar vive trancado duvidamos que tenha algum Zurark por lá e sabemos que os doentes estão todos seguros.

– Nunca entendi como essas pessoas conseguiram ficar assim?- disse Mary caminhando ao meu lado- Digo tipo alguns já foram normais e da noite para o dia ficam malucos? Não consigo entender- diz ela soltando o ar dos pulmões como se tivesse trancado.

– Acho que isso não é da noite para o dia, são anos de sofrimento e luta por algo que eles nunca chegaram perto disso e acho que no fim todos acabam enlouquecendo e acho que nós entramos nesse "Todos"- falei destacando a palavra todos e Mary abaixou a cabeça como se soubesse que o que eu disse é a verdade.

Então ouvimos barulho de passos mas ao virarmos no corredor vimos que era apenas Lewis e seu grupo, um deles trazia um Maxi com vários ferimentos no rosto e mancando.

– Que bom que achamos vocês, conseguimos matar e capturar todos os zurarks pelo que me comunicaram e também Tomás me informou sobre o traíra- disse Lewis apontando com a cabeça para Maxi, Beatrice deu um passo e eu achei realmente que ela iria dar uma tapa na cara dele, mas ela fez muito melhor, deu um chute bem nas partes...sensíveis dele o fazendo gritar de dor- iremos interroga-lo para saber o porque disso e vocês podem voltar para o seu resto do dia de folga- disse e olhou para Sarah- E você por favor ainda não está preparada para sair por ai, volte para o seu quarto médico- disse autoritária e Sarah revirou os olhos fazendo o mandado.

Então eu, Cassie e Mary fomos para o quarto conversar um pouco enquanto os outros foram para seus próprios quartos.

– Cara foi uma pena o que aconteceu com a Roly- disse Cassie enquanto escrevia em um caderno ou desenhava, minha cama não era muito próxima a dela então não consegui identificar, mas ela parecia bastante concentrada no que fazia.

– Também achei ela era uma pessoa querida e simpática- disse Mary sentada ao meu lado- Vocês por acaso sabem quem era a garota que o Zurark atacou?- perguntou ela e agora me lembrei da garota loira que deixamos com os médicos.

– Não sei mas parece que o Zack gostou bastante dela, se não me engano- falei com um sorrisinho fazendo as outras sorrirem.

– Tomara sabe, Zack já sofreu bastante- disse Mary e Cassie tirou os olhos do caderno e a encarou curiosa- como assim?- perguntou ela.

– Zack tinha uma filha, ela vivia com ele no nosso antigo esconderijo- disse Mary e concordei, como eramos do mesmo esconderijo lembro-me dele carregando a bebê ainda de colo- a mãe dela foi morta pelo governo e quando nosso esconderijo desabou a filha dele também morreu- completou Mary e Cassie tapou a boca horrorizada.

– Ele merece achar alguém legal- falei e as duas concordaram.

Pov. Lewis

– Então me tragam ela aqui agora estão esperando o que?- grito para os soldados que logo assentem e saem em direção a um corredor cheio de salas, de uma das salas eles voltam com uma garota com uniforme dos soldados do governo e a jogam nos meus pés- Então você é a soldada que se rendeu no ataque ao governo?- perguntei mesmo já sabendo a resposta.

– Sim sou eu mesma, e eu não me rendi a vocês e nunca faria algo desse tipo- falou ela se achando superior enquanto se levantava e ficava de pé na minha frente- Eu apenas quis ser trazida por vocês- disse ela cruzando os braços.

– E porque motivos você iria querer isso? Deixa eu adivinhar uma armadilha do governo para ter alguém deles aqui dentro não é? Qual seu plano soldada?- a bombardeei com perguntas porque sei muito bem como lidar com esse tipo de gente.

Ela ao invés de dizer algo apenas rio enquanto tirava da roupa um pedaço de papel e me entregava, arranquei de suas mãos e comecei a ler o papel e então percebi que na verdade era um mapa feito por profissionais, a encarei com sobrancelhas erguidas.

– Posso saber o que é isso?- pergunto e ela me olhar como se eu fosse burra.

– Um mapa- disse simplesmente.

– Eu sei que é um mapa, mas quero saber o que esse mapa está mostrando- falei a ela que o pegou da minha mão e me mostrou três pontos que estavam marcados no papel- O que é isso?- pergunto.

– As três cedes do governo- disse ela e a encarei chocada já que procurávamos as cedes do governo a muito tempo e nunca achamos- E nesta aqui...- ela mostra a maior- É aonde a presidenta está e não um holograma- falou ela rindo.

– Como saber que isso aqui não é apenas mais uma armadilha do governo para nós? e que você foi mandada por eles para nos enganar?- pergunto enquanto cruzo os braços- Se acha que vou acreditar em você tão fácil está muito errada- falei a ela- Qual seu nome? - pergunto.

– Helena e pode ter certeza que não fui mandada pelo governo e não é uma armadilha- diz ela confiante de que irei acreditar.

– E qual a prova que você me dar?- pergunto para ter certeza de que não havia chance de isso ser verdade.

– Não tenho uma prova para lhe dar- diz ela e dou uma risada baixa- Mas tenho planos, estratégias e armadilhas do governo para vocês, sei tudo que eles planejam então se você quer ganhar essa guerra irá precisar de mim- diz confiante demais para meu gosto.